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Pagar ou declarar imposto de renda: entenda a diferença 

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Pagar ou declarar imposto de renda: entenda a diferença

Quando o assunto é imposto de renda, é muito comum aparecer uma dúvida: preciso declarar ou pagar? Ou os dois?

Muita gente confunde essas duas etapas e, por causa disso, acaba cometendo erros que podem gerar problemas com a Receita Federal, desde multas até pendências no CPF.

A verdade é que declarar e pagar são coisas diferentes. E entender essa diferença é essencial para quem quer manter a vida financeira organizada e evitar dores de cabeça no futuro.

Seja você trabalhador com carteira assinada, autônomo, aposentado, investidor iniciante ou até alguém que vendeu um carro no ano passado, este artigo é pra você.

Aqui, vamos explicar de forma simples e direta o que significa declarar, quando é preciso pagar e como tudo isso funciona na prática. Sem jargões, sem complicação.

O que significa declarar o Imposto de Renda?

Vamos começar pelo começo: declarar imposto de renda é informar à Receita Federal tudo o que você ganhou, gastou e possui durante o ano anterior.

É como um raio-x da sua vida financeira: você mostra quanto ganhou, quais foram seus gastos mais relevantes, e quais bens ou investimentos tem em seu nome.

Essa declaração é feita todos os anos, normalmente entre os meses de março e maio, e deve ser entregue por meio de um programa oficial da Receita.

Nele, você preenche dados como salário, pensão, aposentadoria, aluguéis recebidos, investimentos, aplicações financeiras, imóveis, veículos e por aí vai.

Mas muita gente se pergunta: “Todo mundo precisa declarar?” A resposta é: depende dos seus rendimentos e da sua situação financeira.

Por exemplo, quem teve rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888,00 em 2024 precisa declarar.

Mas também é preciso declarar se você vendeu bens com lucro, recebeu aluguéis, teve ganhos com ações ou tem bens que, somados, ultrapassam um determinado valor.

E atenção: declarar não significa que você vai pagar imposto. Na verdade, a declaração é apenas o momento de prestar contas.

É quando a Receita Federal verifica se você pagou mais ou menos imposto do que deveria durante o ano.

Dependendo do resultado, pode ser que você tenha algo a pagar… ou até a receber.

Ou seja, a declaração é obrigatória em muitos casos, mesmo que você não deva pagar nada. Ela serve para manter seu CPF regular e mostrar que sua situação financeira está em ordem.

Ignorar essa obrigação pode trazer problemas lá na frente, como dificuldade para financiar um carro, alugar um imóvel ou até se inscrever em um concurso público.

O que significa pagar o Imposto de Renda?

Depois que você faz a declaração, o sistema da Receita Federal faz os cálculos e verifica se você já pagou o que deveria durante o ano. É aí que entra a etapa do pagamento.

Pagar o imposto de renda significa que você teve rendimentos que ultrapassaram o limite de isenção e, ao longo do ano, não pagou a quantia devida na forma de antecipações ou retenções.

Isso é comum, por exemplo, com pessoas que têm mais de uma fonte de renda, recebem aluguéis ou fazem trabalhos como autônomos e freelancers.

Imagine que você trabalha em dois empregos e, em cada um deles, o desconto do imposto é feito normalmente.

No entanto, esses descontos são calculados separadamente, e quando somamos os dois salários, seu rendimento total pode acabar caindo em uma faixa maior de imposto.

Isso significa que você pagou menos imposto do que deveria e agora precisa quitar essa diferença.

Também é possível que você tenha vendido um carro, imóvel ou recebido alguma herança. Dependendo do valor e da situação, isso pode gerar imposto.

Pagar ou declarar imposto de renda: entenda a diferença

Esses casos precisam ser informados corretamente na declaração, e podem resultar em imposto a pagar.

A boa notícia é que, se houver imposto a pagar, o sistema da Receita já gera um boleto (DARF) com o valor e permite parcelamento em até 8 vezes.

