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Nota fiscal emitida errada: o que fazer agora?

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Nota fiscal emitida errada o que fazer agora

Erros na emissão de nota fiscal são mais comuns do que parece.

Seja pela correria do dia a dia, por uma distração ou por falta de conhecimento sobre o sistema, basta um clique errado para gerar um documento com informações incorretas.

E quando isso acontece, muitos empreendedores entram em pânico. A boa notícia é que, dependendo do tipo de erro, existem soluções práticas e legais para corrigir a nota sem grandes complicações.

Saber exatamente como agir quando uma nota fiscal sai com erro é fundamental.

Afinal, além do impacto financeiro, uma nota errada pode atrapalhar o relacionamento com o cliente, atrasar o recebimento de pagamentos ou até gerar problemas com a Receita. E o mais importante: cada tipo de erro pede um tipo de correção diferente.

Por isso, entender as opções disponíveis e como aplicar cada uma é essencial para manter a operação do seu negócio segura e organizada.

Neste artigo, você vai ver quais são os erros mais comuns, quais as formas corretas de corrigir e como evitar que isso volte a acontecer.

A proposta aqui é descomplicar esse assunto. Nada de linguagem técnica ou termos difíceis. Vamos direto ao ponto, do jeito que você precisa para resolver o problema e seguir com sua empresa sem dor de cabeça.

Tipos mais comuns de erro na emissão de nota fiscal

Antes de entender como corrigir uma nota fiscal errada, é importante identificar o tipo de erro que foi cometido.

Isso faz toda a diferença, porque cada situação exige um procedimento diferente. E quanto mais cedo você perceber o erro, mais fácil é de corrigir.

Um dos erros mais frequentes está nos dados do cliente. Às vezes, o nome é preenchido incorretamente, o CNPJ ou CPF é digitado com um número errado ou o endereço está incompleto.

Esse tipo de informação precisa estar certa para que a nota tenha validade legal e para que o cliente possa usá-la corretamente.

Outro erro bastante comum envolve o valor total da nota. Isso pode acontecer por falhas no cálculo, desconto não aplicado ou até lançamento de produto ou serviço errado.

Quando o valor da nota está errado, o impacto pode ser direto no pagamento e também nos impostos, por isso precisa de atenção redobrada.

Erros na descrição dos produtos ou serviços também acontecem. Pode ser que a descrição esteja incompleta, não corresponda ao que foi vendido ou contenha termos genéricos demais.

Isso gera dúvidas para o cliente e pode atrapalhar a conferência da nota fiscal.

Além disso, erros relacionados aos códigos da nota, como NCM ou CFOP, costumam confundir quem não é da área fiscal.

Esses códigos são usados para classificar o que está sendo vendido e impactam diretamente na tributação. Mesmo que pareçam detalhes pequenos, precisam estar certos.

Por fim, outro erro comum é na data de emissão. Em alguns casos, a nota é gerada com a data errada, o que pode atrapalhar o fechamento do mês, a entrega de obrigações fiscais ou até gerar rejeição pelo cliente.

Quais são as formas corretas de corrigir uma NF-e?

Depois de identificar o tipo de erro, o próximo passo é escolher o caminho certo para corrigir a nota fiscal.

Aqui, é fundamental entender que não existe um único jeito de fazer isso. Existem quatro formas principais, e cada uma deve ser usada em situações específicas.

A primeira é a Carta de Correção Eletrônica, usada para corrigir informações que não afetam diretamente o valor total da nota ou a natureza da operação.

Ela é uma boa opção para erros simples, como ajustes na descrição ou em códigos internos.

A segunda opção é o Cancelamento da NF-e, que deve ser feito quando o erro é grave ou quando a operação comercial, de fato, não chegou a acontecer. É uma forma de anular completamente a nota emitida, mas só pode ser feita dentro de um prazo específico.

Temos também a Nota Fiscal de Substituição, que é utilizada quando o cancelamento não é mais possível, geralmente porque o prazo já passou.

