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Fisioterapeuta pode ser MEI? Veja como abrir um CNPJ
A fisioterapia é uma profissão essencial na área da saúde, oferecendo cuidados fundamentais para a recuperação e o bem-estar dos pacientes.
No Brasil, essa profissão é regulamentada por leis específicas que garantem a qualidade e a segurança dos serviços prestados.
No entanto, muitos fisioterapeutas têm dúvidas sobre como formalizar seu negócio e, principalmente, se podem optar pelo regime de Microempreendedor Individual (MEI).
O MEI é uma modalidade simplificada de formalização de pequenos negócios, criada para facilitar o acesso de trabalhadores informais à formalidade.
Com benefícios como carga tributária reduzida e menos burocracia, muitos profissionais de diversas áreas buscam essa opção.
Contudo, é importante entender as limitações e as especificidades de cada profissão em relação ao MEI.
Neste artigo, vamos esclarecer por que os fisioterapeutas não podem ser MEI e apresentar as alternativas viáveis para a formalização do negócio.
Também vamos oferecer um passo a passo detalhado para abrir um CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), destacando os benefícios e as obrigações fiscais envolvidas.
Nosso objetivo é ajudar os fisioterapeutas a entenderem suas opções e tomarem decisões informadas sobre a formalização de suas atividades profissionais.
Fisioterapeuta pode ser MEI?
A primeira questão que muitos fisioterapeutas se perguntam ao considerar a formalização de seu negócio é se podem optar pelo regime de MEI.
A resposta é direta: fisioterapeutas não podem ser MEI. Essa restrição se deve a uma série de razões legais e regulamentares específicas para a profissão.
O MEI foi criado para simplificar a vida de pequenos empreendedores, mas não todas as atividades podem se enquadrar nesse regime.
A legislação brasileira define quais profissões são elegíveis para o MEI, e a fisioterapia não está incluída nessa lista.
Isso ocorre porque o MEI é destinado principalmente a atividades de baixo risco e com menor necessidade de regulamentação específica.
Além disso, a natureza da atividade de fisioterapia exige um nível de responsabilidade e qualificação que vai além das características do MEI.
Profissionais da saúde, como os fisioterapeutas, lidam diretamente com a saúde e o bem-estar dos pacientes, necessitando de regulamentação rigorosa para garantir a qualidade e a segurança dos serviços prestados.
Portanto, fisioterapeutas precisam buscar outras formas de formalização que sejam adequadas à complexidade e às exigências de sua profissão.
As opções incluem a criação de empresas em outras modalidades, como o Empresário Individual, a Sociedade Limitada (LTDA) e a Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), que oferecem a estrutura necessária para operar de acordo com as normas da área de saúde.
Alternativas ao MEI para fisioterapeutas
Foto: Yan Krukau/Freepik
Diante da impossibilidade de se enquadrar como MEI, os fisioterapeutas têm outras opções para formalizar suas atividades profissionais.
Entre as alternativas viáveis estão o Empresário Individual, a Sociedade Limitada (LTDA) e a Sociedade Limitada Unipessoal (SLU).
Cada uma dessas modalidades possui características próprias, vantagens e desvantagens que devem ser consideradas antes de tomar uma decisão.
Empresário individual
O Empresário Individual é uma forma de registro em que o profissional atua como pessoa física, mas com um CNPJ.
Essa modalidade é indicada para fisioterapeutas que desejam manter uma estrutura simples e direta de negócios.
As principais vantagens incluem a facilidade de abertura e a menor burocracia comparada a outras modalidades.
No entanto, é importante destacar que, nessa opção, o patrimônio pessoal do fisioterapeuta não é separado do patrimônio da empresa, o que pode representar um risco em caso de dívidas ou problemas financeiros.
Sociedade limitada
A Sociedade Limitada (LTDA) é uma opção mais robusta e indicada para fisioterapeutas que desejam formar uma parceria com outros profissionais ou expandir suas atividades.
Nessa modalidade, a empresa é composta por dois ou mais sócios, e a responsabilidade de cada um é limitada ao valor de suas quotas.