Mas é bom não deixar para a última hora, pois quanto mais tempo passar, maiores os juros e a chance de cair na malha fina.

Casos em que você declara e não paga nada

Um erro muito comum é achar que, ao declarar, você automaticamente terá que pagar. Mas isso não é verdade. Muita gente faz a declaração e não precisa pagar nada, e algumas ainda têm direito à restituição.

Vamos a alguns exemplos práticos: se você tem um único emprego com carteira assinada e o imposto foi retido diretamente no seu salário ao longo do ano, é bem provável que o cálculo feito pela Receita mostre que você já pagou o valor correto.

Nesse caso, você não precisa pagar nada extra.

Outro caso é de quem teve rendimentos abaixo do limite de isenção, mas precisa declarar por outros motivos, como possuir bens acima de determinado valor ou ter feito operações na bolsa de valores.

Você faz a declaração porque está dentro das regras, mas não deve nenhum imposto.

Além disso, quem teve gastos dedutíveis, como despesas com saúde, educação ou dependentes, pode usar esses valores para abater o total do imposto. Com isso, é possível reduzir bastante o valor final e, em muitos casos, zerar o imposto devido.

E mais: dependendo da situação, você pode até ter valores a restituir, ou seja, a Receita te devolve parte do que foi pago a mais durante o ano.

Essa restituição é paga diretamente na sua conta, geralmente entre maio e setembro, conforme o calendário da Receita.

Por isso, se você declarou tudo certinho e o sistema mostrar que não há imposto a pagar, fique tranquilo. Isso significa que você cumpriu sua obrigação e está em dia com o Leão.

Casos em que você paga imposto mesmo após declarar

Pagar ou declarar imposto de renda: entenda a diferença

Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil

Mesmo declarando direitinho e dentro do prazo, ainda assim você pode se deparar com um valor a pagar.

Isso acontece com mais frequência do que você imagina, e entender por quê pode ajudar a se planejar melhor nos próximos anos.

Um dos motivos mais comuns é quando você tem renda de fontes que não fazem retenção automática de imposto, como aluguel, trabalhos como freelancer ou até venda de produtos por conta própria. Nesse caso, o imposto só será cobrado quando você declarar.

Outro exemplo: pessoas que têm mais de uma fonte de renda, como dois empregos, aposentadoria mais pensão, ou ainda recebe benefícios do INSS enquanto trabalha.

Muitas vezes, o imposto é calculado separadamente em cada um, mas somando tudo, o valor total entra em uma faixa mais alta de tributação. O resultado: imposto a pagar.

Se você fez operações com ações, comprou e vendeu ativos na bolsa ou vendeu um imóvel com lucro, também pode ter que pagar imposto, mesmo que o valor já esteja em sua conta há meses.

A Receita considera esses ganhos como tributáveis, e o imposto precisa ser recolhido.

Outro fator é quando não se faz o carnê-leão ao longo do ano. Esse é um sistema de recolhimento mensal usado por quem recebe de forma autônoma, sem vínculo com empresa.

Se você não recolheu mês a mês, esse valor aparece concentrado no fim do ano, na hora da declaração.

Mas fique tranquilo: o pagamento pode ser parcelado em até 8 vezes, e o próprio programa da Receita permite emitir os boletos com o valor atualizado.

O importante é não deixar vencer, pois a multa e os juros começam a contar logo após o prazo.

Restituição x pagamento: como saber o seu caso?

Depois de preencher toda a declaração, o programa da Receita Federal mostra um resumo com o resultado final: imposto a pagar, a restituir ou saldo zerado. É nessa hora que você descobre em qual situação está.

Se você pagou mais imposto do que devia ao longo do ano – por exemplo, se teve muitos descontos no salário e ainda deduziu gastos com saúde ou educação – é provável que tenha direito à restituição.

Ou seja, a Receita vai devolver essa diferença para você, em forma de depósito na conta bancária que você informar.

