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Como precificar serviços odontológicos de forma correta

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Como precificar serviços odontológicos de forma correta

Definir o preço certo para um serviço odontológico pode parecer simples, mas a realidade é que essa tarefa exige atenção a muitos detalhes.

Um valor mal calculado pode afastar pacientes, comprometer a saúde financeira da clínica e até desvalorizar o trabalho do profissional.

Por outro lado, precificar corretamente é uma forma de garantir que o consultório se mantenha sustentável e competitivo, sem abrir mão da qualidade e da rentabilidade.

Neste artigo, vamos mostrar um caminho prático e descomplicado para você entender como formar preços justos para os seus serviços odontológicos.

O objetivo aqui não é apenas falar de números, mas também de estratégia, percepção de valor e organização.

Continue a leitura e descubra como tornar a precificação uma aliada do crescimento da sua clínica.

Por que a precificação correta é um desafio na odontologia?

Muitos dentistas enfrentam dificuldades para definir os preços dos seus procedimentos porque, geralmente, essa é uma parte da gestão que não é abordada com profundidade na formação acadêmica.

O foco está na técnica, no atendimento, na ética profissional. Mas quando o assunto é colocar preço no serviço, surge a dúvida: como calcular algo que depende de tantos fatores?

Além disso, cada clínica tem suas particularidades. Os custos variam de acordo com o local, a equipe, os equipamentos utilizados e até o perfil dos pacientes atendidos.

Não existe uma “tabela mágica” que funcione para todos. Por isso, copiar o preço da clínica vizinha pode ser um grande erro.

Outro ponto que torna a precificação um desafio é o equilíbrio entre o que é justo para o paciente e o que é justo para o profissional.

De um lado, é preciso tornar o serviço acessível, competitivo. De outro, é fundamental garantir que ele seja lucrativo, que cubra todos os custos e permita reinvestimentos na clínica.

Sem uma estrutura clara de precificação, o profissional corre o risco de trabalhar muito, faturar pouco e se sentir desvalorizado.

O resultado disso é estresse, insegurança e, muitas vezes, perda de qualidade no atendimento. Por isso, mais do que uma questão de números, precificar bem é uma questão de equilíbrio e visão estratégica.

O que significa precificar de forma justa?

Quando falamos em preço justo, é comum pensarmos logo no lado do consumidor. Mas, no caso dos serviços odontológicos, o preço também precisa ser justo para quem executa o trabalho.

Ou seja, precisa cobrir os custos, gerar lucro e refletir a qualidade e a complexidade do serviço prestado.

Um preço justo é aquele que respeita o tempo do profissional, o investimento feito em capacitação e estrutura, e que também leva em consideração o valor percebido pelo paciente.

Não se trata de cobrar mais ou menos, mas sim de encontrar um valor que faça sentido para os dois lados.

É importante entender que nem sempre o paciente procura o menor preço. Muitas vezes, ele está em busca de confiança, acolhimento e resultados.

Um bom atendimento, um ambiente agradável e um serviço de qualidade são fatores que agregam valor ao preço cobrado.

Também é preciso lembrar que justiça não é sinônimo de igualdade. Dois dentistas podem oferecer o mesmo procedimento, mas terem custos e estruturas completamente diferentes.

O que é justo para um, pode não ser viável para outro. Por isso, o processo de precificação deve ser personalizado.

Quando o preço é justo, o paciente percebe o valor e se sente mais seguro em seguir com o tratamento.

E o profissional, por sua vez, consegue manter a qualidade do serviço sem comprometer sua saúde financeira.

Passo a passo para precificar corretamente os serviços odontológicos

Como precificar serviços odontológicos de forma correta

Fotos: Freepik

Quando o assunto é precificar, muitos profissionais acabam se sentindo perdidos por não saberem por onde começar.

A boa notícia é que, com organização e um pouco de atenção aos detalhes, é totalmente possível estruturar uma forma prática e eficiente de definir os valores dos seus serviços.

