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Natureza jurídica: O que é e como escolher a sua

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Natureza Jurídica: O que é e como escolher a sua

Escolher a natureza jurídica do seu negócio é um dos passos mais importantes quando você decide empreender ou formalizar uma empresa.

Isso porque ela vai determinar como o seu negócio será reconhecido legalmente, quais serão as suas obrigações tributárias, a forma de organização da sua empresa e, principalmente, o impacto no seu bolso.

Mas calma! A gente sabe que esses termos podem parecer complicados no início, por isso estamos aqui para descomplicar tudo para você.

Neste artigo, vamos explicar, de forma clara e direta, o que é natureza jurídica, quais são os tipos mais comuns no Brasil, os fatores que você deve levar em conta antes de escolher e como essa decisão pode afetar o futuro do seu negócio. Vamos lá?

O que é natureza jurídica?

Quando você decide abrir um negócio, uma das primeiras decisões importantes que precisa tomar é sobre a natureza jurídica da sua empresa. Mas o que é isso? Em palavras simples, a natureza jurídica é a “roupa legal” do seu negócio.

É o jeito como sua empresa será registrada oficialmente, com regras específicas que definem como ela funciona, como paga impostos e até quem é responsável pelas decisões e dívidas.

Esse é o ponto de partida que vai determinar coisas importantes, como se você vai tocar o negócio sozinho ou com sócios, se o seu patrimônio pessoal estará separado do patrimônio da empresa e quais serão as obrigações fiscais que você precisa cumprir.

Por isso, escolher a natureza jurídica certa é um passo que pode facilitar (ou complicar) sua vida como empreendedor.

Outro detalhe importante é que a natureza jurídica também tem a ver com o tamanho e o tipo de atividade do seu negócio.

Por exemplo, se você é um profissional que trabalha sozinho e tem um faturamento pequeno, pode optar por um modelo simples e econômico, como o MEI (Microempreendedor Individual).

Já para empresas maiores ou que envolvem sócios, existem opções mais completas, que dão mais segurança e flexibilidade para crescer.

Escolher a natureza jurídica é, na prática, montar a base legal do seu negócio. Uma escolha bem feita ajuda a evitar problemas com impostos, garante proteção para o seu patrimônio e organiza as responsabilidades de quem está à frente da empresa.

É uma decisão que exige atenção, porque, uma vez feita, ela afeta todo o funcionamento do negócio.

Principais tipos de natureza jurídica

Natureza Jurídica: O que é e como escolher a sua

Foto: Freepik

No Brasil, existem diversas opções de natureza jurídica, cada uma desenhada para atender diferentes perfis de empreendedores.

Entender as características de cada tipo ajuda a fazer uma escolha estratégica e alinhada às necessidades do seu negócio. Confira as principais:

1. Microempreendedor Individual (MEI)

O MEI é uma das formas mais acessíveis e simples de formalizar um negócio. Ele foi criado para pequenos empreendedores que trabalham sozinhos e faturam até R$ 81 mil por ano.

O MEI é ideal para quem quer sair da informalidade, pagando uma taxa fixa mensal que já inclui INSS, ICMS (para comércio) ou ISS (para serviços).

Entre os benefícios, o MEI dá direito a benefícios previdenciários, como aposentadoria e auxílio-doença. No entanto, ele não permite sócios, tem limite de faturamento e restringe as atividades que podem ser enquadradas.

É perfeito para pequenos negócios individuais, mas quem planeja crescer precisa considerar outras opções.

2. Empresário Individual (EI)

O Empresário Individual é indicado para quem trabalha sozinho, mas precisa de mais flexibilidade do que o MEI oferece. Aqui, o faturamento não é limitado, o que permite atender a negócios maiores.

Porém, como no MEI, não há separação entre o patrimônio pessoal e o empresarial. Isso significa que, em caso de dívidas, os bens pessoais do empreendedor podem ser usados para quitá-las.

