Skip to main content
  • Campo Grande, MS

Tag: Contabilidade em Campo Grande

Tudo o que você precisa saber antes de abrir um MEI

Tudo o que você precisa saber antes de abrir um MEI

Abrir um negócio próprio é o sonho de muita gente. Mas antes de começar a vender, emitir nota ou até mesmo se formalizar, é preciso entender qual o caminho certo para não ter dores de cabeça no futuro.

Uma das formas mais simples de começar é se tornar MEI, o famoso Microempreendedor Individual. Mas você sabe exatamente o que é isso? E mais importante: sabe se realmente vale a pena para você?

Neste guia completo, vamos explicar tudo o que você precisa saber antes de abrir um MEI. De forma simples, direta e sem aquele monte de termos técnicos que só confundem. Bora entender como funciona?

O que é MEI?

O termo MEI significa Microempreendedor Individual, uma categoria criada pelo governo para facilitar a formalização de pequenos negócios e trabalhadores autônomos.

Ele foi pensado para pessoas que trabalham por conta própria e querem sair da informalidade, mas sem a burocracia e os custos altos que outras empresas enfrentam.

Na prática, ser MEI significa ter um CNPJ próprio, o que já abre muitas portas, como emitir notas fiscais, ter acesso a crédito com melhores condições e até conseguir vender para outras empresas e órgãos públicos. 

Uma das grandes vantagens do MEI é a carga tributária reduzida. O empreendedor paga um valor fixo por mês, que já inclui impostos como INSS e ISS ou ICMS, dependendo da atividade.

Isso facilita muito o planejamento financeiro e evita surpresas desagradáveis.

Outro ponto importante: o MEI foi pensado para negócios pequenos, com limite de faturamento anual e outras restrições.

Mas dentro desse modelo, ele se torna uma das melhores portas de entrada para quem quer começar formalizado.

Por isso, entender direitinho o que é o MEI e como ele funciona é fundamental antes de abrir o seu.

Vamos seguir para quem pode (e quem não pode) se enquadrar nessa categoria.

Quem pode se tornar um?

Nem todo mundo pode ser MEI. O governo estabeleceu alguns critérios para garantir que essa modalidade seja usada exatamente para o público certo: os pequenos empreendedores e autônomos.

O primeiro ponto é o faturamento anual, que não pode ultrapassar R$ 81 mil por ano. Na prática, isso dá uma média de R$ 6.750 por mês.

Além disso, existe uma lista específica de atividades permitidas para MEI. Se a sua profissão não estiver nessa lista, infelizmente, você não poderá se formalizar como Microempreendedor Individual.

Essa lista é atualizada regularmente e inclui profissões como cabeleireiro, eletricista, vendedor ambulante, prestadores de serviços, entre muitas outras.

Outro critério importante é que o MEI pode ter no máximo um funcionário registrado. Esse funcionário deve receber o salário mínimo ou o piso da categoria. Essa limitação reforça o foco no empreendedor de pequeno porte.

Vale lembrar também que alguns profissionais, como médicos, advogados e engenheiros, não podem ser MEI. Isso porque eles já possuem conselhos de classe e outros regimes tributários mais adequados.

Se você se encaixa nesses critérios, ótimo. Mas antes de sair fazendo o cadastro, é importante entender quais serão seus custos e obrigações como MEI.

Quais são os custos para abrir e manter um MEI?

Uma das grandes vantagens do MEI é o baixo custo para abrir e manter. Para começar, o processo de abertura do MEI é gratuito e pode ser feito online, de forma simples e rápida.

Não há taxa inicial de registro, o que já ajuda bastante quem está começando.

O principal custo do MEI é o pagamento mensal do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).

Esse boleto tem um valor fixo, que varia de acordo com a atividade. Em 2024, os valores estavam entre R$ 70 e R$ 80 por mês, considerando a contribuição ao INSS e o imposto municipal (ISS) ou estadual (ICMS).

Esse pagamento dá acesso à previdência social, ou seja, o MEI contribui para aposentadoria e outros benefícios, como auxílio-doença e salário-maternidade. Tudo de forma simplificada e sem surpresas de impostos adicionais no final do mês.

É importante destacar que, mesmo que a empresa não tenha faturado nada no mês, o pagamento do DAS continua obrigatório. Isso garante que o MEI esteja sempre regularizado com a Receita Federal e os órgãos competentes.

Outros custos que podem surgir envolvem a necessidade de licenças municipais, dependendo da atividade, ou investimentos em sistemas para emissão de nota fiscal, caso você precise emitir para clientes jurídicos.

Quais as obrigações?

Apesar de ser uma categoria simplificada, o MEI tem algumas obrigações legais que não podem ser ignoradas.

A principal delas é o pagamento mensal do DAS, como já explicamos. Mas além disso, existem outros compromissos importantes.

Todo MEI precisa fazer, uma vez por ano, a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI).

Esse documento informa o faturamento total do ano anterior e é fundamental para manter a regularidade do CNPJ. Mesmo que não tenha faturado, a declaração deve ser enviada.

Outra obrigação é a emissão de nota fiscal. Para pessoas físicas, não é obrigatória a emissão, a menos que o cliente solicite.

Já para vendas ou serviços prestados para empresas, a emissão da nota é obrigatória. É um ponto que muita gente esquece, mas que pode gerar multas se não for respeitado.

Dependendo da atividade, o MEI pode precisar de licenças e alvarás municipais para funcionar de forma legal. Isso varia de cidade para cidade e do tipo de negócio, então é importante consultar a prefeitura.

Cumprir essas obrigações é essencial para evitar problemas com a Receita Federal, multas e até a suspensão do CNPJ.

Mas não se assuste: todas essas exigências são bem mais simples do que as de uma empresa tradicional.

Como abrir um MEI passo a passo?

Tudo o que você precisa saber antes de abrir um MEI

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Agora que você já entendeu o que é um MEI, quem pode se tornar um e quais os custos envolvidos, chegou a hora de saber como abrir o seu.

E a boa notícia é que o processo é totalmente digital e sem complicação.

O primeiro passo é acessar o Portal do Empreendedor. Lá você vai encontrar a opção de formalizar seu negócio.

O processo exige que você tenha uma conta no gov.br, com nível prata ou ouro. Se ainda não tem, será preciso fazer esse cadastro antes.

Com a conta ativa, você preencherá informações básicas, como nome, CPF, endereço, atividade que será exercida e local de funcionamento do negócio.

Aqui é importante ter atenção para escolher a atividade correta (CNAE), de acordo com o que você realmente fará.

Depois do cadastro, será gerado o CNPJ automaticamente, além do Certificado de Condição de Microempreendedor Individual (CCMEI), que já é o documento oficial que comprova a existência da empresa.

Por fim, dependendo do município, pode ser necessário fazer cadastros adicionais ou solicitar alvarás de funcionamento.

Mas o mais importante é: em poucas horas você já poderá começar a atuar formalmente como MEI.

Quais são os direitos e benefícios?

Ser MEI não traz apenas obrigações. Pelo contrário, existem vários benefícios que fazem valer a pena a formalização.

O primeiro deles é o acesso à Previdência Social, permitindo aposentadoria por idade, auxílio-doença, salário-maternidade, entre outros.

Outro benefício importante é a possibilidade de emitir notas fiscais, o que abre portas para fechar contratos com empresas, participar de licitações públicas e ampliar o leque de clientes.

O MEI também tem acesso facilitado a linhas de crédito específicas, com taxas mais baixas e condições melhores que as disponíveis para pessoas físicas. Isso ajuda muito quem precisa investir no próprio negócio.

Além disso, como MEI, é possível se cadastrar em marketplaces, abrir conta PJ, utilizar maquininhas de cartão com taxas diferenciadas e até ter descontos em serviços essenciais, como planos de saúde e telefonia.

Esses direitos tornam o MEI uma ferramenta poderosa para quem quer crescer de forma organizada e sem tanta burocracia.

Quais são as limitações?

Apesar das vantagens, o MEI também possui limitações importantes. A primeira e mais conhecida é o limite de faturamento anual de R$ 81 mil.

Se ultrapassar esse valor, o empreendedor precisará migrar para outra categoria empresarial.

Outra limitação é em relação à contratação de funcionários. O MEI pode ter apenas um colaborador registrado, recebendo o piso da categoria ou o salário mínimo.

Se o negócio crescer e precisar de mais funcionários, será necessário mudar de enquadramento.

Além disso, não são todas as atividades que podem ser registradas como MEI. Profissões regulamentadas, como médicos, engenheiros e advogados, por exemplo, estão fora desse regime.

Também há restrições geográficas e legais para a atuação de algumas atividades. Em determinados municípios, pode ser exigido um alvará específico ou até ser proibido o exercício de certas atividades em zonas residenciais.

Conhecer essas limitações é essencial para planejar o crescimento do seu negócio sem surpresas.

O que acontece se ultrapassar o limite do MEI?

Ultrapassar o limite de faturamento do MEI é uma situação muito mais comum do que parece, especialmente para quem está crescendo no mercado.

O teto de R$ 81 mil por ano foi criado para atender negócios de pequeno porte, mas sabemos que, com dedicação, muitos empreendedores acabam superando esse valor. E o que acontece quando isso ocorre?

O primeiro ponto importante: ultrapassar o limite não significa que você está irregular automaticamente. O que acontece é que existem regras específicas para lidar com esse crescimento.

Se o seu faturamento exceder em até 20% do limite anual, ou seja, chegar até R$ 97.200, você precisará pagar uma guia complementar de impostos referente ao valor excedente.

Essa cobrança acontece no início do ano seguinte, no momento da entrega da Declaração Anual do MEI.

No entanto, se a sua receita passar mais do que esses 20%, a situação muda. Nesse caso, você será obrigado a desenquadrar-se do MEI ainda dentro do mesmo ano-calendário e migrar para a categoria de Microempresa (ME).

Essa transição não é automática. Você precisará solicitar a mudança, atualizar o cadastro no Simples Nacional e se adequar a um regime tributário diferente, com mais obrigações fiscais.

É importante destacar que, ao ultrapassar o limite, a tributação deixa de ser simplificada.

A partir do momento em que acontece o desenquadramento, você passa a recolher impostos conforme as regras do Simples Nacional para Microempresas, que envolvem alíquotas variáveis e outras declarações obrigatórias.

Além disso, ultrapassar o limite e não tomar as providências corretas pode gerar problemas com a Receita Federal, incluindo multas, juros e até bloqueio do CNPJ.

Por isso, é essencial acompanhar de perto o faturamento ao longo do ano e, caso perceba que a empresa está crescendo além do previsto, já começar a se planejar para essa migração.

Por fim, é importante encarar esse desenquadramento como um sinal de sucesso. Crescer e ultrapassar o limite do MEI é positivo, significa que o negócio está prosperando.

A formalização em outra categoria é um passo natural na jornada do empreendedor, e com um bom planejamento, essa transição pode ser feita de forma tranquila e estratégica.

Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você

Se você chegou até aqui, já percebeu que abrir um MEI é um ótimo primeiro passo para começar seu negócio com segurança e formalidade.

Mas também ficou claro que, apesar de ser um processo simples, existem detalhes importantes para manter tudo certo com a Receita Federal e garantir que você aproveite todos os benefícios sem se complicar.

É justamente nesse momento que contar com o apoio de um contador em Campo Grande faz toda a diferença.

Por mais que o MEI permita uma gestão mais descomplicada, muitas dúvidas surgem no dia a dia: como emitir notas fiscais corretamente, como declarar os ganhos no imposto de renda equando vale a pena sair do MEI.

Ter um contador acompanhando o seu negócio te ajuda a evitar erros, economizar tempo e, principalmente, focar no que realmente importa: fazer seu empreendimento crescer.

A Contili Contabilidade é especialista em atender empreendedores que buscam orientação prática e um atendimento próximo, falando a sua língua, sem aquele excesso de burocracia que só atrapalha.

Queremos ajudar você a crescer com tranquilidade, cuidando de toda a parte contábil enquanto você se dedica ao que mais gosta de fazer.

Entre em contato com a Contili Contabilidade e saiba como podemos ser o parceiro ideal para o seu negócio!

Tudo o que você precisa saber antes de abrir um MEI

*Foto capa: Freepik

Como emitir recibo pelo Receita Saúde: guia completo

Como emitir recibo pelo Receita Saúde: guia completo

Emitir recibos para pacientes faz parte da rotina de muitos profissionais da saúde que atuam de forma autônoma.

No entanto, a partir de 2025, esse processo passou a ser digital e obrigatório por meio do Receita Saúde, uma plataforma lançada pela Receita Federal para facilitar e dar mais segurança a essas operações.

Apesar da mudança trazer vantagens, muitos profissionais ainda têm dúvidas sobre como funciona o sistema, quem precisa utilizá-lo e como fazer a emissão correta.

Se você é médico, dentista, psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudiólogo ou terapeuta ocupacional, este artigo vai ajudar você a entender, passo a passo, como emitir recibo pelo Receita Saúde.

Aqui, vamos abordar desde o funcionamento da plataforma até os cuidados que você deve ter para evitar problemas com o fisco. Vamos lá?

O que é o Receita Saúde e como funciona?

O Receita Saúde é uma ferramenta digital criada pela Receita Federal com o objetivo de modernizar e tornar mais seguro o processo de emissão de recibos por profissionais de saúde autônomos.

Lançada em abril de 2024, a plataforma passou a ser obrigatória a partir de janeiro de 2025, trazendo uma grande mudança para quem atua como pessoa física na área da saúde.

A ideia central do Receita Saúde é eliminar o uso de recibos em papel, que até então eram a prática comum.

Esses documentos, muitas vezes, eram preenchidos manualmente e entregues aos pacientes, o que abria espaço para erros, extravios e até mesmo fraudes.

Com a digitalização, o processo fica mais transparente e seguro tanto para o profissional quanto para o paciente.

Além de garantir mais segurança, o Receita Saúde também facilita a vida de quem faz a declaração do Imposto de Renda.

Isso porque os recibos emitidos pelo sistema já aparecem automaticamente na declaração pré-preenchida do contribuinte.

Isso evita erros no preenchimento e reduz consideravelmente o risco de cair na malha fina, algo que acontece com frequência quando há inconsistências em recibos médicos e odontológicos.

Outro ponto importante é que a plataforma se integra ao Carnê-Leão Web, que é a ferramenta usada pelos autônomos para apuração mensal do imposto devido.

Ou seja, ao emitir pelo Receita Saúde, o valor já aparece automaticamente no Carnê-Leão, evitando esquecimentos ou lançamentos manuais.

Quem está obrigado a emitir?

É importante entender exatamente quem precisa utilizar o Receita Saúde para não correr riscos de descumprir a norma.

A obrigatoriedade é voltada especificamente para profissionais de saúde que atuam como pessoa física e possuem registro ativo no respectivo conselho de classe.

Isso inclui médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.

Se você se enquadra nesse perfil e realiza atendimentos particulares, ou seja, sem vínculo com clínicas ou hospitais que emitam notas fiscais em nome próprio, você deve emitir pelo Receita Saúde.

Mesmo que você atenda poucos pacientes por mês, a regra é a mesma: todo atendimento remunerado precisa ter o recibo gerado por meio da plataforma.

Agora, se você possui uma empresa aberta, com CNPJ ativo, a situação muda. Nesse caso, a obrigatoriedade de usar o Receita Saúde não se aplica.

Isso porque empresas já emitem notas fiscais eletrônicas e informam suas receitas por meio da DMED (Declaração de Serviços Médicos), que é específica para pessoas jurídicas da área da saúde.

Outro detalhe que gera dúvidas é em relação aos pacientes e seus representantes legais. A plataforma também permite que pacientes consultem os recibos emitidos em seus CPFs.