Isso significa que o patrimônio pessoal dos sócios não é comprometido em caso de dívidas da empresa.
A LTDA oferece uma estrutura mais complexa e segura, com possibilidade de crescimento e diversificação dos serviços prestados.
Sociedade limitada unipessoal
A Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) é uma modalidade relativamente nova no Brasil e combina as vantagens da LTDA com a simplicidade de uma única pessoa como sócio.
Nessa estrutura, o fisioterapeuta pode ser o único proprietário da empresa, beneficiando-se da proteção do patrimônio pessoal e da responsabilidade limitada.
A SLU é ideal para profissionais que desejam atuar de forma independente, mas com uma estrutura empresarial sólida e segura.
Cada uma dessas alternativas oferece diferentes benefícios e desafios, e a escolha deve ser feita com base nas necessidades e nos objetivos específicos de cada fisioterapeuta.
Independentemente da opção escolhida, é essencial buscar orientação profissional para garantir que todos os passos sejam seguidos corretamente e que a formalização ocorra de maneira adequada.
Passo a passo para abrir um CNPJ como fisioterapeuta
Foto: Freepik
Abrir um CNPJ pode parecer uma tarefa complexa, mas com um guia passo a passo, o processo se torna mais simples e manejável.
Abaixo, apresentamos um guia detalhado para fisioterapeutas que desejam formalizar suas atividades profissionais através da abertura de um CNPJ.
Documentação necessária
Antes de iniciar o processo, é importante reunir toda a documentação necessária. Isso inclui:
– Documentos pessoais (RG e CPF).
– Comprovante de endereço.
– Registro no Conselho Regional de Fisioterapia (CREFITO), que é obrigatório para o exercício da profissão.
– Certidão de casamento ou união estável, se aplicável.
Escolha do tipo de empresa
O próximo passo é escolher a estrutura jurídica mais adequada, como o Empresário Individual, a Sociedade Limitada (LTDA) ou a Sociedade Limitada Unipessoal (SLU).
Cada modalidade tem suas próprias vantagens e desvantagens, conforme discutido anteriormente, e a escolha deve ser feita com base nas necessidades e objetivos específicos do fisioterapeuta.
Registro na Junta Comercial
Após decidir o tipo de empresa, o fisioterapeuta deve registrar a empresa na Junta Comercial do estado onde irá atuar.
Esse passo envolve a elaboração do contrato social (no caso de LTDA ou SLU) ou o Requerimento de Empresário (no caso de Empresário Individual).
O processo pode variar ligeiramente de um estado para outro, mas geralmente inclui o preenchimento de formulários e o pagamento de taxas de registro.
Obtenção do CNPJ
Com o registro na Junta Comercial concluído, o próximo passo é obter o CNPJ junto à Receita Federal. Esse processo pode ser feito online, através do site da Receita Federal, onde será necessário preencher um formulário com os dados da empresa e dos sócios, se aplicável.
Após a submissão, o CNPJ é emitido em poucos dias.
Inscrição municipal e alvará de funcionamento
Finalmente, para que a empresa possa operar legalmente, é necessário obter a inscrição municipal na prefeitura da cidade onde a clínica de fisioterapia estará localizada.
Além disso, será necessário solicitar o alvará de funcionamento, que autoriza a empresa a operar no local escolhido.
Esse processo pode incluir vistorias e a apresentação de documentos adicionais, dependendo das exigências locais.
Seguindo esses passos, o fisioterapeuta estará apto a iniciar suas atividades de forma legal e regularizada, garantindo a conformidade com todas as normas e regulamentações aplicáveis à sua profissão.
Obrigações fiscais e tributárias
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Uma vez formalizada a empresa, é essencial estar ciente das obrigações fiscais e tributárias que acompanham a operação de um negócio de fisioterapia.
Cumprir essas obrigações é crucial para evitar problemas legais e garantir a sustentabilidade financeira da empresa.
