Skip to main content
  • Campo Grande, MS

Blog

Empresa Individual ou SLU: veja as diferenças

Publicado em:

Empresa Individual ou SLU: veja as diferenças

Abrir uma empresa é um passo importante na vida de qualquer empreendedor.

Mas antes de sair registrando um CNPJ, é essencial entender qual tipo de empresa combina melhor com o seu perfil e com o momento do seu negócio.

Entre as opções mais comuns para quem vai empreender sozinho estão a Empresa Individual (EI) e a Sociedade Limitada Unipessoal (SLU).

Apesar de parecerem parecidas, essas duas modalidades têm diferenças que podem impactar desde o funcionamento da empresa até a forma como você lida com seus próprios bens pessoais.

Neste artigo, vamos explicar de forma simples e direta o que muda entre uma e outra. Assim, você poderá tomar uma decisão com mais segurança e clareza.

O que é uma Empresa Individual?

A Empresa Individual, ou simplesmente EI, é uma das formas mais simples de abrir um negócio formal no Brasil. Ela é voltada para quem quer empreender sozinho, sem a necessidade de sócios.

Quando você abre uma EI, o CNPJ fica diretamente ligado ao seu CPF. Isso significa que você e a empresa são praticamente a mesma coisa do ponto de vista jurídico.

Esse modelo é muito usado por profissionais autônomos que querem formalizar suas atividades, como consultores, designers, marceneiros, cabeleireiros, professores particulares, entre muitos outros.

A burocracia para abrir uma EI é relativamente baixa, o que torna esse caminho bastante atrativo, especialmente para quem está começando e quer testar o mercado.

Por outro lado, um ponto importante sobre a Empresa Individual é que o dono responde com seus bens pessoais por dívidas da empresa.

Em outras palavras, se o negócio tiver algum problema financeiro, os credores podem ir atrás de bens do titular, como carro, casa ou qualquer outro patrimônio. Esse detalhe costuma pesar bastante na hora da escolha.

Em relação aos impostos, a EI pode optar pelo Simples Nacional, pelo Lucro Presumido ou pelo Lucro Real, dependendo do tipo de atividade e do faturamento.

A vantagem do Simples Nacional é que ele unifica diversos tributos em uma guia só, facilitando a vida do empreendedor.

No entanto, o regime ideal deve sempre ser definido com o apoio de um contador, considerando o seu caso específico.

Por fim, é bom saber que a EI não permite a entrada de sócios. Se, em algum momento, você quiser expandir o negócio e trazer outras pessoas para a sociedade, será necessário mudar a estrutura da empresa ou abrir uma nova.

O que é uma Sociedade Limitada Unipessoal?

A Sociedade Limitada Unipessoal, conhecida pela sigla SLU, é uma modalidade mais recente no Brasil.

Ela foi criada para permitir que uma única pessoa possa abrir uma empresa com as características de uma sociedade limitada tradicional, mas sem precisar de um segundo sócio só para “cumprir tabela”, como acontecia antes.

Na prática, isso quer dizer que você pode ser o único dono da empresa e, ainda assim, contar com uma estrutura jurídica mais robusta e com maior proteção ao seu patrimônio pessoal.

Essa proteção é justamente o grande diferencial da SLU: ela separa o que é seu do que é da empresa.

Assim, em caso de dívidas ou problemas, os seus bens pessoais ficam preservados, desde que não haja irregularidades na gestão.

A SLU é bastante flexível e pode ser utilizada por empresas de diversos tamanhos e segmentos. Ela é muito procurada por quem pretende crescer, formalizar contratos maiores ou atrair investidores no futuro.

Também costuma transmitir mais credibilidade perante bancos e clientes, justamente por adotar uma estrutura societária mais consolidada.

Outro ponto positivo é que a SLU não exige um valor mínimo de capital social.

Antes da mudança na lei, esse era um entrave, mas agora é possível abrir uma SLU com qualquer valor de capital, desde que seja coerente com o tipo de atividade que você vai exercer.

Por fim, assim como a EI, a SLU também pode optar pelos regimes tributários disponíveis, como o Simples Nacional.

A escolha vai depender do seu faturamento e do tipo de serviço ou produto que você oferece. Embora o processo de abertura da SLU seja um pouco mais detalhado do que o da EI, ela costuma valer a pena a longo prazo.

