Você sabia que contratar um funcionário vai além do simples pagamento de salário?
Cada novo membro da equipe traz consigo uma série de considerações financeiras que, muitas vezes, são subestimadas ou até mesmo desconhecidas por pequenos empreendedores.
Mas não se preocupe, entender esses custos é mais simples do que parece. Neste artigo, vamos desvendar todos os aspectos que compõem o custo real de um funcionário, desde o salário base até benefícios adicionais e obrigações legais.
Prepare-se para uma jornada esclarecedora que vai transformar a maneira como você planeja as contratações na sua empresa.
Quanto custa um funcionário?
Ao pensar em contratar um novo funcionário, muitos empreendedores focam apenas no salário ou na remuneração base. No entanto, os custos associados à contratação vão muito além disso.
Entender a totalidade desses custos é fundamental para um planejamento financeiro eficiente e para evitar surpresas desagradáveis no orçamento da sua empresa.
Além do salário base, existem diversas outras despesas que compõem o custo real de um funcionário. Estas incluem:
– 13º salário: Obrigatório por lei, este pagamento adicional é um custo que deve ser considerado no orçamento anual.
– Férias: Além do salário durante o período de férias, o funcionário tem direito a um adicional de um terço do salário.
– Transporte ou ajuda de custo: Dependendo da localização da sua empresa, você pode ter que arcar com custos de transporte ou oferecer uma ajuda de custo para deslocamento.
– Benefícios adicionais: Planos de saúde, seguros de vida, ou outros benefícios negociados.
– Gestão de faltas e afastamentos: Custos indiretos que podem surgir devido a faltas ou afastamentos por doença, por exemplo.
– Horas extras: Pagamentos adicionais para horas trabalhadas além da jornada regular.
– Contribuição previdenciária: Percentual sobre o salário que é destinado à seguridade social.
– Ajustes salariais anuais: Reajustes salariais previstos por lei ou acordos sindicais.
– Alterações ou quebras de contrato: Possíveis custos legais ou indenizações em casos de mudanças ou término de contrato.
Cada um desses elementos contribui para o custo total de um funcionário, e negligenciá-los pode levar a desequilíbrios financeiros.
Nos próximos tópicos, vamos explorar cada um desses custos em detalhe, fornecendo a você o conhecimento necessário para gerenciar suas contratações de maneira eficaz e consciente.
Salário ou remuneração base
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O salário ou remuneração base é essencialmente o ponto de partida para compreender o custo total de um funcionário. Trata-se do valor acordado entre empregador e empregado, que é pago regularmente pelo trabalho realizado.
Este valor não é fixo e pode variar consideravelmente dependendo de fatores como o setor de atuação, a localização geográfica da empresa, assim como a experiência e as qualificações do funcionário.
Determinar o salário adequado exige um equilíbrio cuidadoso. Por um lado, é importante oferecer um valor que seja competitivo no mercado, para atrair e reter talentos.
Por outro lado, é fundamental que ele esteja alinhado com a saúde financeira da empresa.
Uma pesquisa de mercado pode ser muito útil para compreender os salários praticados em posições similares no seu setor, garantindo assim um valor justo e competitivo.
Além disso, ao defini-lo, é importante considerar as qualificações e a experiência do candidato. Funcionários com maior experiência ou habilidades especializadas tendem a comandar salários mais altos.
Durante o processo de entrevista, é crucial discutir abertamente as expectativas para evitar mal-entendidos e garantir que ambas as partes estejam alinhadas.
O impacto do salário base no orçamento global da empresa também não pode ser ignorado. É necessário lembrar que o custo de um funcionário vai além do seu salário, abrangendo benefícios, encargos e outras despesas relacionadas.
Além disso, se a empresa já possui funcionários, é essencial manter uma política de remuneração interna consistente, para assegurar a equidade e harmonia entre todos os membros da equipe.
13º salário
O 13º salário é um direito trabalhista fundamental no Brasil, representando um pagamento adicional aos funcionários, normalmente equivalente a um salário extra no final do ano.
Este benefício, garantido por lei, é um componente crucial do orçamento anual de qualquer empresa, impactando diretamente a gestão financeira.
O cálculo é baseado no salário total do funcionário. Para aqueles que trabalharam o ano inteiro, o 13º corresponde a um salário completo.
Já para os que foram contratados ao longo do ano, o valor é proporcional aos meses trabalhados. Essa proporcionalidade garante que todos os funcionários recebam um valor justo, independentemente de quando iniciaram no emprego.
Esse pagamento geralmente é dividido em duas parcelas, com a primeira sendo paga entre fevereiro e novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro.
Esta divisão é benéfica tanto para o funcionário, que pode planejar seus gastos de forma mais eficaz, quanto para o empregador, que consegue organizar melhor o fluxo de caixa.
Além disso, é importante notar que sobre o 13º salário incidem encargos trabalhistas e contribuições, como o INSS, da mesma forma que sobre o salário regular.
