O que as igrejas precisam enviar para a contabilidade?
Manter uma igreja em funcionamento vai muito além das atividades religiosas.
Por trás dos cultos, eventos e ações sociais, existe uma organização que precisa seguir algumas regras. E uma das mais importantes é manter a contabilidade em ordem.
Mesmo sendo uma instituição sem fins lucrativos, a igreja tem obrigações que precisam ser cumpridas. E é aí que entra a importância de enviar os documentos certos para o contador.
Mas o que exatamente deve ser enviado? Quais informações são importantes? Neste artigo, vamos responder tudo isso de forma prática e descomplicada.
Continue lendo para entender como funciona essa parte da gestão e como deixar tudo certinho.
Documentos necessários
Para que o contador possa fazer o trabalho dele corretamente, é essencial que a igreja envie uma série de documentos.
E não se trata só de papéis financeiros. Alguns registros legais e administrativos também fazem parte desse pacote.
Um dos principais documentos é o estatuto social da igreja. Ele funciona como uma espécie de “certidão de nascimento” da instituição, pois descreve como ela foi fundada, qual sua missão e como está organizada.
Sem esse documento, o contador já começa o trabalho com dificuldades.
Outro item importante são as atas de fundação e de eleição da diretoria. Essas atas comprovam quem está à frente da igreja atualmente.
São registros feitos em assembleias que mostram quem são os responsáveis legais, como o pastor presidente, o tesoureiro e outros cargos de liderança.
Também é necessário ter o CNPJ atualizado. Esse é o número que identifica a instituição como pessoa jurídica.
Além disso, se tiver alguma certidão negativa — como a de débitos com a Receita Federal —, é importante enviar para a contabilidade. Isso ajuda a manter o histórico sempre limpo.
Esses documentos não precisam ser enviados todos os meses. Na maioria dos casos, basta que o contador os tenha em mãos uma vez.
Mas sempre que houver mudanças, como troca de diretoria ou alteração no estatuto, é necessário atualizar as informações com a contabilidade.
Manter essa parte legal bem organizada ajuda muito no dia a dia. Evita problemas com o governo e transmite mais confiança para os membros, principalmente na hora de prestar contas.
Comprovações financeiras que devem ser enviadas mensalmente
Se a parte legal pode ser resolvida de tempos em tempos, as informações financeiras precisam ser acompanhadas de perto.
Todo mês, a igreja deve enviar documentos que mostram o que entrou e o que saiu de dinheiro. Sem isso, o contador não consegue montar os relatórios nem fazer as obrigações fiscais e contábeis corretamente.
Um dos relatórios mais importantes é o de receitas. Ele deve mostrar quanto recebeu em dízimos, ofertas, doações e qualquer outra entrada financeira.
O ideal é que esses valores sejam registrados de forma detalhada e organizada, mês a mês.
Além disso, também é fundamental enviar os comprovantes de despesas. Isso inclui notas fiscais, recibos, boletos pagos e contratos de prestação de serviços.
Tudo o que representar saída de dinheiro deve ser documentado. Esse controle não é só para efeito de contabilidade, mas também para mostrar transparência com os recursos.
Outro documento essencial é o extrato bancário. Se a igreja tem conta em banco, é importante que o contador tenha acesso aos extratos mensais.
Eles ajudam a cruzar os dados com os relatórios de entrada e saída de recursos e garantem que tudo esteja batendo corretamente.
Caso tenha funcionários, como secretários, músicos ou zeladores, a folha de pagamento também deve ser enviada. Junto com ela, é preciso incluir os encargos trabalhistas e comprovantes de pagamento.
Se não houver funcionários, mas sim prestadores de serviços, os contratos e recibos também entram nessa lista.
E, por fim, o controle de caixa. Mesmo que use pouco dinheiro em espécie, é importante anotar tudo que entra e sai do caixa físico.
Esses valores também precisam ser registrados para que a contabilidade reflita a realidade.
Responsabilidades do tesoureiro e da diretoria
Organizar todos esses documentos e informações não é uma tarefa do contador. O papel dele é transformar esses dados em relatórios, demonstrativos e declarações.
Quem cuida da coleta e envio de tudo isso é a própria igreja, geralmente através do tesoureiro e da diretoria.
O tesoureiro é a pessoa que acompanha de perto o que entra e o que sai do caixa. É ele quem deve manter os registros atualizados e separar os comprovantes de pagamento.
Além disso, precisa manter um contato direto com o contador, facilitando o envio das informações dentro do prazo.
A diretoria, por sua vez, tem o papel de acompanhar esse processo. É importante que todos os membros da liderança estejam alinhados com a importância da organização financeira. Afinal, manter tudo em dia e é uma responsabilidade coletiva.
Boas práticas incluem a realização de reuniões periódicas para revisar as finanças, o uso de planilhas ou softwares simples para registrar os dados e o arquivamento seguro de documentos.
Quanto mais organizada for essa parte, menos problemas a igreja terá no futuro.
Também vale lembrar que a diretoria deve comunicar qualquer mudança importante, como troca de liderança, aquisição de bens, reformas ou projetos de maior valor.
Essas informações impactam diretamente na contabilidade e precisam estar registradas corretamente.