Principais diferenças entre EI e SLU

Empresa Individual ou SLU: veja as diferenças

Fotos: Freepik

Agora que você já entendeu o que é uma Empresa Individual e o que é uma Sociedade Limitada Unipessoal, chegou a hora de comparar as principais diferenças entre elas.

Isso vai te ajudar a visualizar com mais clareza qual opção se encaixa melhor no seu plano de negócio.

A primeira grande diferença está na responsabilidade sobre as dívidas. Na EI, o dono responde com todo o seu patrimônio pessoal.

Já na SLU, existe uma separação legal entre a pessoa física e a empresa, o que significa que, em regra, seus bens pessoais ficam protegidos.

Essa é uma vantagem significativa, principalmente se o negócio envolver algum nível de risco.

Outra diferença importante é a natureza jurídica da empresa. A EI é, na prática, uma extensão do próprio empreendedor, enquanto a SLU tem uma personalidade jurídica própria.

Isso pode parecer um detalhe técnico, mas na prática, faz diferença em questões como contratos, licitações, acesso a crédito e até mesmo em casos de venda da empresa.

A questão do capital social também merece atenção. Nenhuma das duas exige um valor mínimo, mas na SLU, o capital deve ser compatível com a estrutura da empresa e estar devidamente registrado.

Isso é um ponto de atenção na hora de abrir o CNPJ e montar o contrato social.

Outra vantagem da SLU é a possibilidade de atrair investidores ou virar uma sociedade com outros sócios no futuro.

Como a estrutura já está montada como uma sociedade limitada, a entrada de novos sócios é bem mais simples. Na EI, como não há essa figura de sociedade, seria necessário encerrar a empresa e abrir uma nova do zero.

Além disso, há também diferenças na percepção de mercado. A SLU costuma passar uma imagem de maior solidez e profissionalismo, o que pode influenciar clientes e parceiros na hora de fechar um contrato.

Isso não quer dizer que uma EI não seja séria, mas a estrutura da SLU tende a ser mais bem vista em alguns ambientes.

Vantagens e desvantagens de cada modelo

A escolha entre uma e outra vai depender dos seus objetivos, do tipo de atividade que você vai exercer e do quanto você está disposto a se comprometer com a estrutura da empresa desde o início.

A Empresa Individual é uma boa escolha para quem quer começar rápido, com menos burocracia e custos iniciais reduzidos.

É ideal para profissionais autônomos que estão dando os primeiros passos e ainda não têm grandes riscos envolvidos.

A principal desvantagem é a falta de proteção ao patrimônio pessoal, o que pode ser um problema em caso de dívidas ou processos.

Já a Sociedade Limitada Unipessoal é mais robusta. Ela oferece mais segurança jurídica, permite crescimento com mais facilidade e transmite mais confiança para o mercado.

Em contrapartida, o processo de abertura pode ser um pouco mais detalhado, e a empresa precisa cumprir com certas obrigações contábeis de forma mais rigorosa.

Outro ponto a ser considerado é o custo de manutenção. Em geral, a SLU pode ter custos um pouco mais altos com contabilidade e obrigações acessórias, principalmente se for enquadrada fora do Simples Nacional.

Por isso, é importante colocar tudo na ponta do lápis antes de decidir.

Por fim, vale destacar que nenhuma das duas opções é melhor ou pior em termos absolutos. Tudo depende do seu contexto.

Se você busca agilidade e está começando com um negócio pequeno e de baixo risco, a EI pode ser suficiente.

Mas se você já tem uma visão de crescimento ou atua em um setor mais exigente, a SLU provavelmente será mais vantajosa.

Quando escolher EI ou SLU?

Essa é uma dúvida comum entre os empreendedores. Afinal, na prática, qual tipo de empresa faz mais sentido?

A resposta depende principalmente do seu perfil, dos seus objetivos e da natureza do seu negócio.

Se você está abrindo um negócio de pequeno porte, com pouca estrutura e poucos riscos financeiros, a EI pode ser uma boa porta de entrada.

É o caso, por exemplo, de um prestador de serviço que trabalha por conta própria e quer formalizar sua atividade sem grandes complicações.

