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Principais documentos que toda igreja precisa ter

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Principais documentos que toda igreja precisa ter

Administrar uma igreja vai muito além de cuidar das atividades religiosas. Existem muitas questões administrativas e legais que precisam ser levadas a sério.

Uma delas é a documentação. Ter os documentos certos é fundamental para garantir o funcionamento legal, manter benefícios como a imunidade tributária e, claro, evitar problemas com órgãos fiscalizadores.

Neste artigo, vamos te explicar de forma simples e objetiva quais são os principais documentos que toda igreja precisa ter.

Assim, você garante que esteja sempre em dia com a lei e protegida de imprevistos.

Documentação jurídica obrigatória

Antes mesmo de abrir as portas para os cultos, a igreja precisa nascer de forma legal. Isso significa que é necessário passar por alguns processos burocráticos para que a instituição exista oficialmente.

O primeiro passo é a elaboração do Estatuto Social. Esse documento é como a “certidão de nascimento”.

Nele, estarão descritas informações importantes como a finalidade, a forma de administração, quem são os responsáveis legais, entre outros detalhes.

Além do estatuto, é preciso realizar uma assembleia de fundação. Nessa reunião, os fundadores decidem formalmente pela criação, aprovam o estatuto e escolhem a primeira diretoria.

Essa decisão precisa ser registrada em uma Ata de Fundação, que também se torna um documento oficial.

Depois desses dois primeiros passos, vem o momento de registrar os documentos em cartório.

O registro oficial dá validade jurídica, permitindo que ela exista como uma pessoa jurídica. Esse processo é semelhante ao que acontece quando uma empresa é aberta.

Por fim, o templo precisa obter o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, o famoso CNPJ. É esse cadastro que permitirá, por exemplo, abrir uma conta bancária em nome da igreja e emitir documentos fiscais quando necessário.

Sem o CNPJ, ela fica impedida de realizar uma série de atividades administrativas importantes.

Vale reforçar que essa documentação inicial é obrigatória. Não é apenas uma formalidade. Sem ela, ela corre o risco de sofrer sanções legais e ter dificuldades para operar com segurança e transparência.

Documentos necessários para manter a regularidade fiscal

Depois que é formalmente criada, o trabalho com a documentação não para. É fundamental manter a regularidade fiscal.

Isso significa ter atenção constante a algumas obrigações que precisam ser cumpridas ao longo do ano.

Um dos principais documentos nesse sentido são as Certidões Negativas de Débitos. Elas servem para comprovar que não possui dívidas com órgãos como a Receita Federal, o INSS e o FGTS.

Essas certidões são exigidas em várias situações, como quando a igreja precisa participar de projetos sociais, firmar convênios ou receber doações de empresas.

Outro ponto importante é a inscrição municipal ou estadual. Dependendo da cidade ou estado onde ela está localizada, pode ser necessário fazer essa inscrição para estar em conformidade com a legislação local.

Essa inscrição também pode ser exigida para obtenção de outros documentos, como o alvará de funcionamento.

Falando em alvará, esse é outro documento que merece atenção. O alvará de funcionamento é emitido pela prefeitura e dá a autorização para exercer suas atividades no local escolhido.

Em algumas cidades, especialmente em áreas urbanas, esse documento é obrigatório para evitar problemas com a fiscalização.

Além desses, é importante lembrar que é preciso estar atento a eventuais declarações fiscais exigidas pelo governo.

Mesmo que tenham imunidade tributária, elas podem ser obrigadas a entregar documentos que comprovem essa condição.

Manter tudo isso atualizado evita transtornos, como multas e até o bloqueio de atividades. Por isso, é essencial criar uma rotina de acompanhamento da situação fiscal.

Documentação contábil essencial

Principais documentos que toda igreja precisa ter

Fotos: Freepik

Mesmo que a igreja não tenha fins lucrativos, ela movimenta recursos. Existe arrecadação de dízimos, ofertas, campanhas de doações e, em alguns casos, projetos sociais com captação de recursos externos.

Por isso, a organização financeira precisa estar muito bem documentada.

O primeiro documento fundamental é o livro-caixa. Ele é o registro de todas as entradas e saídas de dinheiro.

Nele, devem constar os valores recebidos, as despesas pagas, os investimentos feitos e qualquer outro movimento financeiro. Ter esse controle ajuda a prestar contas de forma transparente.

