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Orçamento para projetos sociais: por onde começar

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Orçamento para projetos sociais: por onde começar

Elaborar um bom orçamento para um projeto social pode ser o ponto de virada entre conseguir apoio financeiro ou ter o projeto engavetado.

Muita gente acredita que os financiadores escolhem apenas com base na ideia do projeto ou na causa que ele defende.

Mas a verdade é que um orçamento bem estruturado e transparente pesa na decisão de investir ou não em uma iniciativa.

Mais do que números, o orçamento é uma forma de mostrar planejamento, responsabilidade e clareza sobre onde e como os recursos serão usados.

É ele que transmite segurança para quem está pensando em financiar a causa. Afinal, ninguém gosta de colocar dinheiro em algo que parece bagunçado ou improvisado.

Mas calma: montar um orçamento não precisa ser um bicho de sete cabeças. Você não precisa ser um especialista em finanças nem conhecer termos técnicos complicados.

O mais importante é entender como organizar as informações de forma lógica e coerente, sem deixar de lado os detalhes que mostram profissionalismo e comprometimento.

Neste artigo, vamos te mostrar o caminho completo para montar um orçamento que seja claro, honesto e, acima de tudo, atrativo para possíveis financiadores.

Se você lidera um projeto social ou está planejando criar um, este conteúdo vai te ajudar a se preparar melhor para conquistar os apoios que tanto busca.

Vamos juntos nessa jornada?

Entendendo o que é um orçamento de projeto social

Quando falamos em orçamento de projeto social, estamos nos referindo a um documento que mostra, de forma detalhada, quanto vai custar realizar todas as etapas daquele projeto.

Ele inclui desde as ações principais até os custos menores, como material de escritório, transporte ou manutenção de equipamentos.

Diferente de empresas com fins lucrativos, os projetos sociais geralmente não geram receita direta.

Isso significa que o orçamento serve não só para planejar os gastos, mas também para convencer terceiros a financiar o que será feito. Por isso, ele precisa ser muito claro, objetivo e confiável.

O orçamento também ajuda a organizar melhor a execução do projeto.

Com ele, você consegue prever onde o dinheiro será aplicado, quanto será necessário em cada etapa e se é possível adaptar algo para reduzir custos sem comprometer a qualidade.

Em outras palavras, o orçamento serve como um mapa financeiro da sua ideia.

Outro ponto importante é que o orçamento facilita a prestação de contas. Quem doa ou financia quer saber como o dinheiro foi utilizado, e esse documento é a base para mostrar isso de forma honesta e transparente.

Ele é uma ferramenta de planejamento, mas também de credibilidade.

Por fim, vale destacar que não existe um modelo único de orçamento. Ele pode variar conforme o tipo e o tamanho do projeto.

O segredo é sempre adaptar à realidade da sua iniciativa, mantendo a clareza e a coerência nas informações.

Por que os financiadores se importam tanto com o orçamento

Se você já tentou captar recursos e não conseguiu, pode ser que o problema não tenha sido sua ideia.

Muitas vezes, o que afasta os financiadores é a falta de confiança nas informações apresentadas, principalmente no orçamento.

Eles querem ver que o projeto está bem planejado e que cada centavo investido será bem aplicado.

Doadores, empresas ou editais públicos não estão apenas “dando dinheiro”. Eles estão investindo em impacto social e esperam um retorno, não financeiro, mas em resultados concretos.

E o orçamento é uma das formas de prever esse retorno. Se ele está mal feito, fica difícil acreditar que o projeto vai dar certo.

Um bom orçamento mostra que você conhece a realidade do seu projeto. Ele indica que você sabe quanto custa cada etapa, que pensou nas necessidades com antecedência e que consegue antecipar possíveis dificuldades. 

Além disso, o orçamento permite que o financiador avalie se o valor pedido está dentro do que é razoável.

Se um projeto com ações simples pede um valor muito alto, ou se falta detalhamento dos custos, isso pode gerar desconfiança. O mesmo vale para quando os números são genéricos demais.

Outro motivo importante é que muitos financiadores precisam prestar contas aos seus próprios conselhos ou patrocinadores.

Eles vão usar o seu orçamento como base para justificar o investimento. Se ele estiver bem montado, isso facilita muito a aprovação do apoio.

O que não pode faltar em um bom orçamento

Montar um orçamento eficiente envolve mais do que listar valores. É preciso incluir elementos essenciais que ajudem a dar uma visão completa do que será feito e de quanto isso vai custar.

O primeiro passo é separar as despesas por categorias, para facilitar o entendimento.

As despesas diretas são aquelas ligadas diretamente à execução do projeto. Por exemplo: contratação de equipe técnica, compra de materiais, aluguel de espaço para eventos, alimentação dos beneficiários, transporte, entre outros.

Essas são as que precisam de mais atenção, pois representam o “coração” da ação.

Já as despesas indiretas são os custos que não aparecem para o público, mas são fundamentais para manter o projeto funcionando.

Aqui entram contas de luz, água, telefone, internet, manutenção de equipamentos e até parte do salário de quem trabalha na administração do projeto.

Outro item fundamental é indicar as fontes de receita. Mesmo que o projeto ainda não tenha recursos confirmados, vale incluir os valores que se pretende captar com patrocinadores, editais ou campanhas de doação.

Isso mostra que você tem um plano de financiamento e não está apenas pedindo um valor sem critério.

Também é muito recomendável incluir uma reserva técnica. Esse valor serve para cobrir imprevistos, como aumento de preços, atrasos ou substituição de materiais.

