Social media: passo a passo para ter um CNPJ
Se você trabalha como social media ou pretende começar nessa área, já deve ter percebido que a demanda por profissionais de marketing digital só cresce.
Com o aumento da presença das empresas nas redes sociais, quem atua com gestão de conteúdo, anúncios, criação de estratégia ou produção de conteúdo digital ganha cada vez mais espaço no mercado.
Mas junto com as oportunidades, surge uma pergunta muito comum: será que vale a pena abrir um CNPJ? E se sim, como fazer isso do jeito certo?
Neste artigo, vamos te explicar tudo que você precisa saber para abrir um CNPJ sendo social media. E não se preocupe: vamos usar uma linguagem direta e simples, sem complicar o que não precisa ser complicado.
O objetivo aqui é te ajudar a entender os passos com clareza para tomar decisões com segurança.
Por que o social media precisa de um CNPJ?
Ter um CNPJ é mais do que uma formalidade. Para quem trabalha como social media, isso pode abrir várias portas. Vamos começar falando do principal: credibilidade.
Quando você tem um CNPJ, é mais fácil fechar contratos com empresas maiores, emitir nota fiscal e mostrar profissionalismo. Muitos clientes exigem nota fiscal para contratar um serviço, e sem um CNPJ, isso não é possível.
Outro ponto importante é a separação entre vida pessoal e profissional. Com um CNPJ, você consegue abrir uma conta bancária PJ (pessoa jurídica), controlar melhor seus ganhos e planejar seus investimentos.
Isso ajuda a organizar as finanças e dá mais clareza sobre o que está entrando e saindo do seu negócio.
Além disso, como pessoa jurídica, você pode pagar menos impostos do que uma pessoa física, dependendo do faturamento e do regime tributário escolhido.
Isso faz uma diferença significativa no final do mês, principalmente se o seu negócio está crescendo. Tem também a possibilidade de contratar um plano de saúde empresarial, que costuma ser mais acessível do que os planos individuais.
Também vale mencionar que, com um CNPJ, você tem acesso a linhas de crédito específicas para empresas, que costumam ter taxas melhores.
Isso pode ser útil se quiser investir em equipamentos, contratar ferramentas de marketing ou ampliar seus serviços. Ter um negócio formalizado te permite pensar mais longe e com mais estabilidade.
Por fim, existe o fator psicológico: quando você formaliza seu trabalho, tende a encará-lo com mais seriedade.
Você passa a se ver como um empreendedor de verdade, o que pode te motivar a buscar mais conhecimento, se organizar melhor e crescer de forma sustentável.
Social media pode ser MEI?
Uma dúvida muito comum é: será que quem trabalha como social media pode se registrar como MEI? A resposta curta é não.
Isso porque essa atividade, como ela é exercida hoje, não se enquadra nas categorias permitidas pelo MEI.
O governo define uma lista de ocupações específicas para quem quer ser Microempreendedor Individual, e a atividade de gestão de redes sociais, marketing digital ou produção de conteúdo online não aparece entre elas.
É claro que existem pessoas que acabam se registrando como MEI usando ocupações próximas, como “promotor de vendas” ou “digitador”, mas essa prática não é recomendada.
Isso porque, se houver uma fiscalização ou necessidade de emitir uma nota fiscal específica, a divergência entre o serviço prestado e a atividade registrada pode causar problemas com a Receita Federal.
Outra limitação importante do MEI é o teto de faturamento, que hoje é de R$ 81 mil por ano. Para quem está começando, esse valor pode parecer suficiente.
Mas se você pretende crescer, atender mais clientes ou oferecer serviços mais complexos, esse limite pode se tornar um obstáculo.
Além disso, o MEI tem restrições quanto à contratação de funcionários e à participação em sociedades.
Ou seja, se você pensa em expandir ou se associar a outros profissionais, essa estrutura pode não ser a mais adequada.
Por isso, o ideal é avaliar outras formas de abrir seu CNPJ que estejam de acordo com a atividade real que você exerce.
