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Microempresa: Quais impostos pagar e para que servem?
Quando uma empresa se enquadra na categoria de Microempresa (ME), ela precisa lidar com uma série de tributos específicos.
Esses impostos são parte fundamental do funcionamento do negócio, garantindo que ele esteja em conformidade com a lei e contribuindo para o desenvolvimento do país.
Neste artigo, vamos abordar de forma simples e objetiva os principais impostos que uma ME deve pagar, explicando para que cada um deles serve e como afetam a gestão da empresa.
Vamos descomplicar o sistema tributário e ajudar você, empreendedor, a entender melhor essa parte importante do seu negócio.
Impostos federais para microempresas
Os impostos federais são aqueles cobrados pela União e que têm abrangência nacional.
As Microempresas estão sujeitas a uma série de tributos federais, que variam de acordo com o regime de tributação escolhido.
No Simples Nacional, por exemplo, esses impostos são recolhidos de forma unificada, mas é importante entender quais são eles e para que servem.
Um dos principais impostos federais que a ME paga é o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ).
O IRPJ incide sobre o lucro da empresa, ou seja, sobre o que sobra após a dedução de todas as despesas.
Esse imposto é utilizado pelo governo para financiar diversos serviços públicos, como saúde, educação e segurança.
No Simples Nacional, o IRPJ é recolhido de forma simplificada, o que reduz a burocracia para o empreendedor.
Outro imposto federal importante é a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A CSLL tem uma função semelhante à do IRPJ, pois também incide sobre o lucro da empresa.
No entanto, a CSLL é destinada especificamente ao financiamento da Seguridade Social, que engloba a Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde.
Assim como o IRPJ, a CSLL também é recolhida de forma simplificada no Simples Nacional.
Além do IRPJ e da CSLL, a ME também paga o PIS (Programa de Integração Social) e a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
O PIS é um tributo destinado ao financiamento do seguro-desemprego e do abono salarial, beneficiando os trabalhadores formais.
Já a Cofins é uma contribuição que tem como objetivo financiar a seguridade social, incluindo a Previdência, a saúde pública e a assistência social.
Esses dois impostos incidem sobre o faturamento da empresa, ou seja, sobre o valor das vendas realizadas.
Impostos estaduais
Além dos tributos federais, as Microempresas também estão sujeitas a impostos estaduais. O principal imposto estadual que afeta as MEs é o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
O ICMS incide sobre a venda de produtos, a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, e a comunicação.
Cada estado tem autonomia para definir a alíquota do ICMS, o que significa que o valor do imposto pode variar de um estado para outro.
O ICMS é um dos impostos mais importantes para os estados, pois é uma das principais fontes de arrecadação estadual.
Ele é utilizado para financiar diversas áreas, como saúde, educação e segurança pública. Por isso, o recolhimento correto do ICMS é fundamental tanto para o bom funcionamento da empresa quanto para a sociedade como um todo.
No regime Simples Nacional, o ICMS é recolhido de forma simplificada, o que facilita o processo para o empreendedor.
Uma das peculiaridades do ICMS é que ele incide em diferentes etapas da cadeia produtiva, ou seja, ele é cobrado em cada fase de circulação da mercadoria, desde a fabricação até a venda final.
Isso pode gerar o chamado “efeito cascata”, onde o imposto vai se acumulando ao longo do processo.
No entanto, existem mecanismos como o crédito de ICMS, que permitem à empresa deduzir o valor do imposto pago nas etapas anteriores, reduzindo o impacto final sobre o preço do produto.
A complexidade do ICMS varia de acordo com o estado, já que cada unidade federativa pode definir suas próprias regras e alíquotas.
Por isso, é importante que o empreendedor esteja atento às especificidades do ICMS no seu estado e conte com o apoio de um contador para garantir o cumprimento correto das obrigações fiscais.
Uma gestão eficiente do ICMS pode fazer a diferença na saúde financeira da empresa, evitando surpresas desagradáveis e garantindo que a empresa esteja em conformidade com a lei.