Além disso, profissionais podem designar representantes, como secretárias ou contadores, para realizar a emissão em seu nome, mediante procuração eletrônica.

Isso facilita bastante para quem prefere focar no atendimento e deixar a parte burocrática sob responsabilidade de outra pessoa.

Como emitir recibo no aplicativo 

Como emitir recibo pelo Receita Saúde: guia completo

Fotos: Freepik

Agora que você já sabe quem precisa emitir recibo pelo Receita Saúde, é hora de entender como realizar esse processo na prática.

A emissão é feita exclusivamente de forma digital, por meio do aplicativo da Receita Federal, disponível para smartphones Android e iOS.

O primeiro passo é acessar o aplicativo com sua conta gov.br. Vale lembrar que o nível da conta precisa ser prata ou ouro, garantindo maior segurança no acesso. Se você ainda não possui esse nível, pode fazer a atualização no próprio site do gov.br.

Após o login, é preciso configurar o seu perfil como trabalhador autônomo.

Essa configuração é feita dentro do Carnê-Leão Web, onde você vai informar seus dados pessoais, profissão, registro profissional e outras informações que confirmam sua atividade como profissional de saúde.

Com o perfil configurado, a emissão é bem simples. Dentro do app, você vai localizar a opção Receita Saúde e clicar em Novo Recibo.

Em seguida, basta preencher os campos solicitados, como o CPF do paciente (ou do responsável pelo pagamento, caso sejam diferentes), o valor do serviço, a data do pagamento e uma descrição básica do atendimento realizado.

Após preencher tudo corretamente, é só confirmar a emissão. O recibo será salvo automaticamente na base de dados da Receita Federal e ficará disponível tanto para o profissional quanto para o paciente.

Além disso, ele já será registrado no Carnê-Leão Web, agilizando a organização fiscal.

Esse processo deve ser feito sempre no momento do pagamento. Caso o atendimento seja parcelado, cada parcela deve ter um recibo próprio. Isso evita confusões e mantém a conformidade fiscal.

Quais as regras e cuidados ao emitir recibo?

Apesar da praticidade do sistema, alguns cuidados são fundamentais para evitar problemas futuros.

A primeira regra importante é que o recibo deve ser emitido na data do pagamento, sem atrasos. Essa regra vale inclusive para atendimentos parcelados, em que cada parcela precisa ter seu próprio recibo.

Se por algum motivo você esquecer de emitir o recibo na data correta, é possível fazer a emissão retroativa, mas somente para os atendimentos realizados em 2024, dentro do prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda de 2025.

Após esse prazo, não será mais possível regularizar a situação.

Outro cuidado importante é em relação ao cancelamento de recibos. O Receita Saúde permite o cancelamento, mas apenas dentro do prazo de 10 dias após a emissão.

Além disso, é necessário justificar o motivo do cancelamento, o que evita abusos e garante mais controle sobre os registros fiscais.

É importante ainda ficar atento às penalidades em caso de descumprimento. Profissionais que não emitirem os recibos pelo Receita Saúde ou fizerem a emissão de forma incorreta podem ser penalizados com multas previstas. Por isso, manter a disciplina na emissão é fundamental.

Por fim, vale lembrar que, ao emitir os recibos corretamente, você também ajuda seu paciente a ter mais facilidade na declaração do Imposto de Renda, já que os dados estarão automaticamente disponíveis na declaração pré-preenchida.

Receita Saúde vs Carnê-Leão: qual a diferença e como se integram?

Muita gente confunde o Receita Saúde com o Carnê-Leão, mas é importante entender que são ferramentas diferentes, embora integradas.

O Receita Saúde é exclusivo para a emissão de recibos eletrônicos por profissionais de saúde pessoa física.

Ele tem foco na geração do recibo digital, que serve como comprovante tanto para o profissional quanto para o paciente.

Já o Carnê-Leão é a ferramenta utilizada por todos os autônomos, não apenas profissionais de saúde, para apuração mensal do imposto de renda.

Ele é utilizado, por exemplo, por quem recebe aluguéis, pensões ou presta serviços de outras áreas. A principal função do Carnê-Leão é calcular o imposto devido mensalmente.

No caso dos profissionais de saúde, os dois sistemas se integram de forma automática.

Ao emitir um recibo pelo Receita Saúde, o valor correspondente já aparece automaticamente no Carnê-Leão Web, sem necessidade de lançamento manual.

Essa integração facilita bastante a vida do profissional, que não precisa mais se preocupar em fazer registros duplicados.

Assim, enquanto o Receita Saúde cuida da emissão do recibo eletrônico, o Carnê-Leão garante que a apuração do imposto aconteça corretamente, evitando esquecimentos ou erros que possam gerar multas ou autuações.

Pessoa física ou CNPJ: qual a melhor opção fiscal para profissionais de saúde?

Essa é uma dúvida muito comum entre profissionais de saúde. Será que vale mais a pena continuar como pessoa física ou abrir um CNPJ?

A resposta depende do volume de faturamento e da organização financeira de cada profissional.

Como pessoa física, o profissional paga imposto de renda conforme as tabelas progressivas, que podem chegar a até 27,5% dependendo do valor dos rendimentos mensais.

Para quem tem um faturamento mais modesto, essa opção pode ainda ser viável, especialmente considerando que o Receita Saúde e o Carnê-Leão Web automatizam boa parte do processo.

Por outro lado, para quem tem um volume de atendimentos maior, abrir uma empresa pode ser uma estratégia interessante para reduzir a carga tributária.

Isso porque, ao atuar como pessoa jurídica, é possível optar por regimes mais vantajosos, como o Simples Nacional ou o Lucro Presumido, cujas alíquotas podem variar de 6% a 19,5% (Simples) ou de 13,33% a 16,33% (Presumido), dependendo da atividade e do porte da empresa.

Por isso, é sempre recomendável avaliar com calma, de preferência com o apoio de um contador especializado, qual é a melhor opção fiscal para o seu perfil profissional.

Às vezes, o custo de manter uma empresa não compensa para quem tem poucos atendimentos, mas pode ser uma economia significativa para quem tem uma agenda cheia.

Como delegar a emissão de recibos a um representante?

Como emitir recibo pelo Receita Saúde: guia completo

Foto: Freepik

Nem todo profissional de saúde tem tempo ou disponibilidade para lidar com as tarefas burocráticas do dia a dia, como a emissão de recibos ou organização fiscal.

Para essas situações, a Receita Federal permite que você designe outra pessoa para fazer essas tarefas em seu nome, de forma segura e legal. Esse processo é feito através da criação de uma procuração eletrônica dentro do portal e-CAC.

A procuração eletrônica nada mais é do que uma autorização digital, que permite que outra pessoa, seja ela uma secretária, assistente, contador ou até mesmo um familiar, tenha acesso ao Receita Saúde e possa emitir em seu nome.

Essa possibilidade é muito útil para profissionais que preferem focar totalmente no atendimento aos pacientes, sem se preocupar com a parte fiscal.

Para fazer a procuração, o profissional deve acessar o portal e-CAC, usando sua conta gov.br de nível prata ou ouro. Dentro do sistema, existe a opção “Senhas e Procurações”, onde você poderá cadastrar a procuração eletrônica.

É importante ter em mãos o CPF da pessoa que será autorizada, além de definir o prazo de validade da procuração e quais serviços ela poderá acessar.

Após concluir o cadastro, a pessoa indicada já poderá acessar o sistema Receita Saúde e realizar a emissão no nome do profissional, seguindo todos os trâmites corretos.

Essa é uma forma prática de manter a regularidade fiscal sem sobrecarregar a rotina do consultório.

Vale destacar que, mesmo delegando essa tarefa, a responsabilidade sobre a emissão correta continua sendo do profissional de saúde.

Por isso, é importante escolher alguém de confiança e manter um acompanhamento periódico das emissões feitas.

Como evitar problemas com a Receita Federal?

A digitalização traz muitos benefícios, mas também exige organização e atenção por parte dos profissionais.

Alguns cuidados simples podem ajudar a evitar problemas com a Receita Federal e garantir que tudo esteja em conformidade.

O primeiro cuidado é manter sempre atualizado o seu cadastro no Carnê-Leão Web, garantindo que todas as informações profissionais estejam corretas e completas.

Isso inclui o número do seu registro no conselho de classe, a ocupação correta e seus dados pessoais. Pequenos erros nesses cadastros podem gerar inconsistências nas declarações e, consequentemente, problemas com o fisco.

Outro ponto importante é respeitar rigorosamente as regras de emissão. Isso significa emitir sempre na data em que o pagamento foi feito e não deixar para depois.

Além disso, nunca reutilize recibos antigos ou faça alterações manuais, pois o sistema é digital e não permite esse tipo de ajuste sem que seja feito o cancelamento formal, dentro do prazo de 10 dias.

Manter um controle interno dos atendimentos e dos emitidos também é uma prática recomendada.

Apesar de o sistema Receita Saúde registrar tudo, ter seus próprios registros ajuda na conferência e na organização financeira.

Isso pode ser feito de forma simples, com uma planilha ou até mesmo usando aplicativos de gestão financeira para profissionais liberais.

Por fim, contar com o suporte de um contador especializado em profissionais da saúde pode fazer toda a diferença.

Esse apoio profissional ajuda a evitar erros nas declarações, identificar oportunidades de economia fiscal e manter sua rotina financeira em ordem.

Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você

Se você chegou até aqui, já percebeu que o Receita Saúde trouxe uma série de mudanças importantes para profissionais da saúde que atuam como autônomos.

Embora a emissão de recibos seja uma responsabilidade direta do próprio profissional, toda a organização tributária, planejamento fiscal e acertos com a Receita Federal são pontos em que contar com um contador faz toda a diferença.

Ter ao seu lado um contador em Campo Grande permite que você tenha uma visão mais clara da sua situação financeira, identifique oportunidades de economia tributária e evite erros comuns que acabam gerando multas ou problemas com o fisco.

Além disso, um contador em Campo Grande pode orientar você sobre as melhores escolhas entre atuar como pessoa física ou jurídica, qual regime tributário pode ser mais vantajoso para seu perfil de faturamento e como manter sua atividade regularizada sem dores de cabeça.

Se você busca tranquilidade para focar no seu atendimento e quer deixar as questões fiscais nas mãos de quem entende do assunto, fale com a Contili Contabilidade.

Nossa equipe está pronta para ajudar você a organizar sua vida contábil e tomar decisões mais inteligentes para o futuro do seu consultório ou clínica.

Como emitir recibo pelo Receita Saúde: guia completo

Quanto custa abrir uma Sociedade Limitada Unipessoal?

Quanto custa abrir uma Sociedade Limitada Unipessoal?

Se você está pensando em abrir um negócio e quer entender melhor quanto custa abrir uma Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), este artigo é para você.

Vamos te explicar, de forma direta e descomplicada, tudo o que envolve o processo de abertura, quais são os custos envolvidos e o que muda dependendo do estado ou cidade onde você pretende empreender.

Antes de colocar a mão na massa, é fundamental saber exatamente com o que você vai gastar e como esse tipo de empresa funciona.

Vamos te guiar em cada etapa, para que você tome uma decisão segura e evite surpresas no caminho.

O que é uma Sociedade Limitada Unipessoal (SLU)?

A SLU, como o nome já indica, é uma empresa de responsabilidade limitada, mas que pode ser aberta por apenas uma pessoa.

Isso significa que o dono não precisa de um sócio para formalizar a empresa e, ao mesmo tempo, conta com a proteção do seu patrimônio pessoal.

Ou seja, em caso de dívidas ou problemas com a empresa, os bens da pessoa física (como casa ou carro, por exemplo) não entram na conta da empresa.

Esse tipo de empresa foi criado para facilitar a vida de quem quer empreender sozinho, mas ainda assim ter uma estrutura empresarial mais robusta que a de um MEI, por exemplo.

A SLU permite emitir notas fiscais, contratar funcionários e escolher entre regimes tributários mais completos, como o Simples Nacional, o Lucro Presumido ou até o Lucro Real.

Outra vantagem é que a SLU não exige um capital social mínimo e pode ser aberta com um valor simbólico, como R$ 1.

Isso traz uma boa flexibilidade para quem está começando com poucos recursos. Mas é importante ter atenção: o capital social deve ser compatível com a realidade do seu negócio.

Por que abrir uma SLU pode ser vantajoso para você?

Abrir uma SLU pode trazer diversos benefícios, principalmente para quem quer dar o próximo passo no empreendedorismo sem complicações.

Um dos pontos mais importantes é a separação entre o patrimônio pessoal e o patrimônio da empresa. Isso oferece mais segurança caso algo dê errado no negócio.

Outro ponto positivo é a credibilidade. Ter um CNPJ de uma empresa limitada transmite uma imagem mais profissional para o mercado.

Isso pode abrir portas com clientes, fornecedores e até instituições financeiras. É muito mais fácil negociar quando você está formalizado.

Além disso, com uma SLU você pode contratar funcionários, emitir notas fiscais eletrônicas e escolher o melhor regime tributário para o seu caso.

Essa flexibilidade é fundamental para crescer de forma sustentável e com menos dores de cabeça.

Diferente do MEI, que tem um teto de faturamento anual, a SLU permite escalar seu negócio.

Isso significa que você pode atender mais clientes, prestar serviços maiores ou vender em volume sem se preocupar com o limite de ganhos.

Custos envolvidos na abertura 

Quanto custa abrir uma Sociedade Limitada Unipessoal?

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Entender exatamente quanto custa abrir uma Sociedade Limitada Unipessoal é essencial para quem está planejando formalizar seu negócio.

Embora os valores possam variar dependendo da sua localização e do tipo de atividade que você exerce, alguns custos são praticamente fixos ou comuns para todos os empreendedores.

Vamos detalhar cada um deles a seguir, para que você consiga montar uma estimativa realista e tomar decisões bem informadas.

1. Registro na Junta Comercial

Esse é o primeiro passo oficial para abrir a sua empresa.

A Junta Comercial é o órgão responsável por registrar legalmente o seu contrato social, ou seja, o documento que estabelece que a empresa existe, quem é o dono e como ela vai funcionar.

Cada estado tem sua própria Junta e, por isso, os valores variam bastante.

Em estados como São Paulo, Minas Gerais ou Paraná, a taxa de registro gira em torno de R$ 150 a R$ 200.

Já em lugares como Rio de Janeiro ou Distrito Federal, esse valor pode passar de R$ 400, especialmente se houver cobrança de taxas extras para arquivamento de documentos, autenticação de livros ou emissão de certificados.

Além da taxa básica de registro, pode haver cobrança por atos adicionais, como nome empresarial, fichas cadastrais ou alterações futuras.

O ideal é consultar o site da Junta Comercial do seu estado para ter os valores atualizados. É importante destacar que, sem esse registro, a sua empresa simplesmente não existe legalmente.

2. Certificado digital

Outro custo essencial é o certificado digital, que funciona como uma identidade eletrônica da empresa.

Ele é usado para assinar documentos de forma segura e para acessar plataformas do governo, como a Receita Federal, emitir notas fiscais e enviar declarações obrigatórias.

Existem dois tipos principais: o A1, que é um arquivo digital instalado no computador, e o A3, que geralmente vem em um token (tipo um pendrive) ou cartão com leitora. O A1 costuma ser mais prático e mais barato para quem está começando.

O custo de um certificado A1 varia de R$ 150 a R$ 250 por ano. Já o A3 pode custar de R$ 250 a R$ 400, dependendo da certificadora e da validade (alguns têm validade de até 3 anos).

