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Personal trainer pode ser MEI? Veja as alternativas 

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Personal trainer pode ser MEI? Veja as alternativas

Se você é personal trainer ou está de olho nesse mercado, já deve ter esbarrado com a ideia de se formalizar como MEI.

Afinal, é barato, rápido, e parece ser o caminho mais simples para quem quer começar a trabalhar por conta própria.

Mas será que funciona pra todo mundo? E, mais especificamente, será que personal trainer pode mesmo ser MEI?

A resposta curta é: não pode. E calma, isso não significa que você precisa trabalhar na informalidade ou pagar uma fortuna em impostos.

Na real, existem opções muito mais interessantes e adequadas para quem quer atuar como personal com tudo certinho.

Neste artigo, você vai entender o motivo real dessa limitação e, mais importante, vai conhecer alternativas viáveis para seguir sua profissão com segurança, liberdade e dentro da lei.

O que é MEI e por que tanta gente quer seguir esse caminho?

Vamos começar do começo: o que é esse tal de MEI? A sigla significa Microempreendedor Individual e foi criada justamente para facilitar a vida de quem trabalha por conta própria.

É uma forma simples e barata de formalizar um pequeno negócio, com poucas exigências, carga tributária reduzida e menos burocracia no dia a dia.

É por isso que tanta gente corre para esse modelo. Com o MEI, você consegue um CNPJ rapidinho, pode emitir nota fiscal, contribui com o INSS e paga um valor fixo de imposto por mês, geralmente abaixo dos R$ 70.

Tudo isso sem precisar contratar contador, nem lidar com planilhas e obrigações complexas. Parece perfeito, né?

Mas tem um porém (ou melhor, alguns). O MEI tem limitações. Só pode ser MEI quem fatura até R$ 81 mil por ano (ou seja, R$ 6.750 por mês, em média).

Você também não pode ter sócio, nem ser dono de outra empresa. E o principal: sua atividade profissional precisa estar na lista permitida pela Receita Federal.

Essa lista existe porque o MEI foi pensado para profissões mais simples e de baixo risco — como costureiras, eletricistas, artesãos, vendedores ambulantes, entre outros.

Quando a profissão exige formação técnica ou superior, ou é regulada por algum conselho de classe, ela geralmente não entra nessa lista. E adivinha só? Esse é exatamente o caso do personal trainer.

Por que personal trainer não pode ser MEI?

A profissão de personal trainer é ligada diretamente à área da saúde e do bem-estar físico. E por mais que a prática pareça simples para quem vê de fora, ela é cercada de responsabilidade técnica e regulamentações legais.

Quem atua como personal precisa ser formado em Educação Física e estar registrado no CREF (Conselho Regional de Educação Física).

E aí mora o problema com o MEI: profissionais que exercem atividades regulamentadas por conselhos de classe não podem se formalizar como microempreendedor individual.

Isso porque o MEI foi pensado para atividades que não exigem esse tipo de controle e fiscalização técnica.

Além disso, tem a questão do CNAE, que é um código que classifica o tipo de atividade da sua empresa. Quando você tenta abrir um MEI, precisa escolher um CNAE entre os que são permitidos.

Só que o CNAE usado para descrever a atividade de personal trainer não está na lista de atividades autorizadas para o MEI. Ou seja: mesmo que você tente, o sistema não vai deixar você seguir adiante com o registro.

Muita gente tenta contornar isso e escolhe outro CNAE, mais genérico, para conseguir se registrar como MEI. Só que isso não é recomendado.

Se a Receita Federal ou o próprio CREF identificar que você está atuando de forma irregular, pode ter dor de cabeça: multas, cancelamento do MEI e até complicações mais sérias com sua atividade profissional.

Resumindo? Mesmo que o MEI pareça tentador, ele não é uma opção legal nem segura pra personal trainer. Mas isso não quer dizer que você precisa ficar na informalidade. Existe vida fora do MEI

Quais são as alternativas ao MEI para personal trainers?

