Blog
O que é nota fiscal? Entenda sua importância
Se você tem um negócio ou está pensando em abrir um, provavelmente já ouviu falar sobre a nota fiscal. Mas você sabe exatamente o que ela é e por que sua emissão é tão importante?
Esse é um tema essencial para qualquer empreendedor, pois envolve aspectos legais, tributários e até mesmo a credibilidade do seu negócio.
Muitos empreendedores iniciantes se perguntam se realmente precisam emitir nota fiscal, quais são os tipos disponíveis e quais as consequências de não cumprir essa obrigação.
Para esclarecer todas essas dúvidas, criamos este guia completo e descomplicado sobre o assunto. Acompanhe até o final e entenda como a nota fiscal pode impactar sua empresa e como emiti-la corretamente.
O que é uma nota fiscal?
A nota fiscal é um documento oficial que comprova uma transação comercial entre duas partes.
Sempre que uma empresa vende um produto ou presta um serviço, ela deve emitir uma nota fiscal para registrar essa operação. Isso vale tanto para vendas feitas a consumidores finais quanto para outras empresas.
Basicamente, a nota fiscal serve como um recibo, mas com validade legal. Ela contém informações importantes como:
– Nome e CNPJ da empresa que vendeu o produto ou prestou o serviço.
– Nome e CPF ou CNPJ do comprador.
– Descrição do que foi vendido ou do serviço prestado.
– Valores envolvidos na transação.
– Impostos aplicáveis.
Esse documento é fundamental tanto para quem vende quanto para quem compra. Para a empresa, ela garante que a venda está regularizada e evita problemas fiscais.
Para o cliente, a nota fiscal serve como um comprovante para garantir seus direitos, como trocas, devoluções e garantias.
Além disso, a nota fiscal é usada pelo governo para controlar a arrecadação de impostos. Sem esse controle, haveria muito mais sonegação fiscal, o que prejudicaria toda a economia.
Para que serve a nota fiscal?
A nota fiscal tem um papel fundamental para qualquer empresa, pois é muito mais do que um simples documento.
Sua principal função é formalizar as transações comerciais, garantindo que toda venda de produto ou serviço seja devidamente registrada e reconhecida legalmente.
Sem esse registro, a empresa corre o risco de atuar na informalidade, o que pode trazer problemas fiscais e financeiros no futuro.
Além disso, a nota fiscal é essencial para a garantia dos direitos do consumidor. Quando um cliente compra um produto ou contrata um serviço, ele precisa desse comprovante para eventuais trocas, devoluções ou para acionar a garantia.
Empresas que não emitem nota fiscal acabam dificultando esse processo e podem gerar desconfiança nos consumidores, impactando negativamente a reputação do negócio.
Outro ponto importante é que a emissão da nota fiscal evita problemas com a fiscalização. O governo utiliza esse documento para controlar a arrecadação de impostos e garantir que as empresas estejam cumprindo suas obrigações tributárias.
Negócios que não emitem notas podem ser autuados por sonegação fiscal, o que pode resultar em multas e penalidades severas.
Além de cumprir exigências legais, a nota fiscal também é uma ferramenta essencial para o controle financeiro e contábil da empresa.
Com ela, o empreendedor consegue acompanhar suas vendas, calcular impostos corretamente e manter a organização financeira do negócio.
Ter um histórico claro das transações ajuda na gestão e no planejamento, permitindo um crescimento mais estruturado.
Por fim, a emissão de notas fiscais fortalece a credibilidade da empresa no mercado. Clientes e parceiros comerciais tendem a confiar mais em negócios que atuam de forma transparente e seguem as regras fiscais.
Isso não apenas evita dores de cabeça com a fiscalização, mas também melhora a relação com o público, criando uma imagem profissional e confiável para a marca.
Quais são os tipos de nota fiscal?
A nota fiscal pode variar de acordo com a natureza da transação realizada e o tipo de negócio envolvido.
Dependendo da atividade da empresa, há modelos específicos que devem ser utilizados para garantir a correta tributação e o registro adequado da venda ou prestação de serviço.
Entender as diferenças entre esses documentos é essencial para evitar erros e garantir que sua empresa esteja em conformidade com a legislação.
Um dos tipos mais comuns é a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), utilizada para registrar a venda de produtos físicos.
