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Como relatórios contábeis impactam o terceiro setor
Falar sobre contabilidade no terceiro setor pode parecer, à primeira vista, um assunto burocrático ou até distante da realidade de muitas organizações sociais.
Afinal, quando pensamos em ONGs, associações ou fundações, o foco costuma estar nos projetos sociais, no impacto na comunidade e nas histórias inspiradoras que essas instituições constroem todos os dias.
Mas existe um ponto crucial que garante que tudo isso continue acontecendo de forma saudável: a transparência.
E quando o assunto é transparência, não tem como fugir dos números.
Mais do que uma exigência legal, manter uma gestão financeira clara e acessível é uma forma de conquistar a confiança de doadores, parceiros e da sociedade como um todo. E é justamente aí que entram os relatórios contábeis.
Mas calma. Isso não significa que você precisa se tornar um especialista em finanças ou dominar termos técnicos complicados.
O que você vai ver neste artigo é como os relatórios contábeis podem ser grandes aliados da sua instituição, ajudando não só a prestar contas, mas também a fortalecer a sua imagem e a viabilizar novos projetos.
Vamos descomplicar esse tema e mostrar, de forma prática, como a contabilidade pode ser uma ferramenta poderosa para a transparência no terceiro setor.
Continue lendo e descubra como transformar números em confiança e credibilidade para sua organização.
Por que a transparência é tão importante para ONGs, associações e fundações?
No terceiro setor, a palavra “transparência” não é só uma questão de imagem. Ela é, literalmente, o que mantém a organização viva e relevante.
Diferente de empresas que geram lucro para sócios ou acionistas, as ONGs, associações e fundações existem para beneficiar a sociedade.
Mas como o público, os doadores e até os órgãos de fiscalização podem confiar que uma ONG está realmente cumprindo esse papel? É aí que a transparência entra em cena.
Imagine uma organização que recebe doações, participa de editais públicos e mobiliza voluntários. Se ela não apresentar com clareza como esse dinheiro é usado, a confiança desaparece.
Sem confiança, os apoios diminuem. E sem apoio, a missão da organização fica comprometida. Por isso, ser transparente não é um “plus”. É uma necessidade.
Outro ponto fundamental é que o terceiro setor vive sob os olhos atentos da sociedade. Qualquer notícia de má gestão ou desvio de recursos atinge diretamente a imagem da entidade, mesmo que ela tenha boas intenções.
Portanto, mostrar claramente como os recursos são administrados é a melhor forma de proteger a reputação e manter a credibilidade.
Além da imagem, a transparência ajuda na eficiência da própria gestão. Quando a equipe e os gestores sabem exatamente como estão as finanças e os resultados, fica mais fácil tomar decisões acertadas e planejar o futuro da organização.
A transparência não é só para quem está fora, mas também para quem está dentro.
Por fim, vale lembrar que a transparência financeira não é apenas uma escolha ética. Em muitos casos, é uma obrigação legal. Existem leis e normas que exigem a prestação de contas de forma clara e detalhada.
E as entidades que não cumprem essas exigências podem sofrer sanções, perder benefícios fiscais e até ter suas atividades suspensas.
Relatórios contábeis: o que são e por que as ONGs precisam deles?
Falou em transparência, falou em relatórios contábeis. Mas antes de acharmos que isso é um “bicho de sete cabeças”, é importante entender o básico.
Relatórios contábeis nada mais são do que documentos que mostram, de forma organizada, como está a saúde financeira da organização. Eles são como um raio-X das finanças.
Entre os mais conhecidos estão o balanço patrimonial, que mostra o que a entidade possui e o que ela deve, e a demonstração de resultados, que indica se a entidade está conseguindo cobrir suas despesas com as receitas que recebe.
Existem outros tipos de relatórios, mas a lógica é sempre essa: dar uma visão clara das finanças.
No caso das ONGs e instituições do terceiro setor, esses relatórios têm um papel ainda mais importante. Eles mostram como as doações e recursos captados foram utilizados.
