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Quanto um advogado paga de imposto? Tire suas dúvidas
A rotina de um advogado não gira apenas em torno de processos, audiências e clientes. Existe um outro ponto que costuma passar despercebido, mas tem um impacto enorme no bolso: os impostos.
Saber quanto se paga de tributos e, principalmente, como reduzir essa carga dentro da legalidade, é uma parte importante da gestão da carreira na advocacia, seja como autônomo ou pessoa jurídica.
Neste artigo, vamos te mostrar de forma clara como funciona a tributação para advogados, quais são os regimes possíveis, quanto você realmente paga e o que pode fazer para pagar menos.
Se você atua na área jurídica e quer ter mais controle sobre a parte financeira da sua profissão, este conteúdo foi feito para você.
Por que entender sobre tributação é essencial para advogados
Muita gente entra na advocacia pensando apenas na prática jurídica, mas, na realidade, exercer essa profissão também exige um olhar atento para a gestão do negócio.
Isso inclui entender minimamente como os impostos funcionam e qual é o impacto deles na sua receita.
Advogados, assim como qualquer outro profissional liberal, têm obrigações com o fisco. E acredite, esses tributos podem consumir uma boa parte do que entra mensalmente.
Quem não se planeja acaba pagando mais do que deveria ou, pior ainda, fica irregular com a Receita Federal, correndo riscos desnecessários.
Com o conhecimento certo, dá para tomar decisões melhores, como escolher o regime tributário mais vantajoso ou saber se está na hora de abrir um CNPJ.
Além disso, quando você entende como a tributação funciona, consegue prever despesas e organizar melhor o seu fluxo de caixa, evitando surpresas desagradáveis no fim do mês.
Outro ponto importante é que a legislação muda com frequência. Alíquotas, deduções e regras específicas são atualizadas de tempos em tempos.
Quem acompanha esse cenário consegue se adaptar e até aproveitar oportunidades de economia.
Um exemplo é o uso do Fator R, que pode reduzir a carga tributária de forma significativa, dependendo da forma como o negócio está estruturado.
No fim das contas, entender tributação não é só sobre pagar impostos. É sobre ter mais controle, aumentar a rentabilidade e evitar dores de cabeça com o fisco.
Mesmo que você conte com o suporte de um contador (e isso é altamente recomendado), o básico você precisa dominar. É isso que vamos mostrar nos próximos tópicos.
Quanto um advogado paga de imposto?
A resposta para essa pergunta não é única porque tudo depende da forma como o advogado atua: como autônomo ou com CNPJ.
E, dentro do CNPJ, ainda existem diferentes regimes tributários possíveis. Cada um tem suas regras, suas alíquotas e seus critérios específicos.
Os principais regimes usados por advogados são o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real. O Simples costuma ser o mais adotado, principalmente por escritórios menores ou profissionais que acabaram de abrir o CNPJ.
Já o Lucro Presumido e o Lucro Real são comuns em estruturas maiores ou em situações específicas, como quando o Simples não é permitido por alguma razão.
No Simples Nacional, a tributação varia de acordo com a faixa de faturamento e o anexo em que a atividade se enquadra.
No caso dos advogados, normalmente é o Anexo IV que se aplica. A alíquota começa em torno de 4,5% e pode ultrapassar os 16%, dependendo do faturamento anual. É um regime simplificado, mas nem sempre é o mais vantajoso.
O Lucro Presumido parte de uma estimativa de lucro sobre o faturamento, e sobre esse lucro são aplicados os impostos.
A carga tributária gira em torno de 13,33% a 16,33%, dependendo da cidade e da atividade.
Já o Lucro Real é baseado no lucro efetivo da empresa. É mais complexo e burocrático, mas pode ser interessante para quem tem muitas despesas dedutíveis.
O importante aqui é entender que não existe uma resposta única. O que funciona para um colega pode não funcionar para você.
Por isso, o ideal é sempre fazer uma simulação comparando os regimes e analisando sua realidade. Isso pode representar uma economia relevante no fim do mês.
Tributação para advogado autônomo (sem CNPJ)
Foto: Mikhail Nilov/Pexels
Muitos advogados, especialmente no início da carreira, trabalham como autônomos.
Isso significa que prestam serviços como pessoa física, sem abrir uma empresa. Nesse caso, a forma de tributação é diferente e segue as regras do carnê-leão.
O carnê-leão é uma forma de recolher o Imposto de Renda de forma mensal, com base nos rendimentos recebidos de pessoas físicas.
A alíquota é progressiva, ou seja, quanto maior a sua renda, maior será o percentual de imposto. Ela começa em 7,5% e pode chegar a 27,5%.
Além do Imposto de Renda, o advogado autônomo também precisa pagar o INSS como contribuinte individual, com uma alíquota de 20% sobre o valor recebido.
E, dependendo do município, também há a cobrança do ISS (Imposto Sobre Serviços), que geralmente varia entre 2% e 5%.
O problema de atuar como autônomo é que a carga tributária pode ser bem pesada.
Quando somamos IR, INSS e ISS, o total de impostos pagos pode passar de 40% em alguns casos. Isso sem contar a limitação para deduzir despesas ou aproveitar benefícios fiscais.
Outra questão importante é que muitos advogados autônomos acabam deixando de declarar tudo corretamente. Isso pode gerar problemas com a Receita no futuro.
