8 erros na gestão de estoque: veja como evitá-los
A gestão de estoque é um dos pilares fundamentais para qualquer empresa que trabalha com produtos físicos, seja no varejo, na indústria ou até mesmo no e-commerce.
Controlar a entrada e saída de mercadorias, evitar desperdícios e manter um fluxo de vendas equilibrado são desafios diários para os empreendedores.
O problema é que muitos negócios cometem erros que passam despercebidos, mas que têm um impacto enorme no faturamento.
A falta de organização, compras mal planejadas e a ausência de um sistema de controle eficiente podem resultar em prejuízos financeiros e até na perda de clientes.
Se você sente que sua empresa poderia ter um controle melhor do estoque, este artigo vai te ajudar! Vamos abordar os 10 principais erros na gestão de estoque e, mais importante ainda, como evitá-los.
Falta de controle e monitoramento
Sem um controle adequado, o estoque vira uma bagunça. Mercadorias se perdem, produtos vencem sem serem vendidos, pedidos chegam errados e, no fim, a empresa acaba gastando mais do que deveria.
Isso acontece porque muitas empresas ainda fazem esse controle “de cabeça” ou anotam tudo manualmente, o que aumenta a chance de erro.
A falta de monitoramento também pode gerar rupturas no estoque, ou seja, aquele momento em que um produto sai e não há reposição a tempo. O resultado? Clientes frustrados, perda de vendas e oportunidades desperdiçadas.
O primeiro passo para evitar isso é adotar um sistema de controle eficiente. Hoje, existem diversas ferramentas que ajudam a organizar e acompanhar as movimentações do estoque.
Planilhas bem estruturadas já são um bom começo, mas investir em um software de gestão pode fazer toda a diferença, pois ele automatiza esse processo e reduz erros humanos.
Outro ponto essencial é a padronização do controle de entrada e saída. Todos os produtos que chegam e saem precisam ser registrados corretamente, sem exceção. Criar um processo bem definido para isso vai evitar confusões e manter o estoque sempre atualizado.
Além disso, realizar auditorias regulares ajuda a garantir que os registros estão corretos.
Se houver divergências entre o que está no sistema e o que realmente está no estoque, é um sinal de que há algo errado e precisa ser corrigido imediatamente.
Estoque excessivo e capital imobilizado
Manter um estoque grande pode parecer uma boa estratégia para nunca faltar mercadoria, mas na prática, isso pode ser um grande problema.
Produtos parados significam dinheiro parado. E pior: em muitos casos, esses produtos podem perder valor, estragar ou simplesmente se tornarem obsoletos.
Imagine que você tenha um estoque cheio de produtos de uma tendência que já passou.
Se eles não forem vendidos a tempo, será preciso fazer promoções para desová-los ou, no pior dos casos, simplesmente descartar os itens. Isso gera prejuízo e compromete o fluxo de caixa da empresa.
A melhor forma de evitar esse erro é encontrar um equilíbrio entre oferta e demanda. Uma boa estratégia é analisar o histórico de vendas para entender quais produtos têm maior giro e quais têm menor saída. Assim, você evita compras desnecessárias e mantém apenas o necessário em estoque.
Outro ponto importante é o uso de métricas como o giro de estoque, que indica quantas vezes um produto é vendido e reposto em determinado período. Produtos com baixo giro podem indicar excesso de estoque ou falta de demanda.
Além disso, negocie prazos melhores com fornecedores. Se conseguir comprar em quantidades menores e com prazos de pagamento flexíveis, sua empresa pode manter um estoque mais enxuto sem comprometer a operação.
Falta de planejamento de compras
Comprar produtos sem planejamento é um erro que muitas empresas cometem, especialmente quando há promoções tentadoras dos fornecedores.
Mas adquirir mercadorias sem um estudo prévio pode resultar em excesso de produtos desnecessários ou falta dos itens mais vendidos.
A chave para evitar esse problema é o planejamento estratégico das compras. Isso significa analisar o que realmente precisa ser adquirido, com base na demanda dos clientes e nas tendências do mercado.
Um bom planejamento leva em conta: O histórico de vendas, a sazonalidade dos produtos, a previsão de demanda para os próximos meses e o tempo médio de reposição dos fornecedores.
Além disso, automatizar o processo de compras pode facilitar bastante. Algumas ferramentas de gestão de estoque permitem configurar alertas para avisar quando um produto está perto de acabar, ajudando a evitar compras de última hora.
