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ICMS: entenda o imposto, quem paga e como calcular 

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ICMS: entenda o imposto, quem paga e como calcular

 

Administrar um negócio no Brasil envolve lidar com uma série de responsabilidades tributárias, sendo o ICMS uma das mais importantes.

 

Para muitos empreendedores, o entendimento de como funciona esse imposto pode parecer complicado à primeira vista.

 

No entanto, compreender o que é, em quais operações ele é aplicado e, principalmente, como calculá-lo, é fundamental para garantir o cumprimento das obrigações fiscais.

 

Neste artigo, vamos explicar de forma clara e direta o que é, como ele funciona e, sobretudo, como calcular esse imposto que afeta a maioria dos negócios no Brasil.

 

O que é o ICMS?

 

ICMS é a sigla para Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, um tributo estadual que incide sobre a movimentação de produtos, a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, além dos serviços de comunicação.

 

Em termos mais simples, sempre que uma mercadoria é vendida ou um serviço sujeito ao ICMS é prestado, esse imposto é cobrado.

 

Ele é uma das principais fontes de receita dos estados brasileiros e do Distrito Federal, sendo fundamental para o financiamento de serviços públicos, como saúde, educação e segurança.

 

Isso significa que, ao pagá-lo, o contribuinte está, de certa forma, contribuindo diretamente para o orçamento do estado onde a operação ocorre.

 

Diferente de outros impostos, o ICMS incide “por dentro”, ou seja, o valor do imposto já está incluído no preço final da mercadoria ou serviço.

 

Essa característica torna o cálculo um pouco mais desafiador, pois não se trata apenas de aplicar uma alíquota sobre o valor da venda.

 

Quem está sujeito ao pagamento?

 

Empresas que realizam a circulação de mercadorias, prestam serviços de transporte interestadual ou intermunicipal, ou ainda que prestam serviços de comunicação, estão sujeitas ao pagamento do ICMS.

 

Em outras palavras, negócios que vendem produtos ou prestam esses tipos específicos de serviços precisam recolher esse imposto para o estado.

 

No caso de uma loja, por exemplo, toda venda de mercadorias estará sujeita ao imposto.

 

Da mesma forma, uma transportadora que realiza serviços de transporte entre diferentes municípios ou estados também deverá recolher referente às suas operações.

 

No entanto, vale ressaltar que o consumidor final não paga o imposto diretamente ao estado. O ICMS é recolhido pela empresa, que o inclui no preço final dos produtos ou serviços.

 

Além disso, importações também estão sujeitas a esse imposto. Ou seja, se uma empresa compra um produto de fora do país, ela deverá pagar o imposto ao realizar a importação.

 

Essa é uma questão que muitas empresas precisam estar atentas, pois, ao trazer produtos de fora, podem acabar tendo um custo adicional no qual não estavam contando.

 

Em quais operações ele é aplicado?

 

ICMS: entenda o imposto, quem paga e como calcular

Foto: Freepik

 

O ICMS é um imposto bastante abrangente e incide sobre uma série de operações, sendo as principais:

 

1. Venda de mercadorias:

 

Praticamente toda venda de produtos está sujeita, seja entre empresas ou diretamente para o consumidor final.

 

Isso significa que, desde a venda de um eletrodoméstico em uma loja de varejo até a comercialização de alimentos em um supermercado, o ICMS está presente.

 

2. Serviços de transporte interestadual e intermunicipal:

 

Empresas que atuam com o transporte de mercadorias entre municípios ou estados diferentes também são contribuintes.

 

Isso vale tanto para o transporte de cargas quanto para o transporte de passageiros.

 

3. Serviços de comunicação:

 

Empresas que fornecem serviços de telecomunicação, como telefonia, internet e televisão a cabo, também precisam recolher o ICMS sobre o valor desses serviços.

 

4. Importação de produtos:

 

Quando uma empresa importa produtos do exterior, além dos tributos federais, o ICMS também será devido ao estado onde a mercadoria será desembaraçada.

 

Existem algumas exceções e casos específicos em que ele não é aplicado, como nas operações de exportação.

 

ICMS: entenda o imposto, quem paga e como calcular

 

Isso porque a legislação incentiva as exportações, buscando tornar os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional.

 

Qual é a alíquota?

 

As alíquotas variam de estado para estado, e essa variação pode causar certa confusão para os empreendedores.

 

Cada estado tem autonomia para definir as suas próprias alíquotas, desde que respeite as diretrizes estabelecidas pela legislação federal.

 

No geral, as alíquotas internas (ou seja, aplicadas dentro do próprio estado) variam de 17% a 20%, dependendo do estado e do tipo de mercadoria ou serviço.

 

Alguns produtos, como combustíveis, bebidas alcoólicas e cigarros, podem ter alíquotas mais elevadas, por se tratarem de produtos considerados “supérfluos” ou de maior impacto social.

 

Além das alíquotas internas, também existem as alíquotas interestaduais, que são aplicadas quando a venda é feita de um estado para outro.

 

Nesse caso, as alíquotas costumam ser menores, variando entre 4% e 12%, dependendo da origem e do destino da mercadoria.

 

Vale ressaltar que, em operações interestaduais, pode haver a aplicação do Diferencial de Alíquota (DIFAL), que é a diferença entre a alíquota do estado de origem e a do estado de destino, garantindo que o estado onde o produto será consumido também receba parte do imposto.

 

Como calcular o ICMS?

 

O cálculo do ICMS, como mencionado anteriormente, não é tão simples quanto aplicar uma porcentagem sobre o valor da venda.

 

Isso porque ele é um imposto “por dentro”, ou seja, ele já está embutido no preço final do produto ou serviço. Vamos entender como fazer esse cálculo de forma prática.