Por outro lado, se o seu negócio envolve mais responsabilidades, contratos maiores ou chances de crescimento rápido, a SLU tende a ser uma escolha mais estratégica.

O mesmo vale se você deseja manter seu patrimônio pessoal protegido desde o início ou se tem planos de atrair sócios ou investidores no futuro.

Também é importante avaliar se o seu ramo de atividade exige algum tipo de credibilidade maior.

Em alguns setores, como tecnologia, consultoria empresarial ou prestação de serviços para o governo, ter uma empresa com estrutura de sociedade limitada pode ser um diferencial competitivo.

A decisão também pode ser influenciada pela sua disposição em lidar com as obrigações legais e contábeis.

A EI costuma ser mais simples nesse ponto, mas oferece menos garantias. Já a SLU, embora um pouco mais exigente, oferece uma base mais sólida para crescimento.

Custos envolvidos na abertura e manutenção

Quando decidimos abrir uma empresa, é comum nos preocuparmos principalmente com os investimentos em equipamentos, estoque ou divulgação.

Mas muita gente acaba se esquecendo dos custos que envolvem a estrutura legal da empresa. Saber quanto custa para abrir e manter uma EI ou uma SLU é essencial para começar o negócio com o pé no chão e evitar surpresas no caminho.

Começando pela abertura, a Empresa Individual normalmente tem custos mais baixos. O processo é mais simples, exige menos documentação e pode ser feito de forma mais rápida.

As taxas de registro na Junta Comercial variam de estado para estado, mas costumam ser acessíveis.

Em alguns casos, dependendo da cidade, o empreendedor pode contar até com programas de incentivo à formalização, que reduzem esses custos.

Já a SLU, por ser uma estrutura mais robusta, exige um pouco mais de atenção na parte documental.

É preciso redigir um contrato social (mesmo sendo um único sócio), definir capital social e seguir algumas regras mais detalhadas no processo de registro.

Isso pode fazer com que o custo inicial seja um pouco mais alto, especialmente se o empreendedor contar com o apoio de um contador ou advogado para preparar a documentação corretamente.

Mas vale lembrar: essa estrutura mais completa traz vantagens na hora de proteger seu patrimônio e planejar o crescimento do negócio.

Outro ponto que deve ser levado em consideração são os custos mensais para manter a empresa funcionando de forma regular.

Isso inclui, por exemplo, os honorários de contabilidade, a emissão de notas fiscais, o cumprimento de obrigações acessórias, pagamento de tributos e possíveis renovações de licenças e alvarás.

Independentemente do tipo de empresa, todas precisam manter uma rotina mínima de organização fiscal e contábil.

Na prática, a EI tende a ser mais enxuta nesses custos mensais. Muitos contadores oferecem planos básicos para empresas enquadradas no Simples Nacional e com operações mais simples.

No caso da SLU, principalmente se estiver em um regime tributário mais complexo ou se tiver um volume maior de transações, o acompanhamento contábil precisa ser mais completo, o que pode elevar os custos com honorários contábeis e obrigações acessórias.

Outro custo que muitos empreendedores esquecem de considerar são as obrigações legais e burocráticas.

Mesmo que a empresa não esteja movimentando muito, ela continua obrigada a enviar essas declarações, sob risco de multas por omissão.

Por isso, além de olhar para o investimento inicial para abrir o CNPJ, é importante fazer uma estimativa dos custos fixos mensais e anuais de manutenção, incluindo os impostos, serviços contábeis e possíveis taxas de fiscalização.

Assim, você garante que seu negócio terá fôlego para se manter regularizado e crescer de forma saudável.

Aspectos tributários

Empresa Individual ou SLU: veja as diferenças

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A questão tributária é, sem dúvida, uma das mais importantes (e temidas) por quem está abrindo uma empresa.

E com razão: os impostos no Brasil são complexos, e fazer escolhas erradas pode prejudicar muito a saúde financeira do seu negócio.

A boa notícia é que, tanto a EI quanto a SLU oferecem opções de regimes tributários relativamente simples para quem está começando.

O regime mais comum para micro e pequenas empresas é o Simples Nacional. Ele foi criado justamente para facilitar a vida do pequeno empreendedor.