Por isso, mesmo sem ter um CNPJ, é fundamental manter um bom controle das receitas e despesas e fazer a declaração mensal corretamente.
Se você ainda é autônomo, vale a pena conversar com um contador para entender se já está na hora de migrar para um CNPJ. Em muitos casos, isso reduz a carga tributária e facilita a gestão financeira do negócio.
Tributação para advogado com CNPJ
Quando o advogado decide formalizar sua atividade como empresa, as regras mudam.
Ele passa a ser tributado como pessoa jurídica, o que permite acesso a regimes tributários mais vantajosos, além de maior profissionalização e credibilidade com os clientes.
A primeira vantagem é poder escolher entre os regimes do Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real, conforme falamos anteriormente.
A depender do faturamento e da estrutura da empresa, é possível reduzir significativamente o valor dos impostos pagos.
No Simples Nacional, por exemplo, os advogados são enquadrados no Anexo IV, que inclui impostos como IRPJ, CSLL, Cofins, PIS e ISS.
A alíquota inicial gira em torno de 4,5%, mas pode aumentar conforme o faturamento. Além disso, nesse anexo o INSS patronal (20% sobre a folha) é pago separadamente, o que precisa ser levado em conta.
Existe ainda a possibilidade de se enquadrar no Anexo V, que tem alíquotas mais altas, mas pode ser acessado com o uso do Fator R.
O Fator R considera a relação entre a folha de pagamento e o faturamento. Se mais de 28% da receita for destinada à folha, é possível migrar para um anexo mais vantajoso, reduzindo os tributos.
Já no Lucro Presumido, a tributação é feita com base numa margem presumida de lucro, que para serviços é de 32%.
A alíquota final costuma ficar entre 13% e 16%, incluindo os tributos federais e o ISS. Apesar de ser um regime um pouco mais complexo, ele pode ser melhor do que o Simples em muitos casos.
A escolha do regime tributário deve ser feita com cuidado, considerando não só os impostos, mas também o modelo de negócio, volume de receita, estrutura da empresa e objetivos de crescimento.
Um bom contador pode simular diferentes cenários e ajudar na melhor escolha.
Como escolher o melhor regime tributário para advogadMos
A escolha do regime tributário não é uma decisão definitiva, mas precisa ser feita com base em números e planejamento.
Muita gente opta pelo Simples por acreditar que é mais fácil, mas nem sempre é a opção mais econômica.
O primeiro ponto a considerar é o seu faturamento mensal e anual. No Simples Nacional, por exemplo, há limites de receita. Se o seu faturamento ultrapassa esses limites ou está próximo do teto, talvez já seja hora de considerar o Lucro Presumido.
Além disso, a estrutura da sua empresa também influencia. Se você tem funcionários registrados ou colaboradores com folha de pagamento relevante, o uso do Fator R pode mudar completamente o seu enquadramento tributário e gerar economia.
Outro aspecto importante é a previsibilidade. No Lucro Presumido, os tributos são fixos com base no faturamento, mesmo que você tenha lucro ou prejuízo.
Já no Lucro Real, os impostos variam conforme o resultado da empresa, o que pode ser bom em meses de baixa receita, mas exige mais controle contábil.
Vale também avaliar as despesas que você tem. No Lucro Real, é possível deduzir muitas despesas, o que reduz a base de cálculo dos impostos.
Já no Simples, isso não acontece. Portanto, se você tem muitos gastos operacionais, talvez o Lucro Real seja mais vantajoso, mesmo com maior complexidade.
A melhor forma de tomar essa decisão é fazendo uma simulação detalhada. Um contador especializado em atender advogados pode montar cenários e mostrar, com base em números reais, qual regime trará mais economia no seu caso específico.
Como reduzir a carga tributária de forma legal
Foto: diana.grytsku/Freepik
A boa notícia é que existem formas legais de pagar menos impostos, e a principal delas é o planejamento tributário.
Ele nada mais é do que analisar a situação atual da empresa, simular cenários e escolher a forma mais vantajosa de se enquadrar perante o fisco.
Uma das ferramentas mais eficientes é o uso do Fator R, que já comentamos. Ao manter uma folha de pagamento compatível com a receita, você pode reduzir significativamente a alíquota no Simples Nacional.
Outro ponto importante é manter uma boa organização financeira. Guardar notas fiscais, registrar despesas e separar as contas pessoais das contas da empresa ajuda a ter uma contabilidade mais eficiente e menos tributada.
Contratar uma contabilidade especializada em atender advogados também é uma forma de reduzir riscos e pagar menos impostos.
Profissionais com experiência no setor jurídico conhecem as melhores estratégias e ajudam na gestão do dia a dia.
Além disso, sempre que possível, é interessante reinvestir no próprio negócio e buscar crescer com planejamento. Com faturamento mais alto e estrutura bem montada, a gestão tributária se torna mais estratégica e menos onerosa.
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E se você é de Campo Grande, essa é a hora de contar com o apoio de um contador em Campo Grande que realmente entenda a sua rotina e as particularidades da sua profissão.
Ter um contador que conhece de perto a realidade dos profissionais liberais e, em especial, dos advogados, pode fazer toda a diferença na hora de escolher o melhor regime tributário.
Esquecer ou atrasar uma obrigação fiscal, por exemplo, pode gerar multas e muita dor de cabeça e com um contador em Campo Grande te acompanhando de perto, você evita esse tipo de problema e ganha tempo para focar no que mais importa: seus clientes e processos.
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