O EI é uma boa opção para profissionais que já superaram o limite do MEI e querem formalizar suas operações, mas é necessário avaliar bem os riscos antes de optar por esse modelo.

3. Sociedade Limitada Unipessoal (SLU)

A Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) é uma alternativa moderna e vantajosa para empreendedores individuais que desejam separar o patrimônio pessoal do empresarial.

Esse modelo substituiu a antiga EIRELI e trouxe mais flexibilidade ao mercado. Na SLU, o empreendedor não precisa de sócios, mas ainda assim desfruta de uma estrutura jurídica que protege seus bens pessoais em caso de dívidas da empresa.

Outra grande vantagem da SLU é que ela não exige um capital social mínimo, diferentemente da EIRELI, que demandava um investimento inicial equivalente a 100 salários mínimos.

Isso torna a SLU uma escolha acessível para pequenos e médios empresários que buscam segurança jurídica e mais profissionalismo.

4. Sociedade Limitada (LTDA)

A Sociedade Limitada (LTDA) é o modelo mais utilizado no Brasil, especialmente por empresas que contam com dois ou mais sócios.

Nesse modelo, cada sócio tem responsabilidade limitada ao valor investido no capital social da empresa, garantindo que o patrimônio pessoal fique protegido.

A LTDA é extremamente flexível, sendo adequada tanto para pequenas quanto para grandes empresas. Ela também permite escolher entre diferentes regimes tributários, como o Simples Nacional, o Lucro Presumido ou o Lucro Real, dependendo do faturamento e das necessidades fiscais do negócio.

Além disso, a LTDA oferece segurança jurídica e é uma excelente opção para quem busca estabilidade e crescimento.

5. Sociedade Anônima (S.A.)

A Sociedade Anônima (S.A.) é destinada a grandes empresas que têm como objetivo captar recursos de investidores. Nessa modalidade, o capital social é dividido em ações, que podem ser negociadas no mercado.

As S.A.s podem ser classificadas em capital aberto (com ações negociadas na Bolsa de Valores) ou capital fechado (restritas a um grupo específico de acionistas).

Por ser mais complexa, a S.A. exige uma estrutura administrativa robusta, incluindo conselhos de administração, auditorias e relatórios frequentes.

Esse modelo é ideal para empresas de grande porte que desejam atrair investidores e operar com alta capacidade de expansão.

6. Cooperativas

As cooperativas são um modelo jurídico voltado para grupos de pessoas que se organizam em torno de interesses comuns, como produção, distribuição ou consumo de bens e serviços. Nelas, todos os membros têm participação igualitária nos resultados e compartilham a gestão da empresa.

Muito comuns em setores como agricultura, saúde e crédito, as cooperativas oferecem benefícios para seus associados, promovendo o trabalho coletivo e a divisão dos lucros. No entanto, sua gestão exige um alto nível de organização e comprometimento de todos os participantes.

Cada um desses modelos de natureza jurídica tem características específicas e atende diferentes perfis de negócio.

Escolher a opção certa depende de uma análise cuidadosa sobre o tamanho da empresa, o faturamento esperado, a necessidade de sócios e a proteção do patrimônio.

Avaliar esses aspectos é essencial para garantir o sucesso e o crescimento sustentável do seu negócio.

Como escolher a natureza jurídica certa

Escolher a natureza jurídica ideal para sua empresa é uma decisão estratégica que exige planejamento e conhecimento sobre as opções disponíveis.

Essa escolha não só define a forma como seu negócio será visto pela lei, mas também impacta diretamente aspectos como tributos, responsabilidades legais e a proteção do seu patrimônio pessoal.

Por isso, é essencial avaliar bem as características do seu negócio antes de tomar qualquer decisão.

O primeiro ponto a ser considerado é o tamanho e o faturamento esperado da empresa. Negócios menores, que estão começando ou possuem um faturamento anual modesto, podem se beneficiar de opções mais simples, como o Microempreendedor Individual (MEI).