A organização interna faz toda a diferença. Igrejas que mantêm seus registros em ordem têm mais facilidade para lidar com obrigações fiscais e demonstram seriedade perante seus membros e à sociedade.
Obrigações contábeis e fiscais
Fotos: Freepik
Mesmo sendo entidades sem fins lucrativos, elas não estão isentas de obrigações fiscais e contábeis.
Elas não pagam certos impostos, mas precisam prestar contas. Isso inclui demonstrar de onde vem o dinheiro, como ele é utilizado e manter a contabilidade em dia.
Uma das principais exigências é a escrituração contábil. Ela nada mais é do que o registro organizado de todas as movimentações financeiras.
Esse processo deve ser feito com base nos documentos enviados mensalmente, como extratos, comprovantes e relatórios de receita.
Com base nesses registros, o contador elabora demonstrativos como o balanço patrimonial e a demonstração de resultado.
Esses documentos mostram a situação financeira, ajudando a entender se os recursos estão sendo bem utilizados.
Além disso, a igreja precisa entregar anualmente uma declaração chamada ECF (Escrituração Contábil Fiscal).
Esse documento é enviado à Receita Federal e serve para informar que a instituição está ativa e regularizada. Mesmo sem fins lucrativos, a ECF é obrigatória.
Caso tenha funcionários, há outras obrigações, como a RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) e a DIRF (Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte). Esses documentos são importantes para manter a regularidade trabalhista.
Ignorar essas exigências pode causar problemas sérios. Mesmo que não tenha fins lucrativos, ela pode ser multada, perder benefícios e até ter dificuldades com a Receita Federal.
Por isso, contar com um contador especializado e manter o envio de informações em dia é fundamental.
Penalidades por falta de documentação ou escrituração
Muitas igrejas não dão atenção à contabilidade por acreditarem que, por serem instituições religiosas, não têm obrigações com o governo.
Esse é um grande erro. Quando a documentação está irregular ou os dados não são enviados corretamente para o contador, a igreja corre riscos.
Um dos principais problemas é a perda da imunidade tributária. Igrejas têm esse benefício, que as isenta de pagar alguns impostos, mas precisam cumprir requisitos.
Entre eles, manter a contabilidade regular, com todos os registros atualizados e a documentação organizada.
Se houver fiscalização e a igreja não conseguir comprovar como o dinheiro foi utilizado, pode ser considerada irregular.
Isso pode resultar em multas, pagamento de impostos retroativos e até em processos judiciais.
Além disso, a falta de organização contábil prejudica a imagem do templo. Membros e parceiros podem desconfiar da forma como os recursos estão sendo utilizados.
A transparência é essencial para manter a confiança da comunidade.
Outro ponto importante é que, sem contabilidade em dia, ela fica impedida de firmar convênios com o poder público ou empresas privadas.
Muitas instituições exigem demonstrações financeiras antes de liberar parcerias ou doações maiores.
Ou seja, manter a contabilidade em ordem não é apenas uma questão legal, mas também estratégica. Ela protege a igreja, fortalece a credibilidade e abre portas para crescer com segurança.
Vantagens de manter a contabilidade em dia
Se os riscos de não cuidar da contabilidade são altos, as vantagens de fazer tudo certo são muitas.
Uma igreja que mantém seus registros organizados e envia os documentos corretamente para o contador só tem a ganhar.
A principal vantagem é a segurança jurídica. Com tudo em dia, não corre o risco de sofrer penalidades, perder benefícios fiscais ou enfrentar processos por falta de documentação.
Outro ponto positivo é a transparência. Quando a liderança consegue prestar contas de forma clara, os membros sentem mais confiança em contribuir. Isso fortalece o vínculo com a comunidade e estimula o crescimento saudável da instituição.
A contabilidade também ajuda na tomada de decisões. Com os relatórios em mãos, a diretoria consegue entender se a igreja está arrecadando o suficiente, se há margem para novos projetos e onde é possível economizar.
Além disso, manter tudo organizado facilita muito em caso de auditorias ou fiscalizações. Se um dia a Receita Federal bater à porta, a igreja terá como provar que está fazendo tudo corretamente.
Por fim, igrejas que mantêm a contabilidade em dia têm mais facilidade para receber doações maiores, participar de editais públicos e fechar parcerias com empresas. A credibilidade aumenta, e as oportunidades aparecem.
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Ter um contador em Campo Grande que já conhece as rotinas e as obrigações específicas desse tipo de organização faz toda a diferença no dia a dia.
Mais do que simplesmente enviar declarações, é fundamental ter ao seu lado um profissional que saiba orientar, prevenir erros e garantir que sua igreja continue com todos os benefícios fiscais e jurídicos que tem direito.
Escolher um contador em Campo Grande que seja especializado nesse segmento traz segurança e tranquilidade, tanto para a liderança da igreja quanto para os membros.
Isso porque, com uma contabilidade bem-feita, é possível tomar decisões com mais clareza, planejar novos projetos e prestar contas com mais transparência.
Além disso, o apoio certo evita problemas com a Receita Federal, mantém a imunidade tributária e fortalece a imagem da igreja na comunidade.
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