Muitas empresas contábeis têm parcerias com certificadoras e conseguem oferecer descontos. Vale a pena perguntar.

3. Honorários contábeis

Embora você possa fazer algumas etapas por conta própria, contar com um contador especializado é altamente recomendado — e em muitos casos, obrigatório.

O contador é o profissional que vai elaborar seu contrato social, cuidar da legalização na Junta, abrir seu CNPJ na Receita Federal e ajudar com as inscrições municipais ou estaduais, dependendo da sua atividade.

Os honorários para a abertura da empresa variam bastante. Se você contratar um plano mensal de contabilidade, é comum que muitos escritórios ofereçam a abertura gratuitamente como um benefício.

Mas, se preferir contratar apenas o serviço de abertura de forma avulsa, o valor pode variar entre R$ 400 e R$ 1.200, dependendo da complexidade do seu negócio e da região onde está.

Além disso, após a abertura, você vai precisar continuar com o contador mensalmente, pois ele será responsável por fazer a escrituração contábil, calcular impostos e enviar obrigações fiscais.

O custo desse serviço varia de R$ 200 a R$ 600 por mês para empresas no Simples Nacional, podendo ser mais alto em outros regimes.

4. Alvarás e licenças municipais

Outro ponto que muitos empreendedores não consideram logo de cara são os custos com alvarás de funcionamento e licenças específicas.

Esses documentos são exigidos pela prefeitura para permitir que sua empresa funcione legalmente no endereço escolhido.

O valor dessas taxas varia conforme o tipo de atividade, a localização e o porte da empresa.

Em cidades pequenas, você pode conseguir um alvará pagando R$ 100 ou até sendo isento, enquanto em capitais esse custo pode ultrapassar os R$ 500, especialmente se forem necessárias vistorias do Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária ou órgãos ambientais.

Além do alvará de funcionamento, algumas atividades exigem licenças especiais — por exemplo, clínicas precisam de autorização da Anvisa, oficinas mecânicas podem precisar de laudos ambientais, e restaurantes devem atender a normas sanitárias específicas.

Tudo isso pode gerar custos adicionais com taxas e adaptações físicas.

5. Capital social

O capital social é o valor que você declara no contrato social como investimento inicial da empresa. Ele representa os recursos que você está comprometendo para iniciar e manter o negócio funcionando.

Esse valor não precisa ser depositado na hora da abertura, mas precisa fazer sentido com a realidade da empresa.

Ao contrário de outros modelos antigos, como a EIRELI, a SLU não exige um valor mínimo de capital social. Você pode abrir a empresa com R$ 1, se quiser.

No entanto, isso pode não ser uma boa ideia na prática. Um capital muito baixo pode passar uma imagem de fragilidade, especialmente para bancos, parceiros comerciais ou até clientes mais exigentes.

O ideal é declarar um valor que represente minimamente o que você precisa para começar a empresa. Por exemplo, se você vai investir em um computador, uma cadeira e uma impressora, poderia declarar R$ 5.000.

Isso não significa que você precisa pagar tudo na hora, mas sim que você está comprometido com aquele valor como base de operação.

6. Custos com emissão de notas fiscais

Dependendo da cidade, pode haver uma taxa para liberação da emissão de nota fiscal eletrônica (NF-e ou NFS-e).

Em geral, esse processo é gratuito, mas algumas prefeituras cobram pela liberação do sistema ou exigem que o contribuinte compre um software emissor certificado.

Além disso, há custos indiretos, como a compra de papel timbrado (se for emitir notas impressas), contratação de sistemas de gestão e até treinamentos básicos para usar a plataforma de emissão de notas da prefeitura.

Em empresas prestadoras de serviço, essa etapa costuma ser bem rápida. Já em empresas que vendem produtos, pode ser necessário obter inscrição estadual junto à Secretaria da Fazenda, o que pode demandar mais tempo e custos extras com documentos.

Passo a passo para abrir uma SLU

Quanto custa abrir uma Sociedade Limitada Unipessoal?

Foto: Freepik

O processo de abrir uma Sociedade Limitada Unipessoal pode parecer cheio de detalhes, mas na prática é mais simples do que parece, principalmente quando se tem orientação adequada.

Tudo começa com a consulta de viabilidade, que é feita junto à prefeitura ou pelo sistema de registro da Junta Comercial.

Nessa etapa, o objetivo é verificar se o nome que você deseja usar para sua empresa está disponível e se a atividade que você quer exercer pode ser realizada no endereço indicado.

Essa verificação é essencial para garantir que sua empresa esteja dentro da legalidade desde o início.

Depois de confirmar a viabilidade, o próximo passo é a elaboração do contrato social.

Esse é o documento que formaliza a existência da sua empresa, onde você vai definir as informações básicas do negócio, como nome empresarial, endereço, atividade principal, capital social e dados do titular.

Mesmo sendo uma empresa unipessoal, esse contrato é obrigatório, pois ele serve como base para o registro oficial da SLU.

Com o contrato em mãos, é hora de registrá-lo na Junta Comercial do estado onde a empresa será sediada. Esse é um momento importante, pois é o registro que torna a empresa oficialmente existente perante os órgãos públicos.

Após a aprovação, você recebe o NIRE (Número de Identificação do Registro de Empresa), que é como a certidão de nascimento da SLU.

Com o NIRE aprovado, o passo seguinte é solicitar o CNPJ na Receita Federal. Esse processo é digital e costuma ser rápido, geralmente finalizado em até 48 horas.

Assim que o CNPJ é emitido, sua empresa já passa a ter uma identidade jurídica completa, o que permite seguir para a etapa de regularização municipal.

Dependendo do tipo de atividade e da cidade onde você vai operar, pode ser necessário solicitar um alvará de funcionamento na prefeitura, além de fazer a inscrição municipal.

Em alguns casos, como empresas prestadoras de serviço, também é preciso realizar o cadastro junto ao ISS. Se a empresa comercializar produtos, pode haver a necessidade de inscrição estadual, para fins de ICMS.

Por fim, com tudo regularizado, chega o momento de configurar a emissão de notas fiscais.

Esse processo varia de cidade para cidade, mas, em geral, exige que a empresa esteja com o CNPJ ativo, alvará emitido e certificado digital instalado.

Após essa etapa, sua SLU estará pronta para começar a operar, emitir notas e desenvolver suas atividades de forma totalmente legalizada.

Custos pós-abertura

Depois de abrir a empresa e passar pelas etapas de legalização, é importante se preparar para os custos que vêm na sequência, pois manter uma SLU em funcionamento também exige atenção financeira.

O primeiro custo recorrente é o da contabilidade mensal. Toda empresa, mesmo as de pequeno porte, precisa ter um contador responsável pela escrituração das movimentações, envio de declarações obrigatórias e cálculo dos tributos.

O valor desse serviço pode variar, mas geralmente fica entre duzentos e seiscentos reais por mês, dependendo do regime tributário, da região e do volume de transações da empresa.

Além da contabilidade, existe o pagamento de impostos. Empresas enquadradas no Simples Nacional, que é o regime mais comum para pequenos negócios, pagam tributos com base no faturamento.

A alíquota inicial pode ser de 4% para atividades de serviços e vai aumentando conforme a faixa de receita e o setor de atuação.

Por isso, mesmo que sua empresa esteja começando devagar, é importante estimar quanto será pago por mês em tributos e incluir isso no planejamento financeiro.

Outro ponto que muitos empreendedores esquecem é a renovação do certificado digital. Esse documento, essencial para assinar eletronicamente notas fiscais e cumprir obrigações junto à Receita Federal, geralmente tem validade de um ano.

O custo da renovação pode variar, mas é um valor que precisa estar previsto no orçamento anual da empresa para evitar surpresas.

Também é preciso considerar possíveis custos relacionados à emissão de nota fiscal. Em muitas cidades, o sistema é gratuito, especialmente para prestadores de serviço, mas em outras pode ser necessário contratar um sistema emissor ou pagar taxas de liberação.

Além disso, algumas atividades exigem sistemas específicos ou softwares de gestão fiscal, o que gera um investimento extra com tecnologia ou consultoria.

Por fim, não se pode esquecer das despesas operacionais do dia a dia.

Mesmo que a empresa funcione de forma enxuta, ainda haverá gastos com internet, energia, serviços digitais, publicidade, manutenção de site, e eventualmente com aluguel, se houver um espaço físico.

Tudo isso precisa ser monitorado de perto, especialmente nos primeiros meses, quando a empresa ainda está se estruturando e qualquer gasto fora do previsto pode comprometer o caixa.

Importância do planejamento financeiro

Antes de abrir sua empresa, é fundamental fazer um bom planejamento financeiro.

Isso vai te ajudar a evitar surpresas e garantir que você tenha fôlego para enfrentar os primeiros meses, que costumam ser os mais desafiadores.

O ideal é montar uma planilha com todos os custos envolvidos na abertura, incluindo taxas, honorários, capital social, equipamentos e possíveis despesas operacionais.

Depois disso, calcule também os custos fixos mensais da empresa, como contabilidade, internet, aluguel (se houver) e impostos.

Além dos custos, pense também na sua previsão de faturamento. Quanto você espera vender por mês? Qual será o seu preço médio por produto ou serviço? Isso ajuda a entender quanto tempo levará para o negócio começar a se pagar.

Com essas informações em mãos, fica mais fácil tomar decisões estratégicas. Você pode, por exemplo, segurar certos investimentos no início e focar no essencial.

Também pode definir metas mais realistas de crescimento e controlar melhor seu fluxo de caixa.

Empreender exige coragem, mas também exige preparo. Um bom planejamento financeiro pode ser a diferença entre um negócio que sobrevive e um que fecha as portas nos primeiros seis meses.

Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para sua empresa

Se você chegou até aqui, é porque realmente está levando a sério o plano de abrir sua Sociedade Limitada Unipessoal e quer fazer tudo da forma certa desde o início. E isso é ótimo.

Mas a verdade é que, mesmo com todas as informações em mãos, ter um apoio profissional faz toda a diferença nesse momento.

Contar com um contador experiente evita erros, acelera o processo e dá a segurança que todo empreendedor precisa para focar no que realmente importa: o crescimento do negócio.

Se você está em Campo Grande e procura um contador que entenda não só da legislação, mas também da realidade local, vale muito a pena buscar um atendimento próximo e especializado.

Um contador em Campo Grande conhece as exigências específicas da Junta Comercial do MS, os procedimentos da prefeitura e os detalhes que variam de acordo com a atividade e localização da sua empresa.

Isso encurta caminhos, evita burocracia desnecessária e pode até reduzir custos com taxas que, muitas vezes, passam despercebidas por quem está começando.

Além disso, um contador em Campo Grande pode acompanhar de perto o dia a dia da sua empresa, oferecendo orientações personalizadas, ajuda na escolha do melhor regime tributário e suporte na parte fiscal, trabalhista e financeira.

Com um bom contador ao seu lado, fica muito mais fácil manter a empresa organizada e dentro da legalidade, sem sustos com o Fisco ou perdas financeiras por falta de planejamento.

Se você está nessa jornada empreendedora e precisa de um contador em Campo Grande que vá além do básico, entre em contato com a Contili Contabilidade.

A gente está aqui para simplificar sua vida e ajudar sua empresa a começar do jeito certo. Vamos conversar?

Quanto custa abrir uma Sociedade Limitada Unipessoal?

Como transformar o MEI em uma Sociedade Limitada 

Como transformar o MEI em uma Sociedade Limitada

Quando o negócio começa a crescer, é comum que o empreendedor sinta a necessidade de mudar. Afinal, o MEI, apesar de ser uma porta de entrada simples e acessível para começar, tem suas limitações.

E é justamente nesse momento que surge a dúvida: será que não está na hora de virar uma empresa maior?

Neste artigo, vamos mostrar tudo o que você precisa saber para transformar o seu MEI em uma Sociedade Limitada, com passos práticos, linguagem descomplicada e orientações para você fazer essa transição com segurança e clareza.

Quando é hora de deixar de ser MEI?

A decisão de sair do MEI costuma vir com o crescimento natural do negócio.

Um dos principais sinais de que esse momento chegou é quando a empresa ultrapassa o faturamento anual permitido para o MEI, que atualmente é de R$ 81 mil por ano.

Se você já está chegando perto desse limite ou até ultrapassou, é um sinal claro de que está na hora de mudar.

Outro ponto importante é quando surge a necessidade de ter um sócio. O MEI não permite sociedade, ou seja, você não pode dividir a empresa com outra pessoa formalmente.

Isso limita parcerias e a expansão do negócio. Se você quer crescer em conjunto com alguém ou até mesmo buscar investidores, o MEI já não atende mais.

Também existem algumas atividades que não podem ser exercidas na modalidade MEI. Pode ser que seu negócio tenha começado com uma atividade permitida, mas evoluiu para outra mais complexa.

Nesses casos, migrar para uma Sociedade Limitada é o caminho mais natural para continuar atuando dentro da lei.

Além disso, muitos empreendedores percebem que, para atender empresas maiores ou fechar contratos mais robustos, é preciso uma estrutura empresarial mais “sólida”.

A Sociedade Limitada oferece justamente isso: mais segurança jurídica e credibilidade diante de clientes e fornecedores.

E tem ainda o lado do crescimento pessoal. Transformar o MEI em uma empresa maior é também um passo de amadurecimento do empreendedor.

É quando você para de enxergar seu negócio como algo provisório e começa a estruturá-lo com visão de futuro.

Diferença entre MEI e Sociedade Limitada

Entender a diferença entre MEI e Sociedade Limitada é essencial antes de tomar qualquer decisão.

O MEI foi criado justamente para facilitar a formalização de pequenos empreendedores, com menos burocracia e custos reduzidos.

Já a Sociedade Limitada, como o próprio nome diz, tem uma estrutura mais completa, pensada para empresas com sócios, faturamento maior e mais obrigações.

Uma das principais diferenças está no limite de receita. Como mencionamos, o MEI pode faturar até R$ 81 mil por ano.

Já uma Sociedade Limitada não tem esse teto. Você pode crescer o quanto quiser, desde que mantenha as obrigações fiscais e legais em dia.

Outra diferença importante está na responsabilidade jurídica. No MEI, o empreendedor responde com seu próprio CPF em várias situações.

Já na Sociedade Limitada, há uma separação mais clara entre o patrimônio da empresa e o patrimônio pessoal dos sócios. Isso oferece mais proteção em caso de dívidas ou problemas jurídicos.

Também vale destacar que o MEI só pode ter um funcionário. Para quem está crescendo e precisa contratar mais gente, essa é uma limitação importante.

A Sociedade Limitada permite a contratação de quantos funcionários forem necessários, respeitando, claro, a legislação trabalhista.

Por fim, existe a questão da imagem. Uma empresa com natureza jurídica de Sociedade Limitada costuma passar mais confiança no mercado.

Isso pode abrir portas, facilitar o acesso a crédito e tornar sua negociação com grandes empresas mais simples.

Vantagens de se tornar uma Sociedade Limitada

Fazer a mudança de MEI para LTDA traz uma série de benefícios. Um dos mais relevantes é a possibilidade de ter sócios.

Com isso, você pode dividir responsabilidades, somar conhecimentos e até buscar parceiros estratégicos para crescer de forma estruturada.

Outra vantagem é poder contratar mais funcionários. Isso é essencial para quem está expandindo, abrindo novas unidades ou aumentando a produção.

Com uma estrutura maior, o empreendedor pode montar uma equipe mais completa e profissionalizar o negócio.

A separação entre bens pessoais e bens da empresa também é uma grande conquista. Ao constituir uma Sociedade Limitada, seu patrimônio pessoal fica mais protegido contra dívidas e obrigações da empresa.

