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Como migrar do simples nacional para o lucro presumido

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Como migrar do simples nacional para o lucro presumido

Quando um negócio começa a crescer, é natural que o empreendedor comece a olhar com mais atenção para o que está por trás dos impostos.

Muitos começam no Simples Nacional por ser um regime mais fácil de lidar no começo.

Mas, conforme a empresa evolui, pode surgir a dúvida: será que ainda vale a pena continuar no Simples? Ou já é hora de mudar para o Lucro Presumido? Esse tipo de pergunta é mais comum do que parece.

A verdade é que, dependendo do faturamento, da atividade exercida e de outros fatores, a mudança de regime pode representar uma grande economia no pagamento de tributos.

Mas essa transição precisa ser bem pensada e planejada. Não dá para simplesmente “mudar” de um regime para outro sem considerar as consequências.

Neste artigo, vamos mostrar de forma clara e descomplicada como funciona a saída do Simples Nacional para o Lucro Presumido.

Você vai entender quando vale a pena fazer essa troca, como realizar o processo e quais cuidados tomar para evitar dores de cabeça.

Se você é empreendedor e quer tomar decisões mais inteligentes para o seu negócio, este conteúdo foi feito para você.

Quem pode sair do Simples Nacional?

A primeira coisa que você precisa entender é que nem toda empresa pode ou deve permanecer no Simples Nacional para sempre.

Esse regime é voltado principalmente para micro e pequenas empresas, com faturamento de até 4,8 milhões de reais por ano. Se sua empresa ultrapassar esse valor, a saída do Simples passa a ser obrigatória.

Mas mesmo que você ainda esteja dentro do limite de faturamento, pode optar voluntariamente por sair do Simples.

E por que alguém faria isso? Simples: porque pode ser mais vantajoso financeiramente. Existem atividades que, dentro do Simples, acabam pagando uma carga tributária mais alta do que pagariam no Lucro Presumido.

Isso acontece especialmente em empresas de serviços, como consultorias, clínicas médicas, tecnologia e marketing.

Outro ponto importante é que, mesmo dentro do limite, algumas empresas não podem mais permanecer no Simples por outros motivos, como alterações na natureza da atividade ou questões societárias.

Empresas com sócios estrangeiros, por exemplo, não podem optar pelo Simples. Se algo mudar na estrutura da empresa, é bom verificar se ainda é possível continuar nesse regime.

Sair do Simples, portanto, não é algo que só acontece quando a empresa “estoura” o limite de faturamento. Pode ser uma decisão estratégica. Mas atenção: isso exige um bom planejamento.

A decisão deve ser baseada em números, e não em achismos. O ideal é que essa análise seja feita junto com um contador que entenda as particularidades do seu negócio.

Então, se você está se perguntando se pode sair do Simples, a resposta é sim, desde que esteja atento às regras e às datas corretas para isso.

A boa notícia é que a migração pode ser bem tranquila quando feita com organização e responsabilidade.

Quando vale a pena migrar para o Lucro Presumido?

Essa é, sem dúvida, a pergunta mais importante de todo esse processo. Porque sair do Simples por sair não faz sentido.

A mudança só vale a pena quando há vantagem real para o negócio. Por isso, o primeiro passo é avaliar os números da sua empresa com cuidado.

O Lucro Presumido pode ser uma ótima alternativa para empresas com margem de lucro elevada, especialmente quando os custos operacionais são baixos.

Isso porque, nesse regime, os tributos são calculados com base em uma “presunção” de lucro, e não sobre o lucro real obtido.

Se a sua empresa tem uma margem superior à presumida, você pode acabar pagando menos impostos do que no Simples.

Outro fator importante é o tipo de atividade que a empresa exerce. Algumas categorias pagam alíquotas mais altas no Simples e, nesses casos, o Lucro Presumido pode sair mais em conta.

Um exemplo são clínicas odontológicas ou empresas de tecnologia, que muitas vezes se beneficiam mais da estrutura do Lucro Presumido, mesmo tendo um faturamento dentro do limite do Simples.

Também é comum que empresas que prestam serviços a outras empresas optem pela mudança.

Isso porque, no Lucro Presumido, é possível aproveitar alguns créditos de PIS e COFINS, o que reduz o peso da tributação. Já no Simples, esse benefício não existe.

Ou seja, pode haver economia não só no pagamento de impostos, mas também na forma como você estrutura a sua operação.

Vale lembrar que o Lucro Presumido exige mais organização financeira. A empresa precisa manter uma contabilidade mais detalhada e enviar mais obrigações fiscais ao governo.

Mas se isso não for um problema, e os números mostrarem que há economia, a mudança pode ser muito bem-vinda.

Passo a passo para sair do Simples Nacional

Como migrar do simples nacional para o lucro presumido

Fotos: Freepik

Se você já avaliou e concluiu que a migração para o Lucro Presumido faz sentido, é hora de entender como funciona esse processo.

A boa notícia é que ele não é burocrático demais, mas exige atenção com prazos e detalhes.

O primeiro passo é conversar com um contador. Isso pode parecer óbvio, mas muita gente tenta tomar essa decisão sozinha e acaba cometendo erros que custam caro.

O contador vai fazer uma análise detalhada da sua empresa e ajudar a simular os impostos em cada regime. Com isso, é possível ter clareza sobre o impacto da mudança.

Depois dessa análise, é hora de formalizar a saída do Simples. Isso acontece por meio de uma comunicação à Receita Federal.

