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Qual CNAE escolher para gestor de tráfego?
Formalizar seu trabalho como gestor de tráfego é um passo importante para crescer com segurança, emitir nota fiscal e atender clientes maiores.
Mas muita gente trava na hora de escolher o CNAE certo. Isso acontece porque não existe um código com o nome “gestor de tráfego”, o que pode gerar dúvidas logo no início.
Neste artigo, você vai entender quais CNAEs são mais usados por quem trabalha com tráfego pago, se dá para atuar como MEI, como evitar erros comuns e como escolher o código ideal para a sua realidade.
Tudo explicado de forma prática, clara e sem complicações.
CNAE para gestor de tráfego: quais escolher?
Se você trabalha com tráfego pago e está começando a formalizar seu negócio, provavelmente já esbarrou em uma dúvida comum: qual CNAE escolher?
E se você chegou até aqui, é porque já entendeu que formalizar seu serviço é um passo importante.
Emitir nota fiscal, abrir conta PJ, contratar colaboradores e até mesmo fechar contrato com empresas maiores — tudo isso exige que você esteja com a documentação certa. E o CNAE é uma das peças-chave nesse processo.
O problema é que, como a profissão de gestor de tráfego ainda é relativamente nova, não existe um código específico com esse nome.
Isso deixa muitos profissionais em dúvida, com medo de escolher o código errado e acabar pagando mais impostos ou tendo problemas com o fisco. Essa insegurança é normal.
O sistema foi feito pensando em atividades mais tradicionais, e por isso a formalização dos serviços digitais costuma exigir mais atenção.
Neste artigo, você vai descobrir quais são os códigos mais usados por esses profissionais, o que cada um significa e como tomar a decisão certa para o seu modelo de trabalho.
Também vamos falar se dá ou não para ser MEI e quais riscos você corre ao escolher um código incorreto. Tudo explicado de forma simples, sem jargões técnicos.
Se o seu objetivo é trabalhar legalmente, com tranquilidade e segurança, esse conteúdo vai te ajudar a tomar uma das decisões mais importantes na abertura da sua empresa.
Vamos direto ao ponto, sem enrolação e sem linguagem complicada.
CNAE para gestor de tráfego: existe um específico?
Essa é a primeira pergunta que surge quando um gestor de tráfego decide abrir CNPJ: será que existe um exato para o que eu faço? Infelizmente, a resposta é não.
Pelo menos por enquanto, não há um código com o nome “gestor de tráfego”. Isso acontece porque o sistema de CNAEs foi criado antes da explosão de profissões digitais como essa.
Mas isso não significa que você não possa se formalizar de forma adequada.
Apesar da ausência de um código exato, existem códigos que se encaixam nas funções que o profissional exerce.
Isso significa que você pode sim legalizar sua atividade, emitir notas fiscais corretamente e pagar os impostos de forma justa, desde que escolha um compatível com o tipo de serviço que presta.
O ponto principal aqui é entender que o CNAE não precisa ter exatamente o nome da sua profissão. O que importa é que ele represente bem o que você faz no dia a dia.
Se você presta serviços ligados à compra de mídia online, agenciamento de publicidade ou estratégias de marketing direto, há códigos disponíveis para isso.
Muitos profissionais atuam em áreas novas, que ainda não têm uma classificação direta, e acabam utilizando códigos que representam sua atividade de forma mais ampla. Isso é legal, seguro e aceito pela Receita Federal.
Portanto, não se preocupe com a ausência de um CNAE “exclusivo” para gestor de tráfego.
O importante é conhecer as opções existentes e saber qual delas se aproxima mais da forma como você trabalha. E é exatamente isso que veremos a seguir.
Principais CNAEs utilizados por gestores de tráfego
Fotos: Freepik
Mesmo sem um código exclusivo, quem trabalha com tráfego pago já encontrou caminhos válidos para se formalizar.
Alguns CNAEs são bastante usados por gestores de tráfego em todo o Brasil e funcionam bem para fins fiscais, emissão de notas e enquadramento tributário.
O primeiro deles é o 7319-0/02 – Agenciamento de espaços para publicidade, exceto em veículos de comunicação.
Esse código é o mais comum para quem trabalha gerenciando mídia paga, como Google Ads e Meta Ads.
Ele se encaixa muito bem para quem presta serviço de intermediação, ou seja, administra campanhas publicitárias em nome de terceiros.
Outro bastante utilizado é o 7311-4/00 – Agências de publicidade. Esse código é mais abrangente e pode incluir desde a estratégia até a criação de campanhas.