Esse modelo substituiu as antigas notas fiscais em papel e hoje é emitido exclusivamente por meio digital, sendo validado através de um certificado eletrônico.
A NF-e é obrigatória para a maioria das empresas que vendem mercadorias e deve ser transmitida para a Secretaria da Fazenda (Sefaz) antes da circulação do produto.
Já a Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e) é utilizada para empresas que prestam serviços, como academias, escritórios de advocacia, consultorias, desenvolvedores de software e diversos outros segmentos.
Diferentemente da NF-e, que é gerenciada pelo governo estadual, a NFS-e é emitida diretamente pelo site da prefeitura do município onde a empresa está registrada.
Isso significa que as regras e exigências podem variar de cidade para cidade, e é importante verificar as normas locais antes de emitir esse tipo de documento.
Para o comércio varejista, há a Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e), que substitui o antigo cupom fiscal emitido por impressoras fiscais (ECF).
Esse modelo é muito comum em lojas físicas, supermercados, farmácias e restaurantes, pois facilita o controle das vendas no varejo e melhora a experiência do consumidor.
A NFC-e permite que o comprador consulte a autenticidade da nota fiscal por meio de um QR Code, garantindo maior transparência e segurança na transação.
Outro modelo específico é o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), voltado para empresas que realizam transporte de cargas.
Esse documento é obrigatório para transportadoras e serve para registrar a movimentação de mercadorias entre cidades e estados, garantindo que os impostos devidos sejam recolhidos corretamente.
Assim como a NF-e, o CT-e é totalmente digital e precisa ser transmitido para a Secretaria da Fazenda antes que a carga entre em trânsito.
Por fim, há a Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e), que é uma alternativa para pequenos empreendedores que não emitem notas com frequência ou que ainda não possuem um sistema de gestão fiscal.
Essa opção está disponível em algumas prefeituras e pode ser solicitada por microempreendedores individuais (MEIs) e pequenos negócios sem necessidade de um certificado digital.
No entanto, nem todos os estados e municípios oferecem essa facilidade, então é importante verificar com o órgão responsável antes de utilizá-la.
Cada um desses tipos de nota fiscal tem um propósito específico e segue regras próprias de emissão e tributação.
Para evitar problemas com o Fisco e garantir que sua empresa esteja operando de maneira regular, é fundamental conhecer qual modelo se aplica ao seu negócio e seguir corretamente os procedimentos exigidos pelo governo.
Como fazer a emissão?
Foto: diana.grytsku/Freepik
Emitir nota fiscal pode parecer complicado, mas seguindo um passo a passo simples, qualquer empreendedor pode fazer isso de forma rápida e segura.
Esse processo garante que a empresa esteja dentro da legalidade, evitando problemas fiscais e proporcionando mais segurança para o cliente.
1. Verifique se sua empresa está habilitada
Antes de emitir qualquer nota fiscal, a empresa precisa estar formalizada e possuir um CNPJ ativo.
Além disso, é necessário verificar se há a necessidade de uma inscrição estadual (para quem vende produtos) ou inscrição municipal (para quem presta serviços).
Essa habilitação é o que permite que a empresa esteja regularizada e apta a recolher os impostos corretamente.
Para saber se precisa de credenciamento específico, o empreendedor deve entrar em contato com a Secretaria da Fazenda do estado, no caso de venda de mercadorias, ou com a prefeitura do município, no caso de prestação de serviços.
Somente após esse credenciamento será possível acessar os sistemas de emissão de notas fiscais.
2. Faça o credenciamento na prefeitura ou na Secretaria da Fazenda
O tipo de credenciamento necessário depende do ramo de atividade da empresa. Se a empresa vende produtos, o registro deve ser feito junto à Secretaria da Fazenda estadual para que possa emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).
Já para prestadores de serviços, o cadastro ocorre na prefeitura do município, pois a Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e) é regulamentada em nível municipal.
Esse cadastro pode exigir documentos como o contrato social da empresa, CPF e RG dos sócios, comprovante de endereço e outras informações fiscais.
Cada estado e município pode ter regras diferentes, então é importante verificar diretamente com o órgão responsável para entender os procedimentos específicos.
