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Sua confeitaria cresceu? Como migrar do MEI para ME

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Sua confeitaria cresceu? Como migrar do MEI para ME

Muita gente começa a confeitaria de forma simples, atendendo pedidos de amigos, familiares e vizinhos.

O MEI, Microempreendedor Individual, costuma ser a porta de entrada ideal, porque é prático, tem menos burocracia e ajuda a dar os primeiros passos no mundo dos negócios.

Só que, conforme os pedidos aumentam e o faturamento cresce, o MEI pode não dar mais conta das necessidades do negócio.

É nesse momento que surge a necessidade de migrar para ME, a Microempresa. Essa mudança pode gerar dúvidas, mas na prática é apenas uma adaptação para acompanhar o crescimento.

Ao longo deste artigo, você vai entender quando essa transição é necessária, como funciona o processo e de que forma ela pode abrir caminho para que sua confeitaria cresça de forma organizada e segura.

Quando a confeitaria deve migrar?

O MEI foi criado para facilitar a vida de quem está começando um pequeno negócio.

Com poucas obrigações, baixa carga tributária e um limite de faturamento anual que hoje é de 81 mil reais, ele se tornou a porta de entrada para milhões de empreendedores no Brasil.

No entanto, esse limite pode se tornar pequeno demais quando o negócio começa a decolar. Para uma confeitaria em crescimento, alcançar ou ultrapassar esse teto é apenas uma questão de tempo.

Um dos sinais mais claros de que chegou a hora de migrar é quando o faturamento mensal começa a se aproximar de 6 a 7 mil reais.

Isso significa que a confeitaria está perto de estourar o limite. E atenção: mesmo que o valor ultrapassado não seja muito alto, já é necessário fazer o desenquadramento e iniciar a transição.

Esse é um passo importante para manter o negócio regularizado e evitar multas.

Outro ponto a observar é a necessidade de contratar mais pessoas. No MEI, é permitido ter apenas um funcionário registrado.

Para uma confeitaria que já atende grandes encomendas, eventos ou possui uma loja física, essa limitação acaba sendo um obstáculo.

Se você precisa aumentar sua equipe para atender a demanda, migrar é o caminho natural.

Também é importante analisar o CNAE, que é a classificação das atividades econômicas. Algumas atividades ligadas à confeitaria podem até ser aceitas, mas outras não se enquadram.

Se a sua empresa passou a oferecer novos serviços ou expandiu o escopo da atuação, pode ser que já não seja possível permanecer na categoria.

Diferenças entre os dois

Para entender por que essa mudança é necessária, é fundamental comparar o que significa ser MEI e o que significa ser microempresa, que é a Microempresa.

O MEI é simples, tem menos burocracia e custos mais baixos. Já a microempresa abre espaço para o crescimento, mas traz consigo novas responsabilidades.

A primeira diferença é o limite de faturamento. Enquanto o microempreendedor individual pode faturar até 81 mil reais por ano, a microempresa permite faturar até 360 mil reais.

Essa é uma diferença significativa e dá muito mais espaço para que a confeitaria possa expandir sem se preocupar em ultrapassar limites.

Outra diferença é a possibilidade de contratar funcionários. Como já mencionamos, no MEI só é permitido ter um colaborador registrado.

Na microempresa, é possível ampliar a equipe conforme a necessidade do negócio, respeitando a legislação trabalhista.

Isso significa que você pode contratar confeiteiros, atendentes, ajudantes de produção e, assim, profissionalizar sua estrutura.

A questão tributária também muda. O microempreendedor individual paga uma guia única de valor fixo mensal, que inclui INSS e tributos básicos.

Já a microempresa pode optar pelo Simples Nacional, regime que reúne vários impostos em uma única guia, mas cujo valor é calculado em percentual sobre o faturamento.

Essa mudança pode parecer assustadora, mas é importante lembrar que pagar mais impostos só acontece porque você também está faturando mais.

Além disso, a microempresa exige algumas obrigações adicionais, como a emissão de notas fiscais em todas as vendas para empresas, relatórios mais detalhados e a necessidade de uma contabilidade organizada.

Apesar disso, essas obrigações trazem mais credibilidade ao negócio e ajudam a construir uma empresa mais sólida e confiável no mercado.

Passo a passo para migração

Sua confeitaria cresceu? Como migrar do MEI para MEFoto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Agora que já entendemos quando é a hora de migrar e quais as principais diferenças, é importante conhecer o passo a passo da transição. 

A boa notícia é que, com orientação, esse processo pode ser mais simples do que parece.

O primeiro passo é acessar o Portal do Simples Nacional e realizar o desenquadramento. Esse procedimento formaliza que sua empresa não se enquadra mais nas regras do microempreendedor individual.

Vale lembrar que esse desenquadramento pode acontecer de forma automática quando o limite de faturamento é ultrapassado, mas é sempre recomendável realizar a solicitação para garantir que tudo esteja em ordem.

Em seguida, será necessário formalizar a abertura da empresa como microempresa. Isso envolve definir o regime tributário, que normalmente será o Simples Nacional, e atualizar as informações cadastrais no CNPJ.