 

Fórmula básica:

 

Para calculá-lo, utiliza-se a seguinte fórmula:

 

ICMS = (Valor da mercadoria x Alíquota) / (1 + Alíquota)

 

Por exemplo, suponha que uma mercadoria seja vendida por R$ 1.000,00 em um estado onde a alíquota de ICMS é de 18%. O cálculo seria:

 

ICMS = (1000 x 18%) / (1 + 18%)

ICMS = 180 / 1,18 = R$ 152,54

 

Portanto, o valor do ICMS nessa operação seria de R$ 152,54. Esse é o montante que a empresa deverá recolher ao estado.

 

Exemplo de cálculo interestadual:

 

Em operações interestaduais, a situação pode ser um pouco mais complexa devido ao DIFAL.

 

Vamos supor que uma empresa de São Paulo (onde a alíquota interna é de 18%) venda um produto para um cliente no Rio de Janeiro, onde a alíquota é de 20%.

 

Nesse caso, a empresa paulista aplicaria a alíquota interestadual de 12% sobre o valor da venda, e o Rio de Janeiro ficaria com a diferença de 8% (20% – 12%).

 

Como funciona a substituição tributária?

 

A substituição tributária (ST) é um regime que visa facilitar o recolhimento, mas pode confundir muitos empreendedores.

 

Basicamente, a substituição tributária é quando o imposto é cobrado antecipadamente em uma etapa anterior da cadeia produtiva.

 

Em vez de recolher em cada fase da comercialização do produto, o estado determina que o imposto seja recolhido por um único contribuinte, que pode ser o fabricante, o importador ou o distribuidor.

 

Esse contribuinte é chamado de substituto tributário, pois ele recolhe o imposto em nome dos outros envolvidos na operação.

 

Por exemplo, se uma empresa fabrica um determinado produto e o vende para um atacadista, o fabricante pode ser responsável por recolher o ICMS de toda a cadeia, inclusive das vendas futuras ao consumidor final.

 

Essa prática visa simplificar o controle do recolhimento do imposto e evitar a sonegação, já que concentra a responsabilidade em um único ponto da cadeia.

 

Benefícios fiscais e isenções

 

ICMS: entenda o imposto, quem paga e como calcular

Foto: Freepik

 

Apesar de ser um imposto amplamente aplicado, existem benefícios fiscais e isenções que podem aliviar a carga tributária para determinados setores e produtos.

 

Esses benefícios variam conforme o estado, mas geralmente envolvem setores estratégicos para o desenvolvimento regional ou produtos considerados essenciais.

 

Alguns exemplos de isenções incluem:

 

– Produtos da cesta básica;

– Medicamentos de uso contínuo;

– Livros e periódicos.

 

Além disso, muitos estados oferecem incentivos fiscais para empresas que se instalam em áreas menos desenvolvidas ou que fazem investimentos significativos em tecnologia e inovação.

 

Esses incentivos são formas de estimular o crescimento econômico e atrair novos negócios para determinadas regiões.

 

Consequências de erros no cálculo e pagamento 

 

Erros no cálculo ou no recolhimento podem trazer consequências sérias para as empresas.

 

Multas, juros e outras penalidades podem ser aplicadas em casos de atrasos no pagamento ou sonegação do imposto.

 

Além disso, a falta de recolhimento correto do ICMS pode resultar em problemas fiscais, como bloqueio de mercadorias e impedimentos para obtenção de certidões negativas de débitos.

 

Para evitar essas complicações, é fundamental contar com uma contabilidade bem estruturada e, sempre que necessário, o apoio de um contador especializado em tributação.

 

Manter-se atualizado com as constantes mudanças na legislação também é crucial para garantir o correto cumprimento das obrigações fiscais.

 

A importância do acompanhamento legislativo

 

Como o ICMS é um imposto estadual, ele está sujeito a mudanças frequentes na legislação de cada estado.

 

Alterações nas alíquotas, nas regras de substituição tributária ou na aplicação do DIFAL podem acontecer de um ano para o outro, afetando diretamente as operações das empresas.

 

Por isso, é essencial que os empreendedores acompanhem essas mudanças e adaptem suas estratégias tributárias conforme necessário.

 

Seja por meio do suporte de um contador ou de uma consultoria especializada, o acompanhamento da legislação tributária é uma prática indispensável para garantir a saúde fiscal do negócio.

 

Soluções de um contador em Campo Grande para o seu negócio

 

Se você chegou até aqui, já sabe que o ICMS é um tributo complexo e que a sua correta apuração e pagamento são fundamentais para o bom funcionamento da sua empresa.

 

Como empreendedor, é natural que você queira focar no crescimento do seu negócio, mas sem descuidar das questões tributárias e fiscais.

 

Por isso, contar com um contador em Campo Grande pode ser a solução ideal para evitar erros e garantir que tudo esteja em dia com o fisco.

 

Ter o apoio de um contador em Campo Grande especializado nas particularidades da legislação tributária local faz toda a diferença.

 

Um profissional com experiência nesse tipo de imposto pode te ajudar a navegar pelas complexidades do imposto, além de cuidar de outras obrigações fiscais que a sua empresa possa ter.

 

Se você está em busca de uma solução para sua contabilidade, contar com um contador que entende as nuances do mercado local e está sempre atualizado com as mudanças na legislação é essencial para manter seu negócio dentro da legalidade.

 

Na Contili Contabilidade, oferecemos todo o suporte necessário para que você possa se concentrar no crescimento do seu negócio, enquanto cuidamos da parte contábil e fiscal.

 

Entre em contato conosco e descubra como podemos ajudá-lo a lidar com o ICMS e todas as suas obrigações fiscais de forma eficiente e segura.

 

ICMS: entenda o imposto, quem paga e como calcular