Além do livro-caixa, é recomendável a elaboração de balancetes mensais. Esses balancetes são como um resumo financeiro de cada mês.

Eles mostram, de forma simplificada, se está tendo saldo positivo ou negativo e ajudam a diretoria a tomar decisões com base em dados reais.

Outro documento importante é a Demonstração do Resultado do Exercício, conhecida como DRE.

Embora o nome pareça complicado, ela é basicamente um demonstrativo que resume as receitas e despesas ao longo do ano. Esse documento facilita a análise da saúde financeira da instituição.

Também é fundamental elaborar relatórios financeiros regulares para apresentar aos membros.

A transparência é uma obrigação ética e legal. Esses relatórios mostram como o dinheiro está sendo aplicado e ajudam a manter a confiança dos fiéis.

Por fim, vale lembrar que, mesmo isentas de alguns impostos, precisam entregar a Declaração de Isenção de Impostos quando solicitado.

Isso serve para comprovar que a instituição continua se enquadrando nos requisitos legais para ter esse benefício.

Documentos para manter a imunidade tributária

Uma das vantagens legais que possuem é a imunidade tributária. Em outras palavras, a Constituição garante que igrejas não paguem determinados impostos.

Mas isso não significa que ela está automaticamente isenta de tudo ou que não precisa prestar contas.

Para manter esse benefício, é preciso reunir e manter alguns documentos específicos. O primeiro deles é o Relatório de Atividades da igreja.

Nele, a instituição deve descrever as ações realizadas, os projetos desenvolvidos e como os recursos estão sendo aplicados para atender sua finalidade religiosa.

Outro documento importante é a Declaração de Finalidade Não Econômica. Esse documento serve para reforçar que a templo não tem fins lucrativos e que todos os recursos arrecadados são aplicados em suas atividades-fim.

Além disso, é fundamental ter comprovantes de que os recursos estão realmente sendo aplicados nas atividades.

Isso inclui notas fiscais, recibos, comprovantes de pagamento e outros documentos que comprovem cada movimentação financeira.

O Estatuto Social também deve estar sempre atualizado e devidamente registrado em cartório.

Ele é frequentemente exigido quando precisa comprovar seu direito à imunidade tributária.

Por fim, manter a documentação organizada e facilmente acessível é uma boa prática. Isso facilita o processo caso seja solicitado a apresentar provas de que cumpre os requisitos legais para continuar com a imunidade.

Documentação trabalhista (se houver funcionários)

Se a igreja tiver funcionários contratados, existe uma lista extra de documentos que precisa ser considerada.

Isso porque, mesmo sendo uma organização religiosa, ela tem obrigações semelhantes a qualquer outro empregador.

O primeiro item são os contratos de trabalho. Cada funcionário precisa ter um contrato formalizado, especificando as funções, horário de trabalho, salário e demais condições.

Além disso, precisa manter atualizada a folha de pagamento. Esse documento registra todos os pagamentos feitos aos colaboradores, incluindo salário, férias, décimo terceiro e outros benefícios.

Outro ponto importante são as guias de recolhimento dos encargos sociais. Isso inclui os recolhimentos de INSS, FGTS e outras contribuições obrigatórias.

O não pagamento dessas obrigações pode gerar multas e ações trabalhistas.

A igreja também precisa cumprir com o envio das informações exigidas pelo governo, como o CAGED e o eSocial.

Esses sistemas são usados para comunicar admissões, demissões e outros eventos relacionados aos funcionários.

Manter uma boa organização nessa área evita problemas futuros, como ações judiciais e cobranças inesperadas.

Por isso, se tiver qualquer tipo de vínculo empregatício, é importante dedicar atenção especial à documentação trabalhista.

Documentos de compliance e boas práticas administrativas

Ter apenas os documentos obrigatórios pode não ser suficiente para uma boa gestão.

Adotar boas práticas administrativas e de compliance é uma forma de garantir mais segurança, transparência e organização.

Uma dessas boas práticas é a criação de um regimento interno. Ele não é obrigatório por lei, mas ajuda muito na definição de regras internas, como o funcionamento dos ministérios, critérios de eleição da diretoria e direitos e deveres dos membros.

Outra prática importante é a realização e registro das atas de assembleias.