Principais impostos
Os fisioterapeutas que formalizam suas atividades precisam pagar diversos impostos, incluindo:
– ISS (Imposto Sobre Serviços): imposto municipal aplicado sobre a prestação de serviços. A alíquota varia de acordo com o município.
– IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica): imposto federal sobre o lucro da empresa. A alíquota varia dependendo do regime tributário escolhido.
– Contribuição para o INSS: pagamento obrigatório que garante a contribuição para a previdência social, assegurando benefícios como aposentadoria e auxílio-doença.
Regimes tributários disponíveis
Os fisioterapeutas podem optar por diferentes regimes tributários, cada um com suas próprias características e vantagens:
– Simples Nacional: regime simplificado que unifica vários impostos em uma única guia de pagamento. É indicado para pequenas empresas devido à sua menor carga tributária e simplicidade administrativa.
– Lucro Presumido: regime onde a base de cálculo do imposto é uma porcentagem do faturamento, presumindo um lucro fixo. É vantajoso para empresas com margens de lucro previsíveis.
– Lucro Real: regime onde o imposto é calculado sobre o lucro efetivamente apurado pela empresa. É obrigatório para empresas de grande porte e pode ser vantajoso em setores com margens de lucro variáveis.
Entender e escolher o regime tributário adequado é essencial para a saúde financeira da empresa e pode impactar significativamente a carga tributária. Consultar um contador especializado é altamente recomendável para tomar a decisão mais adequada.
Benefícios de formalizar o negócio
Foto: Mikhail Nilov/Pexels
Formalizar o negócio de fisioterapia traz uma série de benefícios que vão além da conformidade legal.
Esses benefícios podem impactar positivamente a operação, o crescimento e a credibilidade do profissional no mercado.
Acesso a linhas de crédito
Ter um CNPJ permite ao fisioterapeuta acessar linhas de crédito e financiamentos específicos para empresas.
Instituições financeiras oferecem condições vantajosas para empresas formalizadas, facilitando investimentos em equipamentos, expansão do consultório e outras necessidades.
Possibilidade de emitir notas fiscais
A emissão de notas fiscais é uma exigência legal para a prestação de serviços e garante a transparência nas transações comerciais.
Além de evitar problemas com a fiscalização, a emissão de notas fiscais aumenta a credibilidade do fisioterapeuta perante os clientes, que podem ter a segurança de contratar um profissional regularizado.
Credibilidade e confiança no mercado
A formalização transmite confiança e seriedade aos clientes. Muitos pacientes preferem contratar profissionais que atuam de forma regularizada, pois isso oferece garantias adicionais sobre a qualidade e a segurança dos serviços prestados.
Além disso, estar formalizado permite ao fisioterapeuta firmar parcerias com outras empresas e profissionais da área da saúde.
Proteção legal e segurança jurídica
A formalização do negócio oferece proteção legal tanto para o profissional quanto para os clientes.
Em caso de disputas ou problemas legais, ter um CNPJ e cumprir todas as obrigações legais proporciona uma base sólida para a defesa dos interesses do fisioterapeuta.
Além disso, a responsabilidade limitada oferecida por algumas estruturas jurídicas protege o patrimônio pessoal do profissional.
Possibilidade de crescimento e expansão
Empresas formalizadas têm maior facilidade para crescer e expandir suas operações. Com um CNPJ, o fisioterapeuta pode contratar funcionários, abrir filiais e ampliar sua oferta de serviços.
Isso permite que o profissional alcance novos mercados e clientes, aumentando seu faturamento e consolidando sua presença no setor.
Formalizar o negócio é um passo essencial para qualquer fisioterapeuta que deseja crescer de forma sustentável e profissional.
Além de atender às exigências legais, a formalização abre portas para inúmeras oportunidades de desenvolvimento e sucesso.
Soluções de um contador em Campo Grande para o seu negócio
Chegar ao final deste artigo significa que você, fisioterapeuta, está determinado a formalizar seu negócio e operar de acordo com todas as normas e regulamentações exigidas pela sua profissão.
Sabemos que o processo pode parecer complexo e desafiador, mas é um passo essencial para o crescimento e a segurança do seu empreendimento.
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