Nesse caso, a solução é emitir uma nova nota corrigida e indicar que ela substitui a anterior.

Por fim, existe a Nota Fiscal Complementar, ideal para corrigir valores que ficaram abaixo do correto.

Quando um item foi subfaturado ou algum custo ficou de fora, essa nota serve para complementar a informação sem precisar cancelar a nota original.

O que vai definir qual dessas alternativas usar é o tipo e a gravidade do erro. E agora que você já conhece os quatro caminhos possíveis, vamos detalhar cada um deles para que você saiba exatamente como agir.

Carta de Correção Eletrônica (CC-e): quando o erro é leve

A Carta de Correção Eletrônica, conhecida como CC-e, é a forma mais prática e rápida de corrigir uma nota fiscal quando o erro é leve e não altera o valor total da nota. Ela é feita diretamente no sistema de emissão da NF-e e é aceita legalmente em diversos casos.

Você pode usar a CC-e, por exemplo, quando erra na descrição do produto, troca um código de item interno, corrige a transportadora ou ajusta a data de entrega.

Desde que esses dados não mudem o valor total da nota ou afetem os impostos, está tudo certo.

É importante saber que a carta de correção não pode ser usada para corrigir o CNPJ ou CPF do cliente, nem valores, CFOP, impostos ou a natureza da operação.

Esses tipos de erro exigem outro tipo de ação. A carta serve para ajustes de informação, não para mudar o conteúdo principal da nota.

O prazo para emitir a CC-e costuma ser de até 30 dias após a emissão da nota fiscal. E você pode fazer até 20 correções diferentes, desde que todas estejam dentro do permitido por lei.

A CC-e fica vinculada à nota original, então não é preciso enviar um novo documento, apenas informar o cliente sobre a correção.

Esse recurso é bastante útil para evitar retrabalho e manter tudo em ordem sem precisar cancelar e reemitir. Mas, mesmo sendo simples, deve ser usada com atenção. Sempre revise bem antes de enviar e guarde um comprovante da emissão.

Se o erro for mais grave e a carta de correção não resolver, aí sim é hora de pensar nas próximas alternativas.

Cancelamento da Nota Fiscal: quando é necessário anular tudo

Nota fiscal emitida errada o que fazer agora

Foto: cookie_studio/Freepik

Quando o erro na nota fiscal é mais sério e a operação de venda ou prestação de serviço não aconteceu, o melhor caminho é o cancelamento da nota.

Esse procedimento anula completamente o documento fiscal, como se ele nunca tivesse existido. Mas atenção: existe um prazo para isso.

Na maioria dos estados brasileiros, o cancelamento só pode ser feito em até 24 horas após a emissão da nota. Passado esse prazo, o sistema da Secretaria da Fazenda bloqueia essa possibilidade.

Por isso, é importante revisar as notas logo depois de emitidas para agir rápido caso perceba algum erro.

Esse tipo de correção é indicado quando, por exemplo, a nota foi emitida com o CNPJ errado, a venda foi cancelada antes da entrega ou quando o valor total está muito diferente do correto e não pode ser ajustado com uma nota complementar.

Se a operação não vai mais acontecer ou está inválida, o cancelamento é a melhor solução.

Para cancelar, basta acessar o sistema emissor, localizar a nota e selecionar a opção de cancelamento.

Você vai precisar justificar o motivo da ação e, em alguns casos, enviar esse pedido à autorização da Secretaria da Fazenda. O processo é simples, mas deve ser feito dentro do prazo.

Se você perder esse prazo e a nota não puder mais ser cancelada, será necessário buscar outras alternativas, como a emissão de uma nota substituta, que veremos a seguir.

O importante é nunca deixar a nota errada sem tratamento. Isso pode gerar problemas fiscais e contábeis mais à frente.

Cancelar uma nota não é o fim do mundo. Quando feito corretamente e dentro do prazo, resolve o problema de forma segura e limpa. Só não pode ser deixado de lado ou feito fora das regras.

