Blog
Ultrapassei o limite do MEI: Saiba como retornar
Para muitos microempreendedores individuais (MEI), o crescimento do negócio é motivo de celebração. Aumentar o faturamento pode significar mais clientes, mais vendas e, consequentemente, mais sucesso.
No entanto, quando o limite de faturamento é ultrapassado, surgem dúvidas e preocupações sobre o que isso pode significar para a regularização da empresa.
Uma pergunta comum é: se eu ultrapassei o limite, posso voltar a ser MEI?
Neste artigo, vamos explorar essa questão com detalhes, oferecendo um guia completo sobre o que fazer ao ultrapassar o limite, quais são as consequências e se é possível retornar ao status de microempreendedor individual.
Vamos abordar de forma clara e objetiva, para que você, empreendedor, entenda o que está em jogo e tome as melhores decisões para o seu negócio.
Limite de faturamento
O MEI foi criado para facilitar a formalização de pequenos negócios no Brasil, oferecendo um regime simplificado de tributação e menos burocracia.
No entanto, para se manter dentro desse enquadramento, há regras que precisam ser seguidas, e uma das principais é o limite de faturamento.
O teto anual de faturamento, atualmente, é de R$ 81.000,00. Isso significa que, para permanecer nessa categoria, o seu negócio não pode faturar mais do que esse valor por ano.
Esse limite é fundamental porque essa é uma modalidade simplificada, com impostos reduzidos e menos obrigações fiscais.
Ultrapassá-lo significa que o seu negócio cresceu e talvez seja hora de reconsiderar o enquadramento fiscal.
O que acontece ao ultrapassar o limite do MEI?
Foto: cookie_studio/Freepik
Quando o limite de faturamento é ultrapassado, a legislação prevê que o microempreendedor seja desenquadrado dessa categoria Isso pode ocorrer de forma automática, dependendo do quanto foi ultrapassado.
Em outras palavras, a empresa deixa de ser um MEI e passa a ser obrigada a se regularizar em outra categoria tributária, como a Microempresa (ME).
Existem dois cenários principais ao ultrapassar o limite: se o faturamento exceder até 20% do limite (ou seja, até R$ 97.200,00 no ano), o empresário poderá optar por regularizar a empresa como Microempresa no início do ano seguinte.
No entanto, se o faturamento ultrapassar esses 20%, a mudança para ME deve ser feita de imediato, com os ajustes necessários nos impostos e na documentação.
Esse processo de desenquadramento pode ser complicado, especialmente para quem não tem conhecimento técnico na área de contabilidade.
A mudança implica novas obrigações fiscais e trabalhistas, como a necessidade de contratar um contador para cuidar das finanças do negócio, além de estar sujeito a impostos mais altos, dependendo do regime escolhido.
Existe a possibilidade de voltar a ser MEI?
A possibilidade de retornar após ter sido desenquadrado depende de uma série de fatores. O principal deles é o faturamento.
Se a sua empresa ultrapassou o limite de faturamento e foi desenquadrada, mas no ano seguinte o faturamento voltou a ficar dentro do teto permitido, pode ser possível retornar.
No entanto, esse processo não é automático e exige que alguns requisitos sejam atendidos.
Primeiramente, é necessário que o faturamento do ano seguinte seja inferior ao limite de R$ 81.000,00. Além disso, a atividade desempenhada pela empresa ainda deve se enquadrar nas atividades permitidas.
Vale lembrar que nem todas as atividades profissionais podem ser enquadradas na categoria, e isso precisa ser verificado antes de tentar o reenquadramento.
Outro ponto importante é que o retorno só é possível se a empresa estiver regularizada e sem pendências fiscais.
Se houver débitos ou irregularidades, é necessário resolver essas questões antes de tentar voltar. Isso inclui a regularização de eventuais impostos atrasados e a atualização de toda a documentação da empresa.
Esse processo de reenquadramento pode ser burocrático, mas não é impossível.
O ideal é sempre contar com a ajuda de um contador para guiar esse processo, evitando erros que possam complicar ainda mais a situação da sua empresa.
Procedimentos para voltar a ser MEI
Se o seu objetivo é voltar após ter ultrapassado o limite de faturamento, é importante seguir alguns procedimentos para garantir que tudo esteja dentro da legalidade.
O primeiro passo é verificar se o faturamento do seu negócio voltou a se enquadrar dentro do limite permitido. Isso é fundamental, pois o reenquadramento só é possível se o seu faturamento anual estiver abaixo de R$ 81.000,00.
