Como declarar o imposto de renda de pessoa física 2024?
Neste artigo, oferecemos um guia detalhado para qualquer pessoa que precise declarar o imposto de renda de pessoa física.
Vamos abordar passos cruciais: desde verificar se é necessário declarar, até a organização dos documentos, escolha da plataforma de entrega, preenchimento correto das informações, seleção do tipo de declaração e garantia de cumprimento do prazo.
Prepare-se para desvendar esse caminho com tranquilidade e sem complicações.
Verifique se você deve declarar
Antes de qualquer coisa, precisamos entender se você precisa declarar o imposto de renda de pessoa física este ano.
Vamos ajudar a esclarecer isso:
– Rendimentos tributáveis: Se em 2023 você recebeu rendimentos tributáveis que superaram R$ 28.559,70, a declaração é obrigatória. Isso se traduz em aproximadamente R$ 2.380 por mês.
– Rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte: Se você teve rendimentos nessa categoria acima de R$ 40 mil, também precisa declarar. Isso inclui valores como FGTS, seguro-desemprego, bolsas de estudo, indenizações trabalhistas, doações e heranças.
– Ganho de capital e operações na bolsa de valores: Se você teve ganho de capital vendendo bens ou direitos sujeitos ao IR, ou realizou operações na bolsa de valores e vendeu acima de R$ 40 mil ou teve ganho de capital acima do limite de isenção, isso te torna obrigado.
– Posse de bens ou direitos: Caso você possua bens ou direitos, incluindo veículos e imóveis, com valor superior a R$ 300 mil, é necessário declarar.
– Receita de atividade rural: Se sua receita bruta em atividade rural foi superior a R$ 142.798,50, a declaração se faz necessária.
– Cidadãos estrangeiros: Aqueles que se mudaram para o Brasil em 2023 e permaneceram até o final do ano também estão sujeitos à declaração.
Além disso, há uma novidade para 2024: foi ampliada a faixa de isenção.
Se você ganhou até R$ 2.112 por mês, não precisará pagar, mas ainda pode ser obrigado a declarar se os rendimentos anuais ultrapassaram R$ 28.559,70.
Organize seus documentos
Foto: Freepik
Ao preparar-se, a organização é fundamental. Reunir todos os documentos necessários com antecedência facilita o processo e evita erros.
Aqui está uma lista dos documentos mais comuns que você precisará:
– Informe de rendimentos: Este documento é fornecido por empregadores e mostra o total de seus rendimentos e o imposto retido na fonte durante o ano.
– Comprovantes de despesas dedutíveis: Guarde todos os recibos e notas fiscais de despesas médicas, educação, previdência privada e outras que podem ser deduzidas. Isso pode incluir consultas médicas, mensalidades escolares, contribuições para planos de previdência, entre outros.
– Comprovantes de rendimentos de investimentos: Se você tem investimentos, será necessário o informe de rendimentos fornecido pela instituição financeira ou corretora.
– Documentos de bens e direitos: Se você comprou ou vendeu bens como imóveis, veículos ou realizou outras transações de capital, será preciso os documentos relacionados a essas operações.
– Comprovantes de rendimentos de aluguéis: Se você recebeu aluguéis de imóveis, é necessário ter os comprovantes desses rendimentos.
– Informações sobre dependentes: Para declarar dependentes, você precisará dos seus dados pessoais e, em alguns casos, de seus rendimentos.
– DARFs de Carnê-Leão: Se você fez pagamentos via Carnê-Leão durante o ano, não esqueça de incluir esses comprovantes.
– Outros documentos: Dependendo da sua situação, pode ser necessário fornecer outros documentos, como comprovantes de doações, pensão alimentícia, entre outros.
Lembre-se de que essa lista não é exaustiva e as necessidades podem variar conforme a sua situação fiscal.
Por isso, é sempre uma boa ideia consultar um contador ou especialista para garantir que você está reunindo todos os documentos necessários.
Escolha a plataforma de entrega
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A Receita Federal oferece diferentes plataformas para atender às necessidades variadas dos contribuintes.