A boa notícia é que existem alternativas ao MEI que ainda são simples, acessíveis e ideais para quem trabalha sozinho. E vamos falar sobre elas nos próximos tópicos.
CNAEs recomendados
Fotos: Freepik
Uma etapa importante ao abrir o seu CNPJ é escolher o código CNAE, que é como o governo classifica a atividade que você vai exercer.
Isso serve para identificar o tipo de serviço que sua empresa oferece e, com base nisso, calcular os impostos e definir outras obrigações.
A boa notícia é que agora existe um CNAE que se encaixa direitinho para quem trabalha com redes sociais.
Esse código é o 6319-4/00. O nome técnico dele é meio comprido — “portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet” —, mas a parte boa é que ele foi incluído na lista das atividades permitidas para o MEI.
Isso significa que, se você atua como social media, já pode se formalizar como Microempreendedor Individual de forma mais alinhada com o que realmente faz no dia a dia.
Claro que nem todo mundo vai poder ser MEI, já que esse modelo tem limites: o faturamento anual não pode passar de R$ 81 mil e só é possível contratar uma pessoa como funcionária.
Mas, para quem está começando ou trabalha de forma mais enxuta, pode ser uma ótima porta de entrada para sair da informalidade.
Além disso, você pode incluir outras atividades secundárias no seu CNPJ, caso ofereça mais de um tipo de serviço.
Por exemplo, se além de gerenciar redes sociais você também faz design gráfico, edição de vídeo ou consultorias, dá pra registrar esses serviços como atividades complementares.
Isso ajuda a manter tudo regularizado e facilita na hora de emitir nota fiscal para diferentes tipos de cliente.
Na prática, o importante é que o CNAE esteja alinhado com o que você realmente faz. Isso evita problemas com a Receita Federal e garante que você possa trabalhar com mais tranquilidade e profissionalismo.
Se pintar alguma dúvida na hora de escolher, vale conversar com um contador que entenda da área digital para te orientar da melhor forma.
Natureza jurídica ideal
Outro ponto importante na abertura do CNPJ é definir a natureza jurídica da empresa. Essa escolha define como sua empresa será registrada e quais são suas características legais.
Para quem trabalha sozinho como social media, existem duas opções principais: a Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) e o Empresário Individual.
A Sociedade Limitada Unipessoal tem se tornado a escolha preferida de quem quer atuar de forma mais segura. Isso porque ela permite separar os bens pessoais dos bens da empresa.
Em outras palavras, se houver alguma dívida ou problema judicial, seu patrimônio pessoal (como casa e carro) fica protegido.
Além disso, você pode abrir essa empresa sozinho, sem precisar de sócios, o que é uma grande vantagem para quem atua de forma independente.
Já o Empresário Individual também permite que você trabalhe sozinho, mas não oferece essa separação entre pessoa física e jurídica.
Ou seja, em caso de problemas financeiros, seu patrimônio pessoal pode ser atingido. Por esse motivo, apesar de ser uma opção mais rápida e barata de abrir, não é a mais indicada a longo prazo.
Existe ainda a Sociedade Empresária Limitada, que é ideal para quem deseja abrir um negócio com sócios.
Se você pretende formar uma agência ou trabalhar em parceria com outros profissionais, essa pode ser uma alternativa interessante.
Nesse caso, é importante ter um contrato social bem estruturado para evitar problemas no futuro.
Escolher a natureza jurídica certa ajuda a evitar dores de cabeça e garante que você tenha uma base sólida para crescer com tranquilidade.
Regimes tributários e economia de impostos
Muita gente acha que abrir empresa significa pagar mais imposto, mas nem sempre é assim. Quando você atua como pessoa física e emite recibos, o Imposto de Renda pode chegar a até 27,5%.
Já como pessoa jurídica, é possível pagar muito menos, dependendo do regime tributário.
O mais comum é o Simples Nacional. Esse regime foi criado justamente para facilitar a vida das pequenas empresas. As alíquotas começam em 6% e vão aumentando conforme o faturamento.
Dentro do Simples, também existe o chamado “Fator R”, que pode reduzir bastante os impostos para empresas que têm uma folha de pagamento relevante em relação ao faturamento.