Nota Fiscal de Substituição: corrigindo após o prazo de cancelamento

Nem sempre o erro na nota fiscal é percebido a tempo. Às vezes, quando você vai verificar, o prazo para cancelamento já passou e não há mais como anular o documento de forma oficial.

Nesse caso, existe uma alternativa segura: a emissão de uma nota fiscal de substituição.

A ideia aqui é simples. Você emite uma nova nota fiscal, agora com todos os dados corrigidos, e inclui uma observação clara de que ela substitui a nota anterior.

Isso é importante para deixar claro para o cliente e para a contabilidade qual é o documento válido.

A nota original com erro continua registrada, mas você pode fazer o ajuste internamente e informar a Receita de que houve substituição.

Essa medida é aceita em muitos casos e, embora não cancele de fato a nota anterior, serve para ajustar a operação sem comprometer a validade fiscal.

Esse tipo de ação é comum quando o cliente se recusa a aceitar uma nota com erro e o cancelamento não é mais possível.

Em vez de deixar o erro passar, você gera uma nova nota, agora correta, e mantém o relacionamento com o cliente sem ruído.

Ao usar esse recurso, é essencial manter um registro interno da correção. Informe o cliente sobre a substituição, envie a nova nota e, se possível, anexe os dois documentos em seu sistema. Isso facilita a conferência no futuro e demonstra organização.

A nota fiscal de substituição é uma saída eficiente quando não há mais como cancelar. Com ela, você mantém tudo regularizado e evita problemas maiores com a fiscalização.

Nota Fiscal Complementar: ajustando valores ou tributos

A nota fiscal complementar é usada quando a nota original foi emitida com algum valor a menos do que o correto.

Isso pode acontecer por diversos motivos: esquecimento de incluir o frete, erro na base de cálculo de impostos, aplicação incorreta de alíquotas ou até omissão de parte dos produtos.

Nesse caso, não é necessário cancelar a nota original. Você emite uma nova nota fiscal, chamada de complementar, informando apenas o que está sendo adicionado.

Essa nova nota será vinculada à original e vai complementar as informações de forma oficial.

É importante entender que essa nota não serve para corrigir erros de quantidade ou trocar produtos.

Ela é usada apenas para valores, seja de mercadorias, serviços ou tributos. Por isso, seu uso é bem específico, mas muito útil quando o problema é esse.

O preenchimento da nota complementar deve ser feito com cuidado. Indique claramente o número da nota original, detalhe o que está sendo ajustado e mantenha o cliente informado sobre o motivo da emissão. 

Essa é uma alternativa eficiente para corrigir erros financeiros sem precisar anular tudo.

E o melhor: ela é totalmente aceita pela legislação e pode ser feita até mesmo após o prazo de cancelamento, o que amplia suas possibilidades de correção.

Se você identificou que a nota foi emitida com valor menor do que deveria, a nota complementar é o caminho mais seguro para resolver o problema.

Consequências de não corrigir uma nota emitida com erro

Nota fiscal emitida errada o que fazer agora.

Foto: Freepik

Ignorar um erro na nota fiscal pode parecer inofensivo no momento, mas com o tempo, isso pode gerar uma série de complicações para a empresa.

Mesmo que o erro pareça pequeno, como uma descrição incompleta ou um dado do cliente incorreto, ele pode prejudicar a operação, tanto no lado fiscal quanto na relação com o cliente.

Um dos primeiros impactos negativos pode surgir no próprio atendimento. Se o cliente percebe que a nota está errada, é natural que ele questione a credibilidade da empresa.

Além disso, muitos clientes, especialmente empresas, exigem notas corretas para fazer o pagamento ou registrar a compra no sistema interno. Se a nota está incorreta, o pagamento pode ser adiado ou até recusado.

Do ponto de vista fiscal, a situação também complica. Uma nota com erro que não é corrigida pode afetar diretamente o cálculo dos tributos devidos.

Isso pode levar a recolhimentos incorretos, o que abre margem para autuações da Receita. Em uma fiscalização, a empresa pode ter que justificar as divergências ou até arcar com multas.