Isso dá segurança aos doadores, parceiros e ao público em geral de que o dinheiro está indo para o destino certo.
Além disso, os relatórios ajudam a própria organização a se planejar. Com uma visão clara das receitas e despesas, fica mais fácil prever cenários, identificar riscos e corrigir rotas.
Ou seja, relatórios contábeis não servem só para “mostrar para fora”. Eles são ferramentas de gestão para quem está dentro.
Outra razão pela qual as ONGs precisam desses relatórios é a prestação de contas para órgãos públicos e financiadores.
Muitas vezes, para receber recursos de editais ou continuar sendo reconhecida como entidade de utilidade pública, a organização precisa comprovar sua regularidade financeira por meio desses documentos.
Por fim, é importante entender que relatórios contábeis não são a mesma coisa que uma simples planilha de gastos. Eles seguem critérios técnicos e normas específicas, o que garante sua confiabilidade.
E embora o processo de elaboração possa ser mais detalhado, o resultado é uma visão muito mais completa e segura das finanças da entidade.
O que a lei exige das organizações do terceiro setor sobre contabilidade?
Fotos: Freepik
Muita gente acredita que por serem entidades sem fins lucrativos, as ONGs não precisam se preocupar tanto com questões contábeis. Essa é uma visão equivocada.
A legislação brasileira é bem clara: organizações do terceiro setor também devem seguir regras contábeis, com registros organizados e prestação de contas regular.
Existem normas específicas que regulam a contabilidade das organizações sem fins lucrativos.
Um exemplo é a NBC ITG 2002, que trata da contabilidade para entidades do terceiro setor. Ela estabelece como as receitas e despesas devem ser registradas, mesmo que não exista lucro envolvido.
Além disso, a Lei 9.790/1999 traz regras para as OSCIPs (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público), que são um tipo de entidade do terceiro setor.
Outra exigência importante é a escrituração contábil regular. Isso significa que a ONG deve manter seus registros organizados, com documentos que comprovem todas as suas movimentações financeiras.
Esses registros não são apenas uma burocracia. Eles são a base para a elaboração dos relatórios contábeis que garantirão a transparência da instituição.
Além disso, para manter ou conquistar benefícios fiscais, muitas entidades precisam apresentar relatórios contábeis auditados, ou seja, revisados por um profissional independente.
Isso aumenta ainda mais a credibilidade da organização perante doadores e órgãos governamentais.
É importante lembrar também que a prestação de contas é uma exigência para quem recebe recursos públicos ou de grandes financiadores.
Editais, convênios e parcerias públicas normalmente exigem uma prestação de contas detalhada, baseada em documentos contábeis oficiais.
Por fim, não cumprir essas exigências pode gerar uma série de problemas. A entidade pode ser multada, perder sua qualificação como organização de utilidade pública ou até enfrentar ações judiciais.
Ou seja, manter a contabilidade em dia não é apenas uma boa prática, é uma questão de sobrevivência institucional.
Como relatórios contábeis geram confiança e fortalecem a imagem da instituição?
Em um cenário onde tantas notícias sobre desvios e má gestão circulam, a confiança se tornou um ativo valioso. E para uma ONG, confiança significa mais do que uma boa imagem.
Significa conseguir apoio, captar recursos e manter parcerias de longo prazo. É aqui que os relatórios contábeis cumprem um papel essencial.
Quando uma organização do terceiro setor apresenta relatórios financeiros bem feitos, ela transmite uma mensagem clara: “somos sérios, cuidamos bem dos recursos que recebemos e temos responsabilidade com nossa missão”.
Essa transparência cria um ciclo virtuoso de confiança, onde doadores se sentem mais seguros para apoiar, parceiros têm mais disposição para colaborar e a própria equipe interna trabalha com mais motivação.
Os relatórios também são uma forma de dar visibilidade ao impacto da instituição.
Ao mostrar como os recursos foram aplicados e quais resultados foram alcançados, a ONG consegue demonstrar, com dados, o valor do seu trabalho.