3. Obtenha um certificado digital (se necessário)
Dependendo do tipo de nota fiscal emitida, pode ser necessário possuir um certificado digital. Esse certificado funciona como uma assinatura eletrônica que garante a validade jurídica da nota fiscal e evita fraudes.
Ele é essencial para empresas que precisam emitir NF-e, mas pode não ser obrigatório para MEIs ou negócios que utilizam plataformas simplificadas oferecidas pelas prefeituras.
O certificado digital pode ser adquirido junto a Autoridades Certificadoras (ACs) credenciadas pela Receita Federal.
Existem diferentes modelos, como o A1, que é armazenado no computador, e o A3, que vem em forma de token ou cartão físico. A escolha depende do volume de emissão e do sistema que a empresa utilizará.
4. Utilize um sistema de emissão de notas
Após obter todas as habilitações necessárias, a empresa deve escolher um sistema de emissão de notas fiscais. Algumas opções disponíveis incluem:
– Sistemas disponibilizados pela Secretaria da Fazenda: Algumas Sefaz estaduais oferecem emissores gratuitos de NF-e, úteis para pequenos negócios.
– Plataformas das prefeituras: Muitas prefeituras possuem portais próprios onde prestadores de serviço podem emitir a NFS-e de forma gratuita.
– Softwares de gestão fiscal: Empresas que emitem muitas notas podem optar por sistemas pagos, que automatizam a emissão e integram com a gestão financeira do negócio.
A escolha do sistema depende do volume de notas emitidas e da necessidade de integração com outras ferramentas da empresa.
Pequenos negócios podem utilizar os sistemas gratuitos, enquanto empresas com maior demanda podem se beneficiar de softwares mais completos.
5. Gere e envie a nota fiscal para o cliente
Após a emissão, a nota fiscal deve ser enviada ao cliente e armazenada corretamente pela empresa.
No caso das notas fiscais eletrônicas (NF-e e NFS-e), um arquivo no formato XML é gerado e deve ser mantido por pelo menos cinco anos, pois pode ser solicitado em auditorias fiscais.
Além disso, muitas empresas optam por enviar ao cliente o DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), que é uma versão simplificada da nota contendo as principais informações da transação.
Esse documento pode ser impresso ou enviado digitalmente, garantindo que o cliente tenha acesso aos dados da compra ou serviço prestado.
Caso ocorra algum erro na emissão, pode ser necessário cancelar a nota ou emitir uma carta de correção, dependendo do tipo de equívoco. Para evitar retrabalho e complicações fiscais, é essencial conferir todas as informações antes de finalizar a emissão.
O que acontece se uma empresa não emitir?
Quando uma empresa deixa de emitir nota fiscal, ela está descumprindo uma obrigação legal e pode enfrentar diversas consequências.
A nota fiscal não é apenas um documento burocrático, mas um registro essencial para a transparência das transações comerciais, garantindo que os tributos sejam devidamente recolhidos.
Sem essa emissão, a empresa pode ser enquadrada em sonegação fiscal, o que pode resultar em penalidades severas, incluindo multas e até a suspensão de suas atividades.
Além das implicações legais, não emitir nota fiscal pode prejudicar seriamente a credibilidade do negócio.
Clientes e parceiros comerciais tendem a desconfiar de empresas que não fornecem esse documento, pois isso pode indicar falta de compromisso com a legalidade e transparência.
Muitos consumidores exigem a nota fiscal para garantir seus direitos em casos de trocas, devoluções e acionamento de garantias. Negócios que não emitem esse comprovante podem perder clientes e ter sua reputação manchada.
Outro ponto preocupante é o impacto financeiro e administrativo. Sem a emissão de notas fiscais, a empresa perde o controle adequado de suas receitas e despesas, o que pode comprometer sua gestão financeira.
Isso dificulta a organização contábil e pode gerar problemas na hora de declarar impostos corretamente.
Além disso, a falta de documentação formal pode trazer dificuldades em auditorias fiscais, resultando em questionamentos e até autuações por parte dos órgãos reguladores.
Para empresas que desejam crescer e firmar parcerias com grandes fornecedores ou clientes corporativos, a emissão de nota fiscal é indispensável.
Muitas empresas exigem esse documento para formalizar contratos e manter uma relação comercial segura.