Além disso, erros não corrigidos podem comprometer os relatórios financeiros e contábeis.

Uma nota com valor errado, por exemplo, pode inflar ou reduzir a receita do mês, gerando informações distorcidas sobre o desempenho da empresa. Isso afeta a tomada de decisões e o planejamento financeiro.

Outra consequência é a dificuldade no fechamento do mês ou do ano fiscal. Quando os dados não batem, é preciso perder tempo rastreando onde está o erro, reemitindo relatórios e explicando inconsistências. 

Por tudo isso, a recomendação é simples: cometeu um erro na nota? Corrija o quanto antes. Resolver na hora é mais fácil, mais barato e evita uma dor de cabeça futura bem maior.

Como evitar esse tipo de erro na sua empresa

Evitar erros na emissão de nota fiscal não é uma missão impossível. Na verdade, com algumas boas práticas, é totalmente possível reduzir significativamente os riscos e garantir mais tranquilidade no dia a dia da empresa.

A chave está em organização, revisão e atenção aos detalhes.

Um dos primeiros passos é adotar o hábito de revisar a nota antes de enviá-la ao cliente.

Isso pode ser feito com um checklist simples, onde você confere os principais pontos: nome do cliente, CNPJ, produtos, valores, impostos e datas. Leva poucos minutos e pode evitar muita dor de cabeça.

Outra boa prática é utilizar sistemas emissores confiáveis. Muitos desses sistemas já contam com validações automáticas que evitam erros comuns.

Eles alertam, por exemplo, quando um campo obrigatório está em branco ou quando um CNPJ digitado não existe. Esses recursos funcionam como uma espécie de “filtro” antes do envio da nota.

Também é importante padronizar os processos internos. Se mais de uma pessoa emite notas dentro da sua empresa, todos devem seguir o mesmo procedimento.

Definir uma rotina clara e documentada ajuda a manter o controle e evita que cada funcionário “faça do seu jeito”, o que aumenta a chance de erros.

Investir na capacitação da equipe é outro ponto importante. Mesmo que a emissão de notas pareça simples, é essencial que as pessoas envolvidas entendam minimamente como funciona o processo.

Isso não quer dizer estudar contabilidade, mas sim conhecer o básico necessário para lidar com documentos fiscais com segurança.

E por fim, manter uma relação próxima com o contador da empresa é sempre uma boa ideia. Esse profissional pode revisar processos, sugerir melhorias e até identificar padrões de erro que precisam de correção.

Ter esse apoio reduz riscos e dá mais segurança para tomar decisões no dia a dia.

Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para sua empresa

Se você chegou até aqui, é porque realmente se importa com a organização fiscal do seu negócio. E essa é uma ótima notícia, porque empreender com responsabilidade é um dos pilares para crescer com segurança.

Se você é de Campo Grande e está lidando com erros na emissão de nota fiscal, ou quer evitar esse tipo de problema no futuro, contar com um contador pode ser exatamente o que falta para facilitar sua rotina.

Ter ao seu lado um contador em Campo Grande que entenda as necessidades do seu negócio, acompanhe suas obrigações e te oriente com clareza faz toda a diferença.

Isso vale tanto para quem está começando quanto para quem já tem uma empresa em funcionamento.

Um contador com experiência local conhece as particularidades da legislação, os prazos e até os detalhes que passam despercebidos por quem não vive a prática fiscal todos os dias.

Além de evitar multas e retrabalhos, um bom contador em Campo Grande pode te ajudar a economizar tempo, reduzir riscos e até melhorar a imagem da sua empresa diante dos clientes.

Você não precisa lidar com tudo sozinho. Existem soluções práticas e acessíveis que tornam esse processo mais leve e seguro.

Se você quer esse tipo de apoio para o seu negócio, fale com a Contili Contabilidade.

Estamos aqui para te ajudar com atendimento próximo, linguagem simples e foco total no que realmente importa: o crescimento da sua empresa com tranquilidade e segurança.

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