Para empresas que optam pela saída voluntária, o prazo para fazer essa escolha normalmente vai até o final de janeiro de cada ano. Se passar desse prazo, a empresa só poderá mudar no ano seguinte.

Também é necessário fazer alterações nos registros da empresa, como a atualização do cadastro junto aos órgãos competentes e, em alguns casos, até no contrato social.

Tudo isso precisa ser feito de forma coordenada para evitar inconsistências nas informações.

Uma vez confirmada a saída, a empresa precisa começar a atuar dentro das regras do novo regime.

Isso inclui a forma como emite notas fiscais, como calcula impostos e como organiza a contabilidade. Pode parecer muita coisa, mas com o suporte certo, essa adaptação acontece de forma gradual.

Por fim, lembre-se de que a mudança só começa a valer a partir do início do ano-calendário. Ou seja, se você optar pela saída em janeiro, os novos tributos só passam a ser aplicados de fato a partir daquele ano.

Não dá para mudar “no meio do caminho”. Isso traz previsibilidade, mas também exige planejamento com antecedência.

Principais impactos da mudança

Migrar do Simples Nacional para o Lucro Presumido traz mudanças significativas na rotina da empresa.

E é muito importante entender esses impactos antes de tomar qualquer decisão. A primeira grande diferença está na forma como os impostos são calculados e pagos.

No Simples, tudo é reunido em uma guia única, o DAS. Já no Lucro Presumido, os tributos são separados e pagos individualmente.

Isso inclui impostos como IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e, dependendo da atividade, ISS ou ICMS. Isso significa que o controle fiscal da empresa precisa ser mais detalhado.

Além disso, o Lucro Presumido exige mais obrigações acessórias. Ou seja, a empresa precisa entregar declarações e arquivos contábeis com mais frequência e complexidade.

Entram nessa lista documentos como a DCTF, EFD Contribuições, entre outros. Isso exige uma contabilidade mais estruturada e uma atenção maior com prazos.

Outro impacto importante está na contabilidade em si. No Simples, muitos empresários acabam não mantendo uma contabilidade completa.

No Lucro Presumido, isso é obrigatório. A empresa precisa manter um livro caixa, um balanço patrimonial e registros de todas as receitas e despesas.

Na prática, isso pode parecer mais trabalhoso, mas também traz vantagens. Com uma contabilidade mais organizada, o empresário tem uma visão mais clara sobre a saúde financeira da empresa.

Isso ajuda a tomar decisões melhores e até facilita a obtenção de crédito no mercado.

Portanto, a mudança de regime traz sim mais exigências. Mas essas exigências podem trazer benefícios a longo prazo, desde que a empresa esteja preparada para lidar com elas.

Não é só sobre pagar menos imposto, mas também sobre ganhar maturidade na gestão financeira.

Dicas para uma transição segura e eficiente

Se você chegou até aqui, já sabe que sair do Simples Nacional não é uma decisão simples. Mas, com as estratégias certas, é totalmente possível fazer essa transição de forma tranquila e segura. 

O primeiro passo é sempre o planejamento. Antes de qualquer decisão, sente com o contador, revise os números e faça simulações.

Organize a documentação da empresa com antecedência. Isso inclui contratos, notas fiscais, demonstrativos financeiros e demais informações contábeis.

Quanto mais organizados esses dados estiverem, mais fácil será fazer a adaptação para o novo regime.

Uma boa dica é investir em ferramentas de gestão financeira. Softwares de controle de fluxo de caixa, emissão de notas fiscais e geração de relatórios ajudam a manter tudo em ordem.

Com o Lucro Presumido, esse tipo de organização passa a ser essencial, não apenas uma vantagem.

Treinar a equipe também é uma etapa importante. Se a sua empresa tem um time administrativo ou financeiro, é bom que todos estejam cientes das novas exigências.

Isso ajuda a evitar erros na emissão de documentos e no preenchimento de obrigações fiscais.

E, claro, mantenha um acompanhamento constante com o contador ao longo do primeiro ano no novo regime.

Isso permite fazer ajustes e correções sempre que necessário, além de garantir que a empresa esteja aproveitando todos os benefícios do Lucro Presumido de forma correta.

Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você

Se você chegou até aqui, é sinal de que está realmente comprometido em fazer escolhas mais inteligentes para o seu negócio.

E se está considerando sair do Simples Nacional e migrar para o Lucro Presumido, contar com o apoio de um bom contador faz toda a diferença nesse processo.

Para quem é de Campo Grande, encontrar um contador que conheça a realidade local, entenda o seu tipo de negócio e ofereça um atendimento próximo e estratégico pode ser exatamente o que você precisa para tomar essa decisão com segurança.

Ter ao lado um contador em Campo Grande que não apenas execute as obrigações fiscais, mas que também atue de forma consultiva, ajudando a identificar oportunidades e evitar erros, é um diferencial.

A mudança de regime tributário exige atenção, e um contador com experiência conhece as exigências específicas da região, o que ajuda muito na hora de lidar com questões práticas do dia a dia.

Se você é empreendedor e está procurando um contador em Campo Grande que vá além do básico e realmente ajude sua empresa a crescer de forma organizada e sustentável, pode contar com a gente.

A Contili Contabilidade está pronta para orientar sua empresa nesse processo de transição com clareza, responsabilidade e total transparência.

Entre em contato conosco e agende uma conversa. Vamos juntos encontrar o melhor caminho para o seu negócio.

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