Cada uma dessas opções tem suas particularidades, então é importante escolher aquela que melhor se adapta ao seu caso. Vamos detalhar as opções disponíveis:
Plataforma Online (e-CAC):
Esta é uma opção prática para quem prefere fazer tudo online. Através do Centro de Atendimento Virtual da Receita Federal (e-CAC), você pode preencher e enviar sua declaração diretamente pelo navegador, sem a necessidade de baixar ou instalar programas. É ideal para quem busca rapidez e conveniência.
Aplicativo “Meu Imposto de Renda”:
Disponível para dispositivos móveis, esse aplicativo permite que você faça a declaração diretamente do seu celular ou tablet. É uma escolha conveniente para quem está sempre em movimento e prefere usar dispositivos móveis.
Programa Gerador da Declaração (PGD):
Para quem prefere fazer a declaração em um ambiente de software mais tradicional, o PGD é a escolha certa. Este programa precisa ser baixado e instalado no seu computador. É uma opção sólida para quem quer mais recursos e uma interface mais detalhada.
Cada uma dessas plataformas tem suas próprias instruções e assistentes passo a passo, tornando o processo o mais claro e simples possível.
Escolha a que melhor se encaixa no seu perfil e necessidades para uma experiência tranquila e eficiente.
Faça o preenchimento na plataforma
Foto: Andrea Piacquadio/Pexels
Depois de ter escolhido a sua plataforma, o próximo passo é preencher a declaração. Este é um processo que exige atenção aos detalhes e precisão nas informações fornecidas.
Aqui estão algumas orientações para ajudá-lo:
– Acesse a plataforma: Acesse a plataforma escolhida, seja o e-CAC, o aplicativo “Meu Imposto de Renda” ou o Programa Gerador da Declaração (PGD) no seu computador.
– Inicie uma nova declaração: Você pode começar uma nova declaração, utilizar uma pré-preenchida (se disponível) ou basear-se na do ano anterior. A escolha depende de sua situação específica.
– Preencha suas informações pessoais: Certifique-se de que todas as suas informações pessoais, como nome, CPF, data de nascimento e endereço, estejam corretas e atualizadas.
– Informe seus rendimentos: Registre todos os seus rendimentos, incluindo salários, aposentadorias, aluguéis e outros, com base nos informes de rendimentos fornecidos pelas fontes pagadoras.
– Declare despesas dedutíveis: Inclua todas as despesas dedutíveis, como gastos com saúde, educação, previdência privada e doações. Tenha em mãos os comprovantes dessas despesas.
– Informações sobre investimentos: Se você teve rendimentos de investimentos, como renda fixa, ações e fundos, informe-os corretamente.
– Revisão cuidadosa: Após preencher todas as informações, revise tudo cuidadosamente para evitar erros. Isso é crucial, pois erros podem levá-lo a malha fina.
– Escolha o tipo de desconto: Decida entre a declaração completa e a simplificada. A escolha depende da sua situação financeira e das despesas dedutíveis que você possui.
– Faça o envio: Depois de revisar e ter certeza de que todas as informações estão corretas, envie sua declaração. Faça isso preferencialmente antes do prazo final para evitar multas e juros.
Lembrando que a precisão e a veracidade das informações são essenciais neste processo. O preenchimento correto é fundamental para evitar problemas futuros com a Receita Federal.
Entregue dentro do prazo
Para o ano de 2024, o período de entrega da declaração começa em 15 de março e se estende até 31 de maio.
É crucial que os contribuintes respeitem este prazo para evitar penalidades.
Atrasar a entrega pode resultar em multas, que são calculadas com base no valor do imposto devido, começando com um percentual mínimo e podendo chegar a um limite máximo estabelecido pela Receita Federal.
Além disso, o atraso pode gerar juros sobre o valor devido.
Entregar a declaração no prazo também influencia o cronograma de restituição para aqueles que têm direito a receber valores de volta.
Normalmente, quem declara mais cedo tende a receber a restituição mais cedo, seguindo os lotes de pagamento estabelecidos pela Receita Federal.
Para evitar pressa e erros que podem ocorrer ao preencher nas últimas horas, é aconselhável começar a preparação bem antes do prazo final.
Isso inclui reunir todos os documentos necessários, preencher com atenção e revisá-la cuidadosamente antes do envio.
Por fim, é importante manter todos os documentos e comprovantes relacionados à declaração guardados por pelo menos cinco anos, já que a Receita Federal pode solicitar essas informações para verificações futuras.
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