Toda reunião de decisão importante, como eleição de nova diretoria, aprovação de contas e decisões sobre projetos, deve ser registrada em ata e arquivada.

Também é recomendável que mantenha uma lista atualizada dos membros associados.

Isso ajuda tanto na organização interna quanto na hora de tomar decisões que dependem de quórum.

Outro documento que não pode faltar é o Livro de Atas. Nele, todas as decisões oficiais devem ser registradas de forma cronológica.

Esse livro é uma prova documental importante em casos de auditorias ou questionamentos legais.

Por fim, investir em organização documental traz benefícios não só jurídicos, mas também administrativos.

Quais documentos precisa para receber doações dedutíveis?

Principais documentos que toda igreja precisa ter

Foto: Freepik

Se a igreja pretende receber doações de empresas ou pessoas físicas com incentivo fiscal, há documentos extras que precisam ser providenciados.

Um dos principais é o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, conhecido como CEBAS. Esse certificado comprova que a o local realiza atividades de assistência social sem fins lucrativos.

Além disso, dependendo do tipo de projeto, pode ser necessário o registro no Conselho Municipal de Assistência Social.

Esse registro valida a atuação em projetos sociais dentro do município.

Se realiza atividades com crianças e adolescentes, por exemplo, pode ser exigido também o cadastro no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).

Esse cadastro é fundamental para participar de projetos que recebem recursos via fundos públicos.

Outro documento importante é a inscrição nos programas de incentivo fiscal estaduais ou federais. Isso permite que as empresas que doarem possam abater os valores no imposto de renda.

Por fim, a prestação de contas desses projetos precisa ser muito bem feita. Isso inclui relatórios financeiros, listas de beneficiários e comprovação de aplicação dos recursos.

Sem essa documentação, a igreja pode perder o direito a novas doações incentivadas.

Dicas para organizar e manter a documentação em dia

Uma dica importante é criar um checklist anual com todos os documentos que precisam ser atualizados ou renovados.

Isso inclui certidões negativas, alvará de funcionamento, registros de assembleias e documentos fiscais.

Outra boa prática é digitalizar todos os documentos e armazená-los em nuvem ou em dispositivos de backup. Isso evita a perda de documentos físicos por causa de incêndios, enchentes ou outros acidentes.

Manter uma pasta ou sistema organizado com categorias claras também ajuda bastante. Separe os documentos por áreas: jurídica, fiscal, contábil, trabalhista e projetos sociais. Isso facilita na hora de localizar qualquer informação.

Se a igreja ainda não tem uma assessoria contábil especializada, talvez seja a hora de considerar essa opção.

Um contador com experiência em instituições religiosas pode ajudar a evitar erros e garantir que tudo esteja em conformidade com a lei.

Por fim, envolver a liderançano processo é fundamental. Todos os responsáveis precisam entender a importância da documentação e colaborar para manter tudo em dia.

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Se você chegou até aqui, é sinal de que realmente se preocupa com a situação da sua igreja e quer garantir que tudo esteja funcionando dentro da lei, com segurança e organização.

Isso é essencial para manter a confiança da comunidade e evitar problemas no futuro.

Se você está em Campo Grande e sente que precisa de apoio especializado para cuidar de toda essa parte documental e fiscal, contar com um contador que entenda as necessidades de instituições religiosas pode fazer toda a diferença.

Ter ao seu lado um contador em Campo Grande que conhece a legislação local, entende os desafios enfrentados e sabe como manter tudo em dia é um passo importante para garantir a tranquilidade na administração.

Um bom contador pode ajudar não só a organizar os documentos, mas também a evitar riscos fiscais, manter a regularidade jurídica e até identificar oportunidades para melhorar a gestão financeira.

É nesse ponto que a Contili Contabilidade pode ser uma grande aliada. Aqui, temos experiência em atender igrejas e organizações sem fins lucrativos, oferecendo um serviço de contabilidade que vai além da burocracia.

Nosso foco é facilitar o seu dia a dia, garantindo que sua igreja esteja sempre em conformidade com as exigências legais, sem complicações e com um acompanhamento próximo.

Se você está em Campo Grande e quer contar com o suporte de profissionais que realmente entendem as necessidades da sua instituição, entre em contato com a gente.

Será um prazer ajudar você a manter tudo em ordem e funcionando com total segurança.

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