Em seguida, é necessário acessar o Portal do Empreendedor e solicitar o reenquadramento.
Esse processo geralmente envolve a atualização dos dados cadastrais e a verificação de eventuais pendências fiscais.
Se houver débitos, eles devem ser quitados antes de seguir adiante com o pedido de reenquadramento.
Outro ponto crucial é a regularização dos impostos. Se a sua empresa foi desenquadrada e passou a ser tributada como Microempresa, é provável que haja impostos e contribuições devidos nesse período.
Certifique-se de que todos esses tributos estão em dia antes de tentar voltar, para evitar problemas com a Receita Federal no futuro.
Por fim, lembre-se de que o processo pode levar algum tempo, por isso, é fundamental agir com antecedência e paciência.
Se o seu pedido for aprovado, você poderá voltar a usufruir dos benefícios, como a simplificação de impostos e a redução da burocracia.
Contudo, é sempre importante manter o controle do faturamento para evitar o desenquadramento novamente.
Diferenças entre permanecer como ME e retornar ao MEI
Foto: Freepik
Ao ultrapassar o limite e ser desenquadrado, o empreendedor se vê diante de uma escolha: permanecer como microempresa ou tentar voltar ao MEI.
Essa decisão pode ter implicações significativas para o futuro do negócio, por isso, é importante entender as principais diferenças entre essas duas categorias.
Como ME, a empresa passa a ter mais obrigações fiscais e trabalhistas. Isso inclui a necessidade de contratar um contador para cuidar da contabilidade e o pagamento de impostos mais elevados.
Por outro lado, o faturamento permitido para uma Microempresa é muito maior, chegando a R$ 360.000,00 por ano.
Isso significa que, se o seu negócio está crescendo, permanecer como ME pode ser uma boa estratégia para continuar expandindo. Por outro lado, retornar traz de volta os benefícios da simplificação.
Os impostos são menores e a burocracia é reduzida, o que pode ser vantajoso para negócios menores ou que estejam passando por um momento de faturamento mais baixo.
No entanto, é importante lembrar que o limite de faturamento continua sendo de R$ 81.000,00, então, se o seu negócio crescer novamente, você pode acabar tendo que se desenquadrar mais uma vez.
Quando faz sentido voltar a ser MEI?
Se o seu negócio passou por um pico de faturamento temporário, mas agora voltou a um nível mais baixo, retornar pode ser vantajoso para reduzir os custos operacionais e simplificar a gestão da empresa.
Afinal, ele oferece uma série de benefícios, como o pagamento de impostos reduzidos e a isenção de algumas obrigações trabalhistas.
Outro cenário em que pode fazer sentido voltar é quando o empreendedor deseja focar em um nicho de mercado mais específico ou reduzir a operação para um modelo de negócio mais enxuto.
Nesse caso, a categoria pode oferecer a flexibilidade necessária para continuar operando de forma legalizada, mas sem os custos adicionais de uma Microempresa.
No entanto, é importante lembrar que o retorno só é possível se o faturamento da empresa voltar a se enquadrar no limite permitido e se a atividade ainda for compatível com o regime.
Além disso, essa decisão deve ser tomada com base em um planejamento financeiro sólido, para evitar o risco de desenquadramento novamente no futuro.
Soluções de um contador em Campo Grande para o seu negócio
Se você ultrapassou o limite do MEI ou está enfrentando qualquer outra situação que exija regularização e planejamento financeiro, contar com o apoio de um contador em Campo Grande pode fazer toda a diferença.
O processo de desenquadramento ou reenquadramento, assim como a transição para uma Microempresa, envolve uma série de detalhes que precisam ser tratados com cuidado para evitar complicações futuras.
É nesse momento que ter um contador em Campo Grande, que conhece as nuances das regras locais e pode oferecer uma orientação personalizada, se torna essencial para o sucesso do seu negócio.
Um contador em Campo Grande pode te ajudar a entender exatamente o que é necessário para se manter regularizado, cuidar de toda a parte burocrática e oferecer um planejamento fiscal adequado para o futuro.
Além disso, com o suporte de um profissional qualificado, você terá mais tranquilidade para focar no crescimento do seu negócio, sabendo que suas obrigações fiscais estão em boas mãos.
Se você está buscando soluções para se regularizar ou precisa de ajuda com o planejamento financeiro da sua empresa, entre em contato conosco agora mesmo!