Essa segurança jurídica faz diferença no dia a dia, principalmente em setores com maior risco financeiro.

Além disso, a LTDA transmite mais seriedade para o mercado. Isso ajuda a fechar parcerias, conquistar clientes maiores e até conseguir melhores condições com fornecedores.

Uma empresa com CNPJ de Sociedade Limitada tem mais “peso” na hora de negociar.

Por fim, vale lembrar que a Sociedade Limitada oferece flexibilidade para crescer. Você pode, por exemplo, mudar o enquadramento tributário, de acordo com o porte e a estratégia do seu negócio. Essa liberdade é importante para quem pensa no longo prazo.

Pré-requisitos para migrar de MEI para LTDA

Antes de iniciar o processo de transformação, é preciso se organizar. O primeiro passo é encerrar formalmente o MEI.

Isso é feito pelo Portal do Empreendedor e é uma etapa importante, pois o CNPJ do MEI precisa ser dado baixa para que você possa registrar a nova empresa.

Em seguida, é hora de decidir o tipo de Sociedade Limitada que você vai abrir.

Ela pode ser com sócios, ou então uma Sociedade Limitada Unipessoal, que é quando o empreendedor continua sozinho, mas com uma estrutura jurídica mais robusta. Essa modalidade é muito comum para quem quer crescer sem trazer um sócio de imediato.

Outro passo fundamental é a elaboração do contrato social. Esse documento define as regras da empresa, como participação dos sócios (se houver), atividade principal, capital social e outros detalhes.

É sempre recomendável fazer esse contrato com o apoio de um contador.

Depois disso, é preciso registrar a empresa na Junta Comercial do estado onde ela vai atuar.

Esse registro é obrigatório e oficializa a criação da nova empresa. A partir dele, você consegue gerar o novo CNPJ, mesmo que continue com a mesma atividade anterior.

Também pode ser necessário fazer inscrições complementares, como a estadual e a municipal, dependendo do tipo de atividade da empresa. Isso é o que permite a emissão de notas fiscais, obtenção de alvarás e demais licenças.

Passo a passo para fazer a transformação

Como transformar o MEI em uma Sociedade Limitada

Foto: Freepik

Vamos organizar o processo em etapas práticas para você não se perder.

O primeiro passo é acessar o Portal do Empreendedor e solicitar a baixa do MEI. Isso encerra oficialmente o CNPJ antigo. Guarde o comprovante, pois ele pode ser solicitado em cadastros futuros.

Depois disso, procure um contador de confiança para montar o contrato social da nova empresa. Mesmo que você vá seguir sozinho, o contrato é obrigatório.

Se houver sócios, essa é a hora de definir quem entra com o quê, qual será a responsabilidade de cada um e como será a divisão de lucros.

Com o contrato em mãos, você deve registrá-lo na Junta Comercial do seu estado. Cada estado tem seus próprios procedimentos, mas o contador pode cuidar disso para você.

Após o registro, é emitido o número do NIRE (Número de Identificação do Registro de Empresas), que é necessário para tirar o novo CNPJ.

CNPJ criado, é hora de regularizar os cadastros municipais e estaduais, se for o caso. Isso inclui inscrição na prefeitura, autorização para emissão de nota fiscal e, em alguns casos, renovação de alvarás e licenças.

Por fim, lembre-se de atualizar seus dados com bancos, fornecedores, clientes e em todos os lugares em que o seu antigo MEI estava cadastrado.

Essa parte é fundamental para evitar problemas futuros, principalmente na hora de emitir boletos ou receber pagamentos.

Documentos necessários para o processo

A lista de documentos pode variar um pouco dependendo do estado, mas de forma geral, você vai precisar de documentos pessoais (RG e CPF), comprovante de residência dos sócios, título de eleitor ou recibo de imposto de renda, além do contrato social da nova empresa.

Se o endereço da empresa for diferente do residencial, é necessário apresentar também um comprovante de endereço comercial. No caso de imóveis alugados, pode ser exigido o contrato de locação.

Você também vai precisar preencher alguns formulários exigidos pela Junta Comercial, como o DBE (Documento Básico de Entrada) e o requerimento de empresário.

Esses documentos fazem parte do processo de registro e, geralmente, o contador cuida disso para você.

Outro documento importante são as certidões negativas, que comprovam que você não tem dívidas em aberto com órgãos públicos. Algumas Juntas Comerciais exigem essas certidões para liberar o registro.

Por fim, se você ainda não tem, será necessário obter um certificado digital.

Ele é obrigatório para enviar declarações e acessar serviços digitais da Receita Federal. É um investimento necessário para manter sua empresa funcionando corretamente.

Custo estimado da transformação

Transformar o seu MEI em uma Sociedade Limitada envolve alguns custos, mas é importante encarar isso como um investimento no crescimento do seu negócio.

O valor pode variar bastante dependendo do estado em que sua empresa está registrada e dos serviços contratados, mas dá para ter uma estimativa razoável. 

Um dos principais custos é a taxa da Junta Comercial para registrar o contrato social da nova empresa.

Esse valor costuma variar entre R$ 150 e R$ 400, dependendo do estado.

Além disso, pode haver a cobrança de taxas complementares, como o alvará de funcionamento ou inscrição municipal, especialmente se você for atuar em uma área regulamentada.

Outro ponto que pode gerar custos é a contratação de um contador. Mesmo que você consiga fazer algumas etapas sozinho, a parte de registros legais, elaboração do contrato social e definição do melhor regime tributário exige conhecimento técnico.

Os honorários de um contador para esse tipo de serviço podem variar entre R$ 600 e R$ 2.000, dependendo da complexidade da empresa e da cidade.

Também é necessário considerar o custo com o certificado digital. Ele será usado para assinar documentos e acessar sistemas da Receita Federal.

Para uma empresa do tipo LTDA, o modelo mais comum é o e-CNPJ, que pode custar de R$ 150 a R$ 300 por ano, dependendo da certificadora.

Vale lembrar que após a abertura, há os custos mensais de manutenção da empresa, como a contabilidade regular, tributos, folha de pagamento e demais obrigações.

Por isso, planejar financeiramente essa transição é essencial para começar com o pé direito e evitar surpresas.

Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você

Se você chegou até aqui, é porque está realmente pensando em dar um passo importante para o futuro do seu negócio. E a verdade é que você não precisa fazer isso sozinho.

Se você é de Campo Grande e está buscando um contador que entenda as suas necessidades, que fale a sua língua e que caminhe ao seu lado durante essa transição de MEI para Sociedade Limitada, conte com a gente.

Ter um contador em Campo Grande que realmente conhece a rotina dos empreendedores locais faz toda a diferença na hora de lidar com registros, obrigações fiscais e decisões estratégicas.

A escolha de um contador enão deve ser feita apenas com base em preço ou praticidade.

É essencial ter ao seu lado um profissional ou uma equipe que saiba orientar, prevenir erros e mostrar os caminhos mais seguros para o crescimento da sua empresa.

E isso vai além de papelada. É sobre ter alguém que realmente se importa com a saúde do seu negócio, que entende o ritmo da cidade e que está pronto para te apoiar em cada etapa dessa nova fase.

Se você está em Campo Grande e quer fazer essa mudança com confiança e clareza, fale com a Contili Contabilidade.

Nossa equipe está pronta para te ajudar com todo o processo, desde o encerramento do MEI até o funcionamento completo da sua nova empresa como Sociedade Limitada.

Entre em contato com a Contili Contabilidade e transforme seu negócio com a tranquilidade que você merece.

Como transformar o MEI em uma Sociedade Limitada

Como relatórios contábeis impactam o terceiro setor

Como relatórios contábeis impactam o terceiro setor

Falar sobre contabilidade no terceiro setor pode parecer, à primeira vista, um assunto burocrático ou até distante da realidade de muitas organizações sociais.

Afinal, quando pensamos em ONGs, associações ou fundações, o foco costuma estar nos projetos sociais, no impacto na comunidade e nas histórias inspiradoras que essas instituições constroem todos os dias.

Mas existe um ponto crucial que garante que tudo isso continue acontecendo de forma saudável: a transparência.

E quando o assunto é transparência, não tem como fugir dos números.

Mais do que uma exigência legal, manter uma gestão financeira clara e acessível é uma forma de conquistar a confiança de doadores, parceiros e da sociedade como um todo. E é justamente aí que entram os relatórios contábeis.

Mas calma. Isso não significa que você precisa se tornar um especialista em finanças ou dominar termos técnicos complicados.

O que você vai ver neste artigo é como os relatórios contábeis podem ser grandes aliados da sua instituição, ajudando não só a prestar contas, mas também a fortalecer a sua imagem e a viabilizar novos projetos.

Vamos descomplicar esse tema e mostrar, de forma prática, como a contabilidade pode ser uma ferramenta poderosa para a transparência no terceiro setor.

Continue lendo e descubra como transformar números em confiança e credibilidade para sua organização.

Por que a transparência é tão importante para ONGs, associações e fundações?

No terceiro setor, a palavra “transparência” não é só uma questão de imagem. Ela é, literalmente, o que mantém a organização viva e relevante.

Diferente de empresas que geram lucro para sócios ou acionistas, as ONGs, associações e fundações existem para beneficiar a sociedade.

Mas como o público, os doadores e até os órgãos de fiscalização podem confiar que uma ONG está realmente cumprindo esse papel? É aí que a transparência entra em cena.

Imagine uma organização que recebe doações, participa de editais públicos e mobiliza voluntários. Se ela não apresentar com clareza como esse dinheiro é usado, a confiança desaparece.

Sem confiança, os apoios diminuem. E sem apoio, a missão da organização fica comprometida. Por isso, ser transparente não é um “plus”. É uma necessidade.

Outro ponto fundamental é que o terceiro setor vive sob os olhos atentos da sociedade. Qualquer notícia de má gestão ou desvio de recursos atinge diretamente a imagem da entidade, mesmo que ela tenha boas intenções.

Portanto, mostrar claramente como os recursos são administrados é a melhor forma de proteger a reputação e manter a credibilidade.

Além da imagem, a transparência ajuda na eficiência da própria gestão. Quando a equipe e os gestores sabem exatamente como estão as finanças e os resultados, fica mais fácil tomar decisões acertadas e planejar o futuro da organização.

A transparência não é só para quem está fora, mas também para quem está dentro.

Por fim, vale lembrar que a transparência financeira não é apenas uma escolha ética. Em muitos casos, é uma obrigação legal. Existem leis e normas que exigem a prestação de contas de forma clara e detalhada.

E as entidades que não cumprem essas exigências podem sofrer sanções, perder benefícios fiscais e até ter suas atividades suspensas.

Relatórios contábeis: o que são e por que as ONGs precisam deles?

Falou em transparência, falou em relatórios contábeis. Mas antes de acharmos que isso é um “bicho de sete cabeças”, é importante entender o básico.

Relatórios contábeis nada mais são do que documentos que mostram, de forma organizada, como está a saúde financeira da organização. Eles são como um raio-X das finanças.

Entre os mais conhecidos estão o balanço patrimonial, que mostra o que a entidade possui e o que ela deve, e a demonstração de resultados, que indica se a entidade está conseguindo cobrir suas despesas com as receitas que recebe.

Existem outros tipos de relatórios, mas a lógica é sempre essa: dar uma visão clara das finanças.

No caso das ONGs e instituições do terceiro setor, esses relatórios têm um papel ainda mais importante. Eles mostram como as doações e recursos captados foram utilizados.

Isso dá segurança aos doadores, parceiros e ao público em geral de que o dinheiro está indo para o destino certo.

Além disso, os relatórios ajudam a própria organização a se planejar. Com uma visão clara das receitas e despesas, fica mais fácil prever cenários, identificar riscos e corrigir rotas.

Ou seja, relatórios contábeis não servem só para “mostrar para fora”. Eles são ferramentas de gestão para quem está dentro.

Outra razão pela qual as ONGs precisam desses relatórios é a prestação de contas para órgãos públicos e financiadores.

Muitas vezes, para receber recursos de editais ou continuar sendo reconhecida como entidade de utilidade pública, a organização precisa comprovar sua regularidade financeira por meio desses documentos.

Por fim, é importante entender que relatórios contábeis não são a mesma coisa que uma simples planilha de gastos. Eles seguem critérios técnicos e normas específicas, o que garante sua confiabilidade.

E embora o processo de elaboração possa ser mais detalhado, o resultado é uma visão muito mais completa e segura das finanças da entidade.

O que a lei exige das organizações do terceiro setor sobre contabilidade?

Como relatórios contábeis impactam o terceiro setor

Fotos: Freepik

Muita gente acredita que por serem entidades sem fins lucrativos, as ONGs não precisam se preocupar tanto com questões contábeis. Essa é uma visão equivocada.

A legislação brasileira é bem clara: organizações do terceiro setor também devem seguir regras contábeis, com registros organizados e prestação de contas regular.

Existem normas específicas que regulam a contabilidade das organizações sem fins lucrativos.

Um exemplo é a NBC ITG 2002, que trata da contabilidade para entidades do terceiro setor. Ela estabelece como as receitas e despesas devem ser registradas, mesmo que não exista lucro envolvido.

Além disso, a Lei 9.790/1999 traz regras para as OSCIPs (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público), que são um tipo de entidade do terceiro setor.

Outra exigência importante é a escrituração contábil regular. Isso significa que a ONG deve manter seus registros organizados, com documentos que comprovem todas as suas movimentações financeiras.

Esses registros não são apenas uma burocracia. Eles são a base para a elaboração dos relatórios contábeis que garantirão a transparência da instituição.

Além disso, para manter ou conquistar benefícios fiscais, muitas entidades precisam apresentar relatórios contábeis auditados, ou seja, revisados por um profissional independente.

Isso aumenta ainda mais a credibilidade da organização perante doadores e órgãos governamentais.

É importante lembrar também que a prestação de contas é uma exigência para quem recebe recursos públicos ou de grandes financiadores.

Editais, convênios e parcerias públicas normalmente exigem uma prestação de contas detalhada, baseada em documentos contábeis oficiais.

Por fim, não cumprir essas exigências pode gerar uma série de problemas. A entidade pode ser multada, perder sua qualificação como organização de utilidade pública ou até enfrentar ações judiciais.

Ou seja, manter a contabilidade em dia não é apenas uma boa prática, é uma questão de sobrevivência institucional.

Como relatórios contábeis geram confiança e fortalecem a imagem da instituição?

Em um cenário onde tantas notícias sobre desvios e má gestão circulam, a confiança se tornou um ativo valioso. E para uma ONG, confiança significa mais do que uma boa imagem.

Significa conseguir apoio, captar recursos e manter parcerias de longo prazo. É aqui que os relatórios contábeis cumprem um papel essencial.

Quando uma organização do terceiro setor apresenta relatórios financeiros bem feitos, ela transmite uma mensagem clara: “somos sérios, cuidamos bem dos recursos que recebemos e temos responsabilidade com nossa missão”.

Essa transparência cria um ciclo virtuoso de confiança, onde doadores se sentem mais seguros para apoiar, parceiros têm mais disposição para colaborar e a própria equipe interna trabalha com mais motivação.

Os relatórios também são uma forma de dar visibilidade ao impacto da instituição.

Ao mostrar como os recursos foram aplicados e quais resultados foram alcançados, a ONG consegue demonstrar, com dados, o valor do seu trabalho.

Isso é muito mais efetivo do que apenas dizer “fazemos um trabalho importante”.

Outro ponto relevante é que os relatórios evitam ruídos e desconfianças. Quando as informações são claras e acessíveis, as chances de surgirem boatos ou questionamentos maldosos diminuem.

A transparência cria uma “blindagem” contra acusações infundadas e reforça a reputação da entidade.

