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Quanto cobrar pelos seus serviços de social media?

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Quanto cobrar pelos seus serviços de social media?

Se você trabalha com redes sociais, sabe que uma das maiores dúvidas é como definir o preço justo pelos seus serviços.

Não importa se você está começando ou se já tem experiência: precificar de forma correta pode ser o que separa um negócio sustentável de um trabalho que vira um fardo.

Afinal, você não quer apenas pagar as contas, quer crescer, investir, descansar e ter lucro. Mas como colocar um número no seu trabalho, que envolve tempo, criatividade e estratégia?

Esse artigo foi pensado para ajudar empreendedores e profissionais autônomos da área digital a entender melhor o que deve ser levado em conta na hora de montar sua tabela de preços.

Vamos falar de tipos de cobrança, custos que você talvez não esteja considerando, impostos e até como o seu posicionamento pode influenciar no valor que você cobra. Tudo isso com uma linguagem simples e pé no chão.

Não existe uma fórmula mágica que funcione para todo mundo. Mas existem critérios e boas práticas que podem guiar suas decisões com mais segurança.

E se você pensa que “colocar um preço” é só ver o quanto o colega cobra e fazer igual, talvez esse texto abra seus olhos para outra forma de enxergar seu trabalho e o valor dele.

Então, pegue um café, abra a cabeça e venha refletir com a gente. Vamos destrinchar esse tema por partes.

Entendendo seu perfil profissional e nicho

Antes de falar em valores, é essencial fazer um exercício de autoconhecimento sobre o seu trabalho.

Isso significa entender, com sinceridade, qual é o seu nível de experiência, que tipo de cliente você atende, quais habilidades você já domina e o que exatamente está oferecendo.

Esse mapeamento é importante porque o valor do seu serviço precisa refletir seu momento profissional, e não apenas uma média aleatória que você viu em grupos de freelancers.

Um social media que está começando, por exemplo, pode oferecer serviços mais básicos, com foco em postagens simples, e geralmente vai atender clientes menores, com orçamentos mais enxutos.

Já alguém que atua há mais tempo, tem cases comprovados, sabe lidar com métricas, relatórios e talvez até tráfego pago, naturalmente entrega mais valor e, por isso, pode (e deve) cobrar mais.

Isso não quer dizer que o iniciante vale menos, mas sim que o tipo de entrega e a complexidade do trabalho ainda não são os mesmos.

Além disso, entender o seu nicho também faz diferença. Atender um salão de beleza local é diferente de gerenciar o perfil de uma marca de cosméticos com presença nacional.

Cada segmento tem suas particularidades, seu volume de conteúdo, sua linguagem e seu público.

E quanto mais você se especializa em um nicho, mais autoridade você constrói, o que também permite agregar mais valor à sua entrega. Nichar não é se limitar, é se posicionar.

Outro ponto importante é a clareza sobre o escopo do serviço. Você está vendendo apenas postagens visuais ou também estratégia, calendário editorial, atendimento, impulsionamento, análise de resultados?

Muitas vezes o cliente não entende essa diferença, mas você precisa deixar claro o que está sendo entregue. Isso evita sobrecarga e ainda ajuda a justificar o preço com mais facilidade.

Por fim, tenha em mente qual é a sua capacidade de atendimento. Não adianta prometer pacotes baratos para vários clientes e depois não conseguir dar conta da demanda.

Seu tempo é limitado e deve ser tratado como um recurso valioso. Se você só consegue atender poucos clientes com qualidade, seu preço precisa ser compatível com esse modelo de trabalho mais exclusivo.

Formas de cobrança mais comuns

Depois de entender melhor o seu perfil e o que você oferece, o próximo passo é escolher o modelo de cobrança que mais se adequa ao seu estilo de trabalho e à necessidade dos seus clientes.

Existem algumas formas bastante utilizadas no mercado, e entender como cada uma funciona pode te ajudar a estruturar melhor seus pacotes e organizar suas finanças.

O modelo mais tradicional é o pacote mensal, onde você define uma quantidade de entregas (como número de postagens, stories, reuniões e relatórios) e cobra um valor fixo por mês.