Impostos municipais
Foto: Mikhail Nilov/Pexels
Os impostos municipais são aqueles cobrados pelos municípios e que incidem principalmente sobre a prestação de serviços.
O principal imposto municipal que afeta as Microempresas é o ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza).
O ISS é cobrado sobre a prestação de serviços em geral, como consultorias, serviços médicos, advocatícios, entre outros. Assim, se a sua ME atua no setor de serviços, o ISS é um imposto que você precisa conhecer bem.
Cada município tem autonomia para definir a alíquota do ISS, que geralmente varia entre 2% e 5%.
Isso significa que o valor do imposto pode ser diferente dependendo da cidade em que a empresa está localizada.
Por isso, é importante que o empreendedor esteja atento às regras do município onde sua empresa está registrada e se informe sobre a alíquota aplicável à sua atividade.
O ISS é uma importante fonte de arrecadação para os municípios, sendo utilizado para financiar serviços públicos locais, como educação, saúde e infraestrutura.
Portanto, o pagamento correto desse imposto é fundamental para o bom funcionamento da cidade e para a manutenção dos serviços que beneficiam toda a população.
No regime Simples Nacional, o ISS também é recolhido de forma simplificada, facilitando o processo para o empreendedor.
Além do ISS, alguns municípios podem cobrar outras taxas e contribuições, como a Taxa de Licenciamento e a Taxa de Fiscalização.
Essas taxas estão relacionadas à autorização para o funcionamento da empresa e à fiscalização de suas atividades, garantindo que o negócio esteja operando dentro das normas estabelecidas pelo município.
Embora essas taxas possam parecer pequenas, é importante incluí-las no planejamento financeiro da empresa para evitar surpresas.
Tributação no simples nacional
O Simples Nacional é um regime tributário simplificado criado para facilitar a vida das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (EPP).
Ele unifica o pagamento de diversos tributos em uma única guia, o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), o que reduz a burocracia e facilita o processo de pagamento dos impostos.
Para as Microempresas, o Simples Nacional é uma excelente opção, pois simplifica o cumprimento das obrigações fiscais e, muitas vezes, reduz a carga tributária.
No Simples Nacional, os principais impostos que a ME paga são: IRPJ, CSLL, PIS, Cofins, IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), ICMS, ISS e CPP (Contribuição Patronal Previdenciária).
Todos esses tributos são recolhidos de forma unificada através do DAS, o que significa que o empreendedor não precisa lidar com guias separadas para cada imposto.
Isso simplifica muito o processo de recolhimento e permite que o empresário foque mais na gestão do seu negócio.
Uma das principais vantagens do Simples Nacional é a redução da carga tributária. Dependendo do faturamento da empresa e do setor de atuação, as alíquotas do Simples Nacional podem ser mais baixas do que as dos regimes de Lucro Presumido ou Lucro Real.
Além disso, o Simples Nacional permite o recolhimento de tributos de forma progressiva, ou seja, quanto maior o faturamento, maior a alíquota. Isso torna o regime mais justo para as empresas de menor porte.
No entanto, apesar das vantagens, é importante lembrar que o Simples Nacional não é obrigatório para todas as Microempresas.
Algumas atividades estão excluídas do regime, como instituições financeiras e empresas que exercem atividades de produção ou venda de cigarros, bebidas alcoólicas e armamentos.
Por isso, é fundamental que o empreendedor consulte um contador antes de optar pelo Simples Nacional, para garantir que esse regime é realmente a melhor opção para o seu negócio.
Destinação dos tributos: Para que servem os impostos?
Os tributos pagos pelas Microempresas não são apenas uma obrigação legal, mas também uma contribuição importante para o desenvolvimento do país.
Cada imposto tem uma destinação específica, e entender para que eles servem pode ajudar o empreendedor a enxergar o valor de estar em dia com suas obrigações fiscais.
Embora os tributos possam parecer um peso para o negócio, eles são fundamentais para o funcionamento da sociedade.
O IRPJ e a CSLL, por exemplo, são utilizados para financiar uma série de serviços públicos, como educação, saúde, segurança e infraestrutura.