Com ele, é possível recolher vários impostos em uma única guia, o que reduz a burocracia e, em muitos casos, também diminui o valor pago mensalmente.

Tanto a EI quanto a SLU podem optar por esse regime, desde que respeitem os limites de faturamento (atualmente até R$ 4,8 milhões por ano).

No Simples, a carga tributária varia conforme o tipo de atividade (comércio, indústria ou serviço) e o faturamento acumulado nos últimos 12 meses.

É uma forma prática e acessível para quem está começando. No entanto, é preciso acompanhar o crescimento da empresa, porque conforme o faturamento aumenta, a alíquota também sobe.

Além disso, algumas atividades não podem ser incluídas nesse regime, como certas profissões regulamentadas.

Para empresas que ultrapassam o limite do Simples ou que exercem atividades não permitidas por esse regime, as alternativas são o Lucro Presumido ou o Lucro Real.

Esses dois modelos são mais complexos e exigem uma estrutura contábil mais organizada. O Lucro Presumido é indicado para negócios que têm boa margem de lucro e não querem ter que comprovar todos os custos e despesas.

Já o Lucro Real é obrigatório para empresas de grande porte ou que atuam em setores mais específicos, e calcula os impostos com base no lucro líquido real, ou seja, após considerar todas as receitas e despesas.

Aqui é importante fazer uma pausa para um ponto essencial: a SLU, por ter uma estrutura de sociedade limitada, está mais preparada para lidar com os regimes de tributação mais complexos.

Isso não significa que a EI não possa se adaptar, mas em casos de crescimento rápido ou aumento do faturamento, a SLU tende a oferecer uma base contábil mais segura e transparente, o que ajuda muito na hora de lidar com o Fisco.

Outro detalhe importante sobre os tributos é que eles não se limitam ao que você paga sobre a receita da empresa.

Também existem obrigações acessórias, como declarações, livros contábeis e relatórios fiscais.

Esses documentos precisam ser entregues nos prazos corretos e com todas as informações exigidas, caso contrário, a empresa pode ser multada, mesmo que esteja em dia com o pagamento de impostos.

Por fim, é importante destacar que o regime tributário não é fixo para sempre. Ele pode (e deve) ser revisto anualmente, principalmente no início de cada ano-calendário.

Um bom contador vai te ajudar a fazer essa análise com base no desempenho do negócio e nas previsões para o ano seguinte. Às vezes, uma mudança de regime pode gerar uma economia considerável no pagamento de tributos.

Entender o básico sobre como sua empresa será tributada é parte essencial da gestão financeira.

Não é preciso dominar todos os detalhes técnicos, mas é fundamental saber que a escolha do tipo de empresa e do regime de tributação caminham lado a lado. 

Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você

Se você chegou até aqui, é porque está realmente interessado em fazer a escolha certa para o seu negócio. E isso já mostra que você está no caminho certo.

Entender as diferenças é apenas o primeiro passo, mas contar com orientação profissional é o que vai garantir que a sua empresa comece com segurança e cresça de forma saudável.

Se você é empreendedor e está em Campo Grande, ou pretende abrir sua empresa por aqui, contar com um contador que conheça a realidade local e ofereça um atendimento próximo faz toda a diferença.

Muitas vezes, o que parece ser um detalhe na escolha do tipo de empresa ou do regime tributário pode gerar impactos grandes no seu faturamento, na sua carga tributária e até na forma como o mercado vê o seu negócio.

Ter um contador de confiança em Campo Grande é mais do que ter alguém para cuidar da burocracia: é ter um parceiro estratégico, que vai ajudar você a tomar decisões mais inteligentes, evitar erros comuns e manter sua empresa sempre em dia com a legislação.

Cada negócio é único, e por isso o atendimento precisa ser personalizado, voltado para suas necessidades específicas.

Se você está procurando um contador em Campo Grande que entenda o seu momento, fale a sua linguagem e esteja comprometido com o sucesso do seu negócio, entre em contato com a Contili Contabilidade.

Vamos te ajudar a escolher o melhor caminho desde a abertura da empresa até a gestão contábil do dia a dia.

A sua tranquilidade começa com uma boa escolha. Estamos prontos para caminhar com você.

Empresa Individual ou SLU: veja as diferenças