Abaixo, você confere um passo a passo completo para chegar a um preço justo, tanto para você quanto para o seu paciente.

1. Identifique todos os seus custos fixos

O primeiro passo é entender o que você precisa pagar todos os meses, mesmo que não atenda nenhum paciente.

Isso inclui aluguel da clínica, salário de funcionários, contas de água, luz, telefone, internet, softwares de gestão, limpeza, manutenção básica, entre outros.

São chamados de custos fixos justamente porque acontecem independentemente da produção.

Ter clareza sobre esse valor total mensal é essencial para saber quanto sua clínica precisa gerar de receita apenas para “empatar”.

Anote tudo, mesmo as pequenas despesas que, somadas, fazem diferença no fim do mês.

2. Liste os custos variáveis de cada procedimento

Diferente dos custos fixos, os variáveis mudam de acordo com o volume de atendimentos.

São os gastos diretamente relacionados a cada serviço prestado. Por exemplo: anestésicos, resinas, luvas, descartáveis, materiais específicos de ortodontia, entre outros.

Cada procedimento tem seu próprio custo variável. Uma profilaxia, por exemplo, envolve materiais simples e tempo mais curto, enquanto uma reabilitação completa exige muito mais recursos e horas clínicas.

Avaliar esses detalhes individualmente permite criar uma estrutura de preço realista para cada tipo de atendimento.

3. Calcule sua hora clínica

Esse é um dos pontos mais importantes da precificação e também um dos mais ignorados. Calcular a sua hora clínica significa entender quanto vale, financeiramente, uma hora do seu tempo de trabalho.

Esse valor é obtido considerando os custos fixos, a quantidade de horas trabalhadas por mês e o quanto você deseja receber como remuneração.

Por exemplo: se os seus custos fixos mensais são de R$ 20.000, você deseja ter um lucro de R$ 10.000 e trabalha 160 horas por mês, o valor da sua hora clínica precisa cobrir pelo menos R$ 187,50.

Esse é o mínimo para que a operação se mantenha viável.

Ao saber o valor da sua hora, você pode multiplicá-la pelo tempo médio que cada procedimento leva. Assim, começa a ter uma base sólida para o preço final de cada serviço.

4. Adicione a margem de lucro

Agora que você já sabe quanto custa executar cada serviço, é hora de pensar no lucro. Afinal, precificar apenas para cobrir custos não é sustentável.

A margem de lucro deve ser planejada com base na realidade do seu mercado, no posicionamento da sua clínica e nos objetivos de crescimento do negócio.

Essa margem pode variar de acordo com o tipo de serviço. Procedimentos de rotina, mais acessíveis, podem ter margens menores.

Já tratamentos mais complexos e exclusivos podem ter margens mais elevadas, desde que o valor entregue ao paciente justifique esse posicionamento.

Ao aplicar a margem sobre o custo total (fixo proporcional + variável + hora clínica), você chega ao preço ideal de venda daquele serviço.

5. Considere o valor percebido pelo paciente

O próximo passo é alinhar o preço calculado com o que é percebido como justo pelo seu público. Isso não significa baixar o valor para agradar, mas sim comunicar bem o que está sendo entregue.

Um bom trabalho de apresentação e relacionamento pode elevar a percepção de valor do seu serviço e, com isso, justificar preços mais elevados.

Aqui vale refletir: o que diferencia sua clínica? Atendimento humanizado, estrutura moderna, pontualidade, confiança?

Tudo isso contribui para o valor percebido e deve ser considerado na hora de apresentar o preço final.

6. Compare com o mercado, mas não copie

Depois de fazer toda a estruturação interna, vale a pena olhar para o mercado e entender como os seus preços se posicionam em relação à concorrência.

Isso ajuda a ter uma noção se você está muito fora da média. Mas atenção: o objetivo não é copiar o concorrente, e sim usar essas informações para validar sua estratégia ou ajustar sua comunicação.