Esses encargos adicionais devem ser considerados no planejamento financeiro da empresa, assegurando que todos os compromissos legais sejam cumpridos e evitando surpresas no final do ano.
Férias
Foto: Freepik
As férias são um direito crucial para todo trabalhador, conforme estabelecido pela legislação trabalhista brasileira.
Representam um período de descanso remunerado vital para o funcionário e, ao mesmo tempo, um custo adicional para o empregador, que precisa ser cuidadosamente planejado e administrado.
Todo funcionário tem direito a um mês de férias após cada ciclo de 12 meses de trabalho na empresa.
Durante esse período, o funcionário não apenas recebe seu salário normal, mas também um terço adicional, conhecido como terço constitucional.
Por exemplo, se um funcionário tem um salário mensal de R$3.000, ele receberá R$4.000 durante suas férias.
Do ponto de vista do empregador, é essencial organizar-se financeiramente para cobrir este custo adicional. Isso envolve reservar fundos ao longo do ano, assegurando que o pagamento seja feito sem afetar negativamente o fluxo de caixa da empresa.
Além disso, a empresa tem a liberdade de definir o período em que o funcionário poderá gozar suas férias, desde que esteja dentro do período concessivo.
Outro aspecto a considerar é a opção do empregado de vender uma parte dela, conhecida como abono pecuniário, que permite ao funcionário converter até 10 dias de férias em dinheiro. Este processo também deve ser incluído no planejamento financeiro do empregador.
Durante esse período, pode haver impacto na produtividade e operações da empresa, pois será necessário reorganizar-se para cobrir as funções do funcionário ausente.
Isso pode significar a necessidade de horas extras por parte de outros funcionários ou até a contratação temporária de substitutos.
Transporte ou ajuda de custo
Quando se trata de transporte ou ajuda de custo para os funcionários, este é um aspecto que os empregadores precisam considerar cuidadosamente.
O custo com transporte pode variar bastante, dependendo de onde a empresa está localizada e de onde os funcionários residem.
No Brasil, é comum a obrigatoriedade do fornecimento de vale-transporte para aqueles que utilizam o transporte público para chegar ao trabalho. Este custo é compartilhado, com o funcionário contribuindo com uma parte de seu salário.
Além do vale-transporte, algumas empresas optam por fornecer uma ajuda de custo para transporte privado.
Isso geralmente acontece quando o acesso ao local de trabalho é complicado ou quando o transporte público não atende adequadamente a área.
Essa ajuda de custo, embora represente um gasto adicional para a empresa, é um benefício altamente valorizado pelos funcionários.
Pode influenciar positivamente na atração e retenção de talentos, além de contribuir para a pontualidade e redução de faltas.
Por outro lado, o custo com transporte deve ser meticulosamente planejado dentro do orçamento da empresa. Dependendo do número de funcionários e das distâncias percorridas, esse custo pode se tornar significativo.
Algumas empresas buscam alternativas, como a adoção de políticas de trabalho remoto ou horários flexíveis, para diminuir a necessidade e o custo do transporte diário dos funcionários.
Benefícios adicionais
Foto: Freepik
Os benefícios adicionais são uma parte importante do pacote de compensação oferecido aos funcionários. Estes podem incluir planos de saúde, seguros de vida, bonificações, participação nos lucros, entre outros.
Embora representem um custo extra para a empresa, eles são fundamentais para atrair e reter talentos, além de contribuir para a satisfação e o bem-estar dos colaboradores.
É importante que as empresas considerem cuidadosamente quais benefícios serão oferecidos, equilibrando a atratividade para os funcionários com o impacto financeiro para a organização.
Por exemplo, um plano de saúde pode ser um custo significativo, mas é altamente valorizado pelos funcionários e pode reduzir a taxa de absenteísmo e aumentar a produtividade.
Outros benefícios, como seguro de vida ou bonificações, também agregam valor ao pacote de compensação do funcionário. Eles podem ser estruturados de maneira a alinhar os interesses dos funcionários com os da empresa, como no caso das bonificações atreladas ao desempenho.
Ao implementá-los, é crucial comunicar claramente aos funcionários o valor deles, garantindo que eles compreendam plenamente as vantagens oferecidas.
Isso aumenta a percepção de valor e reforça a imagem da empresa como um bom lugar para trabalhar.
Gestão de faltas e afastamentos
A gestão de faltas e afastamentos é um aspecto crucial na administração de uma equipe, que pode ter um impacto significativo tanto na produtividade quanto nas finanças de uma empresa.
Faltas esporádicas são normais, mas é importante ter um plano para gerenciar ausências frequentes ou prolongadas.
Primeiramente, é essencial compreender as diferentes causas de faltas e afastamentos. Elas podem variar desde questões de saúde pessoal ou familiar, acidentes de trabalho, até questões psicológicas como estresse ou burnout.
Cada caso deve ser abordado de forma individualizada, respeitando os direitos do funcionário e as políticas da empresa.