Ele é ideal para quem oferece serviços que vão além da compra de mídia, como construção de funis, peças criativas, páginas de venda e planejamento publicitário.
Há também o 7319-0/03 – Marketing direto, que pode ser uma boa opção para quem trabalha com automação de marketing, disparos segmentados e estratégias voltadas à conversão direta.
Se você oferece serviços voltados para CRM, e-mails, segmentação e jornada do cliente, esse código pode ser útil.
Em alguns casos mais específicos, profissionais optam pelo 6204-0/00 – Consultoria em tecnologia da informação, mas esse deve ser escolhido com cautela.
Ele se aplica melhor a quem presta serviços técnicos relacionados a plataformas, como integrações, configuração de APIs e sistemas voltados ao desempenho de campanhas.
Cada um desses códigos tem vantagens e limitações. O ideal é entender qual deles traduz melhor a forma como você entrega seu serviço hoje.
E, se for o caso, também é possível usar atividades secundárias para complementar a descrição do seu CNPJ e garantir cobertura total das suas funções.
Gestor de tráfego pode ser MEI?
Essa é uma pergunta recorrente e compreensível. Afinal, o MEI é simples de abrir, tem custo baixo e exige pouca burocracia.
Mas, infelizmente, os CNAEs mais adequados para o gestor de tráfego não são permitidos dentro da categoria MEI.
Isso significa que você não consegue se formalizar legalmente como Microempreendedor Individual se quiser trabalhar com tráfego pago de forma profissional.
A lista de atividades permitidas no MEI é bastante limitada e não inclui atividades como agenciamento de publicidade ou marketing direto.
Mesmo tentando usar um mais genérico, você corre o risco de estar atuando de forma irregular. E isso pode te prejudicar na hora de emitir nota fiscal ou até na hora de prestar contas ao fisco.
A alternativa recomendada para quem atua com tráfego pago é abrir uma Microempresa (ME).
Esse formato permite mais opções de CNAEs, é aceito no Simples Nacional e continua sendo simples de manter para quem está começando.
Com a ME, você tem mais liberdade para configurar seu CNPJ de forma compatível com seus serviços.
A boa notícia é que abrir uma ME também é acessível. As obrigações são um pouco maiores que as do MEI, mas nada assustador.
Você pode começar com um faturamento modesto e, conforme for crescendo, ajustar sua estrutura sem precisar mudar de categoria ou se preocupar com limitações legais.
Portanto, se o seu objetivo é atuar de forma profissional, emitir notas corretamente e estar em dia com a Receita, o caminho mais seguro é abrir uma ME e escolher um que reflita a sua realidade como gestor de tráfego.
Essa é a base para construir um negócio sólido e confiável.
Como escolher o CNAE ideal para sua realidade
A escolha do CNAE ideal não é uma decisão aleatória. Ela deve refletir o seu modelo de trabalho, os serviços que você oferece e até os planos que você tem para o futuro do seu negócio.
Por isso, vale a pena dedicar um tempo para pensar com cuidado sobre essa escolha.
Se você trabalha exclusivamente com a parte de tráfego pago — como gerenciar campanhas, segmentar públicos e otimizar anúncios — o CNAE de agenciamento de espaços publicitários costuma ser suficiente.
Ele é direto e cobre bem essa função de intermediar campanhas entre o cliente e as plataformas de mídia.
Por outro lado, se você atua de forma mais ampla, oferecendo também estratégias de marketing, criação de campanhas e até desenvolvimento de páginas de venda, o códigode agência de publicidade pode representar melhor seu trabalho.
Ele é mais abrangente e oferece mais liberdade para expandir os serviços.
Agora, se você faz um pouco de tudo, o ideal pode ser combinar um principal com atividades secundárias.
Isso permite que seu CNPJ represente bem todas as frentes do seu trabalho, sem te restringir. É uma estratégia comum entre empreendedores digitais que oferecem pacotes personalizados para cada cliente.
Outro ponto importante: o CNAE impacta diretamente na tributação. Dependendo do código escolhido, sua empresa pode pagar alíquotas diferentes de imposto, mesmo dentro do Simples Nacional.
Por isso, além de pensar no tipo de serviço, vale também considerar o impacto fiscal dessa escolha.
A melhor forma de tomar essa decisão é analisando o seu modelo de negócios atual e futuro.