Ausência de categorização e organização
Foto: Freepik
Um estoque desorganizado pode ser um grande problema para qualquer empresa.
Quando os produtos não estão categorizados corretamente, a equipe perde tempo procurando itens, o que pode gerar atrasos nas vendas, erros na separação de pedidos e até mesmo desperdícios.
Além disso, a falta de uma estrutura bem definida dificulta o controle das mercadorias, tornando mais complicado identificar quais produtos precisam ser repostos e quais estão parados há muito tempo.
Para evitar esse tipo de situação, é essencial estabelecer um padrão de organização. Criar categorias claras e definir um local fixo para cada item facilita o dia a dia da equipe e reduz as chances de erros.
Além disso, uma boa organização contribui para um controle mais eficiente, permitindo que os gestores tenham uma visão mais clara do que está disponível no estoque.
Métodos como o FIFO (First In, First Out), que prioriza a venda dos produtos mais antigos antes dos novos, ajudam a evitar perdas com mercadorias vencidas ou obsoletas.
Outro ponto importante é a identificação dos produtos. Utilizar etiquetas bem visíveis e codificações padronizadas, como códigos de barras ou QR codes, pode agilizar a localização e o registro das mercadorias.
Isso não apenas reduz o tempo gasto na separação de pedidos, como também minimiza a chance de erros no envio ao cliente ou na reposição interna.
Além disso, investir em uma estrutura adequada para armazenagem faz toda a diferença. Prateleiras bem distribuídas, divisórias organizadas e um espaço de circulação eficiente garantem que o estoque seja utilizado da melhor maneira possível.
Isso evita o acúmulo desnecessário de mercadorias e melhora o fluxo operacional dentro da empresa.
Por fim, é fundamental que a equipe responsável pelo estoque esteja treinada para seguir os processos estabelecidos. De nada adianta ter um sistema organizado se os funcionários não souberem como utilizá-lo corretamente.
Criar rotinas de conferência e incentivar boas práticas no dia a dia são ações simples, mas que fazem toda a diferença para manter o estoque sob controle e garantir que a empresa opere de maneira eficiente.
Não realizar inventários periódicos
Sem uma conferência regular, os números registrados no sistema podem não refletir a realidade, causando divergências que levam a falhas no planejamento de compras, perdas financeiras e até insatisfação dos clientes.
Muitos empreendedores acreditam que, por registrarem todas as entradas e saídas de produtos, o controle está garantido, mas a verdade é que erros operacionais, extravios, furtos ou mesmo falhas humanas podem comprometer a precisão dos dados.
Além disso, a falta de inventário pode mascarar problemas internos que impactam diretamente no faturamento.
Quando os gestores não sabem exatamente o que há no estoque, o risco de comprar produtos desnecessários aumenta, assim como a possibilidade de faltar itens essenciais para a operação.
Isso significa que a empresa pode estar gastando mais do que precisa ou perdendo oportunidades de venda simplesmente porque não há um controle efetivo da movimentação de mercadorias.
Para evitar esses problemas, é fundamental estabelecer uma rotina de inventários periódicos. A frequência pode variar de acordo com o tamanho da empresa e o volume de mercadorias, mas o ideal é que a conferência aconteça pelo menos a cada trimestre.
Algumas empresas adotam inventários cíclicos, ou seja, verificam determinados grupos de produtos em intervalos curtos, em vez de esperar pelo balanço anual. Essa estratégia permite um controle mais dinâmico e reduz o impacto no dia a dia da operação.
Falta de integração entre setores
A falta de integração entre setores é um problema que pode comprometer toda a operação de uma empresa, especialmente quando se trata da gestão de estoque.
Quando as áreas responsáveis por vendas, compras, financeiro e estoque não trabalham de forma alinhada, o risco de falhas aumenta significativamente.
Informações desencontradas levam a pedidos errados, produtos em falta ou em excesso e decisões baseadas em dados inconsistentes, afetando diretamente a rentabilidade do negócio.
Além disso, sem comunicação eficiente, o setor de compras pode adquirir mercadorias sem considerar a real demanda do time de vendas, gerando acúmulo de produtos desnecessários ou falta de itens estratégicos.
O setor financeiro, por sua vez, pode ter dificuldades para prever gastos e controlar o fluxo de caixa, já que não há um panorama claro sobre as necessidades do estoque.