Esse formato oferece previsibilidade, tanto para você quanto para o cliente, e ajuda a construir um relacionamento mais duradouro.

Porém, é fundamental que o escopo esteja muito claro desde o início, para evitar demandas extras que não estavam combinadas.

Outra forma de cobrança é por projeto pontual, ideal para serviços com começo, meio e fim definidos.

Por exemplo: um cliente precisa de um planejamento estratégico para os próximos três meses, uma reformulação completa do perfil no Instagram ou a criação de uma campanha de lançamento.

Nesse caso, você orça com base no tempo necessário, na complexidade e no impacto do projeto. É um modelo interessante para quem quer variar a fonte de receita ou trabalhar com demandas mais específicas.

Também existe a possibilidade de cobrar por hora trabalhada, embora essa opção seja mais comum em consultorias ou atendimentos esporádicos.

O valor da hora deve considerar todos os seus custos e ainda garantir lucro. É um formato útil para quando o cliente precisa apenas de orientações estratégicas, análise de métricas ou revisão de conteúdo, por exemplo.

Mas exige controle rigoroso do tempo e clareza na comunicação.

Há ainda profissionais que oferecem consultorias fixas mensais, com foco menos operacional e mais estratégico.

Nesse modelo, você não necessariamente faz a produção, mas orienta o cliente sobre o que deve ser feito, revisa os resultados, propõe ajustes e acompanha o desempenho das redes.

É um serviço mais valorizado e que pode ser cobrado com base na experiência do profissional.

Independente do modelo escolhido, o mais importante é ser transparente com o cliente e deixar tudo documentado. Um bom contrato evita desgastes e protege ambas as partes.

Lembre-se: preço e entrega precisam andar juntos. Se um sobe e o outro não acompanha, a conta não fecha.

Como calcular o preço ideal

Quanto cobrar pelos seus serviços de social media?

Fotos: Freepik

Definir o preço dos seus serviços de forma segura começa por entender seus custos, suas metas financeiras e o tempo que você tem disponível.

É um erro comum basear o valor apenas na concorrência ou no que “acha que o cliente pode pagar”. Precificação envolve números, planejamento e um pouco de projeção de futuro.

O primeiro passo é listar todos os custos fixos e variáveis do seu negócio. Aqui entram despesas como internet, energia elétrica, assinatura de ferramentas e até itens do seu dia a dia que são essenciais para trabalhar.

Esses custos, mesmo que pareçam pequenos isoladamente, têm impacto direto no seu lucro final.

Depois, você deve definir o quanto quer ganhar por mês. E aqui não estamos falando apenas de pagar as contas.

Seu pró-labore precisa considerar qualidade de vida, reserva financeira, investimentos em capacitação e uma margem de segurança. Essa é a parte que garante que seu negócio seja sustentável no longo prazo.

Com esses dados em mãos, é hora de cruzar com sua disponibilidade de tempo. Quantas horas por semana você tem para trabalhar?

Quanto tempo gasta em média para atender um cliente, considerando não apenas a produção, mas também planejamento, reuniões e revisões?

Divida o total de receita que deseja alcançar pelo número de horas disponíveis. Assim, você chega ao valor da sua hora de trabalho, e a partir daí pode montar seus pacotes com mais clareza.

Vamos a um exemplo simples: se você quer ganhar 5.000 reais por mês e trabalha 100 horas mensais, sua hora precisa valer pelo menos 50 reais.

Agora imagine que um pacote completo leva 20 horas do seu mês. O mínimo que ele deveria custar é 1.000 reais. Se você cobrar menos que isso, estará prejudicando seu próprio negócio.

Incluir uma margem de lucro nesse cálculo também é importante. Afinal, seu negócio precisa crescer, e isso exige reinvestimento.

Calcular seu preço com base em estrutura, tempo e meta financeira é o caminho mais sólido para sair do improviso e começar a construir um negócio mais profissional.

Tributação e formalização: como impactam o valor cobrado

Um ponto que muitos empreendedores ignoram é o impacto da formalização e da tributação na precificação dos seus serviços.

