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Microempresa pode ter filial? Entenda como funciona

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Microempresa pode ter filial? Entenda como funciona

Muitos empreendedores começam um negócio pequeno, com uma estrutura simples e poucos funcionários, mas logo percebem que os resultados estão vindo e o negócio está crescendo.

É nesse momento que surge uma dúvida muito comum: será que uma microempresa pode abrir uma filial?

A boa notícia é que sim, isso é possível. Mas é importante entender como o processo funciona, quais são as regras e o que deve ser avaliado antes de tomar essa decisão.

Abrir uma filial é um passo que pode impulsionar ainda mais o crescimento do negócio, desde que seja feito com planejamento e conhecimento.

Neste artigo, você vai entender, de forma simples e prática, como funciona a abertura de uma filial, quais cuidados precisam ser tomados e em que momento isso faz sentido para o seu negócio.

O papel das microempresas e o desejo de expandir

As microempresas, conhecidas pela sigla ME, representam uma parte essencial da economia brasileira.

São negócios que, muitas vezes, surgem de uma boa ideia, da força de vontade de um empreendedor e da necessidade de gerar renda.

Em muitos casos, começam pequenas, mas com o tempo ganham espaço no mercado, conquistam clientes e se tornam referência no que fazem.

Esse crescimento natural desperta a vontade de expandir. Afinal, quem não gostaria de atender mais pessoas, aumentar o faturamento e fortalecer sua marca? E é justamente aí que entra a ideia de abrir uma filial.

Mas, antes de pensar em novos endereços, é importante entender o que significa ter uma filial e o que muda na estrutura da empresa.

A decisão de crescer precisa vir acompanhada de planejamento, pois, embora abrir uma filial pareça apenas “alugar outro espaço e começar a vender”, na prática envolve responsabilidades legais e fiscais.

Além disso, o empresário precisa ter uma visão estratégica. Nem sempre crescer significa apenas abrir outro ponto físico.

É preciso avaliar se há demanda, se a operação da matriz está bem estruturada e se o caixa da empresa suporta esse passo.

Entender esses pontos é o primeiro passo para tomar uma decisão consciente e garantir que o crescimento seja saudável e sustentável.

Sim, microempresa pode ter filial, mas há regras importantes

Sim, uma microempresa pode ter filial. A legislação brasileira permite que microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPPs) abram novas unidades. O ponto de atenção está no faturamento total.

A microempresa é classificada dessa forma porque tem um limite anual de faturamento de até R$ 360 mil.

Ao abrir uma filial, o faturamento da matriz e da filial é somado. Ou seja, o limite continua o mesmo, mas agora ele vale para o conjunto das unidades.

Na prática, isso significa que, se a empresa ultrapassar esse valor, ela deixará de ser considerada microempresa e passará para a categoria de empresa de pequeno porte (EPP), que tem limite de até R$ 4,8 milhões por ano.

Essa mudança não é um problema, mas precisa ser planejada, pois altera o enquadramento e pode gerar diferenças na tributação.

Outro ponto importante é que tanto a matriz quanto a filial compartilham o mesmo CNPJ base.

A diferença é que cada uma terá seu próprio endereço e suas inscrições específicas, como o número da inscrição municipal ou estadual, dependendo da atividade.

Portanto, sim, é totalmente possível uma microempresa ter filiais. O segredo está em fazer isso dentro das regras e mantendo o controle financeiro bem organizado para não ultrapassar os limites legais sem perceber.

Entendendo a diferença entre matriz e filial

Antes de decidir abrir uma filial, é essencial compreender a diferença entre matriz e filial, porque isso influencia em todo o funcionamento da empresa.

A matriz é a unidade principal. É onde o CNPJ foi registrado originalmente, onde as principais decisões acontecem e onde normalmente estão concentradas as operações administrativas e contábeis.

Já a filial é uma extensão da matriz, com o mesmo nome empresarial e a mesma natureza jurídica, mas localizada em outro endereço.