Esse desalinhamento cria um efeito cascata que impacta desde o atendimento ao cliente até a lucratividade da empresa.
Para evitar esses problemas, é essencial que todos os setores utilizem um sistema de gestão integrado, onde as informações sejam compartilhadas em tempo real.
Softwares de ERP (Enterprise Resource Planning) ajudam a conectar os departamentos, permitindo que todos tenham acesso a dados atualizados sobre estoque, pedidos e necessidades de reposição.
Com isso, as decisões passam a ser baseadas em informações concretas, reduzindo erros e otimizando os recursos da empresa.
Além da tecnologia, a comunicação entre os setores deve ser incentivada no dia a dia. Reuniões periódicas entre as equipes garantem que todos estejam alinhados sobre metas, desafios e ajustes necessários na operação.
Quando o time de vendas informa ao estoque sobre tendências de mercado e o setor financeiro acompanha os impactos das compras no orçamento, a empresa se torna mais eficiente e preparada para lidar com variações na demanda.
Subestimar a influência da sazonalidade
Muitos empreendedores focam apenas na demanda atual e não consideram como determinadas épocas do ano podem influenciar o comportamento dos clientes.
Com isso, acabam sendo pegos de surpresa por picos de vendas ou períodos de baixa procura, comprometendo o planejamento e a eficiência do negócio.
Em momentos de alta demanda, como datas comemorativas e períodos sazonais específicos do setor, a falta de estoque pode significar perda de oportunidades e frustração dos clientes.
Se uma loja de artigos esportivos não se prepara para um aumento na procura por produtos relacionados à prática de exercícios no início do ano, por exemplo, pode perder vendas para concorrentes mais bem planejados.
Da mesma forma, se um comércio não reforça o estoque antes da Black Friday, pode ficar sem os itens mais procurados e comprometer seu faturamento.
Por outro lado, ignorar a sazonalidade também pode resultar no acúmulo de mercadorias quando a demanda cai. Produtos parados representam dinheiro imobilizado e podem gerar custos adicionais com armazenamento, além do risco de desvalorização ou vencimento, dependendo do tipo de item.
Isso acontece frequentemente em segmentos como moda e alimentos, onde coleções e prazos de validade influenciam diretamente o ciclo de vendas.
Sem um planejamento adequado, a empresa pode acabar fazendo promoções forçadas para escoar o estoque ou até sofrendo prejuízo com mercadorias encalhadas.
Para evitar esse problema, é essencial analisar o histórico de vendas e identificar padrões de comportamento ao longo do ano.
Dados de anos anteriores ajudam a prever quais períodos exigem um estoque reforçado e quando é necessário reduzir compras para evitar excesso de produtos.
Além disso, acompanhar tendências de mercado e mudanças no comportamento do consumidor permite que a empresa se antecipe a variações inesperadas e se adapte com mais rapidez.
Outra estratégia importante é negociar prazos e quantidades flexíveis com fornecedores, garantindo reposição rápida nos períodos de alta e evitando estoques excessivos nos momentos de menor movimento.
Não acompanhar indicadores de performance
Foto: Freepik
Sem métricas bem definidas, as decisões são tomadas no escuro, baseadas apenas na intuição ou em percepções momentâneas, o que aumenta o risco de compras equivocadas, desperdícios e falta de produtos essenciais.
Muitas vezes, os empreendedores se preocupam apenas com o saldo de mercadorias disponíveis, mas ignoram dados fundamentais que mostram o real desempenho do estoque e sua influência nos resultados financeiros do negócio.
Entre os KPIs mais importantes está o giro de estoque, que mede a frequência com que os produtos são vendidos e repostos em um determinado período.
Se essa taxa for muito baixa, significa que há mercadorias paradas por muito tempo, o que pode representar dinheiro imobilizado e risco de perdas por vencimento ou obsolescência.
Já um giro muito alto pode indicar que o estoque não está sendo suficiente para atender à demanda, gerando rupturas e insatisfação dos clientes. Encontrar o equilíbrio ideal permite otimizar as compras e manter um fluxo de vendas saudável.
Outro indicador essencial é a taxa de ruptura de estoque, que mostra quantas vezes um produto deixou de ser vendido porque não estava disponível no momento da compra.
Quando esse índice é alto, a empresa perde oportunidades de venda e pode acabar afastando clientes que não encontram o que precisam.
Para evitar isso, é necessário acompanhar esse número de perto e adotar estratégias como um planejamento mais preciso de reposição e a negociação de prazos menores com fornecedores.