Vale destacar que essa confiança não se constrói do dia para a noite. Ela é resultado de um trabalho contínuo, onde a publicação de relatórios contábeis de qualidade tem um papel fundamental.

E no longo prazo, essa prática se traduz em mais recursos, mais oportunidades e uma posição de destaque no ecossistema do terceiro setor.

Por fim, a transparência financeira também fortalece o relacionamento com órgãos públicos e financiadores institucionais.

Para essas entidades, ter acesso a relatórios contábeis bem estruturados é uma condição para manter ou ampliar o apoio.

Ou seja, os relatórios não são apenas documentos burocráticos, mas sim ferramentas estratégicas de relacionamento.

Como elaborar e divulgar relatórios contábeis de forma simples e eficaz?

Sabemos que muitas ONGs não contam com equipes grandes ou especializadas em contabilidade. Mas isso não é desculpa para deixar de lado a transparência financeira.

Com organização e apoio de profissionais qualificados, é possível elaborar relatórios contábeis de forma acessível e eficiente.

O primeiro passo é garantir que todos os registros financeiros estejam atualizados e organizados.

Desde pequenos recibos até grandes contratos, tudo deve ser registrado. Essa base de dados é o que permitirá a elaboração de relatórios claros e confiáveis.

Outro ponto importante é a clareza na apresentação das informações. Não adianta fazer um relatório cheio de termos técnicos se o público não entender.

O ideal é que o documento traga uma explicação simples sobre a origem dos recursos, como eles foram utilizados e quais resultados foram alcançados com esse investimento.

A contratação de um contador especializado no terceiro setor é um investimento que vale a pena. Esse profissional conhece as particularidades da área e pode ajudar a transformar dados técnicos em informações acessíveis.

Além disso, ele garante que a entidade cumpra todas as normas e exigências legais.

Na hora de divulgar os relatórios, o ideal é utilizar canais de fácil acesso, como o site da organização, newsletters para os doadores e redes sociais.

Algumas entidades também realizam assembleias abertas ou publicam seus relatórios em portais de transparência, o que reforça ainda mais seu compromisso com a ética e a boa gestão.

Por fim, uma boa prática é manter uma rotina de prestação de contas periódica, mesmo quando a lei não exige. Isso demonstra proatividade e fortalece a cultura da transparência dentro da organização.

Mais do que cumprir obrigações, é uma forma de mostrar respeito a todos que confiam no trabalho da entidade.

Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você

Se você chegou até aqui, já percebeu que lidar com relatórios contábeis e garantir a transparência financeira da sua ONG ou associação não é uma tarefa simples, mas também não precisa ser um desafio solitário.

Se você está em Campo Grande e sente que precisa de apoio para organizar as finanças da sua instituição, contar com um contador experiente pode ser exatamente o que falta para transformar a sua gestão financeira em uma aliada estratégica.

Um contador que realmente entenda a realidade do terceiro setor em Campo Grande não vai apenas cuidar de burocracias.

Ele vai te ajudar a enxergar com clareza para onde está indo cada recurso, a prestar contas de forma profissional e a fortalecer a imagem da sua organização diante de doadores e parceiros.

Mais do que cumprir uma obrigação, você terá informações confiáveis para tomar decisões e planejar novos projetos com segurança.

Além disso, ter um contador parceiro em Campo Grande significa ter alguém por perto, acessível, que fala a sua língua e compreende as demandas específicas da sua região.

Isso faz toda a diferença quando surgem dúvidas, prazos apertados ou novas oportunidades que exigem organização financeira impecável.

A Contili Contabilidade está pronta para ser essa parceira da sua instituição.

Com uma equipe especializada e um atendimento próximo, ajudamos você a transformar a contabilidade em uma ferramenta de transparência, credibilidade e crescimento.

Entre em contato conosco e descubra como nossos serviços podem facilitar o dia a dia da sua organização e fortalecer ainda mais o seu impacto social.

Como relatórios contábeis impactam o terceiro setor

Qual o CNAE correto para marketing digital? Descubra

Qual o CNAE correto para marketing digital? Descubra

Se você trabalha com marketing digital ou está pensando em começar, é provável que já tenha se deparado com uma dúvida comum: qual CNAE escolher para formalizar essa atividade?

Embora pareça só mais uma etapa burocrática, a escolha do CNAE impacta diretamente nos impostos, na forma de emissão de notas fiscais e até na possibilidade de atuar como MEI.

O marketing digital é uma área ampla, que envolve serviços como gestão de redes sociais, tráfego pago, copywriting, produção de conteúdo, consultoria e muito mais.

E o detalhe é que nem todas essas atividades são tratadas da mesma forma pelas regras fiscais. Por isso, é fundamental entender como cada uma delas se encaixa legalmente.

Neste artigo, você vai descobrir quais são os CNAEs mais indicados para quem trabalha na área, se é possível ser MEI nessa área e como tomar essa decisão de forma segura e estratégica para o seu negócio.

Por que escolher o CNAE correto é essencial?

Quando uma pessoa decide abrir um negócio ou formalizar sua atividade, um dos primeiros passos é escolher o CNAE.

Essa sigla significa Classificação Nacional de Atividades Econômicas, e ela basicamente define o que sua empresa faz.

Parece simples, mas escolher o código errado pode gerar problemas lá na frente, principalmente na hora de pagar impostos ou emitir notas fiscais.

No caso de quem trabalha com esse nicho, isso é ainda mais importante. Essa área cresceu muito nos últimos anos e envolve várias atividades diferentes, como gestão de redes sociais, tráfego pago, SEO, entre outras.

Cada uma dessas funções pode ter exigências fiscais diferentes, dependendo de como são classificadas.

Se o CNAE for escolhido de forma errada, o empreendedor corre o risco de pagar mais impostos do que o necessário ou até mesmo atuar de forma irregular.

Por exemplo, algumas atividades podem ser incluídas no Simples Nacional, que costuma ter uma carga tributária mais leve. Outras não são permitidas para quem quer ser MEI, e isso pode gerar desenquadramento ou multas.

Outro ponto importante é que o CNAE interfere nas obrigações que a empresa vai precisar cumprir.

Isso vai desde a entrega de declarações até a forma como emite notas fiscais. E, claro, tudo isso impacta o planejamento financeiro e a organização do negócio.

Por isso, escolher o CNAE certo não é apenas uma questão burocrática. É uma decisão estratégica, que pode influenciar diretamente na saúde financeira da empresa.

Se você trabalha com marketing digital ou pretende entrar nesse mercado, entender esse assunto é essencial para começar com o pé direito.

O objetivo deste artigo é justamente te ajudar a entender qual o melhor caminho e como fazer a escolha correta de CNAE para atuar de forma segura e eficiente.

O que é CNAE e como funciona?

CNAE é uma sigla para “Classificação Nacional de Atividades Econômicas”. Ele serve para identificar qual é a atividade principal e, se for o caso, as atividades secundárias de uma empresa.

É como se fosse um “rótulo” que mostra o que o seu negócio faz.

Esse código é usado por diversos órgãos do governo para fins fiscais, tributários e estatísticos.

Ele aparece no CNPJ da empresa e influencia em diversos pontos, como o regime de tributação, a alíquota de impostos e até a possibilidade de ser MEI. Então, sim, ele tem um peso bem importante na estrutura da empresa.

Cada atividade econômica tem um número específico. Por exemplo, uma empresa que atua como agência de publicidade tem um CNAE diferente de uma que desenvolve software ou faz consultoria.

E no marketing digital, isso pode variar bastante, porque essa área é muito ampla e inclui profissionais com atuações bem distintas.

É possível escolher um CNAE principal e outros secundários. Isso é útil quando a empresa realiza mais de uma atividade.

Um exemplo: um profissional que faz gestão de redes sociais, mas também vende cursos online sobre tráfego pago, pode incluir esses dois tipos de serviço no CNPJ. Isso garante mais flexibilidade e ajuda a manter tudo dentro da legalidade.

O ideal é escolher o CNAE que mais se aproxima da atividade principal, ou seja, aquela que representa a maior parte do seu faturamento.

Os secundários servem para complementar e evitar restrições em serviços que você também oferece.

Por fim, embora pareça apenas um código burocrático, o CNAE tem impacto direto nos custos e na formalização do negócio. Por isso, é fundamental acertar nessa escolha desde o começo.

O que é considerado marketing digital para fins fiscais?

Qual o CNAE correto para marketing digital? Descubra

Fotos: Freepik

Quando falamos em marketing digital no dia a dia, estamos nos referindo a um universo bem amplo. Mas do ponto de vista fiscal, é importante saber exatamente o que está sendo feito, porque nem tudo é classificado da mesma forma.

As atividades são diversas e, muitas vezes, precisam de CNAEs diferentes.

Por exemplo, uma pessoa que faz gestão de redes sociais (social media) tem um tipo de atividade. Já alguém que cuida de tráfego pago ou campanhas patrocinadas atua de outra maneira.

Existe ainda quem trabalhe com copywriting, criação de conteúdo, funis de vendas, SEO, design, entre outros.

Cada uma dessas atuações pode ter exigências diferentes. E por mais que todas façam parte do nicho, elas não são exatamente iguais do ponto de vista tributário.

Por isso, o governo precisa saber o que exatamente você faz para aplicar as regras corretas.

Uma atividade que exige atenção especial é a de social media. Apesar de ser muito comum hoje, ela não é permitida para quem quer se registrar como MEI, por exemplo.

Isso significa que, mesmo sendo uma atuação legítima e profissional, ela precisa de um enquadramento diferente, com outro tipo de empresa.

Já profissionais que criam anúncios, otimizam campanhas ou fazem planejamento podem usar códigos mais amplos, como agências de publicidade ou marketing direto.

Essas opções são mais flexíveis, mas também têm suas exigências.

Entender essas diferenças é importante para formalizar corretamente e não correr riscos desnecessários. Mesmo que você atue sozinho e online, ainda assim precisa seguir as regras fiscais aplicáveis ao seu tipo de serviço.

Qual o CNAE ideal?

Essa é uma das dúvidas mais comuns entre quem quer formalizar o trabalho. E a resposta não é única, porque vai depender do tipo de serviço que você oferece.

O marketing digital é uma área ampla, então é importante entender qual CNAE se encaixa melhor no que você realmente faz.

Um dos CNAEs mais usados é o 7319-0/02 – Agenciamento de espaços para publicidade, exceto em veículos de comunicação.

Ele costuma ser utilizado por profissionais que gerenciam campanhas, compram mídia, fazem tráfego pago e atuam como intermediários em estratégias de publicidade.

Outro CNAE comum é o 7311-4/00 – Agências de publicidade, que cobre uma variedade de serviços, como criação de campanhas, desenvolvimento de peças publicitárias e estratégias de marca.

Ele pode ser uma boa opção para quem atua de forma mais completa e atende empresas em várias frentes.

Se você presta serviços de marketing direto, como envio de emails ou campanhas personalizadas, pode considerar o 7319-0/03 – Marketing direto.

Já para quem atua com consultoria estratégica, o 7020-4/00 – Atividades de consultoria em gestão empresarial pode ser uma alternativa.

Alguns profissionais de marketing digital também atuam com desenvolvimento de produtos digitais, como cursos online e plataformas.

Nesse caso, o 6201-5/01 – Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda pode fazer sentido, especialmente se o foco for mais técnico.

Vale lembrar que em muitos casos é possível usar um CNAE principal e incluir outros como secundários.

Assim, você garante mais liberdade para oferecer diferentes tipos de serviço, sem ficar engessado por um único código.

Pode ser MEI trabalhando com marketing digital?

Essa é uma pergunta muito comum entre quem está começando. A ideia de se formalizar como MEI parece atraente, porque é mais simples, tem menos burocracia e custos mais baixos.

Mas quando se trata de marketing digital, é preciso atenção redobrada.

Infelizmente, nem todas as atividades do nicho são permitidas no MEI. Por exemplo, quem atua como social media ou gestor de tráfego não encontra essas atividades listadas na tabela oficial de atividades permitidas para o MEI.

Isso significa que você não pode abrir um MEI para exercer essas funções.

O MEI tem uma lista restrita de atividades e não permite CNAEs relacionados à publicidade ou consultoria, que são justamente os mais usados por quem trabalha nesse setor.

Isso impede muita gente de se formalizar dessa forma, mesmo que atue sozinho e tenha um faturamento mais baixo.

Então, se você pretende trabalhar com isso, talvez precise optar por outro tipo de empresa, como uma Microempresa (ME).

Essa modalidade oferece mais flexibilidade, permite escolher CNAEs adequados e ainda pode se enquadrar no Simples Nacional, com impostos acessíveis.

Por outro lado, se sua atuação for bem específica, como criação de sites ou manutenção de páginas, aí sim existem alguns CNAEs permitidos no MEI que podem se encaixar.

Mas é sempre importante conferir a lista atualizada antes de tomar qualquer decisão.

Se você estiver em dúvida, o ideal é conversar com um contador. Ele vai ajudar a analisar sua atividade e indicar o caminho certo para formalizar da forma mais econômica e segura possível.

Como escolher o CNAE correto para o seu tipo de serviço?

Qual o CNAE correto para marketing digital? DescubraFoto: Freepik

A escolha do CNAE não deve ser feita no impulso ou copiando o que outra pessoa está usando.

O ideal é analisar com calma qual é a sua principal atividade, ou seja, aquilo que você faz com mais frequência e que gera maior parte do seu faturamento. Esse será seu CNAE principal.

Depois, vale pensar em atividades complementares. Por exemplo, se você é um gestor de tráfego, mas também faz consultoria para negócios, talvez seja interessante incluir um CNAE secundário relacionado à consultoria.

Isso amplia sua cobertura legal e evita dores de cabeça se precisar emitir uma nota fiscal para outro tipo de serviço.

Um erro comum é escolher um CNAE que “parece genérico”, achando que ele vai cobrir qualquer atividade. Mas isso pode ser perigoso.

Se o código não estiver relacionado ao que você realmente faz, pode haver problemas com a Receita Federal ou com clientes que exigem nota fiscal detalhada.

Outro ponto importante é entender como o CNAE afeta a tributação. Algumas atividades têm uma carga tributária maior ou não se enquadram no Simples Nacional. Outras têm obrigações acessórias diferentes. Tudo isso influencia na escolha.

Se você está começando agora, ou se já atua na área mas quer formalizar da forma certa, vale a pena fazer esse processo com apoio profissional.

Um contador com experiência no setor digital pode te orientar na escolha do melhor CNAE e evitar que você perca dinheiro ou enfrente complicações legais.

Lembre-se: cada negócio é único. Escolher o CNAE certo não é só uma formalidade, mas um passo importante para a organização e o crescimento da sua empresa.

Quais as implicações fiscais de cada CNAE?

Cada CNAE tem suas próprias características fiscais. Isso significa que, dependendo do código que você escolher, os impostos que vai pagar podem ser diferentes, assim como as obrigações que precisa cumprir.

E quando se trata de marketing digital, isso pode fazer uma boa diferença no bolso.

Por exemplo, um CNAE que permite o enquadramento no Simples Nacional pode oferecer uma carga tributária mais leve e simplificada.

Isso facilita a vida de quem está começando ou ainda tem um faturamento mais modesto. Mas nem todos os CNAEs do marketing digital são aceitos nesse regime, então é preciso atenção.

Outro ponto importante é que algumas atividades estão sujeitas à retenção de impostos, como ISS ou IRRF, dependendo do cliente para quem você presta serviço.

Isso acontece muito quando você atende empresas maiores ou órgãos públicos, e o tipo de CNAE pode influenciar nesses descontos.