Saber exatamente o que você oferece, como entrega e onde pretende chegar nos próximos anos ajuda bastante a escolher o que vai acompanhar o crescimento do seu negócio.
Consequências de escolher errado
Escolher errado não é só um detalhe — pode trazer problemas sérios para o seu negócio. Um dos primeiros riscos é pagar impostos indevidos, já que a alíquota muda de acordo com a atividade.
Você pode acabar entrando em uma faixa de tributação maior ou, pior, ficar de fora do Simples Nacional.
Outro problema é na emissão de notas fiscais. Se o seu código não corresponde ao serviço que você presta, pode haver bloqueios na hora de emitir notas, ou o tomador pode questionar a validade da nota fiscal emitida.
Isso afeta sua credibilidade e pode até impedir o fechamento de contratos.
Além disso, em uma fiscalização da Receita Federal ou da prefeitura, as informações do seu CNPJ precisam bater com a sua atuação real.
Se o código estiver incorreto, você pode ser multado, ter que pagar impostos retroativos ou até perder o CNPJ. Isso sem contar o desgaste e o tempo perdido para resolver tudo.
Outro ponto importante é o enquadramento tributário. Um CNAE errado pode te colocar numa atividade impeditiva para o Simples Nacional sem você perceber.
Isso muda totalmente o valor dos tributos e torna a gestão da empresa mais cara e burocrática.
Por fim, usar o incorreto limita o crescimento do seu negócio. Você pode ficar de fora de licitações, editais e parcerias com empresas maiores que exigem regularidade fiscal total.
Ou seja, a escolha errada não atrapalha só no presente, mas também no seu potencial de crescer e escalar.
Como formalizar seu negócio corretamente
Foto: Freepik
Agora que você já sabe qual caminho seguir, vamos para a parte prática: como formalizar seu negócio da forma correta.
O primeiro passo é escolher o tipo de empresa. Como vimos, para gestores de tráfego a opção mais comum é a Microempresa (ME), dentro do regime do Simples Nacional.
Depois, é hora de definir o CNAE principal. Pense no serviço que você mais oferece hoje e escolha o código que melhor o representa.
Se necessário, adicione secundários para garantir cobertura de outras atividades que você já exerce ou pretende oferecer futuramente.
Com isso definido, o próximo passo é abrir seu CNPJ. O processo começa na Junta Comercial do seu estado, onde você registra seu contrato social.
Em seguida, você faz a inscrição no CNPJ, obtém as licenças necessárias na prefeitura e libera a emissão de notas fiscais.
Esse processo pode ser feito por conta própria, mas é muito mais seguro e rápido com a ajuda de um contador.
Além de evitar erros, o contador te orienta na escolha do regime tributário, estrutura da empresa e obrigações mensais que você vai ter que cumprir.
Formalizar seu negócio é mais do que uma exigência legal. É um passo estratégico para você crescer com segurança, conquistar clientes maiores e profissionalizar a sua atuação.
Com a estrutura certa, você fica tranquilo para focar no que faz de melhor: entregar resultados.
Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você
Se você chegou até aqui, já entendeu a importância de escolher o CNAE certo para atuar como gestor de tráfego e como essa decisão impacta diretamente na forma como sua empresa vai operar.
Agora, o próximo passo é contar com um contador de confiança para te ajudar nesse processo de abertura e formalização.
Se você está em Campo Grande, é ainda mais importante ter o apoio de um contador que conheça a realidade local, entenda as exigências da prefeitura e possa orientar desde a escolha do CNAE até a emissão da sua primeira nota fiscal.
Ter um contador em Campo Grande acompanhando sua jornada vai te trazer mais segurança para focar no que realmente importa: fazer campanhas que dão resultado.
Além de cuidar da parte burocrática, esse profissional pode te orientar sobre o melhor regime tributário, evitar problemas com o fisco e garantir que sua empresa esteja sempre em dia.
É o tipo de suporte que faz diferença, principalmente para quem está começando a empreender no digital.
Se você é gestor de tráfego, mora em Campo Grande e quer abrir sua empresa com tranquilidade, contar com um contador pode ser o diferencial entre crescer com estrutura ou ter dores de cabeça com burocracia.
É aqui que a Contili Contabilidade pode te ajudar. Temos experiência com negócios digitais e oferecemos um atendimento próximo, humano e focado em resolver de forma simples tudo o que você precisa para formalizar seu negócio.
Entre em contato com a gente e dê esse passo com segurança. Estamos prontos para ajudar você a estruturar sua empresa da melhor forma.