Personal trainer pode ser MEI? Veja as alternativas

Foto: Freepik

Se o MEI não é uma opção, qual é o caminho então? A boa notícia é que existem alternativas que funcionam muito bem para quem trabalha como personal.

E mais do que isso: elas oferecem estrutura, segurança e flexibilidade para você crescer profissionalmente.

A primeira e mais indicada alternativa é abrir uma empresa como Sociedade Limitada Unipessoal (SLU).

Apesar do nome parecer técnico, essa modalidade é super prática: você consegue ter um CNPJ sozinho, sem sócio, e ainda conta com uma separação clara entre seus bens pessoais e os da empresa.

Isso significa que, se um dia você tiver algum problema financeiro com a empresa, seu carro ou apartamento, por exemplo, ficam protegidos.

Outra vantagem da SLU é que ela permite escolher o regime tributário mais adequado. Na maioria dos casos, profissionais da área de saúde e educação física entram no Simples Nacional, que é um sistema de pagamento unificado de impostos.

Dependendo do seu faturamento, isso pode ser muito vantajoso, com alíquotas bem mais justas do que as cobradas de autônomos, por exemplo.

Tem também a opção do Empresário Individual (EI), que ainda está disponível, mas tem sido cada vez menos usada — principalmente porque a SLU oferece os mesmos benefícios e ainda traz uma proteção jurídica maior.

Então, se você está começando e quer montar algo mais estruturado, vale ir direto para SLU.

Essas alternativas permitem que você:

– Emita nota fiscal com facilidade

– Contribua com o INSS como empresário

– Contrate funcionários se precisar

– Tenha mais acesso a crédito e condições melhores com bancos

– Mostre mais profissionalismo para seus alunos e parceiros

Ou seja, não se prender ao MEI pode, na verdade, abrir ainda mais portas para sua atuação como personal. O importante é fazer a escolha certa logo no início, com suporte de quem entende do assunto.

Vale mais a pena ser autônomo ou abrir um CNPJ?

Essa dúvida é muito comum entre personal trainers, principalmente pra quem está começando na profissão.

Muita gente opta por atuar como autônomo porque parece mais fácil: não precisa abrir empresa, não tem CNPJ, nem se preocupar com obrigações mensais. Mas será que essa praticidade vale a pena no longo prazo?

Trabalhar como autônomo significa que você presta serviços como pessoa física. Isso pode funcionar por um tempo, especialmente se você ainda tem poucos alunos ou está começando devagar.

Mas à medida que sua clientela cresce, começam a aparecer alguns limites bem importantes.

Primeiro, a questão da tributação. Quem trabalha como autônomo e declara os ganhos corretamente pode acabar pagando imposto de renda bem mais alto do que se tivesse um CNPJ.

Dependendo do valor que você fatura por mês, a alíquota chega fácil a 27,5%. Isso sem contar com o INSS, que você também precisa pagar todo mês como contribuinte individual.

Ou seja, no fim do mês, o que sobra pode ser bem menos do que você esperava.

Outro ponto que pega é a nota fiscal. Muitos alunos e empresas — especialmente academias ou estúdios parceiros — exigem nota fiscal para fechar contrato.

E como autônomo, você pode até emitir nota em alguns municípios, mas o processo costuma ser bem mais complicado e limitado. Já com um CNPJ ativo, tudo fica mais fácil, rápido e profissional.

Tem também a questão da credibilidade. Um personal com CNPJ, que emite nota, tem conta empresarial, consegue maquininhas com taxas melhores e está devidamente formalizado, passa muito mais segurança.

E isso influencia diretamente na hora de fechar parcerias, cobrar valores mais justos e até na hora de negociar contratos maiores.

Então sim, ser autônomo pode funcionar como etapa temporária, mas não é o caminho ideal para quem quer crescer de verdade.

Se o seu objetivo é construir uma carreira sólida, com liberdade, autonomia e potencial de expansão, abrir uma empresa no modelo certo é o passo natural.

Passo a passo para abrir uma empresa como personal trainer

Personal trainer pode ser MEI? Veja as alternativas

Foto: cottonbro studio/Pexels

Se você chegou até aqui e decidiu que quer abrir um CNPJ para trabalhar como personal trainer, ótimo!