Outra opção é o Lucro Presumido. Nesse caso, a tributação é baseada em uma margem de lucro predefinida pelo governo.
É vantajoso para quem tem poucas despesas e não quer ter tanta obrigação de controle contábil. A alíquota gira entre 13,33% e 16,33%, dependendo da atividade e do estado.
O Lucro Real é o mais complexo e costuma ser indicado apenas para empresas maiores, com estrutura mais robusta.
Ele é baseado no lucro real da empresa, ou seja, o que sobra depois de todas as despesas. Só vale a pena se suas margens forem pequenas ou se sua empresa tiver obrigações específicas com o fisco.
Cada regime tem suas vantagens, e a escolha ideal depende do seu perfil, faturamento e tipo de serviço que você oferece.
Um bom contador pode te ajudar a fazer essa análise e escolher a opção mais econômica e segura.
Como abrir um CNPJ sendo social media
Depois de entender qual estrutura e atividade se encaixam melhor no seu trabalho como social media, é hora de colocar a formalização em prática.
O processo de abertura de CNPJ envolve algumas etapas simples, mas que exigem atenção para que tudo seja feito da forma certa.
O primeiro passo é reunir seus documentos pessoais: RG, CPF, comprovante de residência atualizado e, se for o caso, título de eleitor ou certificado digital.
Também é necessário definir o endereço da sua empresa, que pode ser o seu próprio endereço residencial, se a prefeitura da sua cidade permitir essa modalidade para empresas digitais.
Em seguida, você vai precisar registrar a empresa. Se estiver optando pelo MEI, esse processo é feito de forma online no Portal do Empreendedor, em poucos minutos.
Já se estiver abrindo uma empresa como SLU ou outro modelo, será necessário fazer o registro na Junta Comercial do seu estado. Essa etapa inclui o envio da documentação, além da elaboração do contrato empresarial.
Depois que a empresa estiver registrada e o CNPJ emitido pela Receita Federal, será necessário fazer o cadastro na prefeitura da cidade onde você vai atuar.
Esse registro municipal libera a emissão de notas fiscais de serviço e, em alguns casos, também o alvará de funcionamento, mesmo para empresas que funcionam em home office.
Para empresas fora do MEI, também é necessário adquirir um certificado digital. Ele será utilizado para assinar documentos digitalmente, enviar obrigações acessórias e emitir nota fiscal eletrônica, se a sua cidade exigir esse formato.
Todo esse processo pode ser feito de forma bem mais tranquila com o acompanhamento de um contador.
Além de cuidar da parte técnica, ele também orienta sobre as melhores escolhas para o seu perfil e evita erros que podem gerar custos ou bloqueios no futuro.
Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você
Se você chegou até aqui, é porque está realmente comprometido em dar um passo importante na sua jornada como social media.
E a verdade é que, por mais que existam caminhos acessíveis para abrir um CNPJ, contar com apoio profissional faz toda a diferença.
Ter ao seu lado um contador que entenda não só da parte técnica, mas também das particularidades do seu trabalho na internet é o que garante que tudo será feito do jeito certo desde o início.
Se você está em Campo Grande e está buscando um contador que fale a sua língua, que entenda a rotina de quem trabalha com redes sociais, saiba que existe, sim, uma solução pensada exatamente para isso.
Ter um contador que realmente se preocupa em explicar cada etapa com clareza, sem jargões difíceis, te dá liberdade para focar no que você faz de melhor: criar, comunicar e crescer.
Mais do que abrir o seu CNPJ, um bom contador em Campo Grande vai te orientar sobre como pagar menos impostos legalmente, como manter sua empresa em dia com as obrigações e como se organizar financeiramente.
E quando a gente fala em construir uma carreira sólida como social media, esses cuidados são essenciais. Afinal, não basta apenas ser criativo, é preciso ter uma base firme por trás.
Então, se você é de Campo Grande e quer tirar esse projeto do papel com segurança, profissionalismo e sem complicação, a Contili Contabilidade pode te ajudar.
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