É comum deixar entre 5% e 10% do orçamento total reservado para esse tipo de situação.

Por fim, nunca deixe de explicar cada item com clareza. Use uma linguagem simples e objetiva, justificando a necessidade de cada gasto.

Isso ajuda o financiador a entender por que aquele custo é importante para o sucesso do projeto.

Passo a passo para montar seu orçamento do zero

Orçamento para projetos sociais: por onde começar

Fotos: Freepik

A primeira etapa para montar seu orçamento é fazer um levantamento completo das atividades que serão realizadas.

Pegue o cronograma do projeto e vá listando tudo o que será necessário para que cada ação aconteça. Desde grandes eventos até pequenos encontros ou entregas.

Depois disso, comece a estimar os custos de cada item. Pesquise preços com fornecedores, converse com pessoas que já realizaram projetos parecidos, consulte orçamentos anteriores.

Evite “chutar” valores. Isso pode comprometer toda a credibilidade do seu planejamento.

Organize os dados em uma planilha. Separe por categorias (como Recursos Humanos, Materiais, Logística, Comunicação) e use colunas para descrever o item, indicar a quantidade, o valor unitário e o valor total.

Deixe também um campo para observações, onde você pode justificar a necessidade de cada gasto.

Com os valores organizados, revise tudo com calma. Veja se faz sentido, se algum valor parece exagerado ou se ficou faltando alguma informação.

Um orçamento bem revisado transmite muito mais confiança e evita problemas na hora da prestação de contas.

Os erros que mais afastam quem quer investir

Muita gente perde oportunidades valiosas por causa de erros simples no orçamento. Um dos mais comuns é superestimar ou subestimar os custos.

Pedir dinheiro demais para um projeto simples, ou apresentar valores muito baixos para ações complexas, levanta suspeitas e mostra falta de preparo.

Outro erro é não justificar os valores. Simplesmente colocar “R$ 5.000,00 para material” não é suficiente.

É preciso detalhar o que será comprado, para que será usado e por que aquele valor foi definido. Isso mostra que o orçamento foi pensado com seriedade.

A falta de organização também pesa. Um orçamento confuso, mal formatado ou com erros de digitação passa uma imagem negativa, mesmo que o projeto em si seja bom. Investidores gostam de clareza e objetividade.

Além disso, muitos orçamentos deixam de fora os custos indiretos, como energia, administração ou comunicação.

Isso pode parecer uma forma de “enxugar” o orçamento, mas na prática mostra falta de realismo. Esses gastos existem e precisam ser considerados.

Outro problema recorrente é ignorar a prestação de contas. Se o orçamento não estiver estruturado de forma que permita mostrar depois como o dinheiro foi usado, o financiador pode recusar o apoio por falta de segurança.

Como usar a contabilidade a favor do seu projeto

Mesmo que você não tenha um contador na equipe, vale a pena entender como práticas contábeis básicas podem fortalecer o orçamento.

Uma delas é manter registros claros de todos os gastos, com notas fiscais, recibos e contratos. Isso facilita tanto a prestação de contas quanto a organização interna.

Ter um controle financeiro simples, com entradas e saídas bem registradas, já é um grande passo.

Você pode usar planilhas ou aplicativos gratuitos para isso. O importante é conseguir acompanhar o que está sendo gasto e comparar com o que foi planejado.

Outro ponto é separar as finanças do projeto das finanças pessoais ou de outras atividades. Misturar as contas pode gerar confusão e até problemas com auditorias, caso você participe de editais públicos.

Também é importante entender que transparência é um valor chave. Mostrar de forma clara como o dinheiro foi utilizado ajuda a manter a confiança dos financiadores e aumenta as chances de receber novos apoios no futuro.

Se possível, consulte um contador ou profissional da área contábil, mesmo que seja de forma pontual.

Ele pode ajudar a revisar o orçamento, organizar a documentação e garantir que tudo esteja dentro das boas práticas. Isso mostra seriedade e compromisso com o projeto.

Soluções de um contador em Campo Grande para você

Se você chegou até aqui, é porque realmente se preocupa em apresentar um projeto social bem estruturado e quer fazer tudo da melhor forma possível.

E isso já é um ótimo sinal. Mas, mesmo com todo esse esforço, é comum surgir aquela insegurança na hora de fechar o orçamento, prestar contas corretamente ou garantir que tudo esteja dentro do que os financiadores esperam.

É aí que contar com o apoio de um contador experiente faz toda a diferença.

Se você está em Campo Grande e tem um projeto social, contar com um contador pode te ajudar a organizar melhor suas finanças e montar um orçamento mais estratégico.

Um contador em Campo Grande entende a realidade local, conhece as exigências dos editais, e pode te orientar sobre o que colocar ou evitar no planejamento financeiro.

Além disso, com o acompanhamento certo, você ganha segurança para tomar decisões e mostrar mais profissionalismo em cada proposta.

Muita gente só pensa em buscar um contador depois que surgem problemas, mas quando você tem esse suporte desde o início, os resultados aparecem mais rápido.

E, se você é de Campo Grande e está procurando esse tipo de suporte, pode contar com a gente.

A Contili Contabilidade está pronta para te ajudar a montar orçamentos bem-feitos, preparar a prestação de contas com tranquilidade e mostrar que seu projeto está pronto para receber investimentos.

Entre em contato com a gente e descubra como podemos caminhar junto com você, dando todo o apoio técnico que o seu projeto merece.

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