Esses impostos ajudam a manter o funcionamento das escolas, hospitais, delegacias e estradas, beneficiando toda a população.
Quando a empresa paga esses tributos, ela está contribuindo diretamente para o bem-estar da sociedade e para o desenvolvimento do país.
O PIS e a Cofins têm uma destinação específica para a seguridade social, que inclui a Previdência Social, a saúde pública e a assistência social.
Esses tributos são fundamentais para garantir que os trabalhadores tenham acesso a benefícios como aposentadoria, auxílio-doença e seguro-desemprego.
Além disso, eles ajudam a financiar o Sistema Único de Saúde (SUS), que oferece atendimento médico gratuito para milhões de brasileiros.
O ICMS, por sua vez, é um dos principais impostos estaduais e é utilizado para financiar serviços públicos estaduais, como a segurança e a educação.
Cada estado utiliza os recursos arrecadados com o ICMS para investir em áreas prioritárias, como a construção de escolas, hospitais e estradas.
Da mesma forma, o ISS é uma fonte importante de arrecadação para os municípios, sendo utilizado para financiar serviços locais, como coleta de lixo, iluminação pública e manutenção de praças e parques.
Entender o destino dos tributos pode ajudar o empreendedor a enxergar a importância de estar em dia com suas obrigações fiscais.
Além de evitar problemas com o Fisco, o pagamento correto dos impostos contribui para o desenvolvimento do país e para a melhoria da qualidade de vida da população.
Obrigações acessórias das microempresas
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Além do pagamento dos tributos, as Microempresas também precisam cumprir uma série de obrigações acessórias, que são exigências legais complementares ao recolhimento de impostos.
Essas obrigações incluem a entrega de declarações, a manutenção de livros contábeis e o cumprimento de prazos específicos.
Embora possam parecer tarefas burocráticas, elas são fundamentais para garantir que a empresa esteja em conformidade com a lei.
Uma das principais obrigações acessórias para as MEs é a Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais (DEFIS).
Essa declaração deve ser entregue anualmente por todas as empresas optantes pelo Simples Nacional e contém informações sobre o faturamento da empresa, a quantidade de funcionários e outros dados relevantes.
A DEFIS é importante porque permite que a Receita Federal acompanhe o desempenho da empresa e verifique se os tributos estão sendo recolhidos corretamente.
Outra obrigação acessória importante é a Escrituração Contábil Digital (ECD), que é uma versão eletrônica dos livros contábeis da empresa.
A ECD deve ser enviada anualmente para o SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), permitindo que o Fisco tenha acesso às informações contábeis da empresa de forma rápida e segura.
Essa obrigação é fundamental para garantir a transparência da empresa e evitar problemas com a fiscalização.
Além disso, as MEs também precisam cumprir obrigações trabalhistas, como o envio do eSocial, que é o sistema de escrituração digital das obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas.
O eSocial reúne todas as informações sobre os funcionários da empresa, como admissão, demissão, folha de pagamento e férias.
Cumprir essas obrigações trabalhistas é essencial para garantir que a empresa esteja em conformidade com a legislação e evitar multas e penalidades.
Cumprir as obrigações acessórias pode parecer uma tarefa complexa, mas é fundamental para garantir que a empresa esteja em dia com a legislação.
Contar com o apoio de um contador experiente pode fazer toda a diferença nesse processo, ajudando o empreendedor a lidar com as exigências fiscais de forma eficiente e evitando problemas com o Fisco.
Soluções de um contador em Campo Grande para o seu negócio
Se você chegou até aqui, já entendeu a importância de estar em dia com os impostos e de gerenciar sua Microempresa de forma eficiente.
Sabemos que lidar com todas as obrigações fiscais pode ser desafiador, especialmente quando você está focado no crescimento do seu negócio.
É por isso que contar com o apoio de um contador em Campo Grande pode fazer toda a diferença.
Um contador em Campo Grande conhece bem as peculiaridades do sistema tributário local e está preparado para ajudar você a simplificar a gestão fiscal da sua empresa.
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