Essa modalidade é prática e tem uma carga tributária reduzida, sendo ideal para quem quer formalizar o trabalho sem muita burocracia.

No entanto, se você tem um planejamento de crescimento mais agressivo ou espera faturar acima dos limites do MEI, pode ser necessário optar por modelos como Empresário Individual (EI) ou Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), que oferecem mais flexibilidade e escalabilidade.

Outro ponto essencial é avaliar se você pretende ter sócios ou operar sozinho. Para empreendedores individuais, opções como o MEI, o EI e a SLU são as mais indicadas.

A SLU, em especial, é uma excelente escolha para quem deseja maior proteção jurídica, já que separa o patrimônio pessoal do empresarial, garantindo mais segurança em caso de problemas financeiros.

Por outro lado, se você planeja dividir a gestão do negócio com outras pessoas, a Sociedade Limitada (LTDA) pode ser a opção mais vantajosa.

Ela oferece proteção patrimonial aos sócios e permite a definição de responsabilidades proporcionais ao investimento de cada um no capital social.

A natureza jurídica também deve ser escolhida com base no nível de risco associado ao seu ramo de atuação.

Empresas que lidam com atividades de maior risco financeiro, como comércio de alto volume ou serviços especializados, podem se beneficiar de modelos que protejam o patrimônio pessoal do empreendedor, como a SLU e a LTDA.

Essas modalidades criam uma barreira legal entre o patrimônio da empresa e os bens pessoais do proprietário, o que pode ser crucial em cenários adversos.

Por fim, o regime tributário também desempenha um papel fundamental nessa escolha. Enquanto o MEI simplifica os impostos com uma contribuição fixa mensal, outros modelos permitem mais flexibilidade na definição do regime tributário.

Por exemplo, a LTDA e a SLU possibilitam a escolha entre Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real, dependendo das características do negócio.

Essa decisão deve ser feita com base em simulações e planejamento financeiro, de preferência com o apoio de um contador, que pode orientar sobre qual regime é mais vantajoso.

Fatores para escolher o ideal

Escolher a natureza jurídica ideal para o seu negócio exige uma análise cuidadosa de diferentes fatores que podem impactar o funcionamento, a tributação e a segurança do empreendimento.

Essa decisão não deve ser baseada apenas na simplicidade ou no custo inicial, mas sim no alinhamento com as necessidades atuais e os objetivos futuros da empresa.

Ao avaliar esses fatores, você estará mais preparado para tomar uma decisão estratégica e evitar problemas no futuro.

Um dos principais fatores a considerar é o tamanho e o faturamento esperado do negócio. Empresas menores, que estão começando ou têm uma estrutura simples, podem se beneficiar de modelos menos burocráticos e mais acessíveis.

Já negócios maiores ou com potencial de crescimento acelerado precisam de estruturas mais robustas, que acompanhem o aumento de receitas e ofereçam flexibilidade para se adaptar ao mercado.

Planejar com base no faturamento projetado é essencial para evitar mudanças desnecessárias no futuro.

Outro ponto crucial é definir se você irá empreender sozinho ou com sócios. A presença de sócios muda completamente a estrutura de uma empresa, pois será necessário estipular regras claras sobre responsabilidades, direitos e participação no negócio.

Se você pretende dividir a gestão e os lucros com outras pessoas, é importante escolher uma natureza jurídica que permita essa estrutura societária, garantindo segurança para todas as partes envolvidas.

A separação entre o patrimônio pessoal e o empresarial também é um aspecto fundamental a ser analisado. Dependendo do modelo escolhido, as dívidas da empresa podem ou não afetar os bens pessoais do empreendedor.

Para negócios com maior risco financeiro, pode ser mais prudente optar por uma estrutura que proteja o patrimônio do proprietário, especialmente se a atividade envolve altos investimentos ou chances de inadimplência.