Nesse momento, é comum também atualizar o contrato social da empresa, especialmente se houver sócios envolvidos.

Outro passo importante é ajustar o cadastro da empresa em órgãos estaduais e municipais, caso sua atividade exija.

Isso é essencial para manter a regularidade da sua confeitaria e garantir que você possa emitir notas fiscais e cumprir todas as obrigações legais.

Por fim, é recomendável contar com o apoio de um contador. Esse profissional vai ajudar a interpretar a legislação, escolher o regime tributário mais adequado e orientar sobre todas as obrigações que passam a existir.

Assim, você terá tranquilidade para focar no que realmente importa: cuidar da sua confeitaria e continuar crescendo.

Embora pareça trabalhoso, esse processo é apenas uma fase de transição.

Uma vez que a empresa esteja formalizada, a rotina se torna mais clara e organizada, permitindo que você foque no crescimento e na gestão do negócio.

Custos e obrigações após a mudança

Um dos principais receios dos confeiteiros ao migrar é o aumento dos custos. E é verdade que eles existem.

No entanto, é preciso olhar para essa questão com uma visão estratégica. Afinal, se a sua confeitaria está crescendo, pagar mais impostos significa que você também está ganhando mais.

Na microempresa, os tributos deixam de ser fixos e passam a ser calculados sobre o faturamento. Isso pode gerar uma variação mensal no valor pago, mas também traz mais equilíbrio, já que você paga conforme o tamanho das vendas.

Além disso, dependendo do faturamento, as alíquotas podem ser bem competitivas dentro do Simples Nacional.

Outro custo adicional é o da contabilidade. Enquanto o microempreendedor individual pode tocar o negócio praticamente sozinho, a microempresa exige acompanhamento contábil para cumprir obrigações fiscais e trabalhistas.

Esse custo deve ser visto como um investimento, pois ajuda a manter a empresa em ordem e evita problemas no futuro.

Também entram na conta os encargos trabalhistas, caso você contrate funcionários. Isso inclui salário, INSS, FGTS e outros direitos trabalhistas.

No entanto, ter uma equipe maior também significa aumentar sua capacidade de produção e atendimento, o que pode gerar mais lucros.

Por fim, é importante lembrar que essas obrigações são a contrapartida de um negócio que está crescendo.

Estratégias para organizar sua confeitaria

Migrar para microempresa não é apenas uma questão burocrática. É também o momento de repensar a forma como você organiza a gestão da confeitaria.

Afinal, com mais clientes, funcionários e responsabilidades, é fundamental ter controle sobre cada detalhe.

Uma das primeiras estratégias é separar de forma clara as finanças pessoais das empresariais. Misturar as contas pode gerar confusão e dificultar o acompanhamento dos resultados.

Ter uma conta bancária exclusiva para a confeitaria ajuda a visualizar melhor as entradas e saídas de dinheiro.

Outro ponto essencial é registrar todas as vendas e despesas. Isso não só facilita a apuração de impostos, mas também dá uma visão real do desempenho da confeitaria.

Usar planilhas ou softwares de gestão pode ser um grande aliado nessa etapa, permitindo que você acompanhe o fluxo de caixa e planeje melhor o futuro.

Investir em organização também significa planejar seus próximos passos.

Com a segurança de ser uma microempresa, você pode pensar em expandir sua produção, abrir uma loja física ou até mesmo investir em marketing digital para alcançar mais clientes.

Por fim, cuidar da gestão da confeitaria após a migração é pensar no longo prazo. É deixar de olhar apenas para o dia a dia e começar a construir um negócio sólido, que possa crescer de forma consistente e conquistar espaço no mercado.

Esse é o grande diferencial de quem aproveita a transição para se profissionalizar de verdade.

Soluções de um contador em Campo Grande para o seu negócio

Se você chegou até aqui, é porque provavelmente está avaliando com atenção o crescimento da sua confeitaria e entende que migrar do MEI para microempresa é um passo importante para o futuro do seu negócio.

E por mais que esse processo seja possível de ser compreendido de maneira simples, contar com o apoio de um contador em Campo Grande pode fazer toda a diferença.

Esse profissional ajuda a evitar erros, garante que tudo seja feito de forma correta e ainda orienta você sobre como organizar a parte financeira e tributária da empresa.

Ao escolher um contador em Campo Grande, você não está apenas contratando alguém para lidar com papéis e números, mas sim garantindo um parceiro estratégico que vai acompanhar o crescimento da sua confeitaria de perto.

Ter alguém que entende a realidade do comércio local, conhece a legislação e sabe como aplicar isso ao seu negócio é um grande diferencial.

Se a sua confeitaria está em expansão, é importante contar com um contador em Campo Grande que possa dar o suporte necessário para que essa transição seja tranquila.

Isso traz mais segurança para você focar no que realmente gosta de fazer: produzir e vender seus doces.

Por isso, se chegou a hora de dar esse passo, entre em contato com a Contili Contabilidade e tenha ao seu lado o apoio que vai facilitar sua migração do MEI para microempresa e ajudar sua confeitaria a crescer de forma segura e organizada.

Sua confeitaria cresceu? Como migrar do MEI para ME