A formalização pode parecer burocrática num primeiro momento, mas com o caminho certo e um contador do lado, tudo flui de forma bem tranquila.

Aqui vai um passo a passo simplificado para você entender como funciona o processo:

1. Defina o tipo de empresa:

Como falamos antes, a Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) é hoje o modelo mais indicado para personal trainer. Ela te permite abrir a empresa sozinho, sem sócios, e com proteção jurídica dos seus bens pessoais.

O contador pode te orientar se esse for realmente o melhor formato, mas em 90% dos casos, é ele mesmo.

2. Escolha o CNAE certo:

O CNAE é um código que descreve a atividade da sua empresa. Para personal trainers, o mais usado é o 8591-1/00 – Atividades de condicionamento físico.

Ele engloba academias, estúdios e profissionais que prestam serviços relacionados à saúde física e treinamento personalizado.

É importante acertar esse código, porque ele influencia no regime de tributação, nas autorizações municipais e na legalidade do seu negócio.

3. Registre sua empresa na Junta Comercial:

Depois de definir o tipo de empresa e o CNAE, o próximo passo é registrar seu negócio na Junta Comercial do seu estado.

Esse registro dá existência legal à sua empresa e é obrigatório para seguir com as próximas etapas.

4. Tire o CNPJ na Receita Federal:

Com o registro aprovado, o contador já consegue emitir o seu CNPJ. É esse número que te identifica como pessoa jurídica e que vai ser usado para emitir nota fiscal, abrir conta bancária, contratar serviços e tudo mais.

5. Faça a inscrição municipal e solicite o alvará:

Cada cidade tem regras diferentes, mas no geral, você vai precisar se inscrever na prefeitura e tirar um alvará de funcionamento.

Mesmo que você atenda seus alunos em academias, ao ar livre ou a domicílio, essa etapa costuma ser exigida para autorizar o funcionamento da empresa no município.

6. Mantenha o registro regular no CREF:

Esse passo você provavelmente já sabe: para atuar legalmente como personal trainer, é obrigatório ter o registro ativo no CREF da sua região.

Abrir um CNPJ não muda isso, então se ainda não regularizou essa parte, é bom fazer também.

Com tudo isso resolvido, sua empresa estará pronta para funcionar de forma 100% legal.

A partir daí, você pode emitir notas fiscais, organizar melhor seu financeiro, negociar com mais confiança e até pensar em crescer, contratando equipe ou expandindo sua atuação.

Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você

Se você chegou até aqui, já entendeu que ser personal trainer e trabalhar de forma legal exige mais do que força de vontade e talento: é preciso estrutura, clareza e, principalmente, apoio profissional.

E se você é de Campo Grande e está buscando um caminho mais seguro, organizado e profissional para atuar na sua área, a melhor coisa que você pode fazer agora é contar com a orientação de um contador que realmente entenda do seu tipo de negócio.

Não é exagero dizer que ter um contador em Campo Grande ao seu lado pode mudar completamente sua relação com o dinheiro, com o tempo e com sua própria profissão. 

A gente sabe que você quer focar nos treinos, nos alunos e nos resultados. E é exatamente por isso que precisa de alguém que cuide da parte burocrática com agilidade, clareza e atenção aos detalhes.

A formalização certa, o regime de tributação mais vantajoso, a escolha correta do CNAE, o controle mensal dos impostos — tudo isso influencia diretamente no seu bolso e na saúde da sua empresa.

Se você está em Campo Grande e ainda não tem um contador de confiança, ou até já tentou fazer as coisas por conta própria e viu que não é tão simples assim, a hora de profissionalizar sua atuação é agora.

E você não precisa fazer isso sozinho.

A Contili Contabilidade está pronta para te ajudar a dar esse próximo passo. Somos especialistas em atender profissionais como você, que querem trabalhar com tranquilidade, de forma legal e com espaço para crescer.

Entre em contato com a gente e tire todas as suas dúvidas. Vamos juntos construir uma estrutura contábil que faça sentido para sua realidade.

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