Por fim, é importante considerar a carga tributária e o regime fiscal associados à natureza jurídica. Cada modelo possui suas próprias regras de tributação, que podem variar desde contribuições fixas e simplificadas até cálculos mais complexos baseados no faturamento e no lucro.

Escolher uma estrutura que permita otimizar os impostos e facilitar o cumprimento das obrigações fiscais é essencial para manter a saúde financeira da empresa.

Contar com a orientação de um contador nesse momento pode fazer toda a diferença para encontrar o equilíbrio entre economia e conformidade legal.

O papel do contador nessa escolha 

Quando se trata de escolher a natureza jurídica ideal para a sua empresa, contar com a orientação de um contador experiente pode fazer toda a diferença.

Esse profissional não apenas entende as nuances legais e fiscais de cada modelo disponível, mas também é capaz de adaptar essa escolha às características específicas do seu negócio.

O contador desempenha um papel estratégico, garantindo que a decisão seja embasada em critérios técnicos e alinhada aos objetivos do empreendedor.

Um dos principais benefícios de ter um contador ao seu lado nesse processo é a avaliação personalizada do negócio.

Ele analisará fatores como o porte da empresa, o faturamento esperado, o nível de risco financeiro e a complexidade das operações.

Com essas informações, o contador poderá indicar a natureza jurídica que melhor se encaixa às necessidades do negócio, considerando tanto as demandas atuais quanto os planos de crescimento futuro.

Além disso, o contador é essencial para entender e planejar a tributação da empresa. Cada natureza jurídica tem regras específicas de impostos, e escolher o modelo errado pode gerar custos desnecessários ou comprometer a rentabilidade do negócio.

O contador tem o conhecimento técnico para simular cenários e identificar o regime tributário mais vantajoso, seja o Simples Nacional, o Lucro Presumido ou o Lucro Real. Dessa forma, ele ajuda a reduzir a carga tributária de forma legal e estratégica.

Outro papel importante do contador é orientar sobre as obrigações fiscais e burocráticas associadas à natureza jurídica escolhida.

Ele assegura que a empresa esteja em conformidade com a legislação, evitando problemas futuros com a Receita Federal ou outros órgãos reguladores.

Isso inclui desde o registro inicial da empresa até o acompanhamento das obrigações acessórias, como entrega de declarações e pagamento de tributos.

Por fim, o contador não apenas participa da escolha da natureza jurídica, mas também atua como um parceiro estratégico ao longo da vida do negócio.

Ele oferece suporte contínuo, ajudando a empresa a se adaptar às mudanças do mercado, a planejar sua expansão e a tomar decisões financeiras mais seguras. 

Soluções de um contador em Campo Grande para o seu negócio

Se você chegou até aqui, já deve ter percebido como a escolha da natureza jurídica é um passo essencial para a estruturação do seu negócio.

Não é uma decisão simples, pois envolve muitos detalhes legais e fiscais que podem fazer toda a diferença no sucesso da sua empresa. É nesse momento que contar com a ajuda de um contador em Campo Grande se torna indispensável.

Um contador experiente pode analisar sua situação, entender as características do seu negócio e orientar você para tomar a decisão certa, evitando dores de cabeça no futuro.

Se você está em Campo Grande e procura um contador de confiança, saiba que ter o apoio de um profissional qualificado é fundamental para garantir que sua empresa esteja alinhada com todas as exigências legais e fiscais.

Além disso, um contador pode oferecer um atendimento personalizado, acompanhando de perto o dia a dia do seu negócio e ajudando você a tomar decisões estratégicas que farão a diferença no crescimento da sua empresa.

Nós da Contili Contabilidade estamos prontos para ser esse parceiro estratégico na sua jornada.

Com uma equipe experiente e dedicada, oferecemos todo o suporte necessário para que você possa focar no que realmente importa: fazer o seu negócio crescer com segurança e eficiência.

Entre em contato conosco e descubra como podemos ajudar você a dar o próximo passo com tranquilidade e confiança!

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