Trabalhar como autônomo sem CNPJ pode parecer mais simples no início, mas à medida que você cresce, essa informalidade começa a pesar.

Não só pela parte legal, mas também pela imagem profissional e pelos custos não previstos.

Ao se formalizar, você passa a recolher impostos, sim, mas também adquire direitos e benefícios. 

Isso já te posiciona melhor no mercado e permite atender clientes maiores, que exigem esse tipo de documento.

A verdade é que estar regularizado mostra comprometimento e permite que você tenha mais controle sobre seu negócio.

Sem contar que os impostos devem ser considerados no seu preço final. Não adianta cobrar um valor e depois perceber que 10% ou 15% dele vão embora em tributos.

Esse cálculo precisa estar previsto desde o início da sua precificação.

Também vale lembrar que ser formalizado permite que você organize melhor sua vida financeira, tenha acesso a crédito, emita recibos e, em muitos casos, consiga fechar contratos com empresas e órgãos públicos.

É um passo importante para quem deseja atuar com mais segurança e visão de longo prazo.

Se você não entende muito de como funciona a parte contábil, vale a pena buscar a orientação de um contador que entenda do universo digital.

Muitos escritórios já estão acostumados a atender profissionais da economia criativa e podem te ajudar a escolher o melhor enquadramento e manter tudo em dia sem complicação.

Posicionamento e percepção de valor

Você já deve ter percebido que o preço que você cobra não está ligado apenas ao que você entrega, mas também à forma como você se posiciona no mercado.

E quando falamos em posicionamento, não estamos falando apenas de aparência ou rede social bonita, mas sim de como você comunica sua proposta, quais clientes você atrai e como você educa o mercado sobre o valor do seu trabalho.

Um social media que mostra seu processo, explica suas decisões estratégicas, compartilha cases e resultados transmite autoridade.

Essa autoridade gera confiança, e confiança justifica preço. Em contrapartida, um profissional que só publica artes prontas e não fala sobre estratégia ou resultados pode acabar sendo visto apenas como um executor, e isso limita seu valor percebido.

Além disso, o cliente nem sempre entende o que um social media faz. Cabe a você, de forma didática, explicar que seu trabalho não é só “postar no Instagram”.

É sobre construir presença digital, fortalecer a marca, atrair audiência e, em muitos casos, gerar vendas. Quando o cliente entende isso, ele passa a enxergar seu serviço como investimento, e não como despesa.

O modo como você apresenta suas propostas também influencia. Ter um portfólio bem feito pode parecer detalhe, mas muda completamente a percepção do cliente sobre o que você oferece.

A entrega começa antes mesmo do contrato ser assinado.

Outro ponto importante é entender que nem todo cliente é para você. Cobrar barato só para fechar contrato pode sair caro a longo prazo.

Muitas vezes, os clientes que mais pechincham são os que mais exigem e os que menos valorizam seu trabalho.

Saber dizer “não” também é um ato de profissionalismo. E o cliente certo vai enxergar o valor que você entrega.

Comparativo com o mercado

Uma das formas mais comuns de tentar descobrir quanto cobrar é fazendo comparações com o que outros profissionais estão oferecendo.

E embora isso possa ser útil como referência, é preciso ter cuidado com esse tipo de análise.

Os preços no mercado variam demais, e raramente você vai encontrar dois profissionais exatamente com o mesmo perfil, nicho e modelo de entrega.

Por exemplo, freelancers iniciantes podem cobrar pacotes básicos a partir de 500 reais mensais, enquanto profissionais mais experientes costumam cobrar entre 1.500 e 3.000 reais por mês.

Já consultorias ou projetos pontuais podem custar entre 2.000 e 6.000 reais ou mais, principalmente se envolvem planejamento estratégico, lançamentos ou análise aprofundada de dados.

Plataformas como Workana, 99Freelas ou até grupos de networking podem oferecer uma noção de faixa de valores, mas lembre-se de sempre considerar o escopo.

Muitas vezes, um pacote de 800 reais envolve apenas postagens visuais simples, enquanto outro de 2.000 reais inclui planejamento, copy, relatórios e reuniões mensais.

