Como diversificar fontes de receita no terceiro setor

Manter uma organização social funcionando de forma saudável financeiramente não é uma tarefa fácil.
Muitos gestores e empreendedores do terceiro setor sentem na pele o desafio de captar recursos de forma constante e segura. E quando a ONG depende de uma única fonte de receita, o risco é ainda maior.
A boa notícia é que existem muitas formas de garantir sustentabilidade financeira para projetos sociais, e a chave está em diversificar as fontes de receita.
Neste artigo, vamos mostrar por que isso é importante, quais são as principais formas de levantar recursos e como organizar tudo isso sem complicação.
Se você trabalha em uma ONG, associação ou qualquer instituição do terceiro setor, esse conteúdo foi feito para te ajudar.
Por que sua ONG não pode depender de uma única fonte de dinheiro?
Imagina uma ONG que recebe 90% da sua receita de uma parceria com uma empresa. E se essa empresa resolver encerrar o apoio?
O impacto pode ser catastrófico, colocando em risco todos os projetos e até mesmo a equipe. É por isso que confiar em uma única fonte de receita é perigoso.
Quando a organização depende só de um edital, de uma única parceria ou de uma fonte limitada de doações, ela fica vulnerável.
A qualquer sinal de crise, corte de verbas ou mudança de estratégia por parte dos apoiadores, todo o trabalho pode ser interrompido. Diversificar é uma forma inteligente de se proteger contra isso.
Outro ponto importante é que, ao contar com diferentes entradas de recursos, a ONG consegue ter mais liberdade para planejar.
Dá para pensar em projetos de longo prazo, investir em melhorias e se preparar para o futuro com mais segurança. A diversificação também ajuda a construir uma base de apoio mais sólida e engajada.
Além disso, quando a ONG mostra que tem uma estrutura diversificada de arrecadação, isso passa mais confiança para novos parceiros.
Empresas, doadores e até mesmo órgãos públicos preferem apoiar organizações que sabem se organizar e se manter de pé.
A sustentabilidade financeira não acontece da noite para o dia, mas ela começa com um passo: parar de depender de uma única fonte e abrir espaço para outras possibilidades.
Fontes mais comuns de receita
As formas tradicionais de arrecadação ainda são fundamentais para a maioria das ONGs.
São aquelas que muitos já conhecem, mas vale destacar porque fazem parte da base financeira de grande parte das instituições sociais.
Uma das principais é a doação de pessoas físicas. São pessoas comuns que se identificam com a causa e decidem contribuir de forma única ou mensal.
Essa fonte é poderosa porque, quando bem trabalhada, cria uma relação duradoura entre a ONG e o doador.
Outra fonte importante são as doações feitas por empresas. Muitas vezes, elas fazem parte de programas de responsabilidade social ou estão ligadas a ações de marketing com propósito.
Para as ONGs, essas parcerias podem garantir bons recursos e ainda dar visibilidade ao trabalho.
Também temos os editais públicos e privados. Governos, fundações e grandes organizações abrem seleções para financiar projetos sociais.
Esses editais podem ser uma ótima oportunidade, mas exigem planejamento, prazos e muita atenção às regras.
Convênios com prefeituras, governos estaduais ou federais também são comuns. Eles costumam envolver valores maiores e contratos mais longos, mas demandam uma gestão bem organizada para prestar contas corretamente.
Eventos beneficentes são outra forma tradicional de arrecadação. Jantares, bazares, rifas e shows podem atrair o público, gerar renda e ainda aproximar a comunidade da causa.
Com criatividade e uma boa rede de voluntários, os eventos podem ser muito eficientes.
Essas formas mais conhecidas ainda funcionam muito bem. Mas é importante lembrar que, sozinhas, nem sempre são suficientes para manter uma ONG saudável no longo prazo.
Por isso, é hora de explorar outras possibilidades também.
Outras formas de levantar recursos (que talvez você ainda não use)
Muitas organizações ainda não exploram todo o potencial que existe para captar recursos de forma criativa.
O mundo digital e novas formas de consumo abriram espaço para modelos mais modernos de arrecadação que podem fazer toda a diferença.
Uma dessas formas é o financiamento coletivo, ou crowdfunding. São as famosas vaquinhas online.
A ideia é lançar uma campanha na internet, explicar o projeto e convidar pessoas a apoiarem com qualquer valor. Campanhas bem-feitas conseguem engajar muitas pessoas, inclusive fora da cidade ou estado da ONG.
Outra possibilidade é a venda de produtos ou serviços ligados à causa. Uma ONG que trabalha com artesanato pode vender as peças produzidas.
Outras podem vender camisetas, copos ou agendas com mensagens da causa. Algumas até oferecem oficinas, palestras ou consultorias. Isso pode gerar receita e, ao mesmo tempo, divulgar o trabalho.
O apoio de empresas também pode acontecer de forma diferente, por meio do chamado marketing de causa.