Por outro lado, se pagou menos do que devia, seja por causa de renda extra, rendimentos sem imposto retido ou outros fatores, terá um valor a pagar.

O próprio sistema calcula isso automaticamente e já permite gerar os boletos (DARF) com o valor exato.

Se tudo estiver equilibrado, ou seja, o que você pagou ao longo do ano bate certinho com o valor devido, o resultado será “sem saldo” – nem imposto a pagar, nem a restituir. Isso também é ótimo, pois mostra que tudo foi feito corretamente.

O ideal é fazer a declaração o quanto antes. Assim, você já sabe o resultado, pode se programar para pagar (se for o caso), ou ainda receber a restituição nos primeiros lotes

Consequências de não declarar ou não pagar

Deixar de declarar ou não pagar o imposto devido pode causar complicações reais no seu dia a dia, mesmo que, à primeira vista, pareça algo simples.

A primeira consequência é a multa por atraso. Quem perde o prazo da declaração paga uma multa mínima de R$ 165,74, que pode chegar a 20% do imposto devido.

Mesmo que você não tenha imposto a pagar, a multa mínima ainda se aplica pelo simples fato de não ter enviado a declaração dentro do prazo.

Outra questão importante é o CPF irregular. Isso pode dificultar ações comuns do dia a dia, como abrir conta em banco, solicitar financiamento ou até receber aposentadoria e benefícios sociais.

O CPF é como a identidade financeira do cidadão, e a Receita leva essa regularidade muito a sério.

Se houver imposto a pagar e ele não for quitado, o valor começa a acumular juros e multas automaticamente.

Com o tempo, essa dívida pode ser enviada para cobrança judicial, virar dívida ativa e até gerar bloqueios de bens ou de valores em conta corrente.

Além disso, existe o risco de cair na malha fina, o que acontece quando a Receita encontra inconsistências na sua declaração. Isso pode atrasar a restituição, exigir documentos extras e gerar muita dor de cabeça até que tudo se resolva.

Por tudo isso, manter sua declaração em dia e pagar o que for necessário não é apenas uma obrigação fiscal. É também uma forma de manter sua vida financeira organizada e evitar transtornos desnecessários.

Dicas práticas e recomendações

Se você quer passar por essa temporada com mais tranquilidade, algumas atitudes simples fazem toda a diferença. A principal delas é organizar sua documentação ao longo do ano.

Informe de rendimentos, recibos de despesas médicas, comprovantes de educação, extratos bancários, compra e venda de bens, tudo isso deve estar em um lugar fácil de acessar quando chegar a hora de declarar.

Criar uma pasta específica para esse tipo de material, seja digital ou física, ajuda bastante. Com tudo em mãos, a chance de esquecer algo importante é bem menor. E isso evita problemas com a Receita lá na frente.

Se você tem rendas fora do trabalho formal, como aluguéis, rendimentos de serviços autônomos ou atividades extras, vale a pena fazer um controle mensal.

Nesse caso, o ideal é antecipar o pagamento do imposto por meio do carnê-leão. Assim, o valor não se acumula todo de uma vez na hora da declaração.

Também é recomendável utilizar um bom sistema para preencher sua declaração, especialmente se ela for mais complexa. Existem programas e aplicativos bem intuitivos que ajudam a evitar erros.

E claro, sempre que possível, contar com a ajuda de um contador pode trazer segurança e até economia, já que você pode aproveitar melhor as deduções.

Por fim, evite deixar tudo para a última hora. A Receita libera o programa da declaração com bastante antecedência.

Começar cedo permite revisar os dados com calma, corrigir possíveis falhas e garantir que tudo será entregue corretamente.

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Se você chegou até aqui, já deu um grande passo para entender melhor como funciona e como lidar com ele da forma certa.

Mas a gente sabe que, mesmo com toda essa informação, nem sempre é fácil aplicar tudo isso na prática. É aí que entra a Contili Contabilidade.

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Pagar ou declarar imposto de renda: entenda a diferença