Lembre-se de que clínicas diferentes têm realidades diferentes. Quem cobra mais pode ter estrutura maior ou atuar com público mais seleto.

Quem cobra menos pode estar com custos reduzidos ou trabalhando com volume. O seu preço deve refletir a sua realidade.

7. Crie uma planilha de precificação

Com todas essas informações, você pode montar uma planilha, o custo estimado de cada um, o tempo médio de execução, o valor da sua hora clínica e a margem de lucro aplicada.

Essa planilha será sua base para tomar decisões com segurança.

Além de facilitar a precificação, ela também ajuda a manter o controle do negócio e revisar os valores de tempos em tempos.

Sempre que houver aumento nos custos, troca de fornecedores ou mudanças na rotina da clínica, vale a pena revisitar a planilha e ajustar o que for necessário.

8. Teste e ajuste conforme o retorno

Por fim, vale lembrar que precificar é também um processo de aprendizado.

Depois de aplicar os novos preços, observe a aceitação dos pacientes, acompanhe os resultados financeiros e veja se o valor está adequado ao retorno. Se necessário, ajuste, melhore sua comunicação e siga aprimorando.

O importante é não ficar preso a valores definidos no “olhômetro” ou na comparação com terceiros.

Com dados concretos e organização, a precificação deixa de ser um problema e passa a ser uma ferramenta de crescimento para sua clínica.

Como o valor percebido influencia o preço final

Como precificar serviços odontológicos de forma correta

Foto: Freepik

Nem sempre o que é barato é visto como vantajoso, e nem tudo que é caro é automaticamente rejeitado.

O que realmente pesa na decisão do paciente é o valor percebido do serviço. Isso inclui a experiência, a confiança no profissional, a estrutura do consultório e o atendimento oferecido.

Uma clínica que transmite organização, que oferece um bom relacionamento com o paciente e que mostra domínio técnico tem mais facilidade para justificar preços mais altos.

O paciente não está apenas pagando por um procedimento, mas sim por todo o conjunto que envolve o atendimento.

É por isso que investir em comunicação, apresentação pessoal, ambiente acolhedor e clareza nas informações pode impactar diretamente na percepção de valor.

O paciente precisa entender o que está sendo oferecido, por que é importante e como isso vai impactar sua saúde e bem-estar.

A forma como o preço é apresentado também faz diferença. Evite tratar o valor como um tabu.

Apresente com segurança, mostre o que está incluso no serviço e esteja preparado para explicar os benefícios. Isso transmite confiança e reduz a resistência ao valor cobrado.

Lembre-se: o valor percebido é construído. Se o paciente percebe que está recebendo um serviço completo, atencioso e personalizado, ele entende o preço como justo e fica mais propenso a aceitar o tratamento.

Precificação inteligente com apoio contábil e financeiro

Uma boa precificação exige organização. E nesse ponto, contar com o apoio de uma assessoria especializada pode fazer toda a diferença.

Profissionais que entendem da área de saúde podem ajudar a organizar melhor os números, identificar gargalos e propor soluções práticas.

Com apoio técnico, fica mais fácil ter uma visão clara de quanto a clínica precisa faturar por mês para cobrir seus custos, atingir seus objetivos e manter a operação saudável.

Isso evita decisões precipitadas e reduz o risco de subestimar ou superestimar os valores.

Ferramentas de controle financeiro, como fluxo de caixa e relatório de receitas e despesas, ajudam a monitorar os resultados e identificar quando é hora de revisar os preços.

Quando a clínica trabalha com metas e indicadores, as decisões passam a ser mais estratégicas.

Outra vantagem é ter clareza sobre os custos ocultos. Às vezes, um procedimento parece simples, mas envolve uma série de pequenas despesas que, somadas, impactam diretamente na margem de lucro.

Com um acompanhamento profissional, esses detalhes deixam de passar despercebidos.

A precificação inteligente é aquela que não depende de sorte ou palpite. É baseada em números reais, ajustada à realidade da clínica e pensada para garantir resultados consistentes ao longo do tempo.