Além disso, o custo de armazenagem é um KPI que merece atenção, pois manter um estoque desorganizado ou excessivo gera despesas desnecessárias com espaço físico, seguro, manutenção e controle.
Muitas empresas não consideram esse fator no cálculo do preço de venda dos produtos e acabam reduzindo sua margem de lucro sem perceber.
Acompanhar esses custos e compará-los com o faturamento permite identificar se há gargalos na operação e se ajustes são necessários.
Desconsiderar tecnologias de automação
Muitas organizações ainda dependem de processos manuais, anotações em papel ou planilhas simples para controlar a entrada e saída de produtos, o que aumenta consideravelmente o risco de erros humanos e dificulta a atualização precisa das informações.
Sem um sistema automatizado, é mais fácil perder o controle sobre quais produtos estão disponíveis, quais precisam ser repostos e quais estão parados há muito tempo.
Além disso, a falta de automação pode tornar a reposição de estoque desorganizada.
Quando a empresa não possui alertas automáticos para indicar a necessidade de reabastecimento, a equipe pode acabar comprando produtos em excesso ou, pior, deixando faltar itens essenciais no momento da venda.
Isso pode impactar diretamente a experiência do cliente, que pode desistir da compra ou procurar concorrentes que estejam mais preparados para atender à demanda.
Outro ponto crítico é a dificuldade de integração entre os setores. Sem um software de gestão, as informações sobre vendas, compras e estoque não se comunicam de maneira eficiente, resultando em decisões desalinhadas e problemas operacionais.
Um sistema automatizado permite que todas essas áreas compartilhem dados em tempo real, garantindo que o setor de compras saiba exatamente quando repor produtos e o financeiro tenha uma visão mais clara sobre os custos envolvidos na armazenagem e na reposição.
Além da organização, a tecnologia também ajuda a reduzir desperdícios. Ferramentas como códigos de barras, QR codes e RFID permitem um rastreamento mais preciso das mercadorias, evitando perdas, roubos ou esquecimentos de produtos no estoque.
Com esses recursos, a empresa ganha mais agilidade na conferência de inventário e reduz significativamente os erros na separação e no envio de pedidos.
Portanto, investir em automação não é um luxo, mas uma necessidade para qualquer empresa que deseja otimizar seus processos e aumentar sua competitividade.
Além de melhorar a precisão na gestão de estoque, a tecnologia proporciona mais controle, eficiência e economia a longo prazo.
Empresas que adotam sistemas automatizados conseguem tomar decisões mais estratégicas, reduzir custos operacionais e melhorar a experiência do cliente, garantindo um crescimento mais sustentável para o negócio.
Soluções de um contador em Campo Grande para o seu negócio
Ter uma boa gestão de estoque é essencial para o sucesso de qualquer empresa, mas sabemos que, na prática, isso pode ser um grande desafio.
Erros no controle de mercadorias, compras mal planejadas e a falta de integração entre setores podem gerar prejuízos que comprometem a saúde financeira do negócio.
Por isso, contar com o apoio de um especialista faz toda a diferença para evitar desperdícios, melhorar a organização e garantir que a empresa opere com eficiência.
Se você é empreendedor e precisa de uma solução estratégica para otimizar a gestão do seu estoque e manter as finanças em dia, um contador em Campo Grande pode ajudar a estruturar um planejamento sólido e personalizado para sua realidade.
Além de fornecer orientações para o controle do estoque, um contador pode auxiliar na análise de custos, na organização do fluxo de caixa e no planejamento tributário, garantindo que a sua empresa esteja sempre em conformidade com as obrigações fiscais.
Muitas empresas perdem dinheiro sem perceber porque não acompanham de perto seus números ou não utilizam estratégias contábeis para melhorar a rentabilidade.
Com um suporte especializado, é possível ter uma visão mais clara da saúde financeira do negócio e tomar decisões mais assertivas.
Se você está em busca de um contador em Campo Grande que realmente entende as necessidades do seu negócio e pode oferecer soluções eficientes para melhorar a gestão financeira da sua empresa, a Contili Contabilidade está pronta para te ajudar.
Com uma equipe experiente e comprometida, oferecemos um atendimento personalizado para que você tenha mais controle sobre suas finanças e possa focar no crescimento do seu empreendimento.
Entre em contato conosco e descubra como podemos transformar a gestão da sua empresa com soluções práticas e eficientes.