Pense da seguinte forma: se sua empresa é uma padaria de bairro e você quer abrir uma segunda unidade em outro ponto da cidade, essa nova unidade será uma filial.

Ela vai operar com o mesmo nome, vender os mesmos produtos e fazer parte da mesma empresa, mas em um novo local.

A principal diferença prática é que cada filial precisa ter suas autorizações específicas, como o alvará de funcionamento, a inscrição municipal e, em alguns casos, a inscrição estadual, dependendo da atividade.

Tudo isso deve ser registrado e comunicado aos órgãos responsáveis.

Além disso, é fundamental que as informações entre matriz e filial estejam alinhadas. Por exemplo, o faturamento de ambas é somado, e a contabilidade deve ser feita de forma integrada.

Isso evita erros e garante que a empresa continue dentro das regras do Simples Nacional.

Compreender essa diferença ajuda o empreendedor a enxergar a empresa como um todo e a planejar melhor o crescimento.

Como funciona o processo para abrir uma filial

Microempresa pode ter filial? Entenda como funciona

Foto: Freepik

Abrir uma filial é um processo que exige atenção, mas não precisa ser complicado. O segredo está em seguir as etapas corretas e manter a contabilidade informada sobre cada passo.

O primeiro passo é atualizar o contrato social da empresa. Esse documento precisa incluir a nova unidade e o endereço da filial.

Essa alteração deve ser registrada na Junta Comercial do Estado onde a empresa está sediada.

Depois disso, é preciso solicitar o alvará de funcionamento na prefeitura da cidade onde a filial será aberta.

Cada município tem suas próprias exigências, então é importante verificar a lista de documentos necessários e as regras locais.

Também é necessário fazer a inscrição municipal e, em alguns casos, a inscrição estadual. Essas inscrições permitem que a empresa emita notas fiscais e opere legalmente.

Por fim, a Receita Federal precisa ser comunicada sobre a abertura da nova unidade. Isso garante que o CNPJ da empresa seja atualizado e que a filial passe a constar oficialmente nos registros da empresa.

É recomendável contar com o apoio de um contador durante todo o processo. Ele será o responsável por garantir que tudo seja feito corretamente, evitando problemas futuros com a Receita Federal ou com a prefeitura.

Quando feito da forma certa, abrir uma filial é um processo tranquilo e que traz grandes benefícios para o negócio.

O que muda na prática quando a microempresa tem uma filial

Ter uma filial muda algumas coisas no dia a dia da empresa, principalmente em relação à gestão e à organização financeira.

A primeira mudança é o aumento da complexidade da operação. Agora o empreendedor precisa lidar com duas (ou mais) unidades, o que exige um controle mais rigoroso de estoque, equipe, finanças e fluxo de caixa.

É comum que os desafios cresçam junto com o negócio, e é por isso que o planejamento é tão importante.

Outra mudança está na parte fiscal. Embora a empresa continue sendo uma só, é preciso registrar as movimentações separadamente por unidade.

Isso facilita o controle e a análise dos resultados de cada ponto de venda, por exemplo.

Também é importante ter atenção com o faturamento total. Como mencionado antes, o limite do Simples Nacional é calculado sobre a soma de todas as unidades.

Portanto, acompanhar o desempenho da matriz e das filiais é fundamental para não ultrapassar os limites sem perceber.

Além disso, o empreendedor precisa ter clareza sobre o papel de cada filial. Algumas empresas abrem novas unidades apenas para atender melhor seus clientes em outras regiões, enquanto outras o fazem para testar novos mercados.

Entender esse objetivo ajuda a direcionar os esforços e medir os resultados com mais precisão.

Os riscos que ninguém te conta ao abrir uma filial

Abrir uma filial é empolgante, mas também traz desafios que muitas vezes não são falados. Entender esses riscos é essencial para evitar dores de cabeça no futuro.