Além disso, CNAEs voltados para consultoria ou publicidade, por exemplo, costumam ter alíquotas mais altas do que atividades mais técnicas, como desenvolvimento de software.

Então, entender como sua atividade é vista pela Receita é essencial para planejar seus custos com mais precisão.

Também é importante lembrar das obrigações acessórias. Isso inclui declarações mensais, anuais e outros relatórios que sua empresa pode precisar entregar.

Dependendo do CNAE, essas obrigações mudam, e descumpri-las pode gerar multas ou até bloqueio do CNPJ.

Por isso, não dá para escolher um CNAE apenas com base na descrição. É essencial analisar também as consequências fiscais, e isso deve ser feito com cuidado e, de preferência, com orientação especializada.

Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você

Se você chegou até aqui, é porque está levando a sério a ideia de formalizar sua atuação no marketing digital da forma correta — e isso é um ótimo sinal.

Como vimos ao longo do artigo, escolher o CNAE certo faz toda a diferença para evitar problemas fiscais, pagar apenas o necessário em tributos e ter tranquilidade para focar no crescimento do seu negócio.

Mas entender todas essas regras e exigências sozinho nem sempre é simples. É justamente aí que contar com o apoio de um contador experiente pode fazer toda a diferença.

Se você é de Campo Grande e está procurando um contador que entenda as particularidades do marketing digital, saiba que não está sozinho.

Ter um contador  que conhece a realidade do seu mercado e que possa te orientar desde a abertura do CNPJ até a gestão fiscal no dia a dia é um passo fundamental para manter seu negócio em ordem.

Mais do que simplesmente emitir guias ou entregar declarações, um bom contador em Campo Grande vai te ajudar a tomar decisões estratégicas, evitar erros comuns e aproveitar melhor os benefícios do seu regime tributário.

A Contili Contabilidade está pronta para te ajudar nessa jornada. Somos especialistas em atender empreendedores digitais e oferecemos um suporte completo, com linguagem clara, atendimento humano e soluções pensadas para facilitar sua rotina.

Se você quer formalizar sua atuação com segurança e agilidade, entre em contato com a gente e saiba como podemos ajudar.

Qual o CNAE correto para marketing digital? Descubra

Como captar mais recursos com apoio da contabilidade

Como captar mais recursos com apoio da contabilidade

Captar recursos sempre foi uma das maiores dores de cabeça para quem atua no terceiro setor.

Manter projetos sociais, desenvolver novas iniciativas e garantir a continuidade do trabalho depende diretamente da entrada constante de dinheiro, seja por doações, parcerias ou editais.

Mas o que muita gente não percebe de imediato é o quanto a contabilidade pode ser uma aliada estratégica nesse processo.

Mais do que cuidar de burocracias ou fazer a parte fiscal, a contabilidade ajuda a construir confiança, organizar processos e abrir portas para novas oportunidades de captação.

Neste artigo, vamos mostrar como a contabilidade pode ser um fator decisivo para quem busca recursos no terceiro setor.

O papel estratégico da contabilidade na captação de recursos

Quando pensamos em captar recursos, normalmente vem à mente ideias como fazer campanhas, buscar patrocínios ou participar de editais.

Mas por trás de todas essas ações, existe uma base que precisa estar muito bem estruturada: a gestão financeira. E é exatamente aí que a contabilidade entra como peça-chave.

Uma organização com a contabilidade em dia sabe exatamente quanto dinheiro tem em caixa, quais são seus custos fixos, de onde vêm seus recursos e para onde eles estão sendo direcionados.

Essa clareza é fundamental não só para a saúde financeira da instituição, mas também para transmitir segurança a quem está pensando em investir ou doar.

Doadores, patrocinadores e órgãos públicos querem ter a certeza de que seus recursos serão bem aplicados.

Isso não se comprova apenas com palavras ou boas intenções, mas com números organizados, relatórios claros e uma gestão transparente.

A contabilidade fornece exatamente isso: dados concretos que mostram a seriedade do trabalho.

Além disso, uma boa contabilidade permite identificar gargalos financeiros, prever dificuldades e planejar ações para garantir a sustentabilidade dos projetos.

Ou seja, ela ajuda a organização a ser proativa, e não apenas reativa, quando o assunto é dinheiro.

Por fim, é importante entender que captar recursos não é só conseguir dinheiro uma vez. É criar uma relação de confiança contínua. E a contabilidade, quando bem feita, ajuda a construir essa relação a longo prazo.

Transparência financeira: o que os doadores realmente querem ver

Em um cenário onde a desconfiança é um obstáculo, a transparência financeira deixou de ser uma opção e se tornou uma exigência.

Doadores e patrocinadores querem ter a certeza de que o dinheiro investido está sendo usado de forma correta e eficiente. E a contabilidade é o caminho mais direto para garantir essa transparência.

Relatórios financeiros claros e acessíveis, balanços atualizados e prestações de contas organizadas são ferramentas poderosas para conquistar e manter a confiança dos apoiadores.

Quando uma organização consegue apresentar essas informações de forma simples e objetiva, ela se destaca em meio a tantas outras que ainda tratam a parte financeira de forma desorganizada.

Outro ponto importante é que a transparência não se resume a mostrar números. É preciso contextualizar esses dados, explicar como os recursos foram aplicados e quais resultados foram alcançados com eles.

Aqui, a contabilidade ajuda a traduzir os dados financeiros em informações que fazem sentido para quem está fora da gestão da instituição.

Além disso, ser transparente não significa expor fragilidades, mas sim mostrar maturidade.

Doadores preferem apoiar uma organização que reconhece seus desafios e busca melhorias constantes, do que uma que esconde suas dificuldades por medo de parecer fraca.

Em resumo, a contabilidade bem aplicada transforma a transparência em uma vantagem competitiva, aumentando as chances de sucesso na captação de recursos.

Como a contabilidade facilita a participação em editais e convênios

Quem já tentou participar de um edital sabe que a parte documental pode ser um verdadeiro desafio.

Muitos editais exigem uma lista extensa de documentos, incluindo relatórios contábeis, balanços, demonstrações financeiras e certidões.

Sem uma contabilidade organizada, reunir tudo isso em tempo hábil se torna uma missão quase impossível.

A contabilidade atua como um suporte fundamental nesse processo. Mantendo as informações financeiras sempre atualizadas e organizadas, a instituição ganha agilidade e evita a correria de última hora.

Mais do que isso, garante a conformidade com as exigências legais e técnicas que muitos editais impõem.

Outro ponto que merece atenção é que a qualidade das informações apresentadas pode ser um fator decisivo na seleção de projetos.

Uma organização que demonstra controle e organização financeira transmite mais segurança aos avaliadores, aumentando suas chances de aprovação.

Além dos editais, muitos convênios com órgãos públicos e grandes empresas também exigem comprovações financeiras detalhadas.

Ter uma contabilidade estruturada não só facilita a celebração desses convênios, como também simplifica a prestação de contas posterior.

Portanto, ao investir em uma contabilidade bem feita, a organização não está apenas “cumprindo uma obrigação”.

Está se preparando para aproveitar oportunidades e competir em igualdade com outras instituições mais estruturadas.

Planejamento financeiro: a base para captar e crescer com segurança

Como captar mais recursos com apoio da contabilidade

Captar recursos é importante, mas tão importante quanto captar é saber como administrar esses recursos para garantir a continuidade e o crescimento da organização.

Sem um bom planejamento financeiro, o risco de perder o controle aumenta, e isso pode comprometer projetos inteiros.

A contabilidade é uma ferramenta essencial para esse planejamento. Ela permite fazer projeções realistas, entender quais são os períodos do ano em que a instituição tem mais despesas, quais projetos demandam mais recursos e onde é possível otimizar custos.

Com essas informações em mãos, a organização consegue montar um plano de ação para diversificar suas fontes de receita, reduzindo a dependência de um único doador ou edital. 

Outro benefício do planejamento financeiro é a capacidade de lidar com imprevistos.

Ter uma visão clara das finanças permite criar uma reserva estratégica e reagir de forma mais rápida a mudanças no cenário econômico ou nas fontes de captação.

Além disso, o planejamento financeiro embasado pela contabilidade profissionaliza a gestão da instituição, aumentando sua credibilidade junto a doadores e parceiros.

E em um ambiente competitivo, ser visto como uma organização bem gerida pode ser o diferencial que define se um projeto será apoiado ou não.

Mais do que números: contabilidade como aliada estratégica do terceiro setor

Muitas vezes, a contabilidade é vista apenas como uma obrigação legal, algo que precisa ser feito para evitar problemas fiscais. Mas, no terceiro setor, essa visão limitada pode ser um erro.

Quando bem utilizada, a contabilidade se torna uma aliada estratégica para a captação de recursos e para o crescimento da organização.

Ela oferece uma visão completa da saúde financeira da instituição, permitindo tomar decisões mais assertivas.

Ajuda a construir uma imagem de transparência e profissionalismo, essencial para conquistar a confiança de doadores, parceiros e da própria comunidade atendida.

Outro ponto fundamental é que a contabilidade permite medir o impacto financeiro dos projetos, auxiliando na elaboração de relatórios de impacto social mais completos e embasados.

Isso, por sua vez, facilita a comunicação com financiadores e potenciais investidores sociais.

Além disso, uma contabilidade eficiente contribui para evitar riscos e garantir a conformidade com legislações específicas do terceiro setor, que muitas vezes possuem particularidades em relação às normas do setor privado.

Em resumo, a contabilidade deve ser encarada como um investimento, e não como um custo.

Ela é uma ferramenta poderosa para estruturar a organização, captar mais recursos e garantir que esses recursos sejam utilizados da melhor forma possível.

Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você

Se você chegou até aqui, já entendeu que a contabilidade pode ser o diferencial que faltava para sua organização captar mais recursos, ganhar credibilidade e crescer com segurança.

Mas saber da importância é só o primeiro passo. O mais importante agora é ter ao seu lado um contador que entenda as particularidades do terceiro setor e ajude a sua instituição a se destacar no mercado.

Contar com um contador em Campo Grande que conheça as demandas específicas da sua região e saiba como orientar sua instituição faz toda a diferença.

Além de ajudar a organizar a parte fiscal, esse profissional será um parceiro estratégico para te apoiar na participação de editais, prestação de contas e no planejamento financeiro de longo prazo.

Não importa se sua organização é pequena ou já tem uma estrutura maior, ter um contador que fala a sua língua e entende a realidade do terceiro setor é essencial para facilitar seu dia a dia.

É exatamente por isso que a Contili Contabilidade está pronta para ser sua parceira.

Com uma equipe especializada, oferecemos soluções completas para ajudar organizações do terceiro setor a crescerem com segurança e profissionalismo.

Se você busca um serviço de contabilidade que vai além do básico e quer contar com quem realmente entende suas necessidades, entre em contato com a gente agora mesmo. 

Como captar mais recursos com apoio da contabilidade

Quem tem MEI pode trabalhar com carteira assinada?

Quem tem MEI pode trabalhar com carteira assinada?

Começar a empreender é uma decisão corajosa. Muitas vezes, quem abre um MEI está dando os primeiros passos para tirar um projeto do papel, formalizar uma atividade que já realiza ou até construir uma nova carreira.

Mas e quando esse movimento acontece enquanto a pessoa ainda está trabalhando com carteira assinada? Será que dá para conciliar as duas coisas?

Essa é uma dúvida muito comum entre profissionais que estão começando a empreender, mas ainda mantêm um emprego formal.

Afinal, não é todo mundo que pode largar o trabalho de imediato para focar 100% no próprio negócio.

E aí surgem as perguntas: posso ter MEI e CLT ao mesmo tempo? Isso é permitido por lei? Quais são os cuidados que preciso ter?

A boa notícia é que sim, é possível empreender como MEI e manter um trabalho registrado. Mas para fazer isso do jeito certo, é fundamental entender algumas regras, limites e implicações que esse caminho pode trazer.

Neste artigo, você vai encontrar respostas claras e diretas sobre como funciona essa relação entre ser MEI e trabalhar com carteira assinada. Vamos falar sobre o que é permitido, o que não é, e como evitar dores de cabeça no futuro.

Se você está construindo seu negócio e quer fazer isso com segurança, mantendo o que já conquistou no emprego formal, esse conteúdo foi feito pra você.

O que é o MEI?

Antes de tudo, é importante entender o que significa ser MEI. O Microempreendedor Individual é uma categoria criada para formalizar pequenos negócios.

A ideia surgiu para facilitar a vida de quem trabalha por conta própria e quer ter um CNPJ para emitir notas fiscais, contribuir para a aposentadoria e ter acesso a alguns benefícios da Previdência Social.

Para se tornar MEI, a pessoa precisa se encaixar em alguns critérios. Um dos principais é o limite de faturamento anual, que atualmente é de até 81 mil reais.

Além disso, o empreendedor não pode ser sócio de outra empresa e deve atuar em uma das atividades permitidas pelo governo para essa categoria.

Um dos grandes atrativos é a carga tributária reduzida. O pagamento mensal de um valor fixo que inclui impostos e contribuição para o INSS ajuda a manter a empresa regularizada de forma simples.

Esse valor é atualizado anualmente e varia de acordo com o tipo de atividade exercida.

A categoria também permite a contratação de um funcionário, o que já é uma grande vantagem para quem está começando a crescer. Mas, mesmo com todas essas facilidades, é preciso atenção.

Muitas pessoas acabam se registrando como microempreendedor individual sem entender todos os detalhes legais envolvidos, principalmente quando já possuem ou desejam manter um vínculo formal de trabalho.

Agora que você já sabe o que é ser MEI e quais são as principais características desse modelo, podemos avançar para a pergunta central deste artigo: afinal, quem tem MEI pode ou não trabalhar com carteira assinada?

MEI pode trabalhar com carteira assinada?

Sim, pode, sim, trabalhar com carteira assinada. A legislação brasileira permite que uma pessoa seja microempreendedora individual e, ao mesmo tempo, mantenha um emprego formal com registro em carteira.

Em outras palavras, você pode ter um CNPJ ativo como MEI e continuar recebendo seu salário como funcionário de uma empresa.

No entanto, essa permissão não é totalmente livre de cuidados. Existem algumas situações que precisam de atenção para evitar problemas legais ou até mesmo prejuízos no futuro.

Um dos pontos mais delicados é quando o MEI presta serviços para o mesmo empregador com quem tem vínculo CLT. Isso pode ser interpretado como tentativa de mascarar a relação trabalhista através do CNPJ.

Por isso, se você tem um emprego registrado e também é microempreendedor individual, é fundamental que suas atividades como microempreendedor sejam voltadas a outros clientes, não à empresa em que você trabalha.

Dessa forma, você evita qualquer suspeita de fraude trabalhista ou problemas com a Receita Federal.

Outro ponto importante é a compatibilidade das atividades. Isso significa que o tipo de serviço que você presta não pode ferir nenhuma cláusula do seu contrato de trabalho CLT.

Algumas empresas têm políticas de exclusividade ou conflito de interesses, e é preciso respeitar essas regras para não correr o risco de uma demissão por justa causa.

Portanto, a resposta é sim, mas com responsabilidade. O ideal é manter uma separação clara entre a atividade como MEI e a função exercida no trabalho com carteira assinada.

E se você tiver dúvidas mais específicas, consultar um contador pode ser uma boa ideia.

Principais restrições e cuidados

Mesmo sendo legalmente permitido, existem restrições importantes que você precisa conhecer se quer manter o MEI e trabalhar com carteira assinada ao mesmo tempo.

Uma delas é exatamente o vínculo com o empregador. Como já mencionamos, se a sua empresa tenta usar o seu CNPJ como forma de evitar encargos trabalhistas, isso pode ser considerado uma fraude.