Tributação e precificação: impacto dos impostos nos preços

Os tributos fazem parte da rotina de qualquer negócio, e na odontologia isso não é diferente.

Ignorar os impostos na hora de calcular os preços pode comprometer toda a rentabilidade do consultório. Afinal, o que entra no caixa não é o que realmente fica no bolso.

É fundamental considerar os encargos que incidem sobre o faturamento e incluí-los na composição do preço.

Isso evita surpresas no fim do mês e permite que o valor cobrado cubra de forma justa todas as obrigações legais.

A forma como o dentista está enquadrado juridicamente também influencia nos impostos pagos.

Existem diferentes regimes que afetam o valor da tributação, e isso deve ser levado em conta na hora de fazer a precificação.

Um mesmo serviço pode ter impacto financeiro diferente dependendo da estrutura do negócio.

Por isso, entender minimamente como os tributos afetam seu faturamento é uma atitude estratégica.

E se isso parecer complexo, contar com o apoio de um contador que fale a sua língua e conheça o dia a dia da odontologia é uma excelente solução.

Incluir os impostos de forma clara na precificação mostra profissionalismo, evita prejuízos e ajuda a construir um negócio mais sólido e seguro.

Dicas práticas e erros a evitar ao definir preços

Uma dica importante é não tentar agradar a todos com os preços. Tentar ser o mais barato da região pode atrair um perfil de paciente que busca apenas economia e não fidelização.

Prefira focar em oferecer valor e justificar o investimento com qualidade e atendimento diferenciado.

Outra sugestão é revisar os preços com frequência. Mudanças no mercado, inflação, novos custos e investimentos na clínica precisam ser refletidos na precificação.

Atualizar os valores de tempos em tempos ajuda a manter o negócio sustentável.

Evite deixar os preços escondidos. Seja transparente. Isso transmite segurança ao paciente e evita desconfortos no momento do pagamento. Um paciente bem informado tem mais confiança no processo.

Utilize planilhas, ferramentas ou aplicativos que ajudem a controlar os custos e visualizar a margem de lucro de cada serviço.

Isso evita decisões baseadas apenas na intuição e melhora o planejamento financeiro da clínica.

Por fim, evite negociar preço sem critério. Se for oferecer descontos, que eles estejam planejados, tenham um limite e façam parte de uma estratégia.

Descontos aleatórios podem desvalorizar o serviço e prejudicar a saúde financeira do consultório.

Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você

Se você chegou até aqui, já percebeu que precificar corretamente os serviços odontológicos não é só uma questão de bom senso.

É um processo que exige atenção aos números, estratégia e organização. E para quem busca crescimento e estabilidade financeira na clínica, contar com apoio especializado pode fazer toda a diferença.

Se você atua em Campo Grande, ter um contador que compreenda a realidade da odontologia é um diferencial importante.

Esse profissional pode te ajudar a entender melhor seus custos, estruturar seus preços com base em dados reais e te orientar em decisões que impactam diretamente a saúde do seu negócio.

Além disso, um contador em Campo Grande pode te auxiliar na escolha do regime tributário mais vantajoso, evitando surpresas desagradáveis com impostos e ajudando a reduzir gastos desnecessários.

Ter esse suporte também garante que sua clínica esteja sempre em dia com as obrigações fiscais e trabalhistas, o que transmite mais segurança para você e para seus pacientes.

Não importa se você está iniciando a sua jornada empreendedora na odontologia ou se já tem uma clínica consolidada.

Trabalhar com um contador em Campo Grande é uma forma inteligente de ganhar tempo, clareza e confiança para focar no que você faz de melhor: cuidar de pessoas.

A Contili Contabilidade está pronta para ser essa parceira estratégica no seu negócio.

Entre em contato com a nossa equipe e descubra como podemos te ajudar a transformar a gestão da sua clínica odontológica, com estrutura, planejamento e resultados reais.

Como precificar serviços odontológicos de forma correta