Do ponto de vista financeiro, isso pode levar à necessidade de horas extras de outros funcionários ou até à contratação temporária para preencher lacunas, o que aumenta os custos operacionais.
Além disso, afastamentos prolongados podem implicar em custos relacionados a benefícios como auxílio-doença, dependendo das políticas de seguro e benefícios da empresa.
Para mitigar esses impactos, é importante ter políticas claras de gestão de faltas e afastamentos.
Isso inclui a documentação adequada de todas as ausências e um processo estruturado para lidar com afastamentos prolongados, garantindo a conformidade com as leis trabalhistas e a manutenção de um ambiente de trabalho justo e equilibrado.
Horas extras
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O pagamento de horas extras é uma parte crucial na gestão financeira relacionada aos custos de um funcionário.
Estas são as horas trabalhadas além da jornada regular, e a legislação brasileira estipula que devem ser remuneradas com um adicional significativo sobre o valor da hora normal.
Este adicional é de no mínimo 50% a mais do que a hora regular, e em dias de descanso ou feriados, esse valor pode ser ainda maior.
Para as empresas, o gerenciamento adequado das horas extras é essencial. O impacto no orçamento pode ser considerável se houver um grande volume de horas extras.
Além disso, um alto número de horas extras pode ser um indicativo de que a distribuição de carga de trabalho não está adequada, podendo necessitar de reajustes na equipe ou na gestão das tarefas.
Contribuição previdenciária
A contribuição previdenciária é uma parcela essencial dos custos relacionados à contratação de um funcionário. Este é um encargo social que visa garantir benefícios como aposentadoria, auxílio-doença e pensão por morte.
No Brasil, a contribuição previdenciária é compartilhada entre empregado e empregador, sendo calculada com base no salário do funcionário.
Para o empregador, a contribuição previdenciária significa um acréscimo sobre o salário pago ao funcionário.
É importante entender que este custo não é diretamente percebido pelo funcionário, mas é uma obrigação legal da empresa.
O não cumprimento dessa obrigação pode resultar em penalidades significativas, além de comprometer os direitos previdenciários do trabalhador.
Ajustes salariais anuais
Os ajustes salariais anuais são um componente chave na gestão de custos de um funcionário.
Estes ajustes são geralmente realizados para acompanhar as variações do custo de vida, inflação ou para reconhecer o desenvolvimento e a contribuição do funcionário para a empresa.
Em muitos casos, são também uma exigência legal ou parte de acordos sindicais, garantindo que os salários permaneçam competitivos e justos no mercado.
Para um pequeno empresário, é vital incorporar a previsão desses ajustes salariais no planejamento financeiro anual. Ignorá-los pode levar a um orçamento subestimado, impactando negativamente a saúde financeira da empresa.
Além disso, manter os salários atualizados é crucial para a satisfação e retenção de funcionários, evitando a rotatividade que pode ser custosa para o negócio.
Os ajustes salariais devem ser feitos com base em uma avaliação cuidadosa da situação econômica da empresa, bem como levando em consideração o desempenho e as qualificações dos funcionários.
Uma abordagem transparente e justa nos ajustes salariais fortalece a relação entre empregadores e empregados, criando um ambiente de trabalho positivo e motivador.
Alterações ou quebras de contrato
Foto: Freepik
As alterações ou quebras de contrato de trabalho são situações que todo empregador deve estar preparado para enfrentar, uma vez que podem trazer implicações financeiras e legais significativas.
Mudanças nos termos de um contrato de trabalho, seja por iniciativa do empregador ou do empregado, ou a rescisão do contrato antes do prazo estipulado, podem gerar custos adicionais e necessitam de um manejo cuidadoso para garantir a conformidade com as leis trabalhistas.
Quando um contrato é alterado, especialmente em termos de função, carga horária ou remuneração, é fundamental que ambas as partes estejam de acordo e que as mudanças sejam formalizadas adequadamente.
Isso evita mal-entendidos futuros e garante que os direitos e deveres de ambos os lados sejam respeitados.
No caso de uma quebra de contrato, seja por demissão ou dispensa, os custos podem incluir o pagamento de verbas rescisórias, como aviso prévio, saldo de salário, férias proporcionais, 13º salário proporcional, e multa do FGTS, dependendo do tipo de rescisão.
Além disso, a empresa pode enfrentar custos indiretos, como a necessidade de recrutamento e treinamento de um novo funcionário para substituir o que foi desligado.
É importante para o empregador entender esses custos e estar financeiramente preparado para eles.
Além disso, uma gestão cuidadosa das relações de trabalho e um bom ambiente organizacional podem reduzir a frequência de quebras de contrato, trazendo estabilidade tanto para a empresa quanto para os funcionários.
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Ao explorar os diversos aspectos e custos envolvidos na contratação de um funcionário, fica evidente que o processo é complexo e requer atenção detalhada.
Entender cada componente, desde o salário base até as nuances das quebras de contrato, é fundamental para uma gestão financeira eficiente e para o sucesso de sua empresa.
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