Negócios que operam de forma irregular podem encontrar barreiras para expandir suas operações, pois ficarão restritos a um mercado mais informal e com menos oportunidades.
Nota fiscal e impostos: como funciona a tributação?
A emissão da nota fiscal não é apenas um processo burocrático, mas também um fator determinante para a arrecadação de impostos.
Toda nota fiscal está diretamente ligada ao pagamento de tributos, pois é a partir desse documento que o governo consegue calcular os valores devidos por cada empresa.
A tributação varia conforme o regime fiscal da empresa, o tipo de produto ou serviço vendido e a legislação do estado ou município onde o negócio está registrado.
Empresas que atuam na venda de produtos geralmente precisam recolher o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que é um tributo estadual.
A alíquota do ICMS varia conforme o estado e o tipo de mercadoria, podendo ser diferente para produtos essenciais, supérfluos ou importados.
Já para empresas prestadoras de serviços, o imposto principal é o ISS (Imposto sobre Serviços), que é de competência municipal. Cada cidade pode definir suas próprias alíquotas, mas, em geral, elas variam entre 2% e 5% sobre o valor do serviço prestado.
Além do ICMS e ISS, algumas empresas também devem recolher outros tributos embutidos na emissão da nota fiscal.
Entre eles estão o PIS (Programa de Integração Social) e a COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), que incidem sobre o faturamento e são destinados a financiar programas sociais do governo.
Dependendo do regime tributário da empresa, esses impostos podem ser calculados de maneira cumulativa ou não-cumulativa, impactando diretamente no valor final do tributo a ser pago.
Outro imposto que pode estar embutido na nota fiscal é o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), aplicado a produtos fabricados no Brasil ou importados.
Esse tributo é federal e incide apenas sobre determinados segmentos industriais, sendo calculado com base no valor do produto e na alíquota estabelecida pelo governo.
Empresas enquadradas no Lucro Real ou Lucro Presumido precisam considerar esse imposto no cálculo do custo de seus produtos.
Para micro e pequenas empresas enquadradas no Simples Nacional, a tributação é feita de forma unificada por meio da guia DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).
Nesse regime, todos os tributos mencionados são pagos de forma simplificada, com alíquotas reduzidas e calculadas com base no faturamento da empresa. Isso facilita o cumprimento das obrigações fiscais e reduz a carga tributária para pequenos negócios.
O não recolhimento dos impostos vinculados à emissão de notas fiscais pode gerar problemas graves para a empresa, incluindo multas e juros sobre os valores devidos.
Além disso, a falta de pagamento pode resultar em impedimentos fiscais, bloqueando a emissão de novas notas e até gerando restrições que inviabilizam a continuidade das operações.
Por isso, é fundamental que as empresas compreendam como a tributação funciona e contem com um contador para garantir que todos os impostos sejam recolhidos corretamente.
Soluções de um contador em Campo Grande para o seu negócio
Se você chegou até aqui, já entendeu a importância da nota fiscal e como ela impacta diretamente o seu negócio.
Emitir notas corretamente não é apenas uma exigência legal, mas também uma forma de manter sua empresa organizada, evitar problemas com o Fisco e garantir credibilidade no mercado.
No entanto, sabemos que lidar com essas questões fiscais pode ser desafiador, especialmente para empreendedores que precisam focar no crescimento da empresa.
Para quem tem um negócio em Campo Grande, contar com um contador experiente faz toda a diferença. A legislação tributária pode ser complexa e cheia de detalhes que variam de acordo com o tipo de empresa e o regime de tributação.
Um bom contador pode te ajudar a escolher o melhor enquadramento fiscal, garantir que sua empresa esteja cumprindo todas as obrigações e evitar o pagamento de impostos desnecessários.
Além disso, com a assessoria de um especialista, você ganha mais tranquilidade para focar no que realmente importa: expandir o seu negócio.
Se você precisa de um contador em Campo Grande para te auxiliar na emissão de notas fiscais, gestão tributária e toda a parte contábil da sua empresa, entre em contato com a Contili Contabilidade.
Nossa equipe está pronta para oferecer soluções personalizadas e garantir que sua empresa opere de forma segura e eficiente.
Não deixe que a burocracia atrapalhe o crescimento do seu negócio, fale conosco e tenha um suporte contábil de qualidade!