Outro ponto importante é a região geográfica, embora isso tenha se tornado menos relevante com o trabalho remoto.

Ainda assim, o perfil do cliente e o mercado em que ele atua influenciam bastante na sua disposição de pagar mais ou menos por um serviço de qualidade.

Por isso, use as referências como ponto de partida, mas nunca como regra. Seu preço deve partir da realidade do seu negócio, dos seus custos e do valor que você entrega.

O que funciona para um colega pode não funcionar para você e vice-versa. Comparar demais pode mais atrapalhar do que ajudar.

O ideal é entender seu próprio posicionamento e construir uma lógica de preços coerente com seu modelo de entrega.

Isso te permite crescer de forma consistente, sem depender do que o mercado está ou não cobrando no momento.

Dicas para ajustar preços ao longo do tempo

Quanto cobrar pelos seus serviços de social media?

Fotos: Freepik

Se você já tem clientes ativos e sente que seus preços não estão condizentes com a entrega que faz, saiba que isso é comum e que dá para corrigir com o tempo.

Ajustar preços faz parte da jornada de qualquer profissional e, quando feito com estratégia e clareza, não precisa ser motivo de desconforto.

A primeira dica é estabelecer revisões periódicas. Uma vez por ano, analise seus custos, sua entrega, sua carga de trabalho e seu crescimento profissional.

Se você se especializou, aumentou sua produtividade ou passou a oferecer novos serviços, isso deve refletir no seu preço.

Reajustes anuais são naturais no mercado e, quando comunicados com antecedência e transparência, são bem aceitos.

Outra estratégia é criar pacotes escaláveis. Ao invés de um único serviço, ofereça três níveis: básico, intermediário e premium.

Isso permite que o cliente escolha o que cabe no orçamento dele, ao mesmo tempo em que você posiciona o pacote premium como sua entrega mais completa.

A diferença entre os pacotes pode estar na quantidade de postagens, nos formatos incluídos ou na análise de métricas.

Você também pode agregar valor com bônus ou serviços complementares. Por exemplo, incluir um relatório de desempenho trimestral, uma sessão de alinhamento estratégico ou até uma identidade visual básica para stories.

São formas de justificar um valor mais alto sem aumentar tanto o custo de produção.

Caso sinta dificuldade em aumentar o valor com os clientes antigos, pense em aplicar os novos preços apenas para contratos novos.

Isso te permite testar o novo posicionamento sem prejudicar os relacionamentos já existentes. E, com o tempo, você pode nivelar tudo com mais segurança.

Lembre-se: preço não é algo fixo. Ele evolui conforme você evolui. Se você está entregando mais, estudando mais e se dedicando com seriedade, tem todo o direito de rever seus preços.

Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você

Se você chegou até aqui, já deu um passo importante rumo à valorização do seu trabalho como social media.

Entendeu como precificar com consciência, planejar seus pacotes e manter seu negócio em equilíbrio. Mas, como em qualquer atividade profissional, chega um momento em que é fundamental contar com apoio especializado.

Se você é de Campo Grande e trabalha como social media, já deve ter percebido que ter um contador faz toda a diferença na sua organização.

Não só para abrir seu CNPJ ou emitir nota fiscal, mas para garantir que você esteja no regime certo de tributação, não pague impostos a mais e tenha clareza sobre a saúde do seu negócio.

Ter um contador em Campo Grande que entenda a rotina de quem trabalha com redes sociais e marketing digital é um atalho para crescer com segurança.

Muitos profissionais acabam deixando essas questões de lado e, quando percebem, estão pagando taxas desnecessárias ou deixando oportunidades passarem.

Um bom contador vai te ajudar a manter tudo regularizado, planejar financeiramente, separar contas pessoais e profissionais, e ainda te orientar sobre como escalar seu negócio da forma certa.

Por isso, se você é social media e está procurando alguém de confiança para cuidar da parte contábil do seu negócio, entre em contato com a Contili Contabilidade.

Estamos prontos para te ajudar a crescer com segurança, clareza e estratégia.

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