Nesse modelo, uma marca associa sua imagem a uma ONG e, em troca, parte da venda de um produto é destinada à instituição. Todo mundo sai ganhando: a empresa melhora sua imagem e a ONG recebe apoio financeiro.
Criar um programa de doações mensais é outra excelente estratégia. Pode ser simples: um botão no site, um link de pagamento ou mesmo um QR Code em materiais impressos.
O importante é facilitar ao máximo para que as pessoas consigam doar com praticidade e segurança.
E, claro, as redes sociais são grandes aliadas. Campanhas bem planejadas no Instagram, Facebook ou WhatsApp conseguem alcançar muita gente.
Com uma mensagem clara, fotos reais e uma chamada envolvente, é possível mobilizar doadores e voluntários.
A diversificação não exige grandes investimentos. Comece com pequenas ações e vá testando o que funciona melhor para a sua realidade.
Como montar um plano simples de captação de recursos

Foto: Freepik
Não adianta sair tentando de tudo sem planejamento. Para que a diversificação funcione de verdade, é importante criar um plano, mesmo que seja simples. Isso ajuda a evitar desperdício de tempo e esforço.
O primeiro passo é entender como está a situação atual. Quais são as fontes de receita hoje? Quanto entra por mês? Existem meses mais fracos? Essas respostas já dão uma ideia do que precisa melhorar.
Depois, pense em pelo menos duas novas formas de arrecadação que façam sentido para a ONG.
Pode ser uma campanha online, um bazar, ou a venda de produtos, por exemplo. Escolha algo que esteja dentro da capacidade de execução da equipe.
Em seguida, defina metas claras. Quanto é preciso arrecadar por mês? Para que fim? É para pagar contas fixas? Para financiar um novo projeto? Quanto mais claro for esse objetivo, mais fácil será comunicar isso para os apoiadores.
Também é importante escolher ferramentas simples que ajudem a organizar as ações. Pode ser uma planilha no Excel, um sistema gratuito de gestão ou mesmo um caderno.
O que importa é manter o controle de tudo: valores que entram, datas, contatos de doadores e resultados de campanhas.
Por fim, envolva outras pessoas. Voluntários, amigos, parceiros locais. Todo mundo pode ajudar, mesmo com pequenas ações.
A captação de recursos não precisa ser solitária. Com um plano e uma rede de apoio, tudo fica mais fácil.
Dicas contábeis: como organizar as receitas da sua ONG
Ter controle financeiro é essencial para garantir a confiança de quem apoia a ONG. Mesmo sem um contador na equipe, algumas práticas simples já fazem uma grande diferença no dia a dia da organização.
A primeira dica é registrar tudo. Toda entrada de dinheiro, seja de doação, venda ou evento, deve ser anotada.
O mesmo vale para os gastos. Isso ajuda a entender como o dinheiro está sendo usado e evita surpresas.
Outra boa prática é separar por tipo de receita. Isso significa organizar o que veio de doação individual, o que veio de empresa, de edital, de venda e assim por diante.
Essa separação ajuda na hora de prestar contas e montar relatórios.
É importante também guardar comprovantes, notas fiscais, recibos e contratos. Mesmo em pequenas ONGs, ter esse cuidado mostra transparência e organização.
Além disso, esses documentos são fundamentais caso a ONG queira participar de editais ou prestar contas a parceiros.
Montar relatórios simples, com dados claros, também é uma forma de mostrar seriedade. Não precisa ser nada complicado.
Um resumo com o total arrecadado no mês, como foi usado e os próximos passos já é suficiente.
Por fim, se possível, busque o apoio de um profissional ou empresa contábil. Muitas ONGs conseguem parcerias gratuitas ou com custos acessíveis.
Ter alguém com esse conhecimento pode evitar erros e facilitar o crescimento da organização.
Soluções Contili Contabilidade Campo Grande para você
Se você atua no terceiro setor e chegou até aqui, já deu um grande passo em direção à sustentabilidade da sua organização. E nesse caminho, contar com o apoio certo faz toda a diferença.
Ter um contador em Campo Grande que compreende os desafios e particularidades de quem trabalha com causas sociais é mais do que uma formalidade.
Um bom contador em Campo Grande pode ajudar sua ONG a organizar as finanças, prestar contas com clareza, manter tudo em dia com as exigências legais e ainda trazer uma visão estratégica que muitas vezes falta no dia a dia.
Isso permite que a equipe foque mais no impacto e menos nas burocracias.
Além disso, ter o acompanhamento de um contador em Campo Grande que entende as especificidades do terceiro setor pode ser um diferencial na hora de participar de editais.
A transparência e a organização contábil mostram seriedade e compromisso.
Se você está em Campo Grande e busca esse tipo de apoio, os benefícios de contar com uma contabilidade especializada são reais e práticos.
Você não precisa lidar com tudo sozinho, e nem precisa dominar termos técnicos ou complicações legais.
A Contili Contabilidade está pronta para caminhar com você, com uma abordagem próxima, acessível e focada no que realmente importa: o sucesso da sua causa.
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