Um dos erros mais comuns é misturar as finanças da matriz e da filial. Isso pode parecer inofensivo no começo, mas rapidamente se torna um problema.

Sem controle financeiro separado, é difícil saber qual unidade está dando lucro e qual está gerando prejuízo.

Outro risco é ultrapassar o limite do Simples Nacional sem perceber. Quando o faturamento das unidades é somado e não há um acompanhamento rigoroso, o empresário pode sair do regime simplificado e ser obrigado a pagar impostos mais altos.

Isso acontece com frequência e pode comprometer o fluxo de caixa da empresa.

Há também o desafio de manter a gestão alinhada. Quando há mais de uma unidade, é comum que a comunicação entre as equipes se perca.

Processos mal definidos e decisões descentralizadas podem gerar confusão e afetar a qualidade do serviço ou produto oferecido.

Por fim, existe o risco de abrir uma filial sem planejamento. O entusiasmo pelo crescimento pode levar o empreendedor a agir rápido demais, sem estudar o mercado ou avaliar se há realmente demanda na nova região. Isso pode transformar um passo de expansão em um peso financeiro.

Por isso, o ideal é se planejar, contar com o apoio da contabilidade e analisar cada detalhe antes de tomar a decisão.

Quando abrir uma filial é o movimento certo para o seu negócio

Abrir uma filial é uma decisão estratégica. Não é algo que deve ser feito apenas porque o negócio está indo bem, mas porque há um plano claro de expansão.

O primeiro sinal de que sua empresa pode estar pronta é quando a demanda ultrapassa a capacidade atual.

Se há clientes interessados e você não consegue atendê-los por limitações de espaço, logística ou estrutura, pode ser hora de pensar em uma nova unidade.

Outro indicador é o controle financeiro saudável. Empresas que têm um caixa estável, boa previsibilidade de receita e reservas financeiras estão mais preparadas para suportar os custos iniciais de uma filial.

Também é importante avaliar se o seu modelo de negócio é replicável. Ou seja, se os processos, padrões de qualidade e atendimento podem ser reproduzidos em outro local sem depender exclusivamente da presença do dono.

Além disso, abrir uma filial pode fazer sentido quando ela está inserida em uma estratégia de marca. Ter presença em diferentes regiões fortalece a imagem da empresa, aumenta a credibilidade e gera novas oportunidades.

Mas o ponto mais importante é ter consciência de que abrir uma filial não é apenas “crescer”. É expandir com propósito.

É construir algo sólido, que mantenha a essência do negócio e ao mesmo tempo amplie seus resultados.

Soluções de um contador em Campo Grande para o seu negócio

Encontrar o momento certo para expandir a sua empresa é uma decisão que exige clareza e apoio profissional.

Quando o assunto é abrir uma filial ou reestruturar o negócio para crescer com segurança, contar com a orientação de um contador em Campo Grande faz toda a diferença.

Esse profissional entende a realidade local, as exigências dos órgãos públicos da região e pode guiar você em cada passo. Desde a alteração do contrato social até a regularização fiscal da nova unidade.

Um contador em Campo Grande também ajuda a analisar se o seu negócio está realmente pronto para esse novo ciclo.

Ele pode mostrar, com base nos números e nas projeções, se a expansão é financeiramente viável e qual o melhor enquadramento tributário para evitar surpresas no futuro.

Com esse tipo de acompanhamento, o empreendedor toma decisões mais seguras e evita erros que poderiam comprometer o crescimento.

Além disso, ter um contador ao seu lado significa ter alguém que compreende as particularidades da sua cidade, conhece as oportunidades do mercado local e pode oferecer soluções personalizadas para o seu tipo de negócio.

Esse suporte é essencial para transformar o plano de expansão em um passo sólido e sustentável.

Se você chegou até aqui e está pensando em abrir uma filial, mas quer fazer isso do jeito certo, entre em contato com a Contili Contabilidade.

Nossa equipe está pronta para ajudar você a crescer com segurança, planejamento e total tranquilidade.

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