Isso é muito mais efetivo do que apenas dizer “fazemos um trabalho importante”.
Outro ponto relevante é que os relatórios evitam ruídos e desconfianças. Quando as informações são claras e acessíveis, as chances de surgirem boatos ou questionamentos maldosos diminuem.
A transparência cria uma “blindagem” contra acusações infundadas e reforça a reputação da entidade.
Vale destacar que essa confiança não se constrói do dia para a noite. Ela é resultado de um trabalho contínuo, onde a publicação de relatórios contábeis de qualidade tem um papel fundamental.
E no longo prazo, essa prática se traduz em mais recursos, mais oportunidades e uma posição de destaque no ecossistema do terceiro setor.
Por fim, a transparência financeira também fortalece o relacionamento com órgãos públicos e financiadores institucionais.
Para essas entidades, ter acesso a relatórios contábeis bem estruturados é uma condição para manter ou ampliar o apoio.
Ou seja, os relatórios não são apenas documentos burocráticos, mas sim ferramentas estratégicas de relacionamento.
Como elaborar e divulgar relatórios contábeis de forma simples e eficaz?
Sabemos que muitas ONGs não contam com equipes grandes ou especializadas em contabilidade. Mas isso não é desculpa para deixar de lado a transparência financeira.
Com organização e apoio de profissionais qualificados, é possível elaborar relatórios contábeis de forma acessível e eficiente.
O primeiro passo é garantir que todos os registros financeiros estejam atualizados e organizados.
Desde pequenos recibos até grandes contratos, tudo deve ser registrado. Essa base de dados é o que permitirá a elaboração de relatórios claros e confiáveis.
Outro ponto importante é a clareza na apresentação das informações. Não adianta fazer um relatório cheio de termos técnicos se o público não entender.
O ideal é que o documento traga uma explicação simples sobre a origem dos recursos, como eles foram utilizados e quais resultados foram alcançados com esse investimento.
A contratação de um contador especializado no terceiro setor é um investimento que vale a pena. Esse profissional conhece as particularidades da área e pode ajudar a transformar dados técnicos em informações acessíveis.
Além disso, ele garante que a entidade cumpra todas as normas e exigências legais.
Na hora de divulgar os relatórios, o ideal é utilizar canais de fácil acesso, como o site da organização, newsletters para os doadores e redes sociais.
Algumas entidades também realizam assembleias abertas ou publicam seus relatórios em portais de transparência, o que reforça ainda mais seu compromisso com a ética e a boa gestão.
Por fim, uma boa prática é manter uma rotina de prestação de contas periódica, mesmo quando a lei não exige. Isso demonstra proatividade e fortalece a cultura da transparência dentro da organização.
Mais do que cumprir obrigações, é uma forma de mostrar respeito a todos que confiam no trabalho da entidade.
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Se você chegou até aqui, já percebeu que lidar com relatórios contábeis e garantir a transparência financeira da sua ONG ou associação não é uma tarefa simples, mas também não precisa ser um desafio solitário.
Se você está em Campo Grande e sente que precisa de apoio para organizar as finanças da sua instituição, contar com um contador experiente pode ser exatamente o que falta para transformar a sua gestão financeira em uma aliada estratégica.
Um contador que realmente entenda a realidade do terceiro setor em Campo Grande não vai apenas cuidar de burocracias.
Ele vai te ajudar a enxergar com clareza para onde está indo cada recurso, a prestar contas de forma profissional e a fortalecer a imagem da sua organização diante de doadores e parceiros.
Mais do que cumprir uma obrigação, você terá informações confiáveis para tomar decisões e planejar novos projetos com segurança.
Além disso, ter um contador parceiro em Campo Grande significa ter alguém por perto, acessível, que fala a sua língua e compreende as demandas específicas da sua região.
Isso faz toda a diferença quando surgem dúvidas, prazos apertados ou novas oportunidades que exigem organização financeira impecável.
A Contili Contabilidade está pronta para ser essa parceira da sua instituição.
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