Esse tipo de prática acontece, por exemplo, quando a empresa demite o funcionário e o recontrata como prestador de serviço, mas com as mesmas atividades, horários e obrigações.

Isso caracteriza vínculo empregatício disfarçado, e o trabalhador pode até acionar a Justiça para ter seus direitos reconhecidos. Para o empregador, essa prática também pode gerar multas e processos.

Outro ponto importante é avaliar se há conflito entre a atividade que você realizae aquela prevista no seu contrato CLT.

Por exemplo, imagine que você trabalha como designer gráfico em uma empresa e também é MEI na mesma área. Se não houver cláusulas contratuais que impeçam, pode não haver problema.

Mas se a empresa exigir exclusividade ou tiver políticas contra atividades paralelas, isso pode se tornar um problema.

Além disso, é importante lembrar que o tempo é um recurso limitado. Muitos trabalhadores acabam se sobrecarregando ao tentar dar conta do emprego formal e, ao mesmo tempo, manter o negócio próprio funcionando.

Isso pode gerar estresse e queda de desempenho em ambos os lados. Por isso, é essencial ter um bom planejamento e estabelecer limites saudáveis.

Por fim, mantenha sempre os dados do MEI atualizados e regularizados. Isso inclui o pagamento mensal do DAS, a entrega da declaração anual e o cuidado com a emissão de notas fiscais.

Mesmo que o CNPJ esteja ativo “em segundo plano”, ele precisa estar em dia com as obrigações legais.

MEI e o INSS: como ficam os benefícios trabalhistas?

Quem tem MEI pode trabalhar com carteira assinada?

Fotos: Freepik

Uma das preocupações mais comuns de quem pensa em manter um MEI e um emprego com carteira assinada é em relação ao INSS e aos benefícios da Previdência.

Afinal, se a pessoa já contribui como CLT, precisa continuar pagando o DAS? A resposta é sim.

Quando você trabalha de carteira assinada, a empresa é responsável por recolher a contribuição do INSS em seu nome.

Já como MEI, a contribuição é feita de forma simplificada dentro do valor mensal do DAS. Ou seja, mesmo que você esteja pagando para o INSS duas vezes, os pagamentos se somam, aumentando o seu tempo de contribuição.

Essa duplicidade pode ser, inclusive, uma vantagem. Quem contribui por mais de uma fonte pode aumentar o valor da aposentadoria, desde que as contribuições estejam dentro de faixas diferentes.

Mas esse é um assunto que pode variar de caso para caso, então vale uma conversa com um contador para entender o impacto exato no seu histórico previdenciário.

Outro ponto importante é que os benefícios como auxílio-doença, salário-maternidade e aposentadoria por invalidez também são garantidos ao MEI, desde que as contribuições estejam em dia.

Mas atenção: se você deixar de pagar o DAS por alguns meses, pode perder o acesso a esses direitos temporariamente.

Se você for demitido do trabalho com carteira assinada, continuará contribuindo como microempreendedor individual. Isso significa que ainda estará coberto pelos benefícios previdenciários.

Por outro lado, se decidir dar baixa, também não terá mais essa cobertura, a não ser que faça contribuições como segurado individual ou facultativo.

Portanto, manter o MEI ativo e regular é uma forma de garantir proteção previdenciária mesmo em momentos de transição profissional.

O que acontece se o MEI for demitido? Perde o CNPJ?

Uma das dúvidas que aparecem logo após uma demissão é: e agora, o que acontece com meu CNPJ? A resposta é simples. Nada muda.

O seu CNPJ continua ativo normalmente, mesmo que você perca o seu emprego com carteira assinada.

Isso porque o MEI é uma pessoa jurídica separada da sua condição de empregado. Você pode ser demitido, mudar de emprego, sair do país ou mudar de área de atuação, e seu CNPJ seguirá ativo até que você solicite o cancelamento.

Aliás, em muitos casos, a demissão pode ser a oportunidade perfeita para focar no seu negócio.

Muita gente aproveita esse momento para investir no sonho de empreender e transformar o MEI em sua principal fonte de renda.

Por outro lado, se o cadastro estiver ativo, você continua responsável pelas obrigações mensais e anuais, como o pagamento do DAS e a entrega da declaração anual.

Mesmo que você esteja temporariamente sem trabalhar como MEI, o sistema considera que a empresa está funcionando.

Caso você não queira mais manter o CNPJ, é possível solicitar o encerramento no portal do Empreendedor.

O processo é simples, mas é preciso fazer a baixa de forma correta para evitar problemas no futuro, como pendências com a Receita Federal.

Então, ser demitido não interfere em nada no seu status como MEI. A decisão de manter ou não o CNPJ ativo cabe exclusivamente a você.

MEI tem direito a seguro-desemprego?

Essa é uma dúvida bem comum, e a resposta depende de alguns fatores. De forma geral, quem tem um CNPJ ativo, mesmo como MEI, não tem direito ao seguro-desemprego.

Isso acontece porque o governo entende que a pessoa já possui uma fonte de renda formal, o que teoricamente eliminaria a necessidade do benefício.

No entanto, existem exceções. Se você comprovar que o seu MEI está inativo, ou seja, sem faturamento, sem emissão de notas e sem entrada de recursos, pode ser possível receber o seguro-desemprego.

Para isso, será necessário apresentar documentos que mostrem que, apesar de o CNPJ estar ativo, você não teve rendimentos com ele.

Essa análise é feita caso a caso, e o governo pode negar o benefício mesmo que você argumente que não teve ganhos.

Por isso, é comum que muitos trabalhadores optem por dar baixa no MEI antes de solicitar o seguro-desemprego. Assim, evitam complicações.

Vale lembrar que, se você pedir o seguro-desemprego e o benefício for concedido de forma indevida, poderá ter que devolver os valores recebidos. Isso pode virar uma dor de cabeça, então é sempre melhor fazer tudo de forma transparente.

Se você foi demitido e está pensando em manter o MEI, pense bem sobre qual será sua fonte de renda nos próximos meses.

Dependendo da situação, pode ser mais vantajoso encerrar temporariamente o CNPJ para acessar o benefício e depois reabrir o MEI.

Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você

Se você chegou até aqui, é porque está levando a sério o seu projeto como MEI e quer fazer tudo do jeito certo. E isso já diz muito sobre você e sobre o caminho que está construindo.

Tomar decisões conscientes, entender seus direitos e buscar informação é o que diferencia quem só “tenta algo” de quem realmente está empreendendo com propósito.

E se você está em Campo Grande e quer ter mais segurança nessa jornada, contar com um contador em Campo Grande pode fazer toda a diferença.

Ter o apoio de um contador experiente é importante não só para cuidar das obrigações do MEI, mas também para ajudar você a tomar decisões mais estratégicas.

Seja para evitar erros com a Receita Federal, entender como ficam seus direitos trabalhistas ou até planejar o crescimento do seu negócio, o suporte certo poupa tempo, reduz riscos e dá mais tranquilidade.

Um contador, que entende a realidade da sua região e as demandas do seu tipo de negócio, pode oferecer orientações personalizadas, com base na sua realidade e nos seus objetivos.

Entre em contato com a Contili Contabilidade e descubra como podemos te ajudar a construir um negócio sólido, sem abrir mão da segurança e da tranquilidade no seu caminho como empreendedor.

Quem tem MEI pode trabalhar com carteira assinada?

Como precificar um produto para revenda e lucrar mais

Como precificar um produto para revenda e lucrar mais

Você já ficou na dúvida sobre quanto cobrar por um produto que comprou para revender? Se sim, saiba que isso é mais comum do que parece.

Muitos empreendedores acabam tomando decisões de preço no “olhômetro”, ou apenas copiando os valores dos concorrentes.

O problema é que, sem uma estratégia bem pensada, o negócio pode estar vendendo bastante e mesmo assim ter prejuízo no fim do mês.

Precificar corretamente um produto de revenda é um passo essencial para manter a saúde financeira da empresa.

Afinal, é esse valor que vai cobrir seus custos, pagar seus compromissos e gerar o lucro que você espera. Não adianta apenas vender barato para atrair o cliente, se isso compromete o caixa e a sustentabilidade do negócio.

Neste artigo, você vai aprender de forma simples como calcular o preço ideal para revender um produto.

Vamos abordar os principais pontos que você precisa entender, como custos, margem de lucro, impostos e análise de mercado.

Mesmo que você não tenha conhecimento em contabilidade ou finanças, não se preocupe. Nosso objetivo aqui é descomplicar esse assunto para te ajudar a tomar decisões mais seguras.

Então se você está começando um negócio, quer ajustar seus preços ou apenas entender melhor como tudo isso funciona, continue a leitura. Este guia foi feito pensando em você.

O que é precificação e por que ela é tão importante na revenda

Antes de aprender a precificar, é importante entender o que isso significa na prática. Precificar um produto é definir o valor pelo qual ele será vendido. Simples assim.

Mas por trás dessa decisão existe uma série de fatores que precisam ser considerados para que o preço final faça sentido para o cliente e, principalmente, para o seu bolso.

No caso da revenda, a precificação é ainda mais delicada. Isso porque você está comprando algo pronto de um fornecedor e precisa revender com lucro, sem que o preço fique muito alto a ponto de afastar o consumidor.

Ao mesmo tempo, não pode ser tão baixo que comprometa sua margem de lucro. Esse equilíbrio é o grande desafio.

Muita gente acha que basta dobrar o preço de compra para vender e pronto. Só que essa conta raramente fecha.

Existem custos invisíveis que não aparecem na nota fiscal, mas estão lá consumindo parte da sua receita: energia, aluguel, funcionários, embalagens, taxas de cartão e muitos outros.

Se esses detalhes forem ignorados, o lucro real pode ser bem menor do que parece.

A precificação correta é o que sustenta um negócio a longo prazo. Ela garante que cada venda contribua de fato para o crescimento da empresa.

E mais: quando você entende como calcular o preço certo, consegue fazer promoções com consciência, melhorar seu posicionamento no mercado e evitar prejuízos inesperados.

Por isso, não trate a precificação como um simples chute. Veja como uma estratégia que exige atenção, análise e uma dose de cálculo.

E não se preocupe, você não precisa ser um especialista. Com um pouco de organização e os conceitos certos, você já pode sair na frente.

Entendendo os custos envolvidos

O primeiro passo para definir o preço de venda de um produto é entender todos os custos que estão envolvidos nesse processo.

E aqui não estamos falando apenas do valor que você pagou ao fornecedor. Existem outros elementos que influenciam diretamente o preço final e precisam ser levados em consideração.

Vamos começar pelo custo de aquisição, que é o valor pago pelo produto em si. Esse é o mais óbvio e, normalmente, é o único que o empreendedor iniciante considera.

Mas além dele, você deve colocar na conta os custos operacionais, que incluem frete, taxas bancárias, embalagem, armazenamento e até o tempo que você investe para organizar tudo isso.

Além dos custos operacionais, também existem os custos fixos, que são aquelas despesas que você tem todos os meses, mesmo que não venda nada.

Exemplos disso são aluguel, internet, luz, telefone e salários. Esses valores devem ser diluídos no preço dos produtos para que o negócio consiga se manter.

Outra categoria são os custos variáveis, que mudam conforme o volume de vendas. Aqui entram, por exemplo, comissões sobre vendas, taxas de cartão de crédito e frete por pedido.

Esses valores também precisam ser considerados para que você não seja surpreendido no fechamento do mês.

A melhor forma de organizar tudo isso é fazer uma planilha com todas as suas despesas mensais e dividir esse valor pelo número médio de produtos que você vende.

Assim, você consegue saber quanto cada item precisa contribuir para cobrir os custos do negócio. Isso vai te dar uma base muito mais segura para calcular seu preço de venda.

Margem de lucro: como definir a ideal

Agora que você sabe quanto custa para manter seu negócio funcionando, chegou a hora de pensar no lucro.

A margem de lucro é o que vai garantir que, depois de pagar todas as contas, ainda sobre dinheiro para reinvestir e crescer. Mas quanto é uma margem de lucro ideal? A resposta é: depende.

Existem dois conceitos que costumam se confundir: margem de lucro e markup. A margem de lucro é um percentual sobre o preço de venda. Já o markup é um fator multiplicador aplicado sobre o custo do produto.

Os dois levam ao mesmo objetivo, mas funcionam de formas diferentes. O importante é entender que ambos servem para garantir que você cobre seus custos e ainda ganhe com isso.

A margem ideal varia de acordo com o seu setor e o tipo de produto que você revende. Itens de necessidade básica costumam ter margens menores, já produtos exclusivos ou de luxo podem ter margens maiores.

O mais importante é não definir essa margem “no achismo”. Ela precisa cobrir todos os custos e ainda gerar lucro real.

Uma dica prática: comece analisando seus custos totais (fixos e variáveis) e defina uma margem mínima que cubra essas despesas.

Em seguida, veja quanto os concorrentes estão cobrando e tente encontrar um ponto de equilíbrio entre o que é justo para o cliente e viável para o seu negócio.

Não tenha medo de ajustar essa margem com o tempo. A precificação é algo vivo e precisa ser revisada sempre que houver mudanças nos custos ou no mercado.

E lembre-se: lucro não é vilão. Ele é o que mantém sua empresa de pé.

Pesquisa de mercado e benchmarking

Como precificar um produto para revenda e lucrar mais

Fotos: Freepik

Você pode ter feito todos os cálculos certos, mas se o seu preço estiver muito acima do mercado, é bem provável que as vendas não aconteçam como o esperado.

Por isso, é fundamental analisar o que os concorrentes estão fazendo. Essa etapa se chama benchmarking e é uma ferramenta poderosa para ajudar na precificação.

O benchmarking consiste em observar os preços praticados por empresas semelhantes à sua. Isso inclui lojas físicas, e-commerces, marketplaces e até redes sociais.

O objetivo aqui não é copiar os valores, mas entender como o mercado está se comportando. Se a média de preço de um produto é R$ 100, dificilmente você vai conseguir vender por R$ 150 sem um bom motivo.

Além do preço, observe também o valor agregado. Às vezes, um concorrente cobra mais caro, mas oferece frete grátis, embalagem especial, atendimento diferenciado ou garantia estendida.

Tudo isso influencia na percepção do cliente e justifica um valor mais alto.

É importante lembrar que você não precisa ser o mais barato, e nem deve. Preço baixo demais pode passar a ideia de produto inferior.

O ideal é buscar um posicionamento coerente com o seu público e com o valor que você entrega. Um bom preço é aquele que o cliente está disposto a pagar e que ainda gera lucro para o seu negócio.

Outra dica é ouvir os seus próprios clientes. Pergunte o que eles acham dos seus preços, o que valorizam na sua oferta e o que os faria comprar mais.

Essas informações são valiosas e podem te ajudar a ajustar os preços de forma mais inteligente.

Pesquise sempre que possível. O mercado muda o tempo todo e os preços dos concorrentes também.

Ficar de olho nisso ajuda você a se manter competitivo e a identificar oportunidades de melhorar seus resultados.

Tributação e precificação: cuidados essenciais

Um dos pontos mais delicados e muitas vezes esquecidos na hora de precificar é a carga tributária. Os impostos fazem parte da realidade de qualquer negócio e impactam diretamente no preço final.

Ignorar isso pode fazer com que, mesmo com boas vendas, o lucro desapareça na hora de pagar o fisco.

Dependendo do regime tributário em que sua empresa está enquadrada, os tributos podem variar bastante.

No caso de quem está no Simples Nacional, por exemplo, existe uma alíquota fixa sobre o faturamento, que pode mudar conforme a faixa de receita.

Já quem atua como MEI tem um valor fixo mensal, o que facilita a previsão de custos.

O ponto principal aqui é entender quais são os tributos que incidem sobre o seu negócio e incluí-los no cálculo do preço de venda.

Eles não podem sair do seu lucro. O correto é considerar esses valores como parte dos custos, para que o preço cubra também essa despesa.

Outro cuidado importante é com os impostos indiretos, como ICMS e IPI, que muitas vezes estão embutidos no preço de compra.

É preciso observar esses detalhes na nota fiscal e entender se você está pagando tributos que deveriam estar sendo repassados ao cliente.

Caso tenha dificuldade com essa parte, o ideal é buscar apoio de um contador. Ele pode te orientar sobre a melhor forma de incluir os tributos no seu preço e evitar surpresas no fim do mês.

Esse tipo de acompanhamento vale o investimento e pode evitar muita dor de cabeça.

Tributação não precisa ser um bicho de sete cabeças, mas também não pode ser ignorada. Com um pouco de atenção, você consegue manter tudo em ordem e ainda garantir um preço justo e competitivo.

Erros comuns na precificação e como evitá-los

Na correria do dia a dia, muitos empreendedores acabam cometendo erros na hora de definir os preços dos seus produtos.

E o problema é que esses erros nem sempre aparecem de imediato. Às vezes, só são percebidos quando o caixa aperta ou quando o lucro não aparece, mesmo com boas vendas.

Um erro muito comum é copiar os preços da concorrência sem analisar os próprios custos. Pode até parecer prático, mas o que funciona para o outro nem sempre funciona para você.

Cada negócio tem sua estrutura de custos, sua realidade e seus objetivos. Fazer isso sem critério é um risco.

Outro erro é não considerar todos os custos envolvidos. Muitos empreendedores calculam o preço só com base no valor de compra e esquecem das despesas do dia a dia, como luz, telefone, taxas e tributos. 

Também é comum exagerar na margem de lucro sem considerar o valor percebido pelo cliente. Cobrar muito caro por um produto comum, sem diferencial, pode afastar o público e reduzir suas vendas.

Por outro lado, cobrar barato demais achando que vai vender mais pode comprometer a rentabilidade.

Ignorar a necessidade de revisão de preços é outro problema sério. Os custos mudam com o tempo, o mercado também.

É importante revisar sua precificação com frequência, principalmente se houve aumento no valor dos insumos ou mudanças no cenário econômico.

A boa notícia é que esses erros podem ser evitados com organização e atenção. Tenha uma planilha simples, anote seus custos e acompanhe os resultados. Isso já faz uma grande diferença na saúde do seu negócio.

Ferramentas e planilhas para ajudar na precificação

Hoje em dia, você não precisa fazer todos os cálculos de cabeça ou no papel. Existem diversas ferramentas que podem te ajudar a organizar suas finanças e calcular o preço ideal para revenda de forma mais prática e segura.

Uma das opções mais acessíveis é usar planilhas no Excel ou Google Sheets. Com elas, você pode listar seus custos fixos, variáveis, tributos e margem de lucro desejada.

Existem modelos prontos disponíveis gratuitamente na internet que já vêm com fórmulas aplicadas. Basta preencher os campos com os seus dados e a mágica acontece.

Outra alternativa são os softwares de gestão, que oferecem recursos mais avançados. Eles permitem controlar estoque, registrar compras, calcular impostos automaticamente e ainda gerar relatórios de lucro por produto.

Isso ajuda bastante quem já tem um volume maior de vendas.

Além disso, algumas plataformas de e-commerce oferecem ferramentas próprias de precificação, integradas com fornecedores, estoque e vendas. Isso facilita o acompanhamento em tempo real e evita erros de cálculo.

Independente da ferramenta escolhida, o importante é manter o hábito de registrar tudo. Informação organizada é o que te dá base para tomar decisões melhores. Se você não controla, acaba tomando decisões no escuro.

E claro, se você tiver um contador parceiro, aproveite esse recurso. Ele pode te ajudar a montar uma planilha personalizada, entender melhor seus custos e ajustar seus preços de forma mais estratégica.

Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você

Se você chegou até aqui, já entendeu o quanto a precificação correta é fundamental para o sucesso do seu negócio.

Sabemos que nem sempre é fácil lidar com tantos detalhes: custos, impostos, margem de lucro, concorrência, ferramentas de controle…

E quando essas decisões impactam diretamente no seu faturamento, contar com a orientação certa faz toda a diferença.

Se você é empreendedor em Campo Grande e está buscando apoio para organizar melhor sua precificação, tributos e finanças, contar com um contador em Campo Grande pode ser o próximo passo para dar mais segurança à sua jornada.

Um bom contador pode te ajudar não só com obrigações fiscais, mas também com a parte estratégica do seu negócio, oferecendo suporte na formação de preço, simulações de lucro, planejamento tributário e gestão financeira.

Isso tudo com foco na realidade da sua empresa e nos desafios específicos de quem empreende na região.

Seja você um pequeno revendedor, dono de loja ou alguém que está começando no comércio, ter um contador ao seu lado em Campo Grande é essencial para tomar decisões mais seguras e evitar erros que podem comprometer seus resultados.

Se você quer esse tipo de suporte personalizado, entre em contato com a Contili Contabilidade.

Nossa equipe está pronta para te ajudar a transformar números em estratégia, com uma abordagem prática, acessível e voltada para quem quer crescer de forma sustentável.

Como precificar um produto para revenda e lucrar mais

Fluxo de caixa da empresa: o que é e para que serve? 

Fluxo de caixa da empresa: o que é e para que serve?

Manter uma empresa saudável financeiramente é um dos maiores desafios para quem empreende.

Muitos negócios promissores acabam fechando as portas não porque o produto ou serviço era ruim, mas porque o dono não conseguia visualizar de forma clara para onde o dinheiro estava indo.

É justamente aí que entra o fluxo de caixa. Um conceito simples, mas essencial para garantir a sobrevivência e o crescimento de qualquer empresa, independentemente do tamanho ou do segmento de atuação.

Neste artigo, vamos explicar de forma descomplicada o que é o fluxo de caixa, para que ele serve, quais são os tipos mais comuns e como fazer uma boa gestão desse recurso tão importante.

Se você quer entender como melhorar o controle financeiro da sua empresa e tomar decisões mais seguras, continue lendo até o final.

O que é fluxo de caixa e para que serve?

Fluxo de caixa é, de forma simples, o controle de todo o dinheiro que entra e sai da empresa em um determinado período. Imagine como se fosse o extrato bancário do seu negócio.

Você registra tudo o que a empresa recebe, como vendas e pagamentos de clientes, e tudo o que ela paga, como salários, fornecedores e contas do dia a dia.

Ter esse controle é muito mais do que olhar o saldo da conta no banco. O fluxo de caixa permite que o empreendedor enxergue como o dinheiro circula na empresa, entenda os padrões financeiros e tome decisões mais seguras.

Sem um fluxo de caixa bem feito, o gestor acaba agindo na base do achismo, o que pode trazer grandes problemas financeiros lá na frente.

Além de mostrar a situação atual, o fluxo de caixa também serve para fazer previsões.

Com ele, é possível planejar o futuro: saber se a empresa terá dinheiro suficiente para cobrir suas obrigações nas próximas semanas ou meses e identificar momentos em que pode faltar dinheiro.

Assim, é possível agir com antecedência, negociando prazos, buscando crédito ou cortando custos de maneira estratégica.

Outra função importante do fluxo de caixa é ajudar na organização e no crescimento da empresa.

Quando o empreendedor tem clareza sobre suas finanças, ele consegue investir com mais segurança, planejar novas contratações, pensar em expansão e evitar surpresas desagradáveis, como contas não previstas.

Vale reforçar que o fluxo de caixa não é importante apenas para grandes empresas. Pequenos negócios, startups e até mesmo o microempreendedor individual (MEI) se beneficiam muito de um bom controle financeiro.

Com ele, a gestão fica mais organizada, os riscos diminuem e as chances de sucesso aumentam consideravelmente.

Principais tipos de fluxo de caixa

Existem alguns tipos diferentes de fluxo de caixa e entender essa diferença é importante para usar a ferramenta da melhor maneira possível.

Vamos falar dos principais de forma simples para que você possa identificar qual faz mais sentido para a sua empresa.

O fluxo de caixa projetado é aquele que estima quanto a empresa vai receber e quanto vai pagar em um futuro próximo.

É uma espécie de previsão financeira baseada nas contas a pagar e a receber. Esse tipo de fluxo é essencial para o planejamento, pois permite identificar antecipadamente possíveis faltas ou sobras de dinheiro.

Já o fluxo de caixa realizado registra o que de fato aconteceu. Ele mostra, na prática, todo o dinheiro que entrou e saiu em um período.

Essa é a base para avaliar se as projeções financeiras estavam corretas e entender como as finanças estão se comportando na realidade.

Outro conceito importante é o fluxo de caixa livre. Ele mostra quanto dinheiro a empresa realmente gerou depois de pagar todas as despesas operacionais e investimentos necessários para manter a operação.

Esse valor é o que sobra para distribuir lucros ou reinvestir no crescimento do negócio.

É importante também falar rapidamente sobre o fluxo de caixa descontado, muito usado em avaliações financeiras. Aqui, o foco é calcular o valor presente de um fluxo de caixa futuro, considerando uma taxa de desconto.

Apesar de ser uma técnica poderosa, geralmente ela é usada em situações mais complexas, como venda de empresas ou captação de investidores.

Cada tipo de fluxo de caixa atende a uma necessidade diferente. O ideal é que o empresário conheça esses conceitos para saber qual deles aplicar em cada momento.

Muitas vezes, o controle diário será feito com o fluxo de caixa realizado, enquanto o planejamento de médio e longo prazo se baseia no fluxo projetado.

Ter uma visão clara desses tipos de fluxo de caixa evita surpresas desagradáveis e contribui para uma gestão financeira mais segura e eficiente.

Como fazer o controle do fluxo de caixa da sua empresa?

Fluxo de caixa da empresa: o que é e para quê serve?

Foto: diana.grytsku/Freepik

Controlar o fluxo de caixa da empresa é mais simples do que parece, mas exige disciplina e atenção aos detalhes. O primeiro passo é organizar todas as entradas e saídas de dinheiro.

Isso pode ser feito em uma planilha, num caderno, em aplicativos de gestão ou em softwares especializados.

O ideal é registrar todas as movimentações financeiras diariamente. Mesmo os pequenos gastos, como o café comprado para o escritório, precisam ser anotados.

Esse nível de detalhe ajuda a construir uma visão mais precisa do financeiro da empresa e evita surpresas no final do mês.

Outro ponto fundamental é classificar as entradas e saídas. Ou seja, separar o que é receita de vendas, o que é recebimento de empréstimos, o que são pagamentos de fornecedores, salários, impostos, entre outros. 

Além disso, é importante conciliar o fluxo de caixa com a conta bancária da empresa. Ou seja, comparar os registros internos com o extrato do banco para garantir que tudo está batendo.

Isso evita erros e ajuda a identificar rapidamente eventuais problemas, como cobranças indevidas ou falhas de lançamento.

Ferramentas de gestão financeira podem ser grandes aliadas nesse processo. Existem opções gratuitas e pagas que automatizam parte dos registros e geram relatórios completos.

O importante é encontrar uma solução que se encaixe na realidade e no orçamento da empresa.

Por fim, lembre-se de analisar regularmente o fluxo de caixa. Não adianta apenas registrar as informações se elas não forem usadas para entender como o dinheiro está circulando na empresa e para tomar decisões mais acertadas.

Erros comuns na gestão do fluxo de caixa (e como evitar)

Um erro bastante comum entre empresários é misturar as finanças pessoais com as da empresa. Isso gera uma grande confusão e impede uma visão clara da real situação do negócio.

Para evitar isso, mantenha contas bancárias separadas e estipule um pró-labore para o seu rendimento como empreendedor.

Outro problema é a falta de disciplina na atualização dos registros. Muitos gestores começam animados, mas acabam relaxando e deixam de anotar movimentações.

Esse descuido pode levar a decisões erradas, baseadas em informações incompletas. Estabeleça uma rotina diária para atualizar o fluxo de caixa, nem que seja por apenas alguns minutos.

Ignorar pequenas despesas é mais um erro perigoso. Aquele gasto de papelaria ou a assinatura de um serviço online podem parecer insignificantes isoladamente, mas somados fazem uma grande diferença no final do mês. Anote tudo, sem exceção.

Muitos empresários também erram ao se basear apenas no saldo bancário. O saldo da conta pode enganar, pois pode incluir valores que ainda não estão disponíveis. Só o fluxo de caixa mostra a real disponibilidade de dinheiro da empresa.

Por fim, outro erro recorrente é não projetar o fluxo de caixa para o futuro. Trabalhar apenas com o que já aconteceu é importante, mas é fundamental olhar para frente e planejar.

Assim, é possível se preparar para períodos de baixa receita ou para oportunidades de investimento.

Benefícios de um fluxo de caixa bem gerenciado

Gerenciar bem o fluxo de caixa traz uma série de benefícios para a empresa. O primeiro deles é a previsibilidade financeira.

Saber quanto dinheiro estará disponível nas próximas semanas ou meses permite que o gestor tome decisões com mais segurança.

Outro benefício importante é o aumento da capacidade de investimento.

Com o fluxo de caixa sob controle, a empresa pode planejar a compra de novos equipamentos, a abertura de filiais ou a contratação de mais funcionários de maneira segura, sem comprometer a saúde financeira.

Além disso, um fluxo de caixa bem gerenciado reduz o risco de inadimplência. Quando a empresa controla bem seus recebimentos e pagamentos, consegue negociar melhor com clientes e fornecedores, evitando atrasos e multas.

Também é possível identificar rapidamente onde estão os gargalos financeiros. Se uma determinada despesa estiver crescendo de forma desproporcional, o fluxo de caixa vai evidenciar isso, permitindo agir rapidamente para corrigir o problema.

Por fim, uma boa gestão do fluxo de caixa aumenta a credibilidade da empresa no mercado. Instituições financeiras, investidores e parceiros comerciais valorizam empresas que demonstram organização e controle financeiro.

Isso pode abrir portas para novas oportunidades de negócios e expansão.

Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você

Manter o fluxo de caixa em dia é um passo essencial para a gestão financeira, mas ele não caminha sozinho.

Para garantir que todas as informações estejam corretas e sejam aproveitadas da melhor maneira, é fundamental integrar o fluxo de caixa à contabilidade da empresa.

A contabilidade organiza e interpreta todos os dados financeiros, permitindo que o gestor tenha uma visão ainda mais completa da saúde do negócio.

Um bom contador não apenas registra movimentações, mas também transforma esses números em informações estratégicas que ajudam na tomada de decisão.

É nesse ponto que contar com o apoio de um contador em Campo Grande faz toda a diferença.

Ter um profissional ao seu lado, que conheça a realidade do seu negócio e entenda a importância do fluxo de caixa para a organização das finanças, garante muito mais segurança e eficiência na gestão.

Um contador pode ajudar a estruturar os processos de controle financeiro, interpretar os resultados de forma prática e orientar o empreendedor sobre o melhor caminho para o crescimento.

Se você sente que precisa de mais apoio para colocar tudo isso em prática, saiba que contar com um contador em Campo Grande comprometido com o sucesso do seu negócio é um grande diferencial.

A Contili Contabilidade está pronta para ajudar você a organizar o fluxo de caixa, entender as finanças da sua empresa e planejar o futuro com muito mais tranquilidade.

Entre em contato com a gente e descubra como podemos fazer a diferença na gestão do seu negócio